A guardiã escrita por Rocky falcony


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

essa é a primeira vez que faço uma historia espero que gostem.



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Eu não aguento mais!Todo dia a mesma rotina. Limpar a casa duas vezes por dia e deixar tudo num brinco. Caso Sara encontrar uma poeira se quer, seja onde for, ela puxa minha orelha até não restar mais nada.

Sou grata por cuidar de mim desde a morte de meus pais, mas não me conformo, pois ela me faz pagar por cada segundo que estou naquela casa desde meus cinco anos de idade.

Acho que Sara esconde coisas, não sei exatamente o que é, mas ainda vou descobrir.

Ela é casada com Sandro, um homem velho e acabado, um sem noção, no  qual ela ária sua vida e faz todas as vontades dele.

Há sete anos eu moro nesta casa, até hoje Sara não me disse o motivo de termos nos mudado, qualquer assunto relacionado a mim, ela não diz uma palavra. Em seu quarto tem uma cômoda, mas não sei por que ela não permite que ninguém chegue perto dela, não sei o motivo, mas também pretendo descobrir o que há nesta cômoda.

Meu relógio apita, são seis da manha e é agora que minha rotina começa.

Levanto-me da cama em questão de segundos. Dobro a coberta e arrumo o lençol esparramado pela cama.

Sara tem mais duas filhas, Samira de treze anos e Thalita de quinze. Infeslimente não me dou bem com nenhuma das duas, elas me odeiam mesmo sendo primas elas me tratam como empregada, e é exatamente assim que me sinto. Samira é muito mimada e tem tudo o que quer. Thalita é muito bonita e muitas têm inveja dela, afinal tem tudo o que uma garota menosprezada e excluída morreria para ter. Muita fama na escola, por onde passa é cumprimentada, mas não é tão mimada quanto Samira.

Bem e por último e menos importante eu, Elizabeth. Tenho catorze anos, cabelos castanho-avermelhados, olhos verde-claro e uso um medonho aparelho na boca (quando falo minha voz sai toda enrolada, sem contar que salivo pra caramba!), uso um óculos horrível, e minhas roupas, bom melhor nem comentar é um assassinato à moda!Tudo isso porque eu quero? Claro que não! Não pedi para ter esta vida!Não pedi para morar com Sara e suas duas filhas medíocres que se acham donas do mundo.

Durmo num quartinho nos fundos da casa, e uso roupas velhas gastas que antes eram de thalita. Bom meu quarto é pequeno, as únicas nele é somente minha cama, uma cômoda e uma pequena estante, onde guardo meus materiais escolares e alguns pertences.

Como todos os dias, vou para a escola (mais uma infelicidade em minha vida).

Hoje tem aula de educação física, a pior aula que tem! Não participo de nenhuma delas, apenas fico fazendo lições atrasadas do dia anterior e trabalhos para serem entregues daqui a um mês.

Enquanto Samira joga vôlei com suas amigas, os garotos jogam futebol numa quadra separada, nossa professora soa o apito pedindo para todos pararem com as atividades. Começo a sentir um frio na barriga, sensação ruim de que hoje não é meu dia. - todos vocês irão jogar queimada neste momento, lembrando. 

Que darei um ponto para cada um que participar da atividade proposta.

Aquilo foi como se tivessem mirado uma bola de golfe na minha boca, e acertado o alvo, fazendo com que eu engasgasse.

Fiquei parecendo uma pamonha  no meio da quadra, sem reação nenhuma,não sei jogar queimada é um dos esportes que mais odeio,se é que isso é um esporte!

De propósito, Samira jogou a bola vermelha de queimada em mim,fazendo meu braço doer. No momento senti minhas bochechas corarem de vergonha e o medo de ser zoada por todos foi crescendo cada vez mais dentro de mim.E não é a toa pois toda a sala se juntou formando um coro, e as palavras foram zunindo no meu ouvido e me torturando como se flechas tivessem me acertado:

- LESADA!

Acho que exagerei um pouco na forma de me expressar,mas não tive outra alternativa a não ser correr para o banheiro da escola,com as mãos no rosto e sentindo que minha vida não podia ser pior,ou será que podia?

Eu estava tão nervosa que não via por onde andava e trombei com um garoto que gritou:

- olha por onde anda garota!

Entrei no banheiro aos prantos querendo sumir daquele lugar,desejando não estar ali agora. Mas eu não tinha o poder de escolha naquele momento,o pensamento mais lógico e traumatizante que tive, foi voltar para a sala de aula como se nada tivesse acontecido.

Quando entrei,todos me olhavam sem conseguir conter o riso. Quando o professor de artes entrou na sala de aula perguntando:

- do que estão rindo?

Ninguém respondeu,simplesmente se calaram e me senti um pouco mais confortável, quando vi que os alunos estavam se sentindo intimidados.

- Hoje teremos uma aula livre,farão um desenho em uma tela.Mas não quero que desenhem uma casa ou uma flor,quero que elevem a imaginação e expressem na tela a criatividade,divirtam –se.

Vesti um avental,peguei o pincel fino e uma palheta de cores,ainda não sei o que vou desenhar.Fechei meus olhos e tentei imaginar uma bela cena que pudesse ser representada na tela,mas não conseguia ter ideia.Permaneci com os olhos fechados e coloquei meu pincel num leve contado com a tinta preta e comecei o desenho.Senti minha mão leve como uma pluma,meus traços delicados e lentos tocarem a tela.

Quando senti que estava terminado,abri meus olhos e me deparei com um belo relógio antigo, no lugar dos números,havia algarismos romanos.

Algo naquele relógio me parecia familiar,mas não consigo dizer exatamente o que é,pois nunca tinha o visto antes em minha vida.


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Notas finais do capítulo

se gostaram peço por favor para postar comentários com dicas criticas e o que vocês acharam da historia.



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