Caminhando Nas Nuvens escrita por MarySwan


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Estou postando rápido para poder postar os capítulos novos
espero que estejam gostando.



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Aproximei-me lentamente dela, ela estava com a cabeça baixa encarando suas mãos então provavelmente ela não me ouviu. Fiquei a observando e disse primeira coisa que veio em minha cabeça.
_ Acho que não fomos apresentados devidamente.
Ela levantou a cabeça assustada, mas logo se recompôs e sorriu, começou a enxugar as lágrimas e coloquei minhas malas no chão, estendi minha mão para ela.
_ Sou Edward Cullen.
Ela segurou minha mão e respondeu.
_ Isabella Swan. Desculpe pelo ônibus, eu me sinto péssima, todos os problemas que lhe causei. Siga seu caminho, quem sabe o que ainda pode lhe acontecer.
_ Existe sempre a possibilidade da floresta se incendiar.
Ela começou a rir ainda com a cabeça baixa, mas sua risada era tão doce que eu ficaria ouvindo o dia todo. Mas uma coisa me intrigava.
_ Por que não está no ônibus?
_ Esta é minha parada.
Olhei para os lados e vi apenas o bosque nos dois lados da estrada de terra e então confirmei.
_ Está esperando carona.
Ela novamente olhou para baixo e começou a chorar novamente.
_ Não, estou esperando um milagre. Ele vai me matar.
Fiquei confuso diante dessa afirmação.
_ Quem?
_ Meu pai.
_ Olha se o problema é com a moldura...
Mas ela respondeu rapidamente.
_ Não, não é a moldura.
_ olha, não é da minha conta, mas se quiser falar do assunto.
Ela fungou e de dentro do bolso de seu vestido retirou um papel e me estendeu, e o abri e li as seguintes palavras.
_ Eu não nasci para os costumes desse mundo e nem para ficar preso, sou uma alma livre?
O final saiu em um tom de pergunta pois realmente não estava entendendo nada.
_ Quem é alma livre?
_ Meu professor.
Entreguei-lhe novamente a carta e ela continuou seu relato.
_ Ele e eu éramos...
Ela novamente começou a chorar.
_ Eu não conheço seu pai, mas acredito que ele...
Novamente ela me surpreendeu.
_ Eu estou grávida.
Olhei novamente pra ela e assenti agora eu entendia o medo de seu pai.
_ Está chateada, eu posso entender, certamente eu entendo. Mas Isabella veja o lado positivo, é uma vida chegando ao mundo e isso é um milagre em si.
_ Matarei qualquer um que desonrar minha família. Quantas vezes ele disse isso. 100 vezes. Um milhão de vezes.
_ É só uma figura de linguagem.
_ Não é não. O meu pai cumpre o que fala. Sempre. Ele é muito antiquado, se eu for pra casa nesse estado, sem marido, ele me mata, ele me mata.
Então novamente ela começou a chorar. Então fiz uma coisa inesperada até para mim mesmo, só não podia deixar que ela chorasse.
_ E se por acaso aparecer com um marido?
Ela me olhou e perguntou.
_ Quem faria isso? Chegar num dia e partir no outro?
_ É claro, conhecer a família, ficar uma noite, partir pela manhã, por uma carta no correio dizendo que...
_ Que me abandonou.
Ficamos nos olhando por algum tempo até eu quebrar o silêncio.
_ Acontece.
Ela pareceu pensar um pouco e disse.
_ Você é muito bondoso por tentar me ajudar, talvez isso funcione, mas não há ninguém.
Ela disse isso enquanto se levantava pegava suas malas e começava a caminhar.
_ Senhorita Swan. Isabella.
Ela finalmente olhou para trás e eu pude dizer.
_ Tem eu.
Então novamente começamos a caminhar e a conversar para nos conhecermos melhor.
_ Foi muito feia, a luta?
_ Quando começa o tiroteio, te dá um branco, o negócio era colocar a mente em outra coisa.
_ E o que você fazia?
_ Escrevia cartas para minha esposa, na minha cabeça, e mais tarde colocava no papel.
_ Sobre a guerra?
_ Sobre como eu gostaria que fosse nossa vida quando eu voltasse. Sabe a pequena casa perfeita, crianças correndo pelo jardim com o cachorro, bom emprego.
_ Ela deve ter sentido cada palavra.
_ É, cada palavra.
Ela deve ter percebido que meu comentário foi meio sem vido por isso mudou de assunto.
_ É muito gentil por fazer isso por mim.
_ E pelo bebê? Estou fazendo isso pelos dois.
_ Nós dois agradecemos.
_ Não há de que para os dois.
Ficamos nos olhando por algum tempo e nem percebi que tínhamos parado, recomeçamos a caminhar, mas ela parou no meio da estrada e olhou para a paisagem mais bonita que eu já havia visto.
_ Chamamos de Las Nubes, quer dizer, as nuvens.
_ É lindo
_ É.
Então me lembrei de uma coisa essencial. Coloquei minhas malas no chão e peguei as amostras de chocolate.
_ Bom, temos que fazer isso direito.
Abri a pequena maleta que continha os pequenos doces e de lá retirei um deles que continha um pequeno anel a sua volta.
_ O bombom de casamento de luxo. A maior venda em junho.
Retirei a pequena peça e peguei sua mão, a sensação era muito boa, coloquei o anel e ela começou a olhá-lo. Peguei outro com o mesmo anel e fiz o mesmo comigo, fechei a pequena maleta e a olhei, novamente peguei as malas e prosseguimos viagem, de repente ouvi um tiro de espingarda bem próximo a nós e depois mais um, corremos e nos abaixamos, deitei por cima de seu corpo, não poderia deixar que nada de mal acontecesse a ela ou a criança, então ouvimos passos e dois homens pararam diante de nós, seriam eles assaltantes, pense rápido Edward eles estão armados e você não. Então fiz a única coisa decente nesse momento, levantei minhas mãos ainda deitado sobre seu corpo e disse.
_ Estou desarmado.
Levantei-me e a ajudei a se levantar, me coloquei a frente de seu corpo.
_ Não atire.
O homem nos olhou e Isabela saiu ao meu lado, abaixou sua cabeça e torceu suas mãos.
_ Olá papa.
_ Isabella, quem é ele?
_ Edward Cullen, meu marido.
Ele novamente apontou sua espingarda, mas dessa vez sua mira era em mim.


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Notas finais do capítulo

Mary



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