Now then, Mardy Bum? escrita por Luana Turner


Capítulo 15
And I suppose that's the price you pay


Notas iniciais do capítulo

Tada tudo muito lindo esses ultimos capítulos. Tem que ter um ou outro pra "mexer" com a fic (e com vocês, que provavelmente não tão gostando de mim com força agora, kkk)...
Bem curtinho porque o outro está em andamento e tal. :)
Adoro o review de vocês, já disse isso? ♥



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— Alex precisa que faça algo pra ele. — É Nick quem me recebe na porta e pela maneira apressada como diz essas palavras me faz notar que ele está um pouco constrangido. Não me atenho muito a esse fato. Ele está vestindo um suéter azul e parece ainda mais com um bebê do que de costume. Quase o abraço, mas coloco as mãos dentro do bolso e olho ao redor.

Alex não está na sala, ouço o violão através da porta do quarto de Matt. Não vejo roupas sujas para levar a lavanderia, há comida na mesa de centro e Nick não comenta nada sobre entrevistas ou algo do tipo, então não faço ideia do porque ele tenha me chamado. Provavelmente para me encher o saco.

Bato na porta com a ponta bota uma vez. Ele vacila por um momento nos acordes, mas depois recomeça como se eu não estivesse lá. Chuto a porta com mais força dessa vez e dessa vez ele grita de lá dentro “se vai quebrar a porra da porta, pode, pelo menos, fazer isso de uma vez?”

Eu entro mesmo não tendo sido convidada e ele está sem camisa, tocando ao lado da janela. Está aberta e está frio, então suponho que seja um mecanismo de fazê-lo se concentrar. Abraço os braços contra o peito e o encaro, esperando que fale.

— Que que cê quer?

— Sempre educada.

— Se vai agir como um babaca pode, pelo menos, falar logo de uma vez? —o imito.

— Tem uma garota no meu quarto.

Eu vacilo, por um segundo, mas me recomponho antes que perceba.

— Legal, campeão. Bom pra você.

Ele rola os olhos. — Não estou me gabando. Ela não vai embora.

— ... E?

— Você precisa dizer pra ela que já está na hora de ir. — aí recomeça a dedilhar o violão.

— Qual é, Alex! Porque não age como um homem uma vez na sua vida e faz isso sozinho?

— Agi como um homem, noite passada. Repetidas vezes. — ele acende um cigarro, dá uma tragada e sopra a fuma em minha direção. — Sinta-se livre em perguntar pra ela, se interessada.

— Está me punindo ou algo assim?

— Por quê? Você fez algo pelo qual merecia ser punida, Olivia?

— Eu não sei. —inclino a cabeça. — Eu estava proibida de fazer algo?

Ele sorri, sem mostrar os dentes. — Não, você pode fazer o que bem entender.

— Não preciso que me diga isso. Sei que posso fazer o que quiser.

Ele me analisa por meio segundo. — Eu notei.

Eu rolo os olhos e resmungo, colocando metade do torso para fora em direção ao quarto ao lado, olhando para a garota seminua fumando como uma chaminé, deitada em sua cama como se pertencesse lá. Os cabelos são negros e a boca de um vermelho vivo, o batom pouco borrado nos cantos pelas atividades que fez, noite passada.

— Argh. Por quê sai com garotas desse tipo? — pergunto retoricamente.

Eu quis que soasse “porque sai com garotas pegajosas”, mas o que realmente quis dizer foi “porque você come todas as putinhas da cidade?”. Não sei se ele nota.

Alex coça a cabeça e vai saindo do quarto, me deixando sozinha com ela. Antes de fechar a porta, posso jurar que ouço ele perguntar: — Desde quando se importa com quem eu estou?

Saio do quarto de Matt e vou em direção ao seu, a porta está entre aberta. Bato no batente com a costa das mãos. A garota me encara, com um ar pesado de desdém.

— Quem é você? — bom, se ele acha que eu sou mal educada...

— Olivia. Eu trabalho para os garotos.

Ela levanta uma sobrancelha. — Que tipo de trabalho?

Um que não é da sua conta, quase respondo.

— Assistente. Eu faço coisas que eles pedem como agendar entrevistas, pegar a roupa na lavanderia...

— Levar o lixo pra fora. — ela está zombando de mim, insinuando que sou a doméstica deles. O sorriso sarcástico me dá vontade de enfiar a mão em sua cara, mas eu acompanho o riso quando respondo.

— Isso. E é exatamente isso que Alex me pediu para fazer. Tirar o lixo pra fora, já que ele parece não ter encontrado o caminho da porta sozinho.

— Está falando de mim?!

Finjo me impressionar. — Esperta. Quem diria que o Turner teria um gosto tão refinado.

Ela se levanta, recolhendo suas roupas do chão. Um vestido amassado e um casaco vinho. Veste o vestido pela cabeça e enquanto o ajuda ao corpo, começa a sorrir.

— Você gosta dele.

— Que?!

— Acha que vai ser diferente com você?

Tiro a franja da testa, impaciente. — Do que cê tá falando, cara?

— Vai ser exatamente como foi comigo. Acha que é especial? — ela se aproxima do meu rosto e sussurra no meu ouvido numa voz que destila veneno. — Você é só mais uma. Várias. Um estádio inteiro. E ninguém.

Aí pega o casaco na mão e sai pela porta.

Alex está sentado brincando distraidamente com um copo de vidro e eles dois não se encaram quando ela vai embora. Ele nem se importa em verificar se ela está com raiva ou magoada. Mas para mim ele olha. E eu sinto um frio na espinha porque lá no fundo, sei que ela muito provavelmente está certa.



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Notas finais do capítulo

Nah, esse é o mais curto que já postei, mas como disse lá em cima, é pra mexer com a fic. É mais transitório também...
Ainda que não fosse com besos calientes, seria legal comentarem o que acharam e tal hehe