Crossroads - The Dark Hunters Chronicles escrita por Boneco de Neve, Guiga


Capítulo 6
EX - Caos




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Jonas: Sabe... Ainda acho que isso é apenas mais uma teoria de conspiração afinal. Já se passou um minuto e não aconteceu nada. Você e suas histórias... Francamente!


Um sorriso se formou nos lábios de Jonas. Divertiu-se com o drama desnecessário de seu amigo.


Paul: (É... Agora sim ele me enxerga como um palhaço...)


Jonas: Olha, foi divertido, mas agora, eu vou dorm... Hã? Mas o que é isso?


Um clarão azul celeste invadiu o quarto, chamando a atenção dos dois garotos.


Jonas: Devem ser delinquentes. Me dá licença, Paul, eu vou dar uma olhada.


Quando Jonas olhou pela janela, não acreditou no que viu. Suspensa no ar, uma espécie de fissura emanava energia e de dentro dela, saíam criaturas em uma combinação, no mínimo, incomum: Anões, ogros, autômatos, kappas, dracolagartos, elfos, entre outros. Confusos, sem terem a menor idéia de como foram parar ali, os recém chegados seguiram seus respectivos instintos e começaram a lutar entre si, atacar e destruir tudo. As pessoas que caminhavam na rua, curiosas até então, se puseram a fugir, em busca de segurança.


Jonas: Mas... Mas o que diabos está acontecendo aqui?!


E Jonas virou-se para o computador.


Jonas: Paul!


Paul: Eu olhei pela minha janela, e vi um clarão azul. Logo depois, a rua estava infestada de monstros... É o fim do mundo!


Jonas: Acho que você estava certo... Foi mal...


Paul: Tá, mas essa não é hora de lamentar.


Nesse momento Jonas ouve um ruído vindo da sala de estar da sua casa.


Jonas: Ouvi um barulho lá em baixo... Eu vou ver o que é.


Paul: Tome cuidado, Jonas!


Mesmo assustado, Jonas desceu as escadas e se dirigiu à sala de estar. Chegando lá, se deparou com um ogro caído em cima da mesa que ficava no centro da sala e que agora estava em pedaços. A parede que era virada para a rua agora tinha um rombo, o que explica a chegada desastrosa do ogro no lar. No lado de fora, um autômato aguardava o oponente se levantar, em posição de guarda. Não percebeu, porém, que outro ogro se aproximou e lhe arrancou a cabeça com um golpe de martelo, a fim de vingar o companheiro derrubado.


Nesse momento, a mãe de Jonas chegou à sala e ficou chocada com a cena.


Mãe: Jonas!!! O que está acontecendo aqui?!


Jonas: Acredite, estou tão surpreso quanto à senhora.


Jonas olha ao redor e acha algumas chaves, pegando-as em seguida.


Jonas: Acho melhor a gente sair daqui. Vou pegar o carro.


Nesse momento, o ogro começou a recuperar sua consciência. Felizmente, não percebeu que havia duas pessoas próximas a ele e voltou para a rua, a fim de continuar a batalha.


Já no carro, Jonas dirigia nervoso. Percorria as ruas, presenciando um caos idêntico àquele que viu na sua. No banco do carona, sua mãe rezava chorosa. Parecia que teria uma crise a qualquer momento. Jonas percebeu que as autoridades locais estavam em ação, trabalhando para controlar a fúria dos “invasores”. Mas, pelo o que se via, as coisas não pareciam tão fáceis.


As fissuras permaneciam no ar e delas saíam mais e mais criaturas. Jonas procurou ser cuidadoso para não chamar a atenção delas. Mas foi inútil. Uma quimera tentou atacar o carro e, por instinto, Jonas virou para a esquerda. Mesmo assim, o carro acabou esbarrando na pata da quimera, quebrando-a. Assustada, a quimera fugiu mancando e emitindo rugidos de dor. Com o susto, Jonas acabou perdendo o controle do carro, batendo num poste. Não se feriram. Imediatamente, eles saíram do carro e correram para um underground– um bordel subterrâneo - perto dali. Chegando lá, eles se surpreenderam.


Jonas: Parece deserto... Menos mal.


Mãe: Ah... De todos os lugares pra se esconder, tinha que ser logo um bordel? Peraí... Jonas, você não vai me dizer que já esteve aqui antes, vai?


Jonas: Eu não, tá louca? Nunca estive aqui! Mas... De toda a forma, me parece que esse lugar não foi notado pelas criaturas... Acho que estamos seguros aqui. Pelo menos por enquanto.


O tempo passava e eles prestavam atenção em cada detalhe. Ora, eles escutavam estrondos, luzes e sons estranhos vindos do lado de fora. Jonas assistia a um pequeno televisor preso no alto de uma parede e a mãe aproveitou para consumir algumas bebidas e aperitivos.


Jonas: Mãe, não acha que seria meio imprudente ficar se embebedando em uma hora como essa?


Mãe: Não vejo que diferença faria ficar bêbada ou não na situação em que estamos... Mas de qualquer forma, relaxe, tá? Eu não vou exagerar.


Jonas: Tsc... Não foi só nessa cidade que os monstros apareceram... Aqui diz que até na África aconteceu a mesma coisa...


Jonas se lembrou do que o amigo Paul disse antes. Ao pensar sobre o assunto, considerou que, se fosse verdade o que Paul disse, o mundo inteiro estaria condenado. Então, Jonas começou a se preocupar com ele. Começou a imaginar se algo grave aconteceu com ele.


Nesse momento, sentiu o peso de uma mão em seu ombro. Assustado, ele virou-se.


Jonas: Paul!


Paul: Bom te ver aqui. Achei que esse lugar estava deserto, então resolvi me esconder aqui. Coincidência, não?


Jonas: Pois é... Mas e aí? Você está bem?


Paul: Estou. Os monstros invadiram minha casa e por pouco eles não me mataram. Eu nem pude usar meu telefone... Meus pais devem estar preocupados...


Enquanto isso, na rua, em frente ao underground, um xamã enfrentava um golem. O pequeno feiticeiro era bravo e usava de feitiços passados de geração a geração pelos anciãos de sua tribo, a fim de derrubar o gigante de pedra. O brutamonte, por sua vez, não podia fazer nada, a não ser se defender dos ataques sem fim. Por um erro de cálculo, o xamã errou seu alvo e o raio de energia entrou pela pequena janela do underground.


Jonas: Paul, cuidado!!!


Paul acaba atingido pelas costas e cai no chão. A sensação de morte invade o local.


Mãe: Oh meu Deus, Paul!


O golem aproveitou a brecha e esmurrou o rosto do xamã. O corpo sem vida do pequenino foi arremessado de encontro a um muro, que por sua vez foi destruído.


Paul: O que está acontecendo comigo?


O corpo de Paul lentamente se transformava em uma fumaça escura e desaparecia no ar.


Paul: Está tudo tão... Distorcido.


Jonas, que segurava a mão de Paul, sentiu-a se transformar em fumaça.


Jonas: NÃO!


O golem estava pronto para seguir seu caminho. No entanto, uma xamã apareceu para vingar o companheiro perdido. Sem cerimônia, o gigante tentou esmurrá-la, mas não contava com o altíssimo nível de habilidade da menina. Para evitar o soco, ela saltou e, em pleno ar, disparou uma esfera de energia. Ao contato com o golem, a esfera explodiu, fazendo-o cambalear para trás.


No underground, o corpo de Paul virou a fumaça que pairava pelo ar. Jonas e sua mãe choravam a perda. De repente, o corpo do golem desabou sobre o edifício, caindo sobre os dois. A estrutura não aguentou, e desmoronou.


No lado de fora, a jovem xamã amparava em seus braços o corpo do namorado morto.


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