Crossroads - The Dark Hunters Chronicles escrita por Boneco de Neve, Guiga
Enquanto Youth conseguia "dobrar" Monaco, Darius ainda tentava resolver seu embate com Venice.
Darius: Suponho que te divertiste o suficiente... Paremos por aqui, sim?
Venice: Você me insultou e eu não vou deixar barato. Você me trata como uma inferior!
Darius: Mas é tu mesma que rebaixas o seu nível. Tu provaste ser tola a partir do momento em que chegaste aqui...
Venice: Cala a boca!
A terra ao redor de Darius se remexeu, de modo que se tornasse movediça. Imediatamente, Darius subiu na rocha antes lançada por Venice.
Venice: Caiu na minha armadilha, idiota.
Assim que Darius ouviu o som da rachadura da rocha, ele saltou o mais alto que pôde. Esse impulso foi compensado pela explosão da rocha, que o lançou para o ar junto com poeira e fragmentos. Apesar da surpresa, Darius não se abalou. Manteve a calma, e conseguiu chegar ao solo em segurança.
Darius: Diabos... Tu sujaste as minhas roupas!
Venice: Isso é só o começo.
Ela avançou rapidamente contra Darius e tentou acertá-lo com o bastão. Em resposta, ele materializou suas manoplas e defendeu-se. Imediatamente, ele contra-atacou mas não esperava que ela levantasse um muro de terra em sua frente. As garras da manopla atravessaram o muro e Venice aproveitou para torcer as pontas com pedras, de modo que Darius não pudesse retirar a manopla. Imediatamente, ela subiu o muro para acertar a cabeça de Darius, mas esse já havia pressentido o ataque e havia desmaterializado a manopla presa, libertando-se. Ele se afastou um tanto preocupado com a manopla danificada.
Darius: (Ela luta de modo traiçoeiro. Fui me descuidar com ela e minha manopla pagou o preço...)
Nesse momento, Youth chega ao lado de Darius. Darius percebe que Youth está ileso.
Darius: Já vieste? Sei que Monaco não é lá tão forte mas...
Youth: Na verdade, ele está do nosso lado.
A surpresa de Darius desapareceu.
Darius: Venice deixou de ser uma imprestável, afinal. Ela destruiu uma de minhas manoplas, inclusive.
Venice: E você não pára de me insultar!
Uma onda de tremor gerada por Venice desequilibrou seus dois oponentes. Ela aproveitou e partiu para o ataque direto.
Venice: Primeiro, o garoto de cabelo esquisito.
Youth ouviu esta última frase e tomou as devidas precauções. Ele sacou sua espada e usou o peso dela para recuperar o equilíbrio. Rapidamente assumiu postura defensiva e pôs-se a bloquear os golpes de bastão de Venice. Ela aproveitou e usou o material do bastão para agarrar a lâmina do jovem e com esforço, arremessou-a longe. A reação de Youth foi recuar, a fim de evitar os golpes de bastão e Darius aproveitou a deixa para enfrentá-la. Os dois se emparelharam, um usando sua arma para empurrar a do outro.
Darius: Vá buscar tua arma, Youth!
O garoto obedeceu. Venice se concentrou em gerar uma onda de tremor na direção dele, mas ele escapou e recuperou sua arma. Darius aproveitou a distração de Venice para empurrá-la longe.
Darius: Já estou me cansando deste joguinho.
Venice: Eu também!
Estacas e pedaços pontiagudos de pedra saíam do solo, flutuando ao redor de Venice. Ao longe, Youth percebeu o movimento e se preparou.
Venice: Toma isso!
As pedras foram lançadas em alta velocidade na direção de Darius. Este, por sua vez, se preparou para bloquear o ataque com seu poder de manipulação de gravidade, mas antes que pudesse completar a ação, ele ouviu um som de estilhaçamento. Por um segundo Venice voltou sua atenção a Youth e compreendeu o que aconteceu em seguida.
Darius sentiu uma intensa corrente de frio, mais poderosa que o frio daquela noite. Ele então reparou que uma espécie de barreira de gelo, agora em pedaços, bloqueou as pedras.
Darius: Youth!
Youth: Pronto, fiz o que você pediu. Eis aí um pouco de minhas habilidades.
Mas ele deixou o braço direito à mostra. Uma estaca havia penetrado a carne de seu antebraço. Por pouco, não atingiu o pulso. Ele a retirou cuidadosamente, deixando o sangue jorrar.
Youth: Porém, eu não esperava esse ataque e agora pago o preço por ter baixado a minha guarda.
Darius: Veja só o que fizeste, Venice! Foste longe demais dessa vez!
Venice: Não estou nem aí.
Darius percebeu um brilho estranho no olhar de Venice.
Darius: Cuidado, Youth. Parece que a Venice não é mais a mesma.
Youth: Acho que a hora dela pagar o preço do pacto chegou.
Darius levantou a sua guarda e disse, num tom sério.
Darius: Eu acho que não há mais opção. Se não fizermos algo, ela acabará conosco.
A garota se posicionou, em guarda. A expressão do seu rosto era sádica. Foi nesse momento que ela foi atingida por um dardo tranquilizante. Ela cambaleou e lutou contra a tontura, mas a substância dominou o seu corpo e ela foi ao chão. Do alto de um dos montes de entulho, descia Monaco, acompanhado de um homem de meia-idade que possuía uma espingarda nas mãos.
Monaco: Desculpem por eu ter sumido. Eu fui buscar a ajuda de meu pai.
?????: Monaco me explicou o que aconteceu. Eu gostaria que minha filha não fosse tão estúpida a ponto de se meter com magia arcana... Quero pedir desculpas por ela; podem deixar que eu levo Venice e a livro dessa maldição.
Darius: Sim, senhor Vaduz.
Monaco reparou no ferimento de Youth.
Monaco: Veja, pai... Venice pelo jeito ultrapassou os limites da sanidade...
Vaduz: Sim, estou vendo. Seu amigo vai ficar bem, Darius?
Darius: Não te preocupes. Eu cuidarei dele.
Vaduz: Nesse caso, estaremos indo agora. Feliz Natal para vocês.
Monaco: Youth, Obrigado pela ajuda. Até mais e fique bem!
Youth: Hmph.
Darius: Feliz Natal e passem bem.
Assim que eles se foram, Darius se voltou para Youth.
Darius: Esta noite foi esquisita. Vamos, eu te levarei ao hospital...
Youth: Eu reparei que tem uma pequena garrafa d’água no carro. Poderia buscá-la para mim?
Darius: Agora? Para quê?
Youth: Eu acho que estou em condições de fazer isso agora. Por favor, traga-a para mim...
Ainda que fosse estranho o pedido, Darius obedeceu, buscando a garrafa para o jovem. Youth abriu a garrafa. Darius observava curioso. Achou aquilo uma perda de tempo. Então, Youth simplesmente banhou seu ferimento com o líquido cristalino, até a última gota. Darius não compreendeu mas ficou espantado com o que viu em seguida. Era como se os tecidos musculares se regenerassem e fossem cobertos de pele, bem diante de seus olhos.
Darius: Nossa. Eu nunca vi algo parecido com isso antes.
Youth: Decerto que não. Talvez eu seja o único com esse tipo de poder. Acho que é por isso que sou perseguido pelos americanos...
Pentágono, Estados Unidos, 11 horas e 32 minutos. Reunião organizada pelo Presidente, a fim de tomar conhecimento do relatório da operação realizada por agentes de elite do governo.
Presidente: Então, está me dizendo que meu filho conseguiu escapar de novo, Comandante?
Comandante: A habilidade de se autorregenerar evitou que ele ficasse debilitado por nossas investidas, senhor. Porém, um de nossos agentes conseguiu capturá-lo mas, quando fomos buscá-los, o agente estava morto e o menino sumiu.
Presidente: Então ele está com os inimigos. Será que ele está como refém?
Comandante: Se souberem algo sobre o menino, é possível. Eu mandarei investigarem e manterei o senhor informado.
Presidente: Façam isso. Mas não tentem nada sem a minha ordem. Dispensados.
Quando ficou só em sua sala, o Presidente se acomodou em sua poltrona, pensativo. Não podia perder seu filho. Que o jovem estivesse ao seu lado, este era o seu maior desejo. Do lado de fora, alguém contemplava a melancolia do homem deprimido pela janela, mas logo foi surpreendida por um soldado.
?????: Ei menina! Pare de ficar bisbilhotando e volte para seu quarto!
!!!!!: Ah, me desculpe, soldado. Não farei de novo.
?????: É bom mesmo, porque, na próxima, eu prendo você!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!