Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 77
Curando


Notas iniciais do capítulo

Antipenúltimo capítulo... ^^
Boa leitura!



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Haviam se passado alguns dias. Damon chamou Caroline para vir ficar comigo, ele estava indo ao hospital com mais frequência, eu não reclamei. Adorava a sua companhia, e pra falar verdade eu ainda não conseguia ficar sozinha e não lembrar. Demoraria muito, mas eu estava superando. Essa ferida logo estaria curada.

-Esta mais perto não é Len? – Carol me perguntou feito boba, enquanto acariciava minha barriga.

-Sim, oito meses hoje. Estou bem feliz.

-E o tratamento do Damon?

-Está se encaminhando. Alaric falou que os exames estão muito bons e ao que parece dispensará o transplante e apenas a consolidação deve bastar.

-Que bom. - Sorriu se ajeitando e me olhando, soltou um suspiro.

-E você? Como andam as coisas com Stefan? – ele fez uma cara travessa.

-Stefan é meio burguês demais, mas é doce, sincero, atencioso. Eu estou muito feliz.

Sorri satisfeita e ouvimos um carro chegar. Damon.

-Olá damas. – ele falou atravessando a sala com um sorriso cortês. Bastante animado o que eu adorava.

-Oi amor. – respondi, ele se curvou pra me dar um leve beijo e beijou a face de Caroline, depois se jogou no sofá ao meu lado, ficando no meio de mim e Carol.

-Dia puxado. – falou suspirando.

-Mas você perece bem animado. – eu disse olhando Caroline que me apoiou sorrindo.

-Eu estou mesmo. Tenho uma notícia boa e uma razoável. – ele falou fazendo gestos com as mãos.

-Quero a boa primeiro. – eu disse encostando a cabeça em seu ombro.

-Bem, Alaric me disse que depois de amanhã, poderei fazer a sessão final. – falou me olhando sem conseguir prender o riso.

-Sério amor? – meu coração disparou, eu o olhei atordoada.

-Sim, é sério. Os meus exames estão em ordem e poderei fazer sem problemas, por incrível que possa parecer eu tive grandes progressos nas últimas semanas. – agarrei seu pescoço sorrindo. Nem podia acreditar. Damon puxou Caroline e estávamos em um abraço sanduiche. Ficamos os três rindo como tolos ali juntos.

-Nossa que boa notícia. Temos que comemorar. Vamos chamar seus pais e os da Len para um jantar aqui hoje. – Caroline, sempre animada.

-Você não muda Carol. – disse Damon.

-Não tenho porque fazer isso. – ela disse se levantando convencida.  – Vou convidar a todos. – falou indo em direção ao telefone.

-Eu preciso de um banho. – Damon falou me olhando – Vou subir. – ficou de pé.

-Eu vou com você amor. – me movi devagar, minha barriga estava enorme. Damon me olhou cauteloso. – Quero tomar banho também.

-Eu não acho que a banheira vá servir, - falou sorrindo – quero dizer, você está... – hesitou fazendo graça. Bati em seu ombro indo na frente e ele veio atrás de mim sorrindo.

-Sua ideia seu trabalho Carol. – gritei já da escada e ela fez um sinal positivo com a mão enquanto falava ao telefone. Senti os braços de Damon ao meu redor, ele beijava meu pescoço.

-Você está sempre tão cheirosa e sua pele está ainda mais radiante. A gravidez te fez muito bem. – falou com voz rouca e sedutora. Oh pare Damon, não vamos terminar isso, então melhor não começar.

-Sabe que não vamos fazer nada. Jenna já nos proibiu. – ele gemeu.

-Eu não estava pensando nisso, mas também não queria que você me lembrasse assim. – falou manhoso. Eu sorri, ele conseguia ser sério e palhaço, bravo e meigo, sensível e duro. Damon tinha quase sempre a dosagem certa das coisas. Ele me fazia imensamente feliz e com ele e nosso filho eu sentia que podia ser o que quisesse.

Chegamos ao quarto e Damon foi encher a banheira enquanto eu tirava a minha roupa, senti um desconforto nas costas, a barriga estava me incomodando de verdade, logo o desconforto se tornou leves fisgadas na base de minha coluna e barriga, eu estava me queixando quando Damon apareceu atrás de mim no closet.

-Vamos? – me perguntou só de cueca sem me olhar, eu respirei fundo.

-Vamos sim. – minha voz saiu mais arrastada do que eu queria e ele me olhou imediatamente.

-O que foi? – incrível isso, Damon tinha um radar eu acho.

-Nada, vamos?! – falei forçando um riso, ele estreitou os olhos e quando passei por ele me permiti respirar de novo e soltei um gemido, as mãos de Damon alcançaram minha cintura e eu arfei.

-Nossa! Sou apenas eu. Está assustada? – perguntou com a boca em meu ouvido, acariciava a minha barriga e seu carinho aliviava mais as coisas. Talvez Samuel já fosse manhoso com o pai, ele respondia a tudo relacionado a Damon, as músicas que ele ouvia, sua voz, sua risada.

-Estou um pouco cansada, está ficando pesada demais. Hoje cedo eu acordei com falta de ar, ele ocupa muito espaço. – Damon sorriu, seu hálito quente me fazendo cócegas.

-Logo teremos ele aqui conosco e você terá outros motivos pra reclamar. – disse tirando meu roby. – Entre com cuidado. – falou me apoiando para que eu pudesse sentar na banheira, eu me curvei devagar e senti uma fisgada bem forte.

-Ai! – arfei e Damon já parecia estar em toda parte, ao meu redor.

-Ei! Tudo bem? – assenti com a cabeça, recuperando o fôlego, essa foi forte. Ele me ajudou a sentar e depois ficou me olhando engraçado.

-O que? – ele prendeu o riso.

-Eu realmente não vou caber ai. – falou risonho.

-Para com isso Damon. Sabe que nunca vou ficar confortável sem você me apoiando, preciso do seu peito de apoio e além do mais, a banheira é bem grande, não seja palhaço. – fiz bico e ele gargalhou e foi logo entrando. Logo estava em seus braços.

Terminamos o banho, nos vestimos e Damon desceu antes de mim, precisava resolver algumas coisas. Caroline veio falar comigo e me ajudou na maquiagem, eu queria estar linda hoje. Ela tinha razão, era um dia pra se comemorar. Finalmente tudo estava no seu lugar.

Desci pouco tempo depois e Caroline realmente teceu sua magia. A casa já estava quase irreconhecível. Ela só precisou do que? Duas horas? Ela tinha um dom.

 -Nossa, que lindo! – falei a olhando e ela sorriu meiga. Ouvimos a campainha e Damon se apressou vindo do escritório dele.

-É pra mim. – falou ao passar correndo deixando Caroline e eu confusas.

A porta abriu e de lá passaram Jenna, Andie e Alaric, meu sorriso se abriu. Depois chegou Stefan com seu pai. Maria chegou um pouco depois dos meus. Estávamos todos reunidos e a noite estava prometendo ser bem animada. Embora eu estivesse empolgada, não conseguia me entregar totalmente, pois a dor ainda estava lá, eu queria ignorá-la, mas às vezes era impossível e uma carranca se formava em meu rosto. Eu me esticava levando as mãos a coluna. Damon sempre perto e atento, me perguntando se tudo estava bem.

-Alaric, como ela está? – Damon perguntou do nada na mesa, depois do jantar.

-Fin nos disse que ela está na mesma, teve uma certa piora na verdade, está ficando agressiva. Estão aumentando as dosagens dos medicamentos, mas ele teme que não tenha reversão. – Damon ficou com o olhar distante e eu percebi que falavam de Rose.

-Querida sua barriga está tão baixa esta noite. – falou minha mãe, puxando a minha atenção. – Você notou Maria? – minha sogra negou com a cabeça. – Sua avó sempre dizia que isso era um sinal de que estava perto do parto. – eu gelei, parecia loucura, mas talvez explicasse as dores.

-Nunca ouvi falar. – disse Maria.

-Um minuto da atenção de todos. – disse Stefan, e ficamos todos em silêncio. – Bem, esta noite Caroline me ligou com uma notícia maravilhosa. Depois de tantas emoções fortes, depois de uma verdadeira guerra contra a teimosia e dureza deste cara – disse apontando pro irmão – eu fiquei feliz por saber que finalmente, conseguimos atravessar e sair na outra margem juntos, como uma família, como prometemos quando tudo isto começou. – sua voz estava um pouco arrastada e Damon tinha a cabeça baixa como Joseph, eu já chorava, assim como todas as demais mulheres na mesa. – Nem sei por onde começo a agradecer... A Alaric e sua equipe, que além de médicos excelentes são a terceira família do meu irmão e sempre o ajudaram. A minha querida irmã de coração e quase esposa Elena, por amar e cuidar dele mesmo ele sendo um chato e fazendo burrada. – todos gargalharam e Damon revirou os olhos. – Eu sei que ele é mais forte por você. – disse me olhando e eu sorri. – E é claro, obrigado a você Damon, - ele disse erguendo sua taça de vinho - Por não desistir, fraquejar, mas não desistir, por se manter vivo e forte, por ser um irmão maravilhoso e por ter estado ao meu lado em todos os momentos bons de minha vida e os maus também e sei que assim será por longos anos. – olhei para Damon e ele chorava. – Obrigado por confiar em mim, por me dar a chance de ser tudo o que eu posso ser. Eu sempre vou agradecer aos céus por te ter ao meu lado, como irmão. Brindemos a isso, a nossa família, que ela continue crescendo e que Samuel seja o primeiro de uma nova geração de Salvatores. – falou olhando Caroline que corou. Todos sorrimos. – Saúde. – ele disse.

-Saúde. – Todos dissemos.

-Tenho mais uma coisa a dizer. – ele continuou. – Eu estava pensando numa oportunidade pra fazer isto. Eu sei que certamente ela vai querer me matar e dirá, você é maluco é muito cedo. Bem, - ele falou levando a mão ao bolso e tirando de lá uma caixinha preta. Caroline o olhou incrédula, Damon sorriu nada surpreso. – Eu lhe direi senhorita Forbes que cada dia que se passa sem que eu tenha esta certeza é uma eternidade e pra mim está sempre tarde demais. – ele se pôs de joelhos. – E para que o que eu acabei de dizer tenha fundamento e que se faça uma nova geração de Salvatores, quero lhe pedir aqui, diante de seus pais de coração, senhor e senhora Gilbert, - ele disse com emoção contida – Quero lhe pedir que me faça o homem mais feliz do mundo e aceite ser a minha esposa. Aceita?

O silêncio se instaurou, todos olhando para Caroline que tinha a face molhada.

-Carol... – Damon sussurrou e eu o cotovelei. – Au! – falou baixo esfregando o abdômen.

-Caroline... – disse mamãe – Não deixaríamos que fosse com alguém de menor valor. – O olhar de Caroline era assustado, ela voltou a encarar Stefan.

-Tem nossa bênção querida. – disse meu pai.

-Carol?! – insistiu Damon e Joseph sorriu. Maria o bateu no ombro e eu prendi o riso, Damon era igual ao pai. Voltei a encarar Caroline.

-Eu aceito. – ela falou quase inaudivelmente.

-O que ela disse? – provocou Damon, se eu havia escutado, então ele também. Caroline sorriu e respirou fundo.

-Eu aceito Stefan. Nada me faria mais feliz. – e Stefan respirou, e ao fechar brevemente os olhos deixou uma lágrima escapar. Puxou Caroline para que ela ficasse de pé e pôs o anel em seu dedo. Depois trocaram um beijo doce e inibido.

-Quanta coisa numa só noite. – disse Joseph.

-Nem me fale. – bufou Damon.

Nos dirigimos para a sala e logo os amigos de meu marido se despediram, eles trabalhariam ainda e Jenna tinha um compromisso maior. Antes dela sair me chamou no canto da sala, Damon ficou nos observando atento de longe.

-O que você está sentindo Elena? – ela me perguntou sem rodeios. – Além de médica já sou mãe então, digamos que eu lido e sei bem sobre sinais. – eu suspirei.

-Sinto pontadas, a barriga me desconforta, mas você disse que aconteceria nesta fase, é normal certo? – ela assentiu.

-Procure descansar mais. Fique mais tempo deitada e não force muito, fique atenta a estas dores e a qualquer outra coisa. Sabe que pode me ligar a qualquer hora. – eu assenti e Damon já estava do nosso lado, nem o vi se aproximar.

-Mulheres adoram cochichar. – falou me dando um beijo no rosto. – Tudo certo aqui?

-Estava só dizendo a Elena pra descansar e não se descuidar de nada do que eu disse. Acredito que estão seguindo todas as minhas recomendações.

-Está incluindo aquela, desprezível de não sexo?  - Damon perguntou a meia voz se curvando para Jenna.

-Damon! – eu gritei, Jenna prendeu o riso.

-Também. – disse risonha.

-A contra gosto, mas sim, todas. – ele disse carrancudo. – Eu entendo que é o melhor pra Elena e meu filho, mas é bem sacrificante. – falou me olhando sacana.

-Damon Lionel Salvatore. – disse realmente irritada, ele não tem tato?

-Saindo... – falou indo se despedir de Alaric e Andie.

-Me desculpe por isto. – disse sem jeito.

-Sem problemas Elena. Damon é uma ótima pessoa. Vocês serão ótimos pais.

Eu agradeci e ela se foi, seguida por Alaric e Andie, que antes de sair veio até mim.

-Depois da sessão do Damon, eu virei pessoalmente ajudar em tudo, os efeitos e tudo mais. – falou com meiguice. Seria mesmo muito bom.

Logo só estavam na casa Damon, Stefan Caroline e eu. Os novos noivos estavam em pleno romance.

-Olha só aqueles dois. – disse Damon, estávamos vendo um filme juntos, os quatro. Bem, acho que só o Damon estava, eu estava cochilando e Stefan e Caroline, bem, eles não estavam vendo o filme.

-Amor, se importa se subirmos? – perguntei manhosa.

-Claro que não. Estou exausto também. Noite cheia, dia cheio. Casa cheia, - falou ele um tanto alto demais fazendo Stefan lhe mostrar o dedo em meio a um beijo com Carol, eu sorri. Damon me ajudou a ficar de pé e se virou pra dar boa noite ao casal. – Se comportem. Nem preciso dizer que vão dormir em quartos separados não é mocinhos... – revirei os olhos.

-Sinto muito irmão, mas minha solidariedade vai até aqui. Não é porque você não pode que eu vou ficar a seco. – Stefan falou e recebeu um chute de Carol.

-Stefan! – ela gritou. – É a casa dele. – ela bufou. – Não se preocupe Damon. – disse sem jeito e eu bufei.

-Ele não está falando sério Caroline. – eu disse fuzilando Damon com o olhar. – Não é mesmo? – Damon me olhou com olhos cerrados e depois relaxou a expressão sorrindo.

-A vontade vocês. Eu já passei por esta fase e quer saber, é a melhor. – eu revirei meus olhos assim como Caroline e Stefan sorriu.

-Pelo amor de Deus, vamos dormir logo. – falei irritada e Damon deu de ombros e se curvou e começou a dar beijos em meu pescoço me agarrando.

-Tão brava, tão linda, tão minha. – ele dizia entre os beijos me apertando mais. Estava começando a me incomodar, não que eu não estivesse gostando é só que uma dor veio crescendo no meu baixo ventre.

-Damon... – eu gemi.

-Não faça isso amor, sabe o que Jenna disse. – sussurrou em meu ouvido sem parar o ataque. – E se você gemer... – eu bufei relutante em seu braço.

-Não amor... – me contorci, e ele se deteve.

-Nossa ficou chatiada tanto assim?

-Só quero ir pra cama e você... – eu parei, minha respiração se deteve com uma pontada, joguei o corpo pra frente.

-Elena! – Damon estava alarmado. – Querida?! – seus braços ao meu redor, tentando endireitar minha postura.

-Ai! – eu soltei entre dentes.

-O que você está sentindo? – ele perguntou, Caroline e Stefan nos olhavam paralisados, eu puxei o ar e me alinhei.

-Não se preocupem. – disse olhando pros três. – Eu só preciso descansar mesmo, a dor vai continuar se eu não me deitar amor. Estou cansada.

-Certo. Você tem razão. Cama. – falou me pegando no colo devagar, eu gemi um pouco e me entrelacei em seu pescoço. – Boa noite pra vocês. – ele disse pro irmão e Carol.

-Boa noite. – ouvimos dos dois.

-Lena se precisar de qualquer coisa... – Carol falou.

-Ficarei bem, marido médico lembra? – ela sorriu e Damon me guiou escada a cima, com todo o cuidado.

Chegamos ao quarto e ele me pôs na cama.

-Preciso me vestir pra dormir.

-Eu sei, mas fica ai quieta, eu vou pegar uma roupa pra você.

-Damon...

-Nem começa Elena. Você já me deu sustos demais hoje. Fica parada. – ele disse em tom sério.

-Tudo bem. – falei vencida, eu não estava afim de me mover mesmo.

Ele trouxe a roupa e me ajudou a vestir, depois foi se trocar e logo estava de volta a cama, não demorei muito adormecer em seus braços, eu precisava disso.

...

Eu mal podia acreditar. Finalmente a última sessão. Eu acordei bem animado. Elena estava descansando bastante estes dias, por recomendação da Jenna, estava chegando a hora e seu corpo não resistia tanto assim, ela se cansava bem fácil. Stefan fez questão de me acompanhar. Eu estava ansioso.

Quando eu paro pra pensar em tudo o que eu vivi nestes últimos tempos com Elena. O fim do noivado dela com Stefan, meus ciúmes, nosso namoro, minha doença, nossa separação, a gravidez dela, nosso casamento, a loucura com a Rose. Eu mal podia acreditar o quanto superamos juntos, e que tudo pelo qual sofremos e lutamos só serviu pra fortalecer o nosso amor. Eu sempre vou amar ela e o que eu vivo com ela.

-Vamos lá cara? – disse Ric e eu assenti.

Fiquei durante toda a sessão conversando com Stefan. No final Andie veio até nós e disse que iria conosco.

-Realmente isto é bem exagerado. – eu bufei.

-Bem, pode ser sim, mas dei minha palavra a Elena. Tenho certeza que ela ficará mais tranquila se eu estiver por perto e como vocês reagem um ao outro como imãs, acho que isto significa que é o melhor pra você também. – disse convencida.

-Eu concordo com ela. – falou Stefan dando de ombros.

-Que seja. – me rendi.

-Deixo você em casa e volto pra empresa, aquilo lá está uma loucura com a viagem do papai.

-Tudo bem Stefan. Estarei com três mulheres me paparicando. Ficarei bem. – Andie bufou e entrou no carro. – Mamãe foi com ele?

-Sim. Estarão de volta no final da semana.

Entramos no carro e no caminho Andie me enchia de perguntas.

-Sente dor, febre, enjoo?

-Relaxa Star, estou ótimo. – Stefan sorriu.

-Que bom. – ela suspirou.

Logo chegamos a minha casa e eu mal entrei e já avistei Elena vindo em minha direção, me deu um abraço apertado.

-Ele está bem? – perguntou pra Andie.

-Eu estou aqui querida. – falei irônico – E sim, estou bem. – ela sorriu. Caroline alcançou meu irmão e foram se despedir longe de nós.

Jantamos juntos, depois ficamos conversando. Elena falava com Andie e Caroline sobre Samuel. Caroline já falava sobre batismo, eu sorria quieto enquanto trabalhava no notebook. Depois de um tempo Elena veio pra perto de mim.

-Tudo bem aqui? – e por incrível que pareça estava. Eu estava sentindo frio, deveria ser por febre, mas nada além disso. O que era ótimo. Ric sempre me disse que seria o pior e estava sendo o contrário.

-Está sim. E com você? – ela sorriu.

-Cansada.

-Vamos dormir? – ela assentiu.

Antes de sair Andie me cercou de recomendações. Deixamos as duas na sala e fomos pro nosso quarto. Elena não demorou a desabar no sono e eu fiquei a observando dormir.

...

-Damon?!

-O que foi?

-Abre os olhos preguiçoso.

-Não te ouço com os olhos Elena.

-Damon...

Certo... eu bufei e abri. Mas que...

-Rose?!

...

-Damon! – meu coração na boca e Elena me olhando séria.

-Desculpa. – suspirei me jogando de volta pras almofadas, estava frio.

-Você está com febre e a um tempo começou a gemer um tanto alto.

-Te acordei com isso?

-Achei que estivesse com dor. – ela disse me olhando meiga.

-Me desculpe por isto querida.

-Tudo bem, eu só me assustei, você começou a gemer e falar coisas sem nexo algum. Está tudo bem?

-Minha cabeça está explodindo e está frio.

-Quer outro cobertor. – eu assenti. – Vou te trazer um remédio pra dor na cabeça. – falou se afastando.

Comecei a sentir uma tontura, mas como isso? Eu estava na cama droga. Meu estômago revirou, estava tudo muito bom pra ser real.

-Pronto. – Elena falou me cobrindo e mal fez isso eu saltei da cama correndo pro banheiro. – Demorou. – ela disse ao me alcançar e eu gemi, voltando a vomitar.

-Chama a Andie. – eu pedi.

-De jeito nenhum. A esta hora ela está dormindo e eu posso cuidar de você. – eu a olhei e me sentei, tentando recuperar meu fôlego. – Está muito forte o enjoo? – eu neguei, não estava.

-Bem, - disse e me estendeu um comprimido. – Pra sua cabeça. – eu peguei. – Aqui. – ela disse me passando um copo com água. Tomei sem hesitar e depois voltei com ela pra cama.

-Estava sonhando com o que? – me perguntou enquanto se aninhava em meus braços.

-Bobagens. – disse meio gemendo. Caramba, está frio.

-Calma, já vai esquentar amor. – ela falou esfregando meu peito e me respondendo o pensamento. – Foi com a Rose certo?

-Elena...

-Tudo bem, você gritou o nome dela. – suspirei.

-Vamos esquecer isto... – minha voz estava falha.

-Tudo bem, relaxe, estou aqui pra cuidar de você. Nós dois.

Ficamos assim por um tempo, a dor de cabeça se foi e Elena já dormira outra vez, depois de um tempo eu também consegui recuperar meu sono, não foi assim tão ruim e pouco a pouco adormeci.

...

Na manhã seguinte saí da cama e deixei Damon dormindo, ele estava sereno e precisava disso. Eu estava com muita fome. Caroline e Andie já estavam a mesa.

-Bom dia! – cumprimentei.

-Bom dia mamãe. – disse Carol.

-Bom dia Elena, tudo certo? – perguntou Andie.

-Ele passou mal pela madrugada, febre e alguns enjoos, mas nada que eu não pudesse ajudar. Ele está dormindo tranquilo agora.

-Isso é muito bom sinal Elena. Damon está bem resistente aos medicamentos e reagindo bem. Vamos esperar os resultados finais dos exames. – disse sorrindo e me juntei a elas no café.

Eu estava muito confiante e aliviada. Logo nosso filho estaria entre nós e seria muito bom saber que ele teria pai dele saudável ao meu lado para recebê-lo. Era o que eu mais desejava agora.


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Notas finais do capítulo

Samuel tão perto agora *-*
Beijos!



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