Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 45
Pode dar certo


Notas iniciais do capítulo

Agradeço à Érika Knight pela recomendação. *-*
Meninas quero avisar que deixei o jantar de oficialização do noivado para o capítulo de amanhã. (não me matem) kkkkk
Quem chutou os donos do momento fofis acertou kkkk e o cap é só deles ^^
Boa leitura!



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Quando Jeremy e eu chegamos eram duas da manhã e eu estava exausta. Jeremy me deixou na porta de meu quarto e foi pro seu, encontrei Damon largado na cama ao lado do seu notebook e do seu celular. Comecei a dar beijinhos nele.

–Hum... Você não me ligou ao sair do evento. – ele resmungou ainda de olhos fechados enquanto reagia ao meu toque.

–Liguei ao chegar e foi o suficiente, sabia que estaria dormindo e você teve uma noite agitada. – falei sentando na cama enquanto começava a me despir.

–Se divertiu? – ele me perguntou se virando para a minha direção, me encarando enfim.

–Estava tudo muito belo, você teria adorado, eram trabalhos magníficos.

–Confio em você, sempre teve bom gosto pras artes. – ele falou sentando-se na cama e colocando o notebook e o celular na poltrona ao seu lado.

–E você sempre teve o bom gosto pra reconhecer. – falei sorrindo e lhe dando um beijo. -Vou tomar um banho rápido. – ele assentiu, terminei de tirar meu vestido e as joias, já tinha me livrado do salto, ele ficou me olhando da cama, silencioso.

Eu tomei um banho muito rápido, eu estava estranhando o Damon durante todo o dia que passamos juntos ontem, ele estava bem pensativo e parecia desconfortável com algo. Comecei a me perguntar se ele estava se sentindo bem. Voltei para a cama e o encontrei na mesma posição, parecia uma estátua.

–Está tudo bem meu amor? – ele me encarou ao ouvir minha voz.

–Sim. Está. – eu fiquei o encarando meio cautelosa e logo me juntei a ele, deitando-me na cama ao seu lado, logo ele me entrelaçou num abraço quente e terno.

–Conseguiu resolver suas coisas? - perguntei a ele enquanto fazia carinho em seu peito.

–Sim, consegui. Comprei nossas passagens também, Fell não se incomoda em sentar-se um pouco distante de nós certo? – eu abafei um riso, ele não mudava.

–Acredito que não. Falou com Rose?

–Sim, falei. – ele respondeu firme e um tanto tenso demais.

–E o que ela queria?

–Nada demais, apenas me lembrar de algumas coisas, ela é meio minha enfermeira pessoal.

–Hum... Eu acho que Stefan me falou algo do tipo. Mencionou também que sua mãe está mais simpática para com ela.

–É verdade. Minha mãe tem aquele jeito dela. “Não gosto de você, mas se faz bem a quem eu amo posso gostar.” – ele falou num tom divertido, como se imitasse a voz da mãe.

–Sei... Acredito que Rose esteja te fazendo muito bem então, pois sua mãe a detestava. - falei num tom debochado, porém eu estava irritada, as palavras de Damon significavam que a aranha estava ganhando a senhora Salvatore e eu detestei ouvir aquilo.

–Temos que acordar cedo, então... – ele estava tentando terminar com o assunto, certamente notou meu tom de mal humor. Eu estava cansada também e resolvi nem protestar.

Damon foi deitando aos poucos, me levando com ele, sem me soltar do abraço. Ele estava sereno, sua respiração calma.

–Boa noite Elena, eu te amo. – ele falou em sussurro.

–Boa noite meu amor. – ficamos em silêncio, eu só ouvia sua respiração. Depois não ouvi mais nada.

...

Eu acordei com as palavras de Damon martelando em minha cabeça.

Certo, já que não posso falar com a mãe agora, isso deve ser um sinal de que tenho que fazer uma surpresa e você vai me ajudar. Apronte um jantar de noivado para amanhã á noite, por favor maninho, e chame meus futuros sogros. Sei que consegue, considerarei metade de sua dívida comigo paga.”

Eu estava muito ferrado. Olhei pro meu relógio, marcava sete da manhã. Minha mãe estaria de volta às dezesseis horas, ela foi resolver umas coisas em uma de nossas propriedades no interior. Realmente eu precisava de ajuda para que quando Damon chegasse de viagem tudo estivesse bem, meus pais teriam uma bela surpresa, não só eles. Eu estava pensando em quem chamar para me ajudar. Encarando o teto do meu quarto, tentei ser sensato. Rose, embora tivesse passado anos a frente dos assuntos domésticos da casa de meu irmão em Paris, foi a primeira descartada. Minha mãe podia estar sendo mais receptiva com ela, mas certamente não ia gostar de imaginar ela dando ordens a seus empregados. Rebekah foi minha segunda opção, afinal ela era boa nisso, mas tinha a questão de Elena não suportar ela e bem, a noite deveria ser bastante agradável, eu até estava pensando em deixar minha namorada de fora desta pequena reuniãozinha. Por último, mas não menos importante, tinha a Caroline. Escolha perfeita, amiga da Elena e do Damon, sabia organizar coisas assim como ninguém, a senhora Gilbert certamente lhe daria permissão, a única coisa que ainda me fazia relutar antes de digitar o número dela era o fato de ultimamente eu perder a noção junto daquela mulher. Caroline me fazia sentir coisas estranhas, coisas que eu nunca senti por nenhuma outra mulher, nem por minha namorada, nem por minha ex-noiva. Era como se com ela eu pudesse ser totalmente eu, como eu era com meu irmão, sem receio ou cautela. Ela me inspirava confiança e paz. Eu estava me sentindo cada vez mais perdido em relação ao que sentia, mas ao final percebi que seria egoísmo pensar em mim. A noite hoje era de Elena e meu irmão e eu sabia que Caroline era a única que poderia torná-la ainda mais perfeita. Não relutei mais.

Alô! – ouvi sua voz terna.

–Olá Caroline, como tem passado?

Muito bem, obrigada! Algum problema?

–Na verdade sim. Eu queria saber se pode me livrar de uma baita enrascada.

Certo, pode ter certeza de que tem minha atenção. Do que precisa?

–Damon me pediu para organizar um jantar aqui em casa hoje. Ele disse que tem algo a anunciar. Você sendo amiga de Elena deve saber do que se trata.

Oh meu Deus! É sério?

–Bastante. Você pode me ajudar?

Claro que sim. – ela gritou empolgada.

–Ótimo! Me faça também o favor de anunciar ao senhor e senhora Gilbert, acredito que sejam convidados de honra para a ocasião.

–Certamente o farei. Mas... Onde está a senhora Salvatore? Porque você teve que me pedir pra eu te ajudar?

–Bem, mamãe não está em casa então... Eu pesei alguns prós e contras e digamos que era você ou a Bekah e você sabe que a Len não...

–Entendi. – ela falou risonha. – Bem, me diga o que tem em mente?

–Bem , eu vou dar uma desculpa qualquer para faltar no trabalho hoje, meu pai tem em mente que tenho uns negócios para tratar, algo fora das empresas, então não será problema. Posso passar pra te pegar aí em uma ou duas horas.

Em uma hora senhor Salvatore, estarei esperando. –Eu não contive um riso, ela sabia ser bem enfática.

-Certo, em uma hora senhorita Forbes. Até breve!

–Até!

Certo, uma coisa a menos, mas o dia estava apenas começando. Tomei um banho, desci, tomei café com meu pai enquanto lhe explicava que teria que me ausentar do trabalho, ele não pareceu se importar, me perguntou sobre Damon e eu lhe falei que estaria de volta ainda hoje. Rose já havia saído para o seu curso e estaria de volta para o almoço. Após terminar meu café fui buscar a Caroline na casa dos Gilbert’s.

-Está atrasado! – ela me abordou assim que desci do carro, estava de braços cruzados.

-Dois minutos Caroline. – eu disse perplexo, ela fez uma expressão engraçada, irritada conseguia ser mais linda.

–Ainda sim, é um atraso! - falou convicta indo na direção do carro, eu corri para abrir a porta pra ela, mas ela ergueu a mão em minha direção para que eu parasse. – Sem cavalheirismos agora senhor Salvatore – ela disse e foi logo abrindo ela mesma a porta. – Não podemos perder mais tempo. – ela apontou para a minha porta com a cabeça e entrou no carro, eu ria com tudo aquilo, ela com certeza era perfeccionista, mas eu nunca tinha parado pra pensar no quanto.

Entrei no carro e mal passamos no portão de saída e ela começou a tagarelar sobre um monte de lugares que teríamos de ir. Restaurantes, floriculturas, lojas de vinhos, docerias, aquilo estava tomando proporções assustadoras.

–Não é muito exagerado? – perguntei hesitante e me arrependi assim que notei seu olhar fulminante pra mim.

–Está brincando? Sabemos exatamente o que eles irão anunciar neste jantar, titio. – ela falou num tom divertido no final e eu não pude deixar de sorrir, tentava focar na estrada.

–É, Damon me contou, se bem que também acredito que possa ter algo mais. – eu notei perifericamente ela me olhar e olhei para ela. – Pode ser um jantar de noivado, seria o mais lógico. – eu falei dando de ombros e ela abriu a boca.

–Como não pensei nisso antes? Claro que é um jantar de noivado! – ela falava visivelmente irritada, pegou seu celular e começou a digitar. – Significa que estamos mais atrasados do que pensei. Senhor! – sua voz estava aflita.

–Calma Caroline, é apenas um jantar entre família. Não precisa ser o acontecimento do ano. – eu falei tentando suavizar sua preocupação, o que eu consegui foi irritá-la ainda mais e me deparar outra vez com seu olhar secante. Resolvi calar a boca, fiz um gesto pra ela com minha mão, indicando que não falaria mais nada.

–Certo, temos que encomendar um bolo, alguns doces, passar na floricultura. Tenho que ir até sua casa, e colocar as empregadas para se mexer, enquanto resolvemos tudo isso eu vou ligando para o pessoal de alguns buffet’s que conheço, temos que passar em alguns pra degustar, Elena e Damon não podem comer qualquer coisa, eles estão passando por dietas distintas, temos que fazer algo que todos possam comer agradavelmente bem.

–Nossa! – deixei escapar e ela me encarou dando de ombros.

–O que foi? – me perguntou confusa.

–É realmente muita coisa pra se pensar, eu não estaria pensando nem na metade disto. – ela bufou, revirando os olhos.

–Claro que não estaria, você é homem! – falou convicta voltando a encarar a tela do celular.

–Pelo menos eu tive a ideia de te chamar. Isso deve me dar algum mérito. – falei divertido, encarando a estrada, notei ela olhar pra mim.

–Certamente isto lhe dá algum mérito.

–Pelo menos isso. – ela sorriu largamente.

–Temos muito o que fazer então... Conhece este lugar? – ela perguntou me mostrando o endereço no mapa em seu celular, respondi que sim com a cabeça.

–Ótimo, vamos para lá então. – ela falou mandona e eu me divertia cada vez mais, estava me sentindo muito bem.

...

Stefan e eu estivemos juntos toda a manhã, fomos à mansão Salvatore, deixamos todos os empregados a par de tudo o que chegaria para o jantar, flores, a comida, bebidas, tudo. Depois voltamos para resolver mais algumas coisas, passamos em alguns buffet’s provamos comidas juntos, ele estava dividido entre estas tarefas e atender alguns telefonemas importantes, eu me divertia com o quanto ele se esforçava para fazer as duas coisas: me auxiliar – como podia – e atender seus clientes. Fomos almoçar juntos depois que tudo estava acertado, acabamos parando em uma lanchonete, eu me surpreendi com a escolha, mas Stefan explicou que estava morrendo de fome e não faria questão de onde estivesse comendo só de comer. Eu fiquei realmente surpresa.

–Vou te deixar na casa dos Gilbert’s – ele dizia enquanto devorava um hamburger e atendia uma ligação. – Um momento. – ele pediu e eu assenti.

Ele falou rapidamente ao telefone, desligou e voltou a me encarar. – Você pega suas coisas e depois te deixo na minha casa, você poderá organizar tudo livremente, minha mãe estará de volta às quatro da tarde e Rose já estará lá, ela te ajuda se precisar, tenho que voltar para as empresas.

Ele me falava enquanto comia, sua boca cheia, eu o encarava perplexa.Quando ele notou me olhou confuso.

–Que foi? – eu notei uma mancha de molho que havia em sua gola branca e arregalei os olhos, aquilo deixaria uma mancha horrenda, ele não podia ir trabalhar assim. Imediatamente peguei um guardanapo e me sentei na cadeira ao seu lado, ele meio que se afastou defensivo.

–Calma Stefan, tem uma mancha na sua roupa. – eu apontei para a gola e ele quase salta da cadeira.

–Droga! – ele esbravejou.

–Tudo bem, eu limpo! – falei sorrindo e ele ficou sem jeito.

–Desculpa, eu meio que viro um bebê Dino quando estou com fome e digamos que o que nós provamos por toda a manhã só me deixou mais faminto. - ele tentava se explicar e eu estava focada no que fazia.

–Não tem problema, vai sair. – falei mergulhando a ponta do guardanapo na água do copo diante de mim e voltei a esfregar a gola de sua roupa. Seu perfume adentrou meu ser e no mesmo momento eu o encarei, ele tinha os olhos em mim.

–Acho que já é o bastante não é? – ele me perguntou engolindo seco, nossos rostos estavam muito próximos, ele encarava minha boca e eu seus olhos.

–É, eu acho que sim, é o bastante. – ele acenou positivamente com a cabeça. – Uhum. – eu praticamente gemi concordando com seu aceno. Que droga Caroline, é só se afastar dele, porque não está se afastando dele? – Stefan ainda tinha o olhos em minha boca, ele olhou dentro de meus olhos e franziu a testa, depois sacudiu a cabeça negativamente e falou:

–Não, acho que não foi o bastante. – então ele agarrou a minha nuca e me deu um beijo extremamente urgente, me pareceu algo que ele queria fazer a tempo e nem sei explicar como nem porque, mas também queria muito, na verdade eu não entendia nada do que estava acontecendo, só não conseguia parar.

O beijo foi ficando mais calmo, nos separamos por um momento, nos encaramos, ambos com confusão no olhar, ele se inclinou pra me beijar novamente, não me esquivei, foi um beijo mais envolvente, mais cálido. Algo veio em minha mente, e eu quis morrer por me lembrar de algo do tipo, mas era verdade, eu não podia fugir, eu estava beijando Stefan Salvatore, homem comprometido, logo eu que não gostava de servir de brinquedo pra ninguém, Que burrice! O empurrei quase que instantaneamente.

–Não Stefan! – soltei sem ar. Ele me encarou culpado.

–Desculpa.

–Temos que ir. – falei me levantando. Ele jogou um monte pequeno de notas em cima da mesa, eu peguei minha bolsa e fui em direção da saída, estava quase correndo, ele veio atrás de mim e segurou meu braço.

–Espera! – falou ofegante.

–Stefan, apenas vamos fingir que não aconteceu. – eu falei sem o encarar, me soltando de seu braço, dei as costas a ele.

–E se eu não quiser? – ele falou em minhas costas e eu voltei a encará-lo.

–Terá que esquecer, porque não pode dar certo, nada disso pode ser certo.

–Isso o que? – ele perguntou se aproximando de mim, tentei recuar, ele me prendeu em seus braços.

–Nós dois. – falei trêmula.

–Eu quero. – ele disse, com olhar firme.

–Mas eu não. - falei num tom mais firme, juntando minhas forças. – Agora vamos, estamos perdendo tempo aqui. - me soltei de seu braço e fui em direção ao carro.

Stefan me seguiu, destravou as portas, eu entrei e respirei fundo, nunca pensei que isto pudesse acontecer, em seguida ele entrou, não falou nada, o caminho inteiro eu foquei para sequer olhar em sua direção, encarava a janela do meu lado. Chegamos a casa dos Gilbert’s, me demorei o mínimo, voltei e no caminho até a casa dos Salvatore ficamos iguais, calados. Quando finalmente chegamos e eu ia descer, Stefan segurou meu braço.

–Eu entendo que foi errado. – ele falou me encarando com uma expressão sofrida. – A forma que aconteceu, que você se sente usada. – eu baixei o olhar – Mas eu quero te dizer que não agi de caso pensado, meus sentimentos falaram mais alto, eu simplesmente não posso explicar o que houve lá Caroline, mas posso te dizer com certeza que, se você me der a chance, pode dar certo. – Eu o encarei confusa. – Nós dois. – engoli seco e ele soltou meu braço.

Saí do carro praticamente correndo, eu tinha muito o que fazer para esta noite, mas acima de tudo eu precisava esquecer o que houve, seria tudo mais difícil agora, depois do que ele me falou, mas era o que eu deveria fazer. Elena e Damon estariam de volta de Paris hoje com muitas novidades, eu tentaria focar nisso.

...

Eu estava eufórico, o que houve entre mim e Caroline foi algo tão intenso que me tirou o chão, eu nem sabia direito como estava agindo e nem porque. Estava confuso agora, liguei para a única pessoa com quem poderia falar abertamente sobre isto.

–Alô!

–Boa tarde Damon!

–Stefan?! Problemas? – a voz dele estava estranha, embargada.

–Te acordei? – perguntei deduzindo pelo seu tom de voz.

Não. Estou bem acordado, se não notou já passa e muito do meio-dia.

–Claro. – eu bufei.

–E então? Problemas?

Eu respirei fundo, Damon certamente me diria algo que me deixaria menos atordoado, eu contava com isso.



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Notas finais do capítulo

No próximo teremos o jantar, momentos Delena show de bola kkkk
Sobre os sonhos do Damon eu só posso adiantar uma coisinha: Vocês vão ficar de boca aberta kkkkkk Mas não vai ser nada ameaçador para nosso casal. Beijinhos!