The Secret escrita por Ronnie
Notas iniciais do capítulo
Não consegui evitar de por o 10° cap!
-Melhor... Eu acho! – estranhei, olhando-o com medo, ou melhor, mais medo que antes. O que ele havia feito?! O que ele era? Uma espécie de bruxo, feiticeiro ou qualquer coisa assim?
-Que bom! – sorriu ele de leve. Não via ele mostrar os dentes, eram apenas meros sorrisos.
-O que fez? – perguntei após um tempo de silêncio.
-Lhe ajudei Melany. – ele falava de forma tão formal que me irritava!
-Quem é você? – disse virando-me na poltrona e olhando para seu rosto de lado.
-Um amigo. – sorriu ele, como sempre, sem mostrar os dentes.
-Ninguém é amigo de ninguém neste mundo! – já havia passado por tanta coisa que aprendi em não confiar em ninguém, principalmente os bonzinhos demais. Confiei por um segundo em Petrick e ele se mostrou ser uma pessoa completamente desequilibrada.
-Talvez não neste. – disse ele. Estava começando a odiar esse suspense todo e mistério que ele criava com tudo que dizia.
-Como assim... – ele não me deixou terminar.
-Ali! Chegamos. – pude ver minha casa, de longe.
Não sentia falta da casa e sim das pessoas que residiam lá. Já que não se encontravam mais, por que sentir falta?!
Minha casa estava escura e a noite estava nebulosa e coberta por um vento gelado que estremecia até a espinha.
Ele estacionou e eu desci rapidamente do carro, olhando minha casa de baixo.
Ela estava tão escura, apagada, com seu grande telhado, flores murchas e mortas no quintal da frente e janelas fechadas e escuras. Costumava lembrar desta casa de forma feliz. As janelas sempre estavam abertas, a casa iluminada, jardim perfeitamente cuidado e sem a pilha de contas e jornais velhos em frente a porta da frente.
Eu não havia levado a chave da casa para cidade de minha avó. Costumava deixá-la dentro de um vaso de plantas em cima da porta, no lado esquerdo. Mamãe achava sempre bom ter uma chave extra, que era a minha, mas depois de suas mortes suas chaves desapareceram, sobrando somente a minha.
Fechei a porta do carro e caminhei até a porta da frente, sentia que Matthew estava me seguindo.
Fiquei na ponta dos pés e alcancei o vaso de planta, mas não conseguia tirar a chave de dentro dele, era muito fundo e sempre fui baixa. Quem costumava tirar a chave era meu pai.
-Deixe-me ajudá-la... – ouvi a voz de Matthew atrás de mim.
-Não... Deixa que eu pego... – falei me esticando cada vez mais, até sentir seus braços envolta de minhas pernas e me levantando. Surpreendi-me com esse ato. Pensei que ele queria pegar.
Peguei rapidamente a chave e ele me pos no chão graciosamente.
-Obrigada... – falei quase como um sussurro, mas ele pareceu ouvir.
Coloquei a chave na porta e a girei duas vezes para a esquerda, rapidamente se abriu.
Era estranho entrar e não ouvir minha mãe ou meu pai dizendo: “Filha?”, mas respirei fundo e entrei na casa que meus pais se orgulhavam de ser um pouco luxuosa.
Papai e mamãe eram jornalistas no jornal central do país, ganhavam muito bem, mas sempre me ensinaram a não me gabar e ser humilde sempre! Cresci ouvindo isso.
Liguei a luz e vi a casa do jeitinho que minha mãe havia deixado. Vi a escada logo a minha frente, a sala de estar do lado direito e a cozinha do lado esquerdo. Entrando pela sala de estar, chegava-se ao banheiro e a sala de jantar e indo pela cozinha chegava-se a área de serviço e a varanda, onde mamãe tinha uma mini horta.
Fui em direção a sala e me sentei no pequeno e fofo sofá de couro preto, em frente à TV de 49 polegadas que papai gostava de ver futebol com salgadinhos e cerveja aos sábados.
Ouvi a porta batendo. Havia me esquecido que Matthew estava em minha casa. Ele pos minhas coisas em cima do sofá, e o objeto em formato de cobra escorregou do bolso de meu casaco preto e caiu indo parar no carpete creme da sala.
Arregalei os olhos ao ver ele indo em direção a ele e dizendo:
-Deixe-me pegar.
Levantei-me abruptamente do sofá e me taquei no chão para tentar pegar antes dele, mas ele foi mais rápido que eu.
Levantei-me rapidamente e tirei o objeto de sua mão rapidamente e o coloquei debaixo de meu casaco novamente.
-Não precisa ficar nervosa. – riu ele remexendo minhas roupas e pegando o objeto novamente.
Tirei de sua mão rapidamente.
-É pessoal! – disse rispidamente.
-Isto também é pessoal? – ele dobrou a manga de seu terno e blusa social e estendeu a mão tatuada.
Pude ver uma cobra, uma cobra de verdade, sair de sua mão. Ela tinha olhos de cristal e olhou para mim, eu não estava ficando doida! Ela olhou para mim. Tinha escamas cinza e parecia gelada, logo se transformou em um objeto, idêntico ao que eu tinha, só que os olhos da minha eram vermelhos e as dele, brancas.
Ele tirou o bracelete das mãos e colocou os dois lado a lado.
Os braceletes imediatamente se transformaram em cobras de verdade e entrelaçaram-se formando agora um único bracelete.
Eu estava espantada com todo o processo, mas Matthew pareceu espantado com essa última experiência.
-Mas, o que...? – falou ele, estreitando as sobrancelhas.
-O que foi isso?! – exclamei nervosa.
-Nunca vi nenhuma Nirhak fazer isto antes! – ele parecia realmente surpresa, mas não mais que eu.
-Matthew, que porra é essa?! – gritei.
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hahahahah Gostaram?