Rosas escrita por Larissa M


Capítulo 12
Capítulo 11 - O que fazer?


Notas iniciais do capítulo

=D aproveitem o capítulo, mas estejam avisados, vai demorar p/ as coisas acalmarem...



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Lá fora no jardim, a moça fazia seu trabalho com esmero e prazer. Quando a hora já ia avançada, Susanna entrou de novo a mansão, a procura de Ilina para pedir um copo d’água.

Em um dos muitos corredores, viu um jovem de cabelos escuros, de costas para ela, o qual a fisionomia Susanna achou muitíssimo familiar. Todavia, estava com tanto sede que nem sequer percebeu o que fazia quando lhe chamou a atenção:

- Com licença... – ela falou. – Para onde é a cozinha? Sou nova aqui e...

O jovem de cabelos escuros se virou, sobressaltado pela voz. Christopher cessara seu caminhar acelerado para parar mais uma vez defronte uma janela, preocupado com o que faria e absorto em pensamentos. Quando Susanna lhe dirigira a palavra, embora uma surpresa, era uma situação em que Christopher já sabia o que faria.

- Christopher? – Susanna perguntou, mesmo já reconhecendo-o. – O que... Você... Christopher Giusini?

De súbito, todas as peças do quebra cabeça que vinha enfrentando se uniram, e formaram um terrível sentido na cabeça de Susanna. Ali estava ele, seu Christopher, mas também o dono daquela mansão, carregando orgulhosamente o nome de Giusini. Todas as ofensas que ela proferira na noite passada, achando que inocentemente que falava mal de um mero desconhecido, estavam na verdade voltadas para o homem com quem dançara. Agora a ausência do jovem “arrogante e orgulhoso” durante a festa estava justificada.

- Sim, Susanna. – a moça não deixou de notar a falta do apelido que sempre lhe dava, Susanna das Rosas, na frase. – Sou eu, mas não devia estar espantada, não é? “Tipicamente arrogante”, o Christopher Giusini nem sequer se dignou a cumprimentar a nova jardineira... – ele acrescentou frio, fazendo referência ao adjetivo que Susanna usara para descrevê-lo. Por mais que suas reflexões de poucos minutos antes tivesse cunho pacífico, não se contivera. Ainda estava ferido demais pela noite passada. – O que está fazendo aqui?

- Eu... – Susanna se engasgou com as palavras. – Eu não sabia. Não poderia saber... não sabia nem onde esta mansão ficava! Como poderia adivinhar que era seu o irmão que estava me oferecendo um emprego?

- Está enganada, Susanna, não foi meu irmão, fui eu quem saiu à procura de uma jardineira... Fui eu também quem a conduziu pelo salão ontem a noite, se está bem lembrada. Eu não vou esquecer disso, querida. O que fez foi julgar Giusini pelas aparências, e, que surpresa!, me julgar também. Me desculpe, Susanna, se evitar sua presença, mas é o que farei.

Susanna ficou sem fala. Não sabia o que responder, não sabia como reagir. Ficou estarrecida com as duras palavras que ele lhe dirigia, e ao mesmo tempo se perguntando como fora tão tola a não perceber o que estava bem a sua frente o tempo todo.

- Se quiser me mandar embora, que o faça agora. – ela sentenciou, achando dentro de si uma centelha de coragem para enfrentá-lo, mesmo não gostando.

- Não. – ele respondeu, decidido. Não a olhava nos olhos, estava com o rosto baixo. Susanna não conseguiu ler sua expressão. – Não posso negar que habilidade você tem, minha cara...

As palavras de Christopher quase deixavam passar que ele não estava completamente enraivecido dela. Ainda assim, foram inexpressivas, transformando “minha cara” em nada mais do que uma corriqueira expressão.

O jovem deu as costas a Susanna, seguindo pelo corredor sem olhar para trás.

Quando Susanna por fim encontrou o caminho para a cozinha, já nem mais estava com tanta sede que antes. Na verdade, não conseguiria desviar seus pensamentos de Christopher desde que pusera os olhos nele no corredor. Não sabia nem como havia ido parar na cozinha, de tão distraída que estava.

Não encontrando ninguém na cozinha, Susanna se serviu sozinha. Foi até a bancada, buscou um copo e se dirigiu ao galão de água.

Ela ainda não conseguira acreditar no que fizera. Agora que parara para pensar, seu comportamento na noite passada fora extremamente diferente do que lhe era comum. Não era do feitio de Susanna sair repassando os boatos que ouvia de sua tia para quem quer que fosse. Geralmente, ou mantinha eles para si, ou dizia a sua própria opinião sobre o indivíduo. No entanto, se buscasse pela memória, não acharia um caso sequer que houvesse encontrado com Christopher Giusini, nem qualquer tipo de contato com o jovem. Aparte, é claro, dos encontros com aquele que se revelara naquela mesma tarde.

Como ela pudera? Simplesmente era incabível em sua mente que um Christopher fosse também o outro. Mas talvez ele estivesse certo. Estivesse corretíssimo em ficar com raiva dela, pois afinal só riscara a possibilidade de um ser o outro pois se deixara levar pelo que ouvia, não pela verdade em si.

Com raiva de si mesma, e bebericando a água devagar, Susanna mal percebeu quando outra pessoa entrou na cozinha. Levantando os olhos, Suze por fim os cachos negros a sua frente, indo até quase a cintura da mulher, e resolveu se justificar para Ilina:

- Ah, Ilina, estava com sede, vim aqui dentro só para pegar água mesmo...

Para a surpresa de Susanna, não foi a empregada, mas outra mulher quem virou para encará-la. Ao contrário de Ilina, a moça a frente de Susanna tinha olhos negros como breu, mas brilhosos ao refletirem a luz do sol. Era anos mais nova do que a outra, isto era notável, e parecia confusa por alguns minutos ao encarar Susanna.

- Oh, creio que tenha me confundido com Ilina... Somos parecidas, eu disse isso a ela. – a jovem falou. – Prazer, sou Vivian Melbourne. Acho que não me conhece, apesar de eu ter certeza de tê-la visto na festa ontem...

Vivian estendia a mão em cumprimento para Susanna. A jardineira aceitou, respondendo, ainda um pouco confusa com a identidade da outra jovem.

- Susanna Hayes, eu... – ela hesitou um pouco antes de continuar – Sou a nova jardineira daqui. Prazer.

- Oh, claro, George me contou. – notando o quanto Susanna estava embaraçada, Vivian comentou gentilmente.  – Acho isto um belo trabalho. Nada mais digno.

Susanna sorriu, um pouco mais a vontade. Não sabia se a outra falava aquilo apenas por causa de seu retraimento ou porque realmente achava aquilo. De qualquer modo, ela havia ouvido falar do Melbourne, e de sua relação com os Giusini. Decidida, Susanna afastou as lembranças desse caso em questão, contado por Isobel, para não cair no mesmo erro que antes. Vivian parecia uma jovem adorável.

- Obrigada. – agradeceu. – Bem, eu acho que eu preciso voltar...

- Certo. Até outra ocasião, Susanna.

A moça das flores assentiu, e foi para fora da mansão.

Estava confusa. Não sabia se voltava, não sabia o que fazia. Christopher falara com todas as letras que não iria demiti-la, mas mesmo assim ela própria pensava em sair dali o mais rápido possível. Como iria ficar se a sua delicada situação se espalhasse para o resto da casa? Com certeza, todos os bons tratos que vinha tendo até agora teriam um fim.

Tomando uma decisão, Susanna entrou de novo na casa, e encontrou com Vivian novamente. Antes que a moça pudesse falar, Susanna disse:

- Avise, por favor, que estou de saída... Faria isso?

Vivian assentiu, confusa.

- Não vou ficar parada... – Susanna murmurou para si mesma. Depois, acrescentou aumentando o tom de voz. – Sabe onde Christopher está?

- Creio que esteja pintando, no andar de cima...

Susanna estacou na porta da cozinha. Assim que ouvira “andar de cima” já fora se encaminhando para lá, depressa. Mas ao notar que Vivian dissera “pintando” não pôde acreditar. Pensando bem, ela mal conhecia Christopher.

- Você disse pintando? – Susanna se virou para trás.

- Sim... Susanna, o que está acontecendo? – Vivian perguntou, estranhando completamente as atitudes repentinas e aparentemente inexplicáveis da jardineira.

- Eu... Eu... Tenho que subir. Eu preciso falar com ele.

Vivian não a interrompeu. O modo como Susanna pronunciara as palavras fora demasiado sério e decidido para ela ao menos questionar. O mais, não conhecia Susanna o bastante para saber o que é que estava acontecendo.

Vivian saiu da cozinha momentos depois da jardineira, procurando por George. Não viu mais Susanna pelo corredor; ela já disparara para o segundo andar.

Por sorte, Vivian o encontrou no meio da escada, confuso, olhando para trás, onde provavelmente Susanna acabara de passar.

- O que houve? – George perguntou.

- Tudo o que me disse é que estava de saída. E depois que precisava encontrá-lo... Christopher.

- Oh não. Isso não vai terminar bem. – previu George.

Ao chegar ao andar superior, Susanna vagara por alguns minutos sem rumo, receosa de abrir qualquer porta que fosse. Esquecera-se de perguntar a Vivian qual dos quartos era o correto, assim como se esquecera de que era uma mansão em que estava. O corredor parecia sem fim, com portas de mesmo material e formato repetindo-se sucessivamente, cada uma guardando um mistério particular que Susanna temia descobrir. Lutava consigo mesma, por vezes colocando a ânsia de encontrá-lo na frente, por outras colocando a racionalidade de que estava na casa de seus patrões em frente.

No entanto, Susanna não precisou decidir se escancarava ou não qualquer porta a sua frente. Ela entreviu, ao passar por uma completamente aberta, o que estava procurando. Deu dois passos para trás, prostrando-se exatamente no vão aberto da porta.

Dentro do quarto, estava Christopher, que, para a surpresa de Susanna, pintava. Ela ainda não tivera tempo o suficiente para se acostumar com aquela ideia.

O jovem estava de costas, sentado em seu banco. Susanna apenas via a bagunça que estavam os seus cabelos castanhos, com pequenos cachos na ponta. Mesmo que ele estivesse de costas, Susanna sentia que estava completamente compenetrado em seu ofício, e sentia-se como se tivesse cometido uma invasão de privacidade.

Tudo o que ela conseguiu dizer foi:

- Você pinta?

Christopher se virou lentamente. Então não estivera tão compenetrado como ela pensava, a julgar por seu rosto, que não trazia quaisquer traços de surpresa.

- Susanna. – ele respondeu. – Sim, eu pinto.

- Só agora me dei conta do quanto eu não conheço você. – ela falou. – Eu não deveria estar aqui. E quando digo aqui, me refiro a casa. Eu vou sair por hoje, pelos próximos dias...

Ele não respondeu. O silêncio foi a pior resposta que Christopher poderia ter dado, pois dizia, a seu próprio modo, que ele estava concordando.

- Mas saiba que eu nunca diria aquilo se o conhecesse...

- Aí está o problema. – ele retrucou, levantando-se. – Aí está todo o problema, Susanna. Você por acaso precisa me conhecer a fundo para saber que não sou daquele jeito que dizem? Precisava futilmente abrir a boca para difamar alguém que julgava não ter visto sua vida toda?

O tom de voz de Christopher aumentava gradativamente, beirando gritos quando chegara às últimas palavras. Sabia que era imprudente ficar falando alto com a casa cheia, mas ele não conseguia evitar.

- Não, não precisava. – ele continuou, respondendo a sua própria pergunta. – E não devia. Não vi você noite passada, Susanna, não a reconheci difamando o nome alheio...

- É porque não era eu! – ela retrucou, com raiva, mesmo que não tivesse motivos para se sentir assim. Era como se fosse contagiada pelos sentimentos dele. – Eu fui levada pelo o que ouço todos os dias, Christopher! Todos os dias sou açoitada com uma chuva de fofocas e intrigas dessa cidade, que não me dizem respeito em nada! Pensa que gosto de saber disso? Pensa que sou eu quem fica na beira do mercado ouvindo e incentivando esse tipo de coisa? Pois está enganado!

Susanna quase que imitara o modo que Christopher lhe dirigira as palavras momentos antes: sua voz ia subindo de tom, cada vez mais alta, ecoando pelas paredes da casa, reverberando até chegar aos ouvidos de cada um ali presente.

- Você está me culpando? Me desculpe, querida, mas você não poderia estar mais errada em estar me atacando desse modo!

- Não estou lhe atacando, Christopher, eu estou fazendo-me ser ouvida! Quero que ouça o que digo, ouça a minha defesa...

- Não há como se você está errada.

No andar de baixo, Vivian e George ouviam tudo o que estava acontecendo. Ilina chegou por trás dos dois, atraída pelas vozes, que ouvira da cozinha:

- Deveria interromper? – ela perguntou.

- Deixe-os... – pediu George. – Acho que isso é um assunto que não diz respeito a nós...

- ...E não entendo o porquê de tanta raiva, se pelo visto mal nos conhecíamos! – ela falou, gesticulando para apontar a tela de pintura. Olhando bem, aquela era a primeira vez em que ela via qualquer pintura de Christopher. Na tela, estava uma paisagem. Pelo o que Susanna pôde ver, era campestre, parecida com os arredores de Valliria. Se não se enganava, lá estava o rio que cortava a cidade, amparado de ambos os lados por casas na margem, tudo isso concluindo uma formosa vista.

Susanna ficou admirando o quadro, sem saber o que dizer. Queria falar o quanto era lindo, queria elogia-lo, mas na presente situação não podia.

- Isso não nega o fato de eu que queria conhecê-la. Importava-me o bastante. – ele também olhou para trás, certificando-se de que era o quadro que estava no campo de visão da moça.

- Eu vou embora. – ela falou repentina, virando-se na mesma hora. Ao chegar à soleira da porta, olhou por cima de seu ombro, mas se encarar Christopher direito, e disse – É lindo.

Susanna rumou direto para as grandes portas da mansão, desculpando-se fervorosamente ao passar pó George e Vivian, ainda parados na escada.

- Onde ela está que não chega nunca? – preocupava-se Carla, a espera de Lucy.

A empregada impacientava-se e reclamava com Susanna, na varandinha da casa dos Hayes. A varanda seguia desde a frente da casa e cobria todo o lado direito da casa. Susanna estava estirada numa espreguiçadeira, de olho na rua, igualmente aguardando a prima.

- Estive me perguntando isso pela última meia hora. Veja só, o sol quase já se pôs! – Susanna suspirou mais uma vez. Havia acabado de retornar da mansão Giusini, e estava exausta pelo dia de trabalho e pelas suas discussões com Christopher. Na espera angustiante pela volta de Lucy, pois queria por a prima a par de tudo o mais rápido possível, acabara desabafando tudo para Carla.

- Isso não é nada típico da menina! – a empregada exclamou. Susanna manteve-se calada, pois tinha suspeita de onde Lucy poderia estar. No entanto, não dissera nada para Carla, pois prometera a prima que não diria nada sobre Henry. – Quer suco de maracujá, Suze?

- Aceito sim, obrigada... Espero que realmente me acalme, estou precisando. – Susanna aceitou o copo de Carla. – Sente-se também e tome suco, vamos esperar por Lucy.

A empregada aceitou de bom grado o convite, e puxou para perto da espreguiçadeira uma cadeira de vime, acomodando-se.

- Relaxe, menina, deixa de nervosismo. Você é muito nova pra isso... Aquele Christopher vai se resolver com você já já, espere só pra ver.

- Não estou muito certa disso, Carla. – Susanna bebericava seu suco, com o queixo apoiado na mão. – Ele foi bem enfático.

- Enfático ou não, deixa você voltar mais umas vezes naquela mansão que vocês acabam se entendendo. – retrucou Carla, mesmo não tendo certeza do significado de “enfático”.

- Mas eu não sei se volto. O emprego é bom e tudo o mais, George é ótimo comigo, foram todos simpáticos...

Susanna foi interrompida por um barulho de rodas passando no asfalto em frente a casa, e forçando uma parada que pareceu brusca, mas eficiente. Levantando-se de um salto, pois tinha quase certeza de que era ali em frente que o veículo parara, Susanna buscou vê-lo entre as roseiras da entrada.

Estava certa: o carro parara um tanto desordenadamente no passeio logo em frente, e logo seu passageiro abria a porta, pulando para fora. De longe, ainda apoiada na amurada da varandinha, Susanna viu um fulgor de uma cabeleira loira, cacheada, e soube quem é que estava ali. Logo depois, foi a vez de uma ruiva sair de dentro do carro, amparada por seu acompanhante, sorrindo.

- Lucy! – Susanna chamou, contornando rapidamente a casa e descendo os pequenos degraus até o chão.

- Suze, olá! – a prima cumprimentou, enquanto entrava na casa de braços dados com Henry.

- Susanna. – o jovem cumprimentou-a com um gesto de cabeça.

- Sem querer ser rude, mas vocês não estavam guardando segredo de Isobel? Porque estão aqui? – Susanna perguntou.

- Está tudo bem, Suze. Henry resolveu falar com minha mãe. – Lucy respondeu, olhando para Henry com um sorriso no rosto.

Logo atrás de Susanna, veio Carla, no seu próprio ritmo mais lento.

- Olá Carla! Pode fazer um favor? – Lucy pediu, doce como sempre.

- Mas é claro!

- Leve Henry até mamãe, está certo?

Carla assentiu, e fez um sinal para o jovem acompanhá-la. Henry, antes de seguir para dentro da casa, afagou o rosto de Lucy com carinho, e beijou-a.

- Vai dar tudo certo, pare de ser preocupado. – Lucy sussurrou, e apenas ele a ouviu.

Os dois foram para dentro, deixando as primas a sós.

- Eu vou ter que me acostumar com a ideia de vocês dois... – Susanna comentou, levando a prima para perto da espreguiçadeira. – Porque ele vai falar com Isobel?

- Ah, você sabe como é minha mãe... Ela decerto gostaria de estar informada com quem quer que eu esteja me relacionando. – Lucy respondeu, tomando o lugar que Carla estava minutos antes. – Mas mesmo assim, ainda não sei o que fez Henry mudar de ideia tão rápido. Pediu para eu me encontrar com ele hoje, lá no Parque das Rosas... Por fim, ele falou que não havia sentido guardar segredo.

- E nem explicou por quê? – Susanna estava achando estranha toda essa atitude de Henry.

- Bem, ele me falou que conversou com o pai, mas não sei o que isso mudaria. Quando perguntei mais coisas, ele só falou que estava receoso da reação de Isobel.

Susanna riu, dizendo:

- Disso qualquer um ficaria.

- Ela não pode ser tão má comigo, Suze. – Lucy apoiara seus cotovelos na espreguiçadeira de Susanna, e punha seu queixo encaixado entre as mãozinhas delicadas. – Henry é adorável. É delicado. É...

Da janela da sala de estar, que ficava logo acima da varanda, e consequentemente da espreguiçadeira, surgiu Carla, com um olhar sério e braços cruzados.

- Meninas, quem quer que seja o jovem loirinho, vai ter que tomar cuidado com Dona Isobel.

- Por quê? – Lucy perguntou, levantando-se – Algo de errado?

- Acho melhor você subir, minha cara. – Carla avisou, desaparecendo da moldura da janela.


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*