Cada Um Escolhe Sua Paixão escrita por Pseudonerd


Capítulo 4
Partidas de Ranking




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A hora do treino bateu no relógio, Sumire começou com um grito para os céus:

- Para recepcionar nossa nova atleta, faremos jogos mistos. Brinquem o quanto quiserem crianças. – Sumire lançou um olhar doce e cheio de compaixão para Miyuki. – Mas é apenas hoje!

Miyuki lançou um olhar para Ryoma, ao longe, que correspondeu e entendeu o desafio proposto. Ambos caminharam até o outro e apertaram as mãos. Apesar da rivalidade, observou-se certa euforia e felicidade no olhar deles, já que uma coisa tinham em comum: Paixão pelo tênis.

- Então você realmente joga tênis? – Miyuki falou num tom sarcástico, abrindo um meio sorriso, repuxando apenas um canto da boca.

Ryoma deu uma breve risada, também com som sarcástico. Sumire e todos pararam para observá-los, que andavam lado a lado em direção a quadra, e posicionaram-se nos seus devidos lugares na mesma.

Serviço para Miyuki, o ritmo do jogo começou bem leve, mas logo aumentou e os dois se viam encharcados de suor. Era até cômico como estavam se divertindo, com o jogo 2-2, nenhum deles queria vencer, se não, a diversão acabaria. Ryoma mostrou algumas de suas técnicas, assim como Miyuki, que impressionou Sumire e a todos com sua extrema habilidade, aliás, ela conseguia manter o jogo acirrado com Ryoma Echizen.

O dia terminou alegre para Miyuki, finalmente, as coisas pareciam melhorar.

-

- Ryoma, seu rosto... Tem uma marca de mão, bem vermelho... – Momo falava, levando a ponta do dedo indicador para a marca.

- Não toque, ardendo! – Ryoma falou com desdém, enquanto desviava dos cutucões de Momoshiro.

- O que aconteceu? – Momo pergunta com malícia.

Flashback

- UMA ABELHA! – Tomoka gritava dentro da sala de aula.

Foi uma reação em cadeia, Tomoka grita, as meninas gritam, os meninos tentam matar a abelha e o professor perde o controle da sala e começa a bronquear. Miyuki e Ryoma continuaram imóveis em seus lugares, calmos e até entediados.

- Miyuki! Está perto de você, MIYUKI! – Sakuno avisava em desespero.

Miyuki abanou a abelha, e a viu voar para trás, acompanhou-a com os olhos, até esta pousar na bochecha de Ryoma. Era tanta gritaria... Já não agüentava mais.

- Não se mexa. – Pediu a Ryoma, com os olhos fixos na abelha.

Antes que o pobre rapaz pudesse protestar quanto a decisão de da garota, a mão de Miyuki já voava na direção do mesmo, nocauteando-o. E o pior de tudo:


- Escapou. – Disse Miyuki olhando para a mão, sem nem uma ponta de preocupação com o colega, procurava pela abelha passeando os olhos pelo local.


- Ryoma! Você está bem? – Sakuno precisou acudi-lo. Colocou as mãos nos ombros do rapaz, e começou a analisar o estrago feito.

A adorável rapariga de tranças viu, então, um ponto de cor diferente da cor natural dos cabelos de Ryoma, e percebeu de tinha asas e que estava se mexendo! Gritou, logo todos os meninos da sala pularam em cima de Ryoma para matar a abelha. Miyuki se afastou tranquilamente, já havia previsto aquele “montinho”. Viu-se a abelha sair daquele bolo de pessoas e voar para fora pela janela. Após todos terem voltado para seus lugares, sobrara apenas Ryoma, e Sakuno em cima do rapaz, ambos com os olhos em forma de espiral, estatelados no chão.

Fim do flashback.

- Prefiro não comentar... – Disse Ryoma, relembrando a história constrangedora. Logo lançava um olhar fulminante para Miyuki, que estremeceu ao sentir o frio passar pelo corpo, assim, virou para procurar a origem do calafrio e encontrou o olhos assustadores do garoto.

- Teremos hoje as partidas de ranking! – Sumire começou informando o que seria feito no treino.

- Partidas de ranking? – Miyuki perguntou para si mesma.

Uma garota de mais ou menos 1,63, esbelta e de cabelos ruivos e curtos, tipo channel, se aproximou de Miyuki ao ouvir a pergunta, tinha rosto e lábios finos, olhos grandes e castanhos e um nariz curto e nem muito arredondado nem muito arrebitado. A voz fina de uma menininha faou:

- Srta. Nishimura, sou Tiemi. Ouvi sua pergunta e, bem, partidas de ranking são jogos que temos para definir os titulares.

Uma outra garota de 1,70, de cachos loiros platinados presos num rabo de cavalo se aproximou, tinha um corpo cheio de curvas e bem avantajado, olhos azuis da cor do céu ao meio dia, e boca grande de lábios cheios e rosados. Era um tanto européia, com corpo brasileiro, além de usar roupas bem provocantes de mulheres mais velhas, com uma maquiagem bem pesada, unhas compridas com francesinhas perfeitas. Começou a falar com tom de superioridade:

- Vai ser bem difícil, ainda mais para uma novata.

- Mimiko! – Tiemi bronqueou e a cutucou com o cotovelo.

- Está tudo bem... – Miyuki riu, sarcástica. O que chamou a atenção de Mimiko, e até assustou.

Ao final do dia, Miyuki já havia vencido várias partidas e recebido elogios por parte de Sumire e Sadaharu, segundo eles, conseguia pensar rápido e tinha muita criatividade.

Já estavam todos partindo, Ryoma, como sempre bebendo Ponta, e Momoshiro, andando ao lado do amigo, cutucando a bochecha do mesmo.

- A marca já saiu, e já não está mais vermelho. – Avisou o colega.

- É, já não arde mais também. – Bebeu outro gole de Ponta e resmungou.

Ao longe ouvia gritos femininos, que se aproximavam, eram Miyuki e Tiemi:

- Mata! Mata! – Tiemi corria desesperadamente da abelha que a seguia. Se aproximou de Momo, correndo ao redor do amigo.

A abelha pousou na bochecha de Ryoma, sim, a mesma bochecha que antes estava lesionada. E o garoto novamente, não teve tempo para fugir. “De novo não!” pensou, apenas.

- Ryoma... vermelho. – Momo avisou o amigo, preocupado.

- Matei! Eca. – Disse a moça observando a meleca presa na sua mão, que antes era uma abelha.

-

Ryoma chegou suspirando em casa. E seu pai, um homem de barba mal feita, descalço e vestindo um roupão preto, se aproximou e ficou a observar o filho de perto.

- Ryoma... Ryoma... O que você aprontou? Isso é uma marca de mão? – Insinuou o pai, com malícia. – Já sei! Foi paquerar uma menina e levou um fora? Não é? Isso acontece meu filho... – Disse com certa alegria, dando tapinhas no ombro do garoto.

Ao ouvir tal frase, o rapaz logo se lembrou da jovem que havia deixado aquela marca. A expressão, antes serena, se tornou de desgosto e raiva, as pálpebras se abaixaram, as sobrancelhas franziram e o bico se formou.

- Nunca... – E subiu as escadas vagarosamente.

- Você está crescendo meu filho! – Já falava mais alto, esperando que o filho ouvisse. – Mas ainda precisa aprender muito sobre as mulheres!


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