Segredos Em Família escrita por Carol Bandeira


Capítulo 7
Tentando entender


Notas iniciais do capítulo

Hola!
Queria esclarecer que não farei de Sara uma madrasta típica de histórias da Disney...ela vai ter problemas sim, em lidar com os novos personagens, mas não de maldade no coração, mas por conta de sentimentos muito humanos.Culpem os hormonios...(só uma dica leve :))
Deixando isso claro, agora vamos para uma parte meio dramalhão, de sentimentos beeem exagerados, ou seja alguns dos leitores podem achar os personagens centrais descaracterizados.Então, desculpem o pastelão.
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/231088/chapter/7

CAPÍTULO VII

Tentando compreender


Gil saiu do hotel em transe e entrou em seu carro, mas não fez nada a não ser ficar olhando para frente. Ele ainda não conseguia acreditar no que ouvira da boca de Angie. Todos esses anos pensando que filhos não estavam no seu futuro quando já havia encomendado um, mesmo sem saber.

-Droga... o que a Sara vai pensar?

Se ele conhecia a sua mulher, e ele a conhecia muito bem, ela provavelmente diria que a decisão seria a dele, que ela o apoiaria em qualquer situação. Mas o ser humano era algo incompreensível a seu ver. Não dava para prever todos os seus passos, visto que não era sempre que se comportavam segundo a razão. E sua esposa não estava vivendo seus melhores dias. Estava tão emotiva, tão cansada, sem motivo algum. Ela não precisava receber uma notícia dessas.

Perdido em seus pensamentos, o homem se assustou ao ouvir umas batidas na janela de seu carro. Olhando para os lados deu de cara com um segurança do hotel. O mesmo que o vigiara mais cedo naquele dia, enquanto ele ainda estava indeciso quanto a visitar Ângela. Era óbvio que o comportamento do homem estava chamando atenção.

-Com licença, senhor- o segurança começou quando Gil abaixou o vidro- Mas este não é o melhor lugar para contemplar sua vida, então...

-Não precisa continuar- disse Gil, sério- Eu entendo, já estou saindo.

Gil ligou o carro e seguiu em frente, ainda sem saber bem o que fazer. No estado de nervos que se encontrava o melhor caminho a se tomar não era o de casa. Só iria agravar mais ainda sua mulher. Foi com o coração pesado que Gil dirigiu, indo para o único lugar que poderia pensar sem ser interrompido.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Enquanto Gil tinha sua conversa com Angie, Sara estava em casa morrendo de preocupação. Ela já ligara mais de dez vezes para seu marido, tendo cada ligação caído na secretária eletrônica.

Deitada no sofá com o telefone no colo Sara tentava não pensar na fofoca que ouvira hoje de manhã. Mais uma vez, repetiu o mantra “eu confio em meu marido”, mas isso não estava a ajudando.

Normalmente Sara não se preocuparia muito com esse tipo de situação. Conhecia seu marido, sabia que ele tinha uma tendência a não reparar muito nas mulheres que o rodeavam, a não ser é claro, que ela fosse espetacular, como no caso de Heather Kessler ou Sofia Curtis. Mais um pensamento que não a ajudou em nada a se acalmar. Ela tentava dizer a si mesma que provavelmente era somente uma amiga que veio bater um papo. Era surpreendente o número de “amigas”-como aquela tal ruiva- que seu marido adquirira com o passar dos anos. Era muito provável ser só mais um daqueles casos que a mulher tinha uma queda por ele e Gil nem reparava. E o telefone? Fácil! Era um aparelho novo de touchscreen, o qual a bateria acabava mais rápido do que um bonequinho de corda. Pronto! Nada para se preocupar.


Mesmo tentando reforçar esses pensamentos e com as técnicas de respiração de suas aulas de ioga, quando mais meia hora se passou e nenhum sinal de Gil a preocupação voltou a toda força. Seu nervosismo ganhava mais força ainda quando se lembrava de seu comportamento bizarro aquela semana. Qualquer pessoa ficaria com um pé atrás com aquele tipo de comportamento, ainda mais Grissom. Será que isso seria o suficiente para afastá-lo dela?

Já faltava menos de uma hora para o inicio do turno de Gil e ele não chegara em casa e nem mandara um aviso. Sara já estava se preparando para ligar para o laboratório quando ouviu a porta da frente bater. Com o coração na mão e os olhos molhados Sara seguiu o som até a sala.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Gil seguira do hotel até um parque de diversões, no intuito de liberar suas emoções na montanha russa. A fila era pequena em decorrência de ser um dia de semana e em horário de aula. Gil aproveitou para dar várias voltas no brinquedo, sabendo que uma só não satisfaria sua necessidade de liberar adrenalina. Quando estava dentro do carrinho sendo empurrado pelas curvas e entrando nos loops sua mente esvaziava e ele só fazia era sentir o vento em seu rosto, ouvir o grito dos outro passageiros que não eram tão controlados quanto ele.

Depois de sua décima volta Gil resolveu que já brincara demais. Mais calmo agora olhou em seu fiel relógio de pulso e se assustou com a hora. Não por conta do trabalho. Antes de entrar no brinquedo ligara para Catherine para avisar que não apareceria para trabalhar aquela noite. Catherine quis saber se ocorrera algo com Cássia ou Sara, visto que o perito nunca tirava folga assim em cima da hora. Gil simplesmente respondeu que era um assunto pessoal, mas que ela não se preocupasse.

O problema era que ele se esquecera de avisar a Sara que demoraria para chegar em casa. Imagine a confusão que daria para ele se ela ligasse para Catherine e descobrisse que ele não trabalharia hoje? Ótimo, era tudo que ele precisava. Não querendo irritar sua esposa com seu comportamento a irritaria com seu sumiço. Correu para o seu carro e acelerou por todo o caminho de casa.

Para remorso do supervisor, assim que ele chegou em casa sua esposa aparecera na sala com o ar preocupado. Só deu uma olhada para Grissom e fez algo que havia muito tempo não fazia. Correr, desesperada, para o abraço do marido.

–Gil, graças a Deus. Estava preocupada com você!- ela falou com a cabeça encaixada em seu pescoço.

–Meu amor, me desculpe... eu... estava ocupado, perdi a noção do tempo.

Sara largou o marido lentamente e Gil pode perceber que ela andara chorando, deixando o peito de Gil pesado de preocupação: “Como posso dar uma noticia dessas a ela quando ela se encontra neste estado de nervos!

–Querida, vem cá... – puxando Sara para seus braços, continuou- Por que choras?

–Gil...- Sara inalou profundamente, não tinha coragem de fazer a pergunta que não saia de sua cabeça- Olhe só a hora, você precisa se arrumar logo...

–Sara-Gil disse calmamente, as mãos agora indo para o rosto dela- Eu não vou ao laboratório hoje.

–Como, Gil?

–Eu... não tenho cabeça para o trabalho... eu... Preciso ficar com as minhas princesas.

Sara sentiu mais uma vez as lágrimas descerem em seu rosto, só que desta vez Gil estava lá para ampará-las. Pegando as mãos de seu marido e as apertando continuou a conversa.

–Cássia está com a vovó dela. Só tem eu em casa, serve?

Ela podia sentir que havia algo de errado com seu marido e que ele precisava de um afago. Só por isso já ficou aliviada, não acreditava que se ele pudesse ter passado a tarde com outra. Os olhos dele brilhavam com o amor que sentia por ela, era inconcebível que um homem apaixonado assim pudesse traí-la.

–Você nem precisa perguntar, querida.

Sara sorriu e deu um beijo no marido, que retribuiu prontamente. Somente os beijos dele poderiam aliviar seu coração naquele momento. Mas Gil estava com muitas coisas na cabeça, fazendo com que ele não aproveitasse como queria as carícias de Sara. O homem tirou seus lábios dos delas, dando somente um selinho e puxou a esposa até o sofá da sala.

–Querida... eu tenho...

A fala de Gil foi interrompida pelo som do telefone. O homem respirou fundo, não sabia se de alívio ou de irritação. Sara se esticou e pegou o objeto, que ficava em uma mesa ao lado do sofá. Era Betty do outro lado da linha, dizendo que a netinha estava ficando irritada. Sara pediu a sogra que colocasse a filha na linha para que elas falassem e quando isso não adiantou Gil se ofereceu para ir buscar a filha. Desse modo teria uma boa desculpa para não entrar naquele assunto logo de cara.

Quando os dois voltaram para casa Sara os esperava com o jantar pronto. Pegou sua filha no colo e a encheu de beijos. Os três seguiram então até a mesa para apreciarem uma refeição em família. Aquela cena tão comum e que trazia sempre felicidade ao supervisor agora o deixava também melancólico. Só de pensar que ele tinha um outro filho ao qual foi negado o prazer de ter uma família completa, um pai e uma mãe. Sara não deixou de perceber o estado de espírito do marido. Colocou sua mão sobre as dele e a apertou um pouco, chamando a atenção dele.

–Gil, o que está havendo? Por que essa cara?

–Depois, Sara... depois eu te conto.

A mulher não gostou muito da evasão do marido. Ela sabia que mais cedo Gil tentara contar algo a ela quando foi interrompido por sua mãe. Era óbvio também a tentativa de Gil de evitar contar o que acontecera indo buscar sua filha e não deixando que ela fosse junto. Em um dia qualquer ela mesma teria feito o trajeto, tendo Gil acabado de chegar em casa. Ele estava exausto. Qualquer que fosse o segredo de Gil ele era forte o bastante para que o deixasse receoso de contar. Ela esperaria Cássia dormir e tiraria essa historia a limpo.

Após um jantar de um tom um tanto fúnebre Gil se distraiu dando banho em Cássia e depois a fazendo dormir por meio de historinhas e carinhos. Ao ver sua pequena cair no sono Gil acariciou o rosto dela e não pode deixar de imaginar como teria sido Noah como bebê. Teria sido um anjinho rechonchudo de olhos azuis, ou um pimentinha de cabelos encaracolados? Que canções ele gostava de escutar antes de dormir? Qual foi a primeira palavra proferida? Todas essas coisas ele sabia em primeira mão quando se tratava de Cássia. Por ter começado tão tarde Gil se tornara um pai extremamente zeloso. Ele queria que, quando alguns dos amiguinhos de Cássia a questionasse sobre o fato do pai dela se parecer mais com um avô, ela pudesse virar para eles e dizer: velho ele pode ser, mas não existe melhor pai no mundo! Mas que espécie de pai ele era quando fez um filho há quinze anos atrás e nem se dera conta disso. Mais uma vez aquela noite Gil sentiu seu rosto molhado por lágrimas.


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Enquanto Gil colocava Cássia para dormir Sara preparava a cama de casal para uma sessão de cinema. Pensava que seria uma boa pedida para distrair e relaxar Grissom. Esperava que assim ele conseguisse se abrir com ela sobre o que o estava incomodando. Quando ouviu o marido se aproximando deitou-se na cama em uma pose que considerou ser chamativa. Gil entrou no quarto e viu sua mulher o chamando para se aconchegar e ver um filme de comédia.

–Você está precisando. Está tenso demais.

Gil apenas sorriu e disse que tomaria um banho rápido e já se juntaria a ela. E quando o fez aconchegou-se no colo dela, a cabeça um pouco abaixo dos seios. Enquanto Sara passava as mãos em seu cabelo Gil virava o rosto para esfrega-o na mulher sentindo o cheiro inebriante, que sabia , era precisamente o que faltava para se acalmar.

O casal começou a assistir um filme que acabara de começar na tv. Sara massageava a cabeça do marido que , em troca , fazia carinhos na mão fina que se encontrava em seu peito. Gil sabia que a mulher estava preocupada com seu comportamento hoje, mas não conseguia se fazer contar a ela tudo que havia descobrido. Sara estava sendo tão boa para com ele, não o pressionando momento algum para falar nada. Ele precisava contar agora.

–Sara, querida?

–Hum- ela disse tirando os olhos da tela e dando toda sua atenção ao marido.

Gil suspirou mais uma vez e se sentou. Pegou o controle da tv e desligou o aparelho.

–Eu tenho algo sério para te contar...algo que tem a capacidade de modificar nossa vida de uma maneira inexperada.

–Gil, você está me assustando.

–Não fique, Sara. Eu... eu não sei bem como começar...eu...

–Gil...

-Eu descobri esta tarde... só fiquei sabendo disso hoje... Deus... como explico isso? Eu tenho um menino... um filho do qual não fazia ideia... a mãe dele... ela apareceu do nada essa semana... ele quer me encontrar.

–Calma aí... eu não estou entendendo... você teve o que?

–Um filho, Sara. Um filho, do qual eu não sabia nada até hoje de tarde. Foi o resultado de uma noite de bebedeira e... eu não esperava ve-la novamente.

Gil falava tudo isso da beirada da cama, os olhos fixos no chão. Não conseguiria olhar nos olhos de Sara, não depois de ter jogado tudo isso na cara dela. Depois de tudo que ele a fizera passar, depois de todas as negativas para cima dela, descobrir que ele fora para a cama de outra assim tão facilmente! Gil não conseguia engolir isso. Ainda por cima dar a Angie o que teria sido um privilégio de sua Sara... a única pessoa a quem ele amou na vida deveria ter seu primeiro filho. Que merda ele fizera com as vidas deles!

O quarto foi tomado por um silencio tenebroso. Sara estava sentada, os olhos vidrados nas costas nuas do marido. Em contraste com o marido nada passava em sua cabeça. Ela não pensava em nada, só sentia. Sentia o alívio por não ser abandonada, por não haver nada de errado com a saúde de seu marido, só um filho.Um filho! Sentia os nervos a flor da pele, sentia uma ardência profunda na boca do estomago. Com os olhos arregalados, sentia o refluxo que anunciava a volta de seu jantar para sua boca.

Gil foi tirado de seu devaneio ao sentir Sara pulando da cama e ir em direção a suíte do casal. O próximo barulhos que ouviu foi o do conteúdo estomacal de Sara se encontrando com o vaso sanitário. O homem de coração partido foi de encontro a sua mulher, fazendo o que todo bom parceiro fazia naquelas horas. Segurando longos cabelos para que não se sujassem e passando as mãos nas costas dela a fim de afagar. Quando Sara não conseguiu colocar mais nada para fora Gil a puxou para seus braços e a levou até a pia para ajudar-la a lavar a boca. Depois a carregou até a cama e a deixou amparada pelo encosto, prometendo voltar com um balde e um copo d’água.

Um tempo depois, com Sara encostada em seu peito recebendo seus carinhos, ela arriscou.

–Gil?

–Hum...

–Essa mulher... do seu passado... ela esteve no laboratório esses dias?

–Sim.... por quê?

–Ouvi umas fofocas... gente maldando a situação.

–Quando isso?

–No turno passado... não foi nada demais mas...

–Eu sei meu amor... fofocas são fofocas... mas ainda machucam. Perdoe-me por fazê-la passar por isso- ele deu um beijo na testa dela.

–E quanto ao... você sabe...?

–Ah. Não acho bom discutirmos isso agora. Você não está bem e...

–Gil, se não discutirmos agora quando vamos faze-lo?- Sara falou com a voz ligeiramente mais alta e se levantou para olhar melhor para o marido.

–Tudo bem... o que você quer saber?

–Tudo.

Gil repetiu toda a historia de Angie para Sara, sem omitir uma palavra. O perito percebeu que toda vez que sua mulher ouvia o nome Angie fazia uma cara de desgosto. Resolveu então largar o apelido carinhoso.

–Você acredita nessa mulher? Pode ser um golpe...

–Mas pode ser verdade... eu... Nós estávamos bêbados... era a festa de despedida dela e nós ... podemos não ter usado preservativos.

–Bem a sua cara isso...- Sara falou tentando descontrair um pouco seu marido. Ele tinha a expressão de quem carregava o peso do mundo nas costas e ela detestava vê-lo sofrer.

Gil sorriu meio torto. Era verdade o comentário de sua mulher. Para alguém tão certinho e controlado Gil era o mestre em esquecer o uso do preservativo na hora “H”. Fora um dos principais motivos para o casal escolher o uso de injeções de hormônios como método contraceptivo depois que Cássia nasceu.

–E acredito que Angie não agiria de má fé contra mim. Éramos muito amigos antigamente.

Os dois ficaram calados por um tempo, cada um perdido em seus pensamentos. Aquela noticia tinha todo o poder de modificar a vida deles e também de Noah. Tudo tinha que ser avaliado com a maior precaução.

Sara não conhecia aquela tal de Ângela, mas já começou a não gostar dela. Como ela escondia uma noticia daquelas por quinze anos? A morena apostava que ela usara da bondade de seu marido a favor dela, e agora queria que ele chegasse e se apresentasse para o menino de uma hora para a outra, sem contar com o que isso poderia causar na vida dele! A única razão para Sara não pegar o telefone e mandar aquela mulher para o raio que a parta era o menino Noah. Uma alma inocente naquela trama toda.

–Querida, eu tenho que dar uma resposta para ela antes que ela se vá. E só posso fazer isso se você me ajudar. Não vou fazer nada que você sinta que prejudicará a nossa família. Se me disser que não quer saber dessa historia eu dou um ponto final. Ângela vai contar para o menino que não pode encontrar o pai e tudo certo. Ele vai viver bem, tem toda uma família construída lá...

–Gil, você acredita em alguma palavra que saiu da sua boca agora?

Sara ouvira com atenção tudo o que o marido dissera mas, como já imaginara, aquilo tudo era só encenação de um cara durão. Ela conhecia o marido, ele agiria como prometeu, mas isso não significaria que as coisas seriam como antes. Existiria sempre entre eles o fantasma de um filho que não foi. Gil disse que não, mas poderia sim no futuro se ressentir com Sara pelo fato de ela proibir que ele se reúna com o filho. Gil, assim como ela, fora muito marcado pela falta de um pai quando cresceu. Se tornar um homem sem nenhuma pessoa que entendesse o que ele estava passando foi traumatizante para o pequeno rapaz e Gil confessara a Sara que isso era um destino que nenhuma criança deveria passar, principalmente um filho dele, se Gil pudesse evitar. E Sara não queria ser a vilã da historia de seu marido. Então, embora achasse que eles estariam melhor sem aquela noticia, deu seu aval.

–Eu não quero que voce se prive de conhecer seu filho por minha causa. Eu te conheço, sei que é isso que voce quer. Eu não quero que use a desculpa de minha mulher não deixou se não for a frente com isso por medo, Gil. Eu vou te apoiar em tudo o que escolher, seja conhecer seu filho seja esquecer que ele existe. Mas eu acredito que deva seguir seu coração...e saiba que o meu está com o seu.

Gil ficou emocionado com a sua mulher. É impressionante o quão bem ela o conhecia. Ele nunca ficaria sossegado se soubesse que seu filho estava “abandonado’ por ai, clamando por um pai que não o reconhecia. Sentiu uma enorme onda de afeto e paixão pelo ser a sua frente.

–Você realmente é um anjo que caiu em meus braços Sara- Gil puxou a mulher novamente para seus braços, dessa vez para um beijo fulminante- Eu sinto que com você aqui eu posso vencer todo o mundo... só te ter nos meus braços... Eu nunca achei que pudesse amar assim, mas contigo isso é muito fácil.

–Então me ame, Gil... me faça esquecer nossos problemas só por agora.

Enquanto falava suas mãos deslizavam pelas costas largas e foram para debaixo da cueca boxer, a única peça que ele usava.

–Com prazer, honey.

E prazer foi o que Gil deu a ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredos Em Família" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.