Quatro Dias e Uma Paixão escrita por TreinadorX


Capítulo 8
Uma difícil decisão


Notas iniciais do capítulo

Para quem, por ventura, já tenha lido essa fic em outro site, saiba que o final foi modificado. Espero que gostem



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May finalmente chegou ao hotel e logo pediu ao gerente para mandar alguém ir ao quarto onde Delia estava hospedada pegar uma bolsa que ela havia esquecido e foi prontamente atendida e um rapaz que trabalhava no hotel não demorou muito para acha a bolsa e entregar para May que ia embora quando uma moça chamou sua atenção. Era uma moça de cabelos ruivos que atendia pelo nome de Misty e estava procurando Ash o que deixou May totalmente perplexa e surpresa, pois achava que ela estivesse morta, mas ela estranhou o fato do porquê não tê-lo procurado antes ou será que Ash tinha mentido para ela e por isso resolveu investigar se aproximando dela para puxar conversa.

MAY – Desculpe, mas eu ouvi que você estava procurando alguém. É verdade?

MISTY - É verdade, é um treinador chamado Ash Ketchun, você o conhece?

MAY – Não! Não o conheço, mas o que quer com esse tal de Ash?

May se fazendo de desentendida para descobrir a verdade.

MISTY - Isso é uma estória longa, mas primeiro deixa eu me apresentar, meu nome é Misty?

MAY - É eu ouvi na recepção e meu é May.

MISTY - Muito prazer, May.

MAY - Tá bom, mas agora me conta o que quer com esse Ash?

Misty estranhou o fato de May querer saber o que ela queria com Ash o que não impediu que ela continuasse falando, mas agora em um lugar mais reservado do hotel e por sua vez May não conseguia esconder seu interesse no porquê Misty estava na cidade.

MISTY - Essa estória é tão louca que nem sei por onde começar.

MAY - Experimenta começar do começo.

MISTY - Não é tão simples, mas eu tentarei.

Misty contou que quando passeava num cruzeiro com Ash há três anos ela caiu do navio durante uma tempestade e foi tragada pelo mar, mas que foi salva por um Dratini que a levou para uma região distante onde os humanos tinham dificuldade para chegar.

Mas isso era só o começo, pois devido à queda Misty acabou perdendo a memória e como a região era distante ela ficou por muito tempo sem ver nenhum humano vivendo com alguns pokemons aquáticos que viviam na região.

Mas Misty queria saber da verdade e pediu para o Dratini que a levasse para perto de uma região habitada, mas ele se recusou, pois não queria ser encontrado por humanos só que depois um Horsea decidiu ajudá-la e se tornaram grandes amigos.

Finalmente chegando á terra firme, Misty, acompanhada de Horsea, pediu ajuda no CP daquela cidade e descobriu que a cidade era Kitoki aqui perto de Mishiro e a enfermeira Joy a levou para um médico que constatou sua amnésia e não podia fazer nada.

MAY - Amnésia?! E como recuperou a memória?

MISTY - Como eu não sabia quem era eu fiquei ajudando a enfermeira no CP em troca de abrigo e comida e uma semana atrás eu vi na TV uma reportagem sobre celebridades e estavam falando das "Irmãs Sensacionais" e aquilo deu um estalo na minha mente e me lembrei que elas eram minhas irmãs.

MAY - Então as primeiras pessoas que lembrou foram suas irmãs?

MISTY - Isso e não demorei muito para perceber que estava em outro continente e comecei a trabalhar em outros lugares para juntar dinheiro e viajar para Kanto e chegar a Cerulean.

MAY - E quando chegou lá, eu imagino que elas ficaram surpresas, mas não seria mais fácil pedir que elas te buscassem.

MISTY - É verdade, mas na hora da emoção eu nem pensei nisso e quanto o fato de minhas irmãs, você tem razão, elas ficaram surpresas e emocionadas.

MAY - Mas ficou esse tempo todo sem memória? É difícil acreditar.

MISTY - Mas é possível o médico que lhe falei antes me disse que por não ter contato com humanos por algum tempo e também por não ver pessoas conhecidas isso era totalmente lógico.

MAY - E você não tinha dito nada para esse Ash?

MISTY - Infelizmente quando fui para Pallet, onde ele morava, soube que ele e sua mãe vieram para Mishiro atrás de um especialista de pokemons a pedido do Profº Carvalho, mas ele não sabia o nome do hotel onde eles estavam hospedados.

MAY - E como descobriu?

MISTY - Para minha felicidade um amigo nosso me falou e disse para eu fazer uma surpresa e por isso estou aqui.

MAY - É garanto que vai ser uma surpresa mesmo, mas agora eu tenho que ir.

MISTY - E foi um prazer lhe conhecer e posso fazer uma perguntinha.

MAY - Fale.

MISTY - É verdade que vão realizar uma festa na praia hoje à tarde?

MAY - É verdade, por que?

MISTY - Como por que?! Eu vou querer ir a essa festa depois de encontrar o Ash, pois eu me lembro que nós adorávamos ver o mar juntos e quem sabe se não encontrá-lo por aqui eu o encontre nessa festa.

MAY - Pode ser.

May estava visivelmente abatida com o fato de Misty ainda estar apaixonada por Ash. Assim como ela e mais abatida ainda com o fato de saber que ela levava vantagem por ter uma história com ele. Misty não percebendo a abatimento de May pega um convite para festa que estava sendo distribuído ali perto.

MISTY - Espero vê-la de novo, May. Quem sabe na festa e lhe apresento o Ash.

MAY - Quem sabe.

MISTY - Então, tchau!

MAY - Tchau!

May estava totalmente destruída por dentro, não podia acreditar que o destino estava sendo tão cruel com ela e ficou por lá por algum tempo antes de voltar para a casa de Odamaki e chegando lá, May tentava disfarçar seu abatimento.

MAY - Oi gente. Já cheguei!

DELIA - Demorou um pouco pra chegar, May. Teve algum problema com a bolsa?

MAY - Não, problema nenhum. É que o gerente demorou achar a bolsa é só isso.

DELIA - Eu estou achando você meio abatida, está se sentindo bem?

MAY - Eu estou bem, mas eu queria fazer uma pergunta para a senhora.

DELIA - Qual?

MAY - Como era sua relação com a Misty?

DELIA - Não sei por que isso agora, mas respondo que era muito boa. Misty era uma garota de muita determinação e sua presença fazia um bem ao meu filho assim como você, mas por que pergunta?

MAY - É só curiosidade senhora, mas agora eu vou tomar um banho, pois hoje é dia de festa.

DELIA - É verdade. Hoje é dia de festa.

May percebeu que não podia confiar totalmente em Delia por ela também gostar de Misty e resolveu que só falaria com seu pai a respeito de Misty e foi o que ela fez, depois de tomar banho pediu para o pai ir ao quarto dela para conversar.

SENRI - O que foi minha filha? Por que dessa urgência em falar comigo?

May trancou o quarto para que ninguém interrompesse.

MAY - Eu tenho uma bomba para lhe contar pai.

SENRI - Fale de uma vez filha, está me matando com esse suspense.

MAY - Adivinha quem eu encontrei no CP?

SENRI - Quem?

MAY - A Misty, pai. A Misty.

SENRI - Está falando da antiga namorada do Ash? Mas ela não estava morta?

MAY - É o que eu pensava, mas está vivinha da silva e veio aqui nessa cidade procurar o Ash.

SENRI - E o que pensa em fazer?

MAY - Eu não sei pai, nunca imaginei uma situação dessa e ainda ela pegou um convite para ir à festa e com isso vai acabar se encontrando com ele.

De repente Max sai debaixo da cama, para a surpresa de May e Senri, pois ele havia escutado toda a conversa.

MAX - É só levá-lo para outro lugar, sua tonta.

MAY - O que estava fazendo em baixo da cama, seu metido?

MAX - Não interessa o que eu estava fazendo, mas você ouviu o que eu disse?

MAY – Sim. Eu ouvi, mas o que eu vou dizer para o Ash a fim de convencê-lo a ir para outro lugar?

MAX - Isso é problema seu, mas se quer ficar com o Ash é melhor pensar em algo logo.

MAY - Mas não sei se seria certo com ele.

MAX - No amor e na guerra vale tudo ou acha que ela teria uma atitude diferente.

SENRI - Pense bem filha. É o futuro de três pessoas. O seu, o de Ash e o dessa Misty. Não vai brincar com o destino.

MAY - Mas pai é o destino que está brincando comigo.

SENRI - Eu não vou forçá-la a nada filha, pois já é grandinha para tomar suas próprias decisões, mas saiba que estarei sempre do seu lado não importa que decisão tome.

MAY - Obrigada pela confiança pai. Eu farei o que for preciso para ser feliz.

De fato May estava decidida a não abrir mão de Ash e quando chegaram à festa todos decidiram ficar longe da multidão para aproveitar melhor, mas Ash estava com vontade de ir o que deixou May preocupada, pois sabia que Misty estaria lá e ela tentou convencê-lo a irem para outro lugar.

ASH - Por que isso, May? Eu pensei que gostaria de participar da festa.

MAY - A minha festa é só com você.

ASH - Mas para onde quer me levar?

MAY - Vamos naquele primeiro restaurante que me levou.

ASH - Eu pensei que não gostasse de lugares assim, por que a mudança?

MAY - Eu só queria ficar sozinha com você.

ASH - É que gostaria de ver o mar.

May fica irritada com Ash por ele não querer ir com ela ao restaurante.

MAY - Por quê?! Quer ver o mar só para lembrar-se da Misty?

ASH - Não é nada disso, May.

MAY - Então por que não vem comigo?

ASH - Espera aí... Eu estou estranhando seu comportamento desde que voltou do hotel, pois de manhã você era mais compreensiva e aquele papo de não ter medo de fantasma do passado, o que aconteceu?

De fato May estava diferente, pois ela podia agüentar Ash ainda gostando de Misty pensando que esta estivesse morta, mas como está viva a coisa mudava de figura e ela começou a ficar com medo já que Misty não era mais nenhum fantasma. Era uma pessoa de carne e osso.

MAY - Me desculpa, eu sei que não estou agindo bem, mas deve ser pelo fato de você e sua mãe irem embora para outro continente.

ASH - Tudo bem May, a gente vai a esse restaurante.

MAY - Então não se importa de não ver o mar?

ASH - Na verdade eu queria ver e você tinha razão quando disse que isso me lembraria da Misty e é por isso quer queria ver com você pra que você também fizesse parte dessas lembranças que compartilhasse esses momentos comigo como eu não posso apagar o passado quero pelo menos ter controle do presente e esse presente é com você.

May ficou olhando para Ash que estava de costas para ela olhando o mar e ela percebeu o que estava fazendo não era o certo, pois se continuasse com essa farsa nunca saberia se Ash gostava dela de verdade e isso era uma coisa que ela precisava descobrir custasse o que custasse.

MAY - Ash eu...

ASH - Não precisa falar, May. A gente vai ao restaurante como você quer.

MAY - Eu não quero mais ir a esse restaurante e prefiro ir nessa festa.

ASH - Não precisa fazer isso por mim e...

MAY - Não faço por você e sim por nós.

ASH - Por nós?! Como assim?

MAY - Quando chegar lá você verá.

ASH - Não entendi o quer dizer, mas vamos então.

MAY - Vá na frente que eu vou falar com meu pai e depois eu te encontro.

ASH – Ta, mas não demore muito.

Ash da um beijo em May e depois vai a para o meio da multidão e enquanto isso May o observava de longe esperando a reação dele quando se encontrasse com Misty e torcendo pra que o amor dele por ela fosse maior do que o dele por Misty, mas o que ela viu não lhe agradou em nada, pois, de fato, Ash se encontrou com Misty e não conseguiu segurar a emoção correndo para abraçá-la e beijá-la e ela logicamente correspondendo a esse beijo mostrando para May a quem Ash amava de verdade. Senri, que também tinha visto tudo, chegou por trás de May, que estava chorando, tentando consolá-la.

SENRI - Sabia que faria a coisa certa e eu estou muito orgulhoso de você, filha.

MAY - Sabendo que estou fazendo a coisa certa não ajuda a diminuir a dor e eu estou sofrendo muito, pai.

SENRI - Eu queria fazer algo por você, filha, mas não posso.

MAY - Não há nada a fazer.

Delia se aproximou dos dois e estranhou o comportamento deles e perguntou o que estava acontecendo e May apontou para o meio da multidão e Delia percebeu que o filho estava com Misty e ficou numa mistura de felicidade e tristeza, felicidade por que uma pessoa que gostava muito estava viva, mas triste, pois sabia que isso provocaria uma decepção muito grande em outra.

DELIA - Eu sinto muito, querida. Eu nem sei o que dizer.

ASH - Não diga nada, senhora. Vai ver sua amiga, pois acredito que ela esteja com saudades da senhora também.

DELIA - Você é especial como seu pai disse e sei que encontrará a felicidade.

Delia foi ao encontro com Misty e também foi recebida com um longo abraço, mas May sabia que isso ainda não era o fim, pois ainda tinha que devolver o anel para Ash.

SENRI - O que está fazendo filha? Não pensa em ir lá ou pensa?

MAY - Não se preocupe pai não vou fazer nenhum escândalo. Só preciso devolver algo, mas eu já volto.

May foi em direção do casal e foi reconhecida por Misty deixando Ash e Delia constrangidos com o fato de elas já terem se encontrado.

MISTY - Ora May por que não me disse que conhecia o Ash? (ela olha desconfiada para todos e depois sorri) - Já sei! Você queria me preparar uma surpresa para mim, não é?

MAY - Na verdade era uma surpresa para os dois e vejo que deu certo.

MISTY - Não vai dizer nada Ash? Deveria agradecer o que ela fez.

Ash ainda estava muito surpreso com a situação e não conseguia dizer nada e Delia percebendo que o filho deveria ter uma conversa definitiva com May levou Misty para conhecer os outros.

DELIA - Venha Misty! Eu quero lhe apresentar alguns amigos que fizemos em Mishiro.

MISTY – Claro. (ela olha para Ash) – Eu já volto.

Delia guia Misty para conhecer Senri e Max deixando Ash e May á sós. O rapaz estava visivelmente constrangido com a situação.

ASH – May, eu...

MAY - Não diga nada Ash não tem que me dar satisfação. Essa situação ninguém podia imaginar então não se sinta culpado e eu só quero devolver o anel.

ASH - Eu não queria que as coisas entre nós terminassem desse jeito.

MAY - Mas não da para fazer omelete sem quebrar os ovos, Ash, e a vida é assim mesmo, temos que fazer escolhas o tempo todo e você fez a sua.

ASH - É verdade. Eu fiz a minha escolha, mas você também fez a sua, May, me deixando encontrar a Misty.

Os dois ficaram ali sem se falar por algum tempo e finalmente May da um beijo de despedida em Ash que é visto por Misty que ficara sabendo de tudo o que aconteceu entre os dois porque Delia havia contado e no fundo Misty ficou com pena de May e quando ela se despediu de Ash, foi falar com ela.

MISTY - Olha May eu fiquei sabendo de tudo e se quiser eu vou embora e deixo o Ash.

MAY - Depois de tudo que fiz se fizer isso eu acabo com você, ouviu? (ela a encara) - E tem mais. Eu sei onde mora e se não fizer o Ash feliz você vai se arrepender de ter nascido.

Depois dessa conversa rápida May vai pra junto de seus familiares deixando Misty impressionada com a atitude dela, pois não sabia se faria o mesmo se estivesse no lugar dela.

ASH - O que foi, Misty?

MISTY - Eu já fiquei sabendo do que houve entre vocês dois e estou com um pouco de pena dela.

ASH - Eu também, mas a May é mais forte do que aparenta e ela vai ficar bem, mas vamos aproveitar a festa e ver o ar como antigamente.

MISTY - Tá bom, meu amor, vamos.

Depois de tudo isso May, Senri e Max decidiram ir embora e voltar para sua cidade natal sem se despedir de Ash para não constrangê-lo mais e deixou apenas uma carta de May para Delia entregar.

Com o fim da festa na praia Ash e Misty foram se encontrar com Delia que estava esperando por eles e ela entregou para o filho a tal carta que continha uma foto dele com May que haviam tirado hoje de manhã no parque.

CARTA - "Se estiver lendo essa carta é por que eu já estou na estação de trem para voltar pra casa e estou escrevendo isso para lhe desejar felicidade e todo amor do mundo, pois sei que merece e ainda digo que foi uma pessoa muito especial para mim e que nunca te esquecerei e deixo essa foto porque não quero que me esqueça, pois com isso estarem sempre juntos em alma e coração e novamente lhe desejo muito amor de sua sempre amiga May".

Ash fica olhando para a foto e enquanto isso na estação de trem May fica olhando para a mesma foto, pois tinha, pois haviam duas delas.

MAX - Tem certeza que não está arrependida mana?

MAY - Tenho sim, mas por que essa curiosidade agora?

MAX - É que queria dizer que tenho muito orgulho de ser seu irmão e fez bem em não seguir meu conselho.

MAY - O que acabou de me dizer me deixa feliz Max, eu também gosto muito de você apesar de sempre pegar no meu pé.

MAX - Mas eu já disse, faço isso por ser seu irmão mais novo e é isso que os irmãos mais novos fazem, maninha. (rindo)

MAY - Pior que é verdade.

May riu também com a frase do irmão e naquele momento Senri aparece diante deles.

SENRI - Espero que não tenha pegado raiva dessa cidade por tudo que aconteceu, pois aqui mora meu amigo e pretendo voltar aqui.

MAY - Não esquenta pai eu não tenho por que ter raiva, pois nessa cidade eu vivi quatro dias e uma paixão e nunca esquecerei Mishiro.

E eles voltaram para sua cidade e enquanto isso Ash voltava para Kanto junto de Misty e Delia para continuarem suas vidas.

Uma semana depois.

Na cidade de Petalburg, May estava limpando o ginásio da cidade o qual seu pai, Senri, era o líder. Apesar de ter demonstrado muita força nos acontecimentos de semana passada em Mishiro, ela ainda estava deprimida. Foi assim a semana toda. Ela não conseguia parar de pensar em Ash, mas ela não podia fazer nada. Ele tinha escolhido Misty.

MAY – Por que a vida é tão injusta?

May se fazia essa pergunta enquanto realizava a faxina no ginásio. Seu pai a tinha incumbido dessa tarefa talvez para fazer com que a filha estivesse ocupada na esperança de não pensar mais em Ash e conseqüentemente sofrer por isso, já que ela não queria sair, mas como disse antes, ela estava muito deprimida para isso. Naquele momento sua mãe, Caroline, aparece na porta do ginásio.

CAROLINE – May.

MAY – Mãe?! (ela para a faxina para prestar atenção na mãe) – O que houve?

CAROLINE – Tem alguém querendo falar com você, querida. (olhando para a porta do ginásio)

MAY – Eu estou ocupada agora e...

May para de falar ao ver que Ash entrando pela porta do ginásio. Ele era a última pessoa que May imaginaria naquele lugar. Um misto de surpresa e alegria tomou conta de May.

MAY – Ash?!

ASH – Oi, May.

CAROLINE – Eu vou deixar vocês conversarem mais á vontade.

Depois de dizer essas palavras, Caroline manda um beijo de longe para a filha e em seguida sai do ginásio deixando os dois jovens á sós. Um silêncio ensurdecedor se estabeleceu no local e coube á May quebrá-lo com uma pergunta que queria fazer ao vê-lo sozinho.

MAY – Misty veio junto com você?

ASH – Não. Para falar a verdade é sobre ela que vim falar e...

MAY – Veio aqui me entregar um convite de casamento? Ou veio aqui passar férias? Ou veio tripudiar do meu sofrimento e...

ASH – Eu não estou mais junto com a Misty. (ele se aproximou dela ficando frente á frente) - Nós terminamos.

MAY – O que?! (ela ainda estava surpresa com aquela revelação) – Mas vocês estão juntos á apenas uma semana.

ASH – Não chegamos a ficar juntos nem três dias. (ele respira fundo) – Quando voltamos para Kanto, tentamos reiniciar o romance de anos atrás, mas tanto eu como ela, não éramos mais as mesmas pessoas. Muita coisa mudou.

MAY – O que quer dizer com isso?

ASH – Misty percebeu que não sinto por ela a mesma coisa que sentia antes e por isso resolvemos terminar, sem ressentimentos.

MAY – Mas porque veio até Petalburg para me contar isso?

ASH – É que Misty percebeu outra coisa. Ela percebeu que eu não sentia o mesmo por ela porque estava apaixonado por você. É isso.

May ficou perplexa com aquele relato de Ash. Seu coração disparou demonstrando felicidade, mas ela se lembrou do fato de ter sido preterida semana passada e mesmo que Ash tenha sido honesto com ela, aquilo a magoou e isso era algo que não podia esquecer. Por isso ela virou o rosto e se manifestou.

MAY – Então você achou que vindo até aqui dizendo que me amava, eu iria me atirar em seus braços? (ela fica de costas para ele) - Por acaso se esqueceu do que houve semana passada?

ASH – Eu sei que a fiz sofrer. (ela abaixa o olhar) – Sei também que não mereço seu amor, mas eu precisava vir até aqui para te dizer isso. Pessoalmente e não com uma carta como você fez.

MAY – O que?! (ela se vira) – Ainda tem coragem de me criticar. Quem você pensa que é?

Realmente May ficou irritada com aquelas palavras de Ash sugerindo que ela foi covarde em dizer, através de uma carta, como se sentia em relação a tudo aquilo. Ash sorriu diante dela.

MAY – Eu disse algo engraçado?

ASH – Claro que não. (ele se aproxima dela ainda mais) – É que nunca percebi que você ficava linda quando fica nervosa.

May ficou vermelha como um pimentão diante daquelas palavras. Ela ficou irritada ao perceber como Ash ainda exercia esse poder nela. Ela se sentia uma menininha e antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele a pegou pela cintura e lhe aplicou um beijo. May, ainda apaixonada, correspondeu ao beijo até que Ash cessou o gesto.

ASH – Eu sei que você ainda me ama, mas sei também que te magoei. (ele se afasta dela) – Eu vou entender se seu orgulho for maior do que seu amor. Ficarei triste, mas respeitarei e aceitarei sua decisão e...

MAY – Eu preciso de um tempo, Ash. Não posso voltar com você depois de tudo que aconteceu.

ASH – É uma decisão muito madura de sua parte, May. Vou esperar o tempo que for necessário.

Depois de dizer essas palavras, Ash da às costas á May para sair do ginásio. Embora tenha sido sincero quando disse que a jovem tinha tomado uma decisão madura, ele ficou triste, pois sabia que na maioria das vezes quando alguém pede um tempo normalmente vem uma resposta negativa em seguida então Ash imaginou que ela já não sentia o mesmo por ele assim como ele não sentia o mesmo por Misty.

ASH – “Como fui idiota! Devia ter pedido um tempo semana passada, mas ao invés disso, eu fui logo escolhendo a Misty pelo passado que vivemos. May está magoada comigo e com toda razão.” (pensando)

Antes que Ash tocasse a mão na maçaneta da porta, ele sente a mão de May tocando seu braço.

ASH – May?!

MAY – O tempo para pensar, acabou e eu já me decidi.

E sem dizer mais nenhuma palavra, May enlaça o pescoço de Ash para beijá-lo. A resposta era sim. Eles voltariam á namorar. Eles cessam o beijo.

MAY – Você tem muita sorte de ser bonito. (sorrindo maliciosamente)

ASH – Eu tenho sorte por ter seu amor. Eu te amo, May.

MAY – Eu também te amo, Ash. (ela dá um soco no ombro dele) – Mas nunca mais termine comigo de novo, entendeu?

ASH – Claro que sim.

Ash massageia o ombro atingido enquanto sorria para May, que igualmente sorria. Em seguida os dois voltam a se beijar selando o reinício daquele namoro. A cena era vista, pelo vão da porta, por Caroline, que ficou muito contente em ver de volta o sorriso no rosto da filha.

FIM


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