Eu sai do quarto de Suzan e desci as escadas até a sala onde todos estavam. Todos ficaram felizes por eu ter me recuperado

--Fala ae saco de pancada

--Ignorando o seu insulto ridículo e babaca, até por que eu estou falando com pessoas, e não com animais idiotas e irracionais

--TOOOOMMMAAA VADIA!!—gritou Fabricio

--Esse moleque Ultou sem dó nem piedade—disse Eduardo

--ooooooooohhhhh!!!—isso foi o que os outros falaram.

--Dói né?

--O que Vanessa?

--tomar um fora desse babacão—Vanessa continuou a rir

Eu olhei para fora e já era de noite

--Que dia é hoje?

--28/08/12—falou Eduardo

--Ah, antes que eu me esqueça—olhei para Eleanor—Eleanor Lamb, que porra foi aquela?!

--Ah, aquilo...

--SIM! Aquilo! A Hoshimi está lá em cima desmaiada ainda, por sua culpa!

--Minha culpa?!

--Sua culpa sim! Se você não tivesse começado a xingar ela e a querer matá-la, coisa que eu ainda não entendi! Então comece a falar! —eu senti bem tonto e quase cai se Marcelo não tivesse me segurado.

--calma ae mano, você acabou de acordar de um mini coma cara.

--Eleanor, explica—falei me sentando em uma poltrona, de forma que fiquei frente a frente com ela

--Olha eu vou ser bem direta. Essa Hoshimi ou seja lá quem for, não é essa garotinha meiga e com dupla personalidade. Ela está fingindo. Na verdade, aquela vadia é uma agente

--Mas o que?!—falou Eduardo

--Eleanor, eu vi ela. Aquela garota não pode ser uma agente.

--Eu já lutei com ela. Várias vezes. E numa delas, ela matou o meu namorado. Perfurando o seu peito com uma bala incandescente de tão quente que estava. As balas quando perfuravam ele, queimavam alem de causar uma dor imensa, já que eram próprias para Meta-humanos. Mas não sem antes atirar em cada membro seu, acertando os ossos e os quebrando. Um a um. Enquanto eu fiquei presa em uma pedra por uma lamina de fogo que estava atravessando minha barriga. Ela o deixou quase morto. E me soltou para que eu pudesse me despedir dele...Ele morreu nos meus braços.

Um silencio tomou conta da sala enquanto todos nós tentávamos processar essa informação

--Essa é a história mais mentirosa que eu já ouvi! —gritei

--Se não quiser acreditar em mim, tudo bem. Mas aqui ela não fica.--ela gritou mais alto, liberando sua aurea roxa.

--Ah minha cara... Ela vai ficar aqui sim!

--Quer brigar é?! Essa é a minha casa, e eu mando aqui neguinho de merda—ela falou em inglês

--Sorte sua que eu ainda estou fraco, mas com um esforço, eu ainda posso chutar a sua bunda!

Eleanor tentou me acertar um soco, mas Fabricio a segurou

--Nem pense nisso

--Olha, façamos assim. Vamos dar uma chance para ela. Se ela provara que é mesmo uma agente, nós damos um chute na bunda dela ok? —falou Vanessa

--Por mim tudo bem—menti claro. Eu fiz uma promessa. E iria cumpri-la

--Ok, eu aceito esses termos

--Gente olha só isso—falou Paty que estava no computador

Nós fomos até ela e vimos.

--O que é isso? G1?--perguntou Eleanor

--É um site de notícias.

--Aquele ali é o Soeiro

“Já fazem dois meses desde que 7 estudantes deste colégio estão desaparecidos. Os alunos disseram que não viram nada no dia do acontecimento e de que só houve uma grande explosão. A perícia achou que foi um cano de gás que explodiu o que deixou todos confusos. Mas na versão de todos os alunos, a escola foi invadida por 5 homens fortemente armados.

Ainda segundo os alunos, um dos 7 adolescentes desceu dos céus e assassinou os homens brutalmente. Isso explicaria os corpos encontrados no colégio, se a história fosse real.”

--Cara...mas que merda cara...—falou Fabricio enquanto lia a reportagem

“...O nome dos alunos são:

*Eduardo Centeio dos anjos

*Fabricio Lacerda Vasques

*Patrícia Pereira Neto

*Vanessa Ferreira Santos

*Marcelo Amaral Rodolfo

*Ana Luiza do Nascimento

*Rigardo Santanna Keita

Se alguém tiver qualquer informação sobre os nomes acima, por favor ligar para o 190 e informar a polícia…”

--Cara, estamos mortos...—falou Vanessa

--Eu sei...

“Os corpos encontrados não possuíam qualquer identificação, mas no chão que estava com bastante sangue, também foram encontrados rifles de assalto e restos de corpos.

As famílias estão desesperadas por informações”

Silencio. Isso foi o que se seguiu após todos nós lermos a reportagem. O pior com certeza era eu. Eu podia ter parado eles. Eu podia ter os impedido. Mas eu não fiz. MALDIÇÃO!

--Venham

--Para onde Rigardo? —falou Eleanor

--Vou levara eles para casa

--Nem vem cara! —falou Marcelo

--cara, nós não podemos ir agora. Não agora que estamos tão perto

--Olha, eu já achei a Ana. Agora não preciso mais de vocês

Discutimos por 20 minutos até que chegamos a um acordo. Eu iria leva-los hoje, e os traria de volta depois do almoço do dia seguinte.

--Você vem junto Eleanor

-- Posso saber por que?!

--Não confio em você para ficar sozinha com a Hoshimi

--E se ela acordar em negro babaca?

--Eu deixei um bilhete na geladeira e um na porta do quarto dela branca vadia

--O quarto não é dela. E sim da Suzan.

--Falando nela, onde ela está?

--Ela já tá dormindo. Tá no meu quarto

--Ótimo

Eu mandei um e-mail para todos os pais irem para a minha casa, mas claro que não falei que era eu.

--Que horas são?

--São 21:45

--ou seja, já fazem uns 40 minutos desde que eu mandei o e-mail

--O que você escreveu nele?

--Eu disse que esse e-mail foi enviado aos outros pais dos adolescentes. E disse para eles todos irem para a casa do Jovem Rigardo pois lá eles terão uma grande surpresa.

--Interessante. —falou Vanessa que estava quase chorando de emoção—Acha que eles já chegaram lá?

--Bom, todos nós sabemos onde cada um mora. Mas como eu não tinha certeza se nossos pais sabiam, deixei o endereço no e-mail.

--Boa ideia cara—falou Eduardo

--Prontos?

--Sim! —gritaram. Um por um foram colocando as mãos em meus ombros

Fiz os selos e quando estava preste a usar o Jutsu...

--Espera! —gritou patrícia

--O que foi?

--Nos teletransporte no chão ok? Nada de queda livre entendeu?

--Se você me atrapalhar de novo assim, nós vamos aparecer no meio da terra

Passados essa situação, usei o Hirashin no jutsu

...

22:07

Quando chegamos, estávamos na minha rua. As luzes da mesma estavam fortes. Acho que trocaram elas. Fomos andando até a minha casa.

A noite estava numa temperatura agradável, apesar do céu estar nublado

Ao avistar minha casa, olhei para todos e notei que eles estavam bem nervosos. Minha mãe pintou a casa. Legal. E o condomínio nosso mudou também. Interessante. As casa parecem que ficaram mais bonitas, mas algumas não mudaram muito.

Eu toco a campainha

O que se segue é um barulho alto de pratos caindo no chão e pés furiosos se direcionando para a porta que quando aberta, eu sou alvejado com duas pessoas que em abraçam fortemente

--Seu idiota! —grita Ítalo enquanto chora assim como Lilian

Eu nada falo. Somente os abraço de volta. Mas da porta vários outros pais aparecem

--Pai, me solta por um instante. Preciso explicar a situação

Ítalo me segura por mais alguns segundos e me solta, e logo em seguida Lilian Também

--escutem. Eu sei que todos vocês devem estar confusos, mas eu explicarei a situação depois—Eu sai da frente deles abrindo o raio de visão deles—Vão falar com os seus filhos

Por 30 minutos, pais e filhos se emocionaram, levaram broncas, conversaram e esclareceram tudo.

--Ok agora me escutem

Meus amigos vieram para o meu lado—por favor, não me interrompam

Foi quando eu comecei a explicar tudo. Desde meus poderes até o caso da Ana, cujo os pais estavam lá. Falei sobre que eu era contra eles estarem lá comigo, mas que eu não podia impedi-los de ajudar nossa amiga.

--E você espera que nós iremos deixar nosso filho voltarem?!—gritou o pai da Vanessa

--Senhor, não sou eu que...

--E essa história toda é ridícula! Poderes, meta-humanos, você é um sequestrador isso sim! —falou dessa vez o pai do Fabricio que veio na minha direção pra me dar um soco

Eu desviei dando um pequeno dash para trás.

--Se quer que a gente confie em você, mostre os seu “poderes” —falou a mãe da Patrícia

--Onde está a minha filha!!!—gritou a mãe da Ana que chorava

Eu não estava nem um pouco preparado para essa situação. O que eu podia dizer para eles? Que seus filhos poderiam morrer a cada segundo, e que esta seria talvez a última vez que eles os veriam.

--Escutem—falei com minha voz bem séria, liberando um pouco de energia que ficou em volta do meu corpo. Sua cor era um vermelho-alaranjado. Isso com certeza os assustou.

--Agora que tenho a atenção de vocês, vou explicar novamente o que eu estou tentando fazer. Nós sabemos onde está a Ana. Nós achamos o cara que pode levar onde ela está.

--Quem é o filho da puta que está com a  minha filha!!—gritou o pai da Ana dessa vez

--Rigardo, acho que posso melhorar a situação—falou Eleanor se aproximando de mim.Eu fiz um sim com a cabeça—Ok, escutem seus bando de insolentes e babacas—Mas ela ficou doida!!!!—eu não ligo se vocês querem ver seus filhos, mas isso já está me irritando. Eu quero voltar logo para a minha casa, então tratem de dar as porras das mãos

--Quem você pensa que é garota? —falou o mãe do Eduardo

--Uma americana bem irritada senhor

--gente, vamos logo dar as mãos. Já vimos que o Rigardo está tentando ajudar a gente. Eu confio nele—falou a mãe do Marcelo

Todos deram as mãos, mas os outros pais ainda estavam com um pouco de desconfiança

--Agora, fechem os olhos e preparem-se

O que Eleanor fez foi incrível. Ela juntou as nossas memórias numa só e fez a mesma passar por todos. As memórias vinham desde o acidente do Soeiro, em que eu assassinei os agentes brutalmente até o momento em que nós descobrimos o paradeiro da Ana com aquele tal de Ethan Mazerati. No fim, todos abriram os olhos com cara de assustados. Afinal, éramos somente um bando de adolescentes fazendo besteira. Mas agora, nós éramos a última esperança da Ana.

--Olha eu tenho que voltar para pegar 2 coisas

--coisas não né Rigardo, sua namorada e sua irmãzinha

--Namorada?!—falou a mãe de Fabricio—Ué, Fabricio, ele não era gay?

--FAAAAABBBBRRRRIIIICCCCIIOOOO!!!

--Oh fuck

Sai correndo atrás dele pelo rua escura enquanto o resto do pessoal ria de nós dois. Alcança-lo não foi difícil. Após dar uns cascudos nele, usei o hiraishin no jutsu e fui para o apartamento da Eleanor. Chegando la me deparei com uma Hoshimi desesperada a procura de algo. Eu abri a porta de vidro da piscina e entrei na casa

Apartamento de Eleanor, 23:56

--Hoshi-chan

--AAhhh—ela gritou enquanto corria na minha direção. Ela se jogou em cima de mim. Literalmente. E eu fui ao chão com tudo

--Ai minha cabeça

--Onde você tava? —ela falou com a sua voz fofa

--Eu fui visitar meus pais e voltei para te buscar

--Nunca mais faça isso! Eu fiquei preocupada. E cadê os outros?

--Também foram visitar os pais deles

--Rigardo—falou Suzan descendo as escadas—Cadê a minha irmã?

--Venha Suzan, eu vou te levar até a sua irmã

A mesma veio correndo até mim. Eu me levantei ainda com um pouco de dor.

--Segurem-se em mim

Hoshimi me abraçou na cintura e Suzan agarrou a minha perna

--Ok isso está meio estranho

--O que foi?

--Não sei Hoshimi, mas tô com um pressentimento ruim

--Como se alguém estivesse se aproximando daqui?

--como você sabe Suzan?

--Eu só sei—ela falou abrindo um sorriso

--Ok então. Vamos logo embora daqui—falei indo para fora depois de ter desligado as luzes e travado o PC de Eleanor

--prontas?

--Sim! —gritaram as duas.

--Hiraishin no Jutsu

Mas no último segundo, antes de eu me teleportar eu vi alguém saindo das sombras do apartamento e pulando para fora do edifício. A coisa despencou Prédio abaixo. A única coisa que vi dela era o terno negro que usava, com uma gravata vermelha. E a cara branca. Sem olhos. Sem boca. Só um rosto. Vivo, mas ao mesmo tempo, Morto.