Always Remember You escrita por carol
Notas iniciais do capítulo
pessoal...
demorou, mas tá aí.
Caminhamos por um bom tempo, até chegarmos a um pátio e Alec me levou para uma daquelas mesas de piquenique. A noite estava linda. Não havia barulho algum, ninguém.
- O que achou? – Alec me pegou de surpresa levantando-me com uma força sobre-humana e me colocando em cima de uma das mesas.
- Eu adorei. – o puxei para mim pela gola de sua camisa. Eu necessitava mais beijos dele, claro que a voz dele era música para os meus ouvidos... e eu não estou falando isso porque é romântico, não. A voz de Alec era como um energético que me permitia fazer tudo que queria e mais um pouco, mas seus beijos... eram melhores ainda, eram mais do que simples energéticos, eram... era algo que fazia tudo dentro de mim despertar, querer fazer o impossível. Como ficar junto com ele.
Seus lábios pousaram nos meus e eu senti tudo o meu pequeno mundo explodir. A quentura de seus lábios me fazia com que eu o quisesse mais e mais.
- Alec! – alguém o chamou e rapidamente me afastei dele. – Cara, precisamos de ajuda.
E, o que para mim não era surpresa, era seu amigo, Ray e mais dois garotos.
- Vocês ainda não perceberam que eu estou ocupado?
- Mais tarde você e a sua namoradinha podem aproveita, mas agora, vem logo nos ajudar! – gritou ele.
- Eu já volto. Prometo. – disse ele beijando minha mão antes de partir para ajudar o amigo.
E eu fui largada...
Oh destino cruel.
Estou tendo uma noite excepcionalmente agradável, quando a droga do destino faz com que a única pessoa mais legal do mundo saia do meu lado. Não que as gêmeas não sejam legais, mas com Alec é diferente. Ele me faz sentir algo que nunca senti na vida (não sei se já mencionei isso), é como se antes, meu mundo vivesse na escuridão, e depois que eu o conheci, uma luz finalmente surgiu no fim do túnel. Ele passou a ser o meu “salvador” da escuridão. Acho que não deveria encaixar esta frase no contexto, por que o Alec faz parte da escuridão. Mas parecia que ele não era aquela escuridão escura (não achei outra palavra), negra e fria, ele era uma escuridão que não escondia nada, era claro, no qual eu podia ver tudo, e mais um pouco.
Algumas garotas passaram por mim, algumas, reconheci da aula de música, passaram por mim rindo. Uma virou a cabeça para trás e perguntou:
- Onde esta seu príncipe agora?
Neste momento, Alec chegou perto de mim e sentou-se na mesa ao meu lado.
- Algum problema meninas? – ele perguntou as três garotas.
- Nada, só queríamos saber onde você estava. – disse a loira envergonhada.
- Bem, eu estou aqui.
- Só queríamos dizer que o Erick Night esta te procurando.
-Sério? – ele parecia surpreso. – O que deu naquele babaca para ele finalmente voltar a falar comigo?
- Não sei, mas ele disse que era urgente.
- Tudo bem, mais tarde eu falo com ele. – ele disse assentindo.
- Tchau, Alec. – ela disse dando um sorrisinho que, eu vou confessar, me deixou com ciúmes.
- Quem é esse Erick Night?
- É só o cara mais popular da Morada da Noite.
- E porque ele é um babaca?
- Não que ele seja um babaca, é que,... – ele virou o rosto para as árvores – Quando eu entrei na Morada da Noite, Erick foi o único que se interessou em ser meu amigo. Todos me julgaram antes de me conhecer, o Erick não. Ele foi meu primeiro amigo na minha nova vida. Mas, de uns tempos para cá, ele não tem mais falado comigo, e eu não sei por que, e eu juro, isso tá me matando.
- E porque você não vai falar com ele e já aproveita para fazer essa pergunta?
- Eu quero,... Mas hoje, eu sou seu, e eu quero que você seja minha. – ele voltou seu rosto para mim.
- Só hoje?
- Quer que isso dure mais?
- Com certeza. – eu disse pousando meus lábios nos dele. O beijo era quente, já conhecido, mesmo assim, bom, muito bom.
- Alec? – uma voz grossa cortou o silêncio da noite, e Alec se virou na direção da voz. – Eu estava querendo falar com você... – um garoto moreno arregalou seus olhos azuis para mim. – Quem é ela?
- Erick, essa é a Carol. Carol, esse é o Erick.
- Oi. – eu disse casualmente.
- O que você esta fazendo aqui? – ele disse num tom acusador. Seus olhos traziam uma espécie de fúria e desprezo.
- É, eu...
- Ela esta aqui a convite meu, Erick. – interviu Alec.
- Ah.
- O que queria falar comigo?
- Nada.
- Não parecia ser nada!
- Já disse que não era nada, saco! – ele saiu pisando duro em direção ao prédio.
Alec bufou e ficou ao meu lado vendo Erick partir para o meio da noite.
- Nossa. – finalmente falei – Ele parece ser um daqueles caras que perde a calma bem rápido.
- Ele nunca foi assim. Quer dizer, pelo menos, não era antes de começar a namorar a Aphodite.
- Quem?
- Alguém que você com certeza não vai querer conhecer.
- Então, quem eu vou querer conhecer por aqui?
- Não sei... quem sabe, eu?
- Posso pensar no seu caso.
Ele rio o olhou para o céu escuro.
- O que achou da aula?
- Nunca vi um professor como o seu.
- Mandão?
- Não... ah, incentivador.
- Bem, posso ter certeza de que os seus professores de música devem ser bem mais incentivadores do que o meu.
- Na verdade, eu nunca tive professores de musica.
- Nunca?!
- Fui eu quem sempre gostei de musica lá em casa, e minha mãe não podia pagar uma escola de musica. Então eu treinava no piano da minha vizinha, que não sabia tocar.
- E mesmo assim você apareceu naquele campeonato, não é?
- Queria poder provar para mim mesma que eu era igual a um aluno de uma escola particular... e, bem, quase consegui. – ri.
- Não, você conseguiu. – disse ele pousando seus lábios nos meus novamente.
Deus,não permita que eu desmaie pelo resto da noite!
- Eu sinto em te dizer, mas vou ter que leva-la para casa. – disse suspirando.
- Agora?
- Infelizmente sim.
Concordei.
A maior parte do trajeto para minha casa, não prestei atenção, estava muito concentrada no rosto de Alec. Em fração de segundos, chegamos a minha casa.
- Queria que pudesse passar uma noite inteira com você. – eu disse sem pensar.
- Quem sabe, uma noite. – disse Alec pousando seus lábios nos meus, estavam quentes, o que me fez ter mais vontade ainda de ficar perto dele.
Ele me carregou até minha janela no segundo andar da casa, e pulou até a janela. A janela, como sempre, estava aberta. Entramos e ele me colocou na cama.
- Agora, trate de dormir, tá? – ele deu um beijo em minha testa. A lua em sua testa tinha um leve brilho. E isso é tudo que me lembro antes de apagar.
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