Blood escrita por Princesa do Parker


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

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Beijos com gloss da Princesa do céu



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Capitulo 1-

Thomas Parker

Suguei as últimas gotas de sangue restantes naquele corpo, mas não me sentia nem um pouco satisfeito. Cada pessoa ou animal que matava para me alimentar, mesmo não sendo o suficiente para me satisfazer eu podia sentir o poder me dominar. Sentia-me mais forte, podia sentir a minha audição alcançar níveis extraordinários e era mais fácil poder manipular as pessoas. Porém a fome era um dos grandes problemas que eu enfrentava, sempre era pouco demais e me levava a cada vez matar mais.

No galpão onde passava os meus dias já estava repleto de corpos dentro de enormes caixas que conseguirá em algumas visitas minhas a cidade. O cheiro de carne em decomposição tanto me incomodava quando aos pobres mortais que ainda se arriscavam a vir ver o que causava aquele cheiro e como eu não era nada bobo as transformava em minhas próximas vitimas.

Vivendo sozinho aqui sempre me perguntara por que não me arrependia de viver assim, escondido do mundo. Mas sempre me lembrava das vantagens que eu poderia receber sendo imortal. Não sentir mais dor, não ter mais sentimentos e a incrível capacidade de poder esquecer-se de tudo a qualquer hora.

Ainda com o corpo em meus braços observei o rosto daquela mulher que a pouco entrará pela porta do galpão e sem lhe dar nenhuma explicação a ataquei. Podia ainda sentir o seu medo e ela ainda permanecia com uma expressão de pavor. Aquela visão não me dava pena, apenas me divertia. Dei uma ultima olhada nela e a joguei dentro de uma caixa que já estava transbordando de corpos.

Thomas Anthony Parker, ainda reza por suas vitimas?-

Virei-me assustado com a voz da pessoa que eu achei que nunca mais iria ver. Ela mantinha o mesmo sorriso sarcástico e pelo que observava o mesmo corpo exuberante que fizera Tom se encantar.

Katherine Pierce, há quanto tempo não a vejo, já se passou quanto tempo? Quantos séculos?- Ela revirou os olhos o depois se aproximou Não seja dramático Parker, foram apenas dois anos. E você sabe que não precisa viver aqui. Agora pode ter tudo o que quiser!-

Ela falou passando o dedo pelo meu abdômen peguei a mão dela e a segurei forte.

Desculpa Katherine, mas você está ficando velha, sabe como é. Prefiro as mais novas!- A Vampira deu uma gargalhada alta e depois me imprensou contra uma parede - Tem certeza querido? Posso estar ficando velha, mas aprendi uns truques novos que irão te fazer subir pela parede. Literalmente!-

Não respondi nada, não adiantaria tentar convence-la de que não sentia falta dos velhos tempos e de que não queria nem um pouco os revives novamente. Como ela viu de que eu não falaria nada, se afastou e examinou o lugar em que se encontrava.

Eu soube dos seus problemas com a fome. Você poderia arrumar alguém para ser seu banco de sangue, como um animal de estimação. Alimenta-lo para que tenha sangue suficiente para lhe satisfazer, dar carinho às vezes... Esses tipos de coisa!-

Já tenho problemas suficientes, não quero ninguém aqui comigo. Fico melhor sozinho!-

É uma pena!- Falou Katherine fazendo cara de desapontada Eu tinha trazido uma surpresa pra você, mas tenho certeza que não vai gostar-

Franzi o cenho e um sorriso maroto surgiu no rosto da garota, ela fez sinal para que alguém entrasse no galpão. Uma menina entrou no galpão, seus olhos estavam fixados em um único ponto e sua expressão era de serenidade, percebi que Katherine estava controlando aquela menina. A garota parou ao lado de Katherine.

Mas já que você não a quer, eu tenho planos para ela. Vamos ser ótimas amigas não é?-

A garota apenas assentiu sonhadoramente. Um silêncio surgiu entre os dois e Katherine suspirou entediada. Ela olhou mais uma vez para mim.

Achei que iria gostar dela. É muito bonita, mas posso ter me enganado!

Katherine falou em minha cabeça, como não disse nem fiz nada, Katherine afastou o cabelo da garota e quando estava prestes a mordê-la tive que impedi-la.

Desculpe Katherine, mas eu preciso mais do que você!-

E finquei as minhas presas no pescoço da menina que agora começava a se contorcer.

[...]

Reyna McGarvey

Não tinha a mínima ideia de onde estava, mas sabia que corria perigo. Algo dentro de mim gritava para que eu me levantasse daquele chão frio e duro e corresse, não lutasse, não gritasse apenas corresse. Pois querendo ou não minha vida dependia daquilo.

Ainda com os olhos fechados me contorci tentando mexer pelo menos a minha mão. Mas a dor era insuportável, nunca havia me sentindo daquela forma. Aos poucos fui conseguindo abrir os olhos e percebi que estava no galpão que ficava a umas duas quadras de distancia da minha casa. Mas o que diabos eu estava fazendo ali, era o que eu precisava descobrir.

Vai com calma garota!-

Ouvi a voz de alguém e vinha da parte mais escura do galpão, tentei me levantar as pressas e correr dali, mas quase que quebrava todos os meus ossos. Ouvi uma risada e depois um homem se aproximou de mim. Ele me pegou pelos ombros e me levantou ao ver seu rosto à surpresa me dominou mais do que o medo.

V-você é o Tom!- Falei ainda com a voz fraca, ele me olhou surpreso e depois franziu o cenho -Como sabe quem eu sou?-

Você participava do The Wanted, e seu corpo foi encontrado sem vida nos fundos de uma casa noturna, todo mundo achava que você tinha morrido!-

Ah, isso foi passado. Como é o seu nome?-

O olhei confusa, eu estava dentro de um galpão, que todos diziam ser mal assombrado, com um cantor que devia estar morto e ele me pergunta qual o meu nome? Que tipo de sonho louco era esse.

Hum... Reyna, mas o que você está fazendo aqui, ou melhor, o que EU estou fazendo aqui? Eu devia estar na casa da minha amiga Katerine, nós arrumando para uma festa...

Espera um minuto. Katherine é sua amiga?- Assenti e o Tom parecia que ia morrer de tanto rir. Você só pode estar brincando comigo. Princesa deixa... -

Eu odeio que me chamem de princesa!- Ele me olhou irritado por ter o atrapalhado Bem continuando. Princesa deixa eu te contar um pequeno segredo. A Katerine não é sua amiga! Ela é só uma vampira que te trouxe aqui para ser a minha escrava e me dar sangue quando eu quiser-

Agora era a minha vez de rir até morrer. Tenho certeza que aquilo devia ser um programa de pegadinhas, afinal vampiros não existiam. Porém o Tom continuava ali serio olhando para mim.

Okay, tudo bem eu já saquei tudo. Podem aparecer eu sei que estão ai!- Falei gritando, mas ninguém apareceu e tudo continuou do mesmo jeito. Você acha que eu estou brincando? Então eu vou lhe mostrar!-

Como se eu fosse uma boneca ele me jogou contra uma parede e enormes presas apareceram me fazendo gemer de medo, seus olhos me olhavam com desejo. Tom afastou o meu cabelo mostrando um pescoço manchado com o meu sangue e depois fincou as suas pesas sem dó nem piedade. Podia sentir as ultimas gotas de sangue do meu corpo me deixarem, então ele parou e eu cai inconsciente.

[...]

Thomas Parker

Voltei quase duas horas depois do acontecido, precisava espairecer pensar no que fazer com aquela garota inconsciente no que eu podia chamar de lar. Era a primeira vez que eu respirava ar puro e via pessoas normais, iguais a o que eu fui um dia. Foi a primeira vez que eu parei e olhei. Não ataquei, não me alimentei, nem usei os meus poderes. Só sentei em um velho banco e olhei todo o que havia perdido nesses dois anos que eu estava preso naquele porão. O anel me protegia contra o sol e não havia nada há temer.

Ainda inutilmente, procurei saber onde meus antigos companheiros de banda moravam, mas o que descobri foi pouco. Com a minha morte eles se separaram e cada um seguiu a sua vida. Max finalmente se casou com a Michelle e agora é jogador de futebol. Siva ainda não estava casado com a Nareesha, mas era um dos seus planos e voltara a ser modelo. Nathan seguiu carreira solo e continuava sem nenhuma companheira. Jay, virou Dj e agora tinha uma noiva, grávida. Coisas que eu jamais imaginei para nenhum deles.

Foi então que eu senti saudades, coisa que achei que nunca mais ia sentir. Saudades das turnês, das coisas que nós aprontávamos, saudade das minhas fãs, saudades das noites em que eu que bebia tanto ao ponto de não conseguir nem formar uma frase decente e saudades da minha Kelsey. Depois desse tempo todo ela também deve ter seguido a sua vida e foi a imagem dela beijando, amando outro cara que fez meu coração doer Se é que eu tinha um, afastei esse maldito pensamento da minha cabeça, se ela estava feliz era o que importava.

Tom! Será que você poderia me soltar, sabe como é meu pulso está doendo!-

Acordei de meus devaneios com a doce voz da Reyna, eu havia amarrado ela apenas para garantir que ela não fugisse, mas até aquele momento eu estava pensando seriamente em deixá-la ir embora. Desamarrei-a e lhe entreguei um pouco de comida que arranjara.

Obrigada, mas não estou com fome!-

Você precisa comer, vai precisar de forças para voltar pra casa!-

Você vai me soltar?- Ela perguntou desconfiada, apenas assenti - Achei que eu fosse ser seu banco de sangue!-

Existem sete bilhões de pessoas no mundo, procuro alguém mais velho que você e que já tenha vivido bastante. E se não se importar eu vou apagar sua memória- Falei seco Mas e se eu não quiser que você apague a minha memória? Eu não quero esquecer o que aconteceu aqui. Por mais que isso seja bizarro e assustador eu quero ter essa memória comigo!-

Desculpe é perigoso demais para mim. Eu vou te quer fazer isso!-

Por favor, Tom! Eu juro que não vou contar nada a ninguém, pode me vigiar se eu falar algo terá a minha permissão para me matar- Dei uma risada fraca- Eu ia adorar te matar, mas mesmo assim eu não posso...-

Antes mesmo de eu terminar o que planejava falar ela começou a chorar, chorava de verdade. Aquilo me irritou profundamente, nunca foi bom em consolar mulheres quando choravam quando mortal e por que eu tinha que ser agora?

Oh, por favor, pare de chorar! Isso me irrita. Se eu não apagar a sua memória você para de chorar?-

Ela assentiu e foi parando de chorar aos poucos. Deixei que ela comesse em paz e fui dar uma volta pelo quarteirão.

[...]

Reyna McGarvey

O vento frio fazia meus pulmões doerem cada vez que eu respirava, as ruas estavam escuras e já devia passar da meia noite. A cada passo que dava meu coração se apertava mais, a vontade de voltar para casa e ter minha vida de volta era enorme, mas nada superava a vontade de ficar ao lado do Tom. Eu nunca havia passado pelo o que ele está passando, mas de certo modo eu entendia ele, sabia que ele sentia falta da sua antiga vida, sentia falta de estar nos palcos.

Você consegue ir sozinha a partir daqui?- Tom perguntou pondo as mãos dentro do bolso do seu casaco Eu poderia ter vindo sozinha desde do galpão, mas mesmo assim obrigada por me acompanhar!-

Ele sorriu de lado e já estava se preparando para dar meia volta e correr para o galpão, quando eu fiz algo que nunca faria se parasse e pensasse. O abracei. No começo ele ficou assustado com a minha atitude mas depois me abraçou também. Ele não era frio como eu imaginava, e por mais incrível que parecia possuía um cheiro diferente, um cheiro doce.

Daqui a pouco vai amanhecer, é melhor você ir andando!- Ele me empurrou de leve e eu fiquei envergonhada por ter agido daquela maneira - Tudo bem! A gente se ver por ai!-

Ele não respondeu apenas se virou e correu usando a sua velocidade de vampiro. E eu Reyna McGarvey sabia que nunca mais iria ter uma vida normal, não depois te ter passado por tudo isso.


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Notas finais do capítulo

Iai? Gostaram? Odiaram?
Criticas? Sugestões? Aceito tudo!
Princesa do céu



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