Purity escrita por gaara do deserto


Capítulo 1
Dias Escuros - Pós-Revolução Vampírica


Notas iniciais do capítulo

Minha estréia na categoria do Vk.
(Amante incondicional da série e de vampiros!)
Tenham uma boa leitura!



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PURITY

 

 

1. DIAS ESCUROS – PÓS-REVOLUÇÃO VAMPÍRICA.

 

   Um carro muito largo estava parado na frente de uma edificação imponente - uma mansão que dava a impressão de sobriedade e exclusividade. Guardada por árvores muito frondosas e folhas que se desprendiam gentilmente com a chegada do outono e portões de ferro retorcido e intimidador, a mansão retinha um silêncio atípico e metade daquele largo só para si. Praticamente ninguém fazia idéia do que tal construção fazia lá, atraindo tanta atenção dos transeuntes.

   O carro permanecia ali, negro e reluzente, imóvel e silencioso tal qual a mansão. Folhas jaziam ao seu redor, quase que atraídas magneticamente. A tarde trazia o crepúsculo, puxando a noite quente um pouco mais ao longe.

Há algum tempo o respeitável Conselho dos Anciões já não era mais o mesmo. Seus integrantes, temíveis monstros de sangue nobre, deixaram de existir, o preço por escolher o lado errado.

Kuran Rido, um erro que fazia parte do passado.

 

Não havia muito movimento dentro da mansão naquela tarde singela. Alguns vultos entravam e saiam das várias portas em intervalos espaçados, a maioria com pastas pesadas em seus braços e outros sem nada. Por vezes um deles parava e cumprimentava submisso, um vampiro alto, de cabelos castanho-escuros que desciam desarrumadamente até seus ombros. Tinha olhos de um vermelho encantador e nobre, inigualáveis.

Esse era Kuran Kaname.

Sangue-puro distante, com jeito de quem é insondável.

Vinha acompanhado. As pessoas continuavam acenando e reverenciando tanto para Kaname quanto para o outro. O acompanhante do sangue-puro parecia seu completo oposto: Risonho, cabelos loiros, olhos verde-claro, mais humano que vampiro.

Esse era Ichijou Takuma.

Durante toda sua vida ele sempre recebeu olhares reprovadores dos mais velhos por causa de seu comportamento amistoso, diferente da imponência que os vampiros de classe alta geralmente inspiravam. Porém, Ichijou nunca fez questão de retrucar olhares acusativos, ainda que devesse. Fazia parte de sua essência agir assim, se bem que sabia mostrar quando queria a monstrualidade que corria em suas veias.

Não agora.

Ichijou respondia serenamente quando falavam com ele, ao contrário de Kaname, que estava calado há tempos, imerso em pensamentos.

Fazia três anos agora... Três insuportáveis anos. Por quanto tempo ele, Kuran Kaname, poderia esperar?

Havia uma incrível determinação em sua alma (se é que tinha uma). Ela competia com sua impaciência em igual páreo, esperando a decisão de um juiz imparcial e louco.

-... Kaname? – a voz de Ichijou chamo-o à Terra. Era um chamado que mostrava a realidade que o sangue-puro tinha agora.

Rotina. Uma rotina sem objetivos.

- Eu preciso ir, Ichijou. – sussurrou em resposta ao amigo. O loiro pareceu entender.

Aquela agonia... Como Kaname pudera viver com isso durante tanto tempo? – Ichijou compreendia o quão árduo os minutos se mostravam para o outro.

Esperando.

  Por ela, “A Princesa Kuran”.

As portas tornaram-se fugidias diante da decisão que aflorara repentinamente na mente de Kaname. Decisão fruto de uma demorada reflexão, avaliando erros, probabilidades e conseqüências.

Ele sairia dali o quanto antes.

A Saída.

O carro reluzente estava quase a sua frente. Ichijou correu para acompanhá-lo.

Seu destino era claro e óbvio: Tókio.

Yuuki.

Kaname abandonaria qualquer reino e privilégios em prol daquela... Obsessão, crescente e irrefreável.

Incesto.

Ele tinha perfeita noção do que estava fazendo.

E do que enfrentaria.

Kiryuu Zero.

Sendo honesto consigo, admitia o ódio que sentia por aquele Hunter. Um renegado. Meio-termo.

Ainda que tivesse alguma pena de Zero, não haveria mais clemência se Yuuki estivesse em jogo.

Porque ele nunca desistira. De forma alguma.

Essa sensação eletrizante percorria seu cérebro, dando-lhe um motivo para viver. Um vampiro atarracado, com uma leve cicatriz na pálpebra direita e lábios finos, saiu do carro e abriu a porta traseira para o loiro Ichijou e o sangue-puro.

- Kuran-sama, Ichijou-sama. – cumprimentou o vampiro, quando os dois amigos entraram no espaçoso automóvel.

- Para onde, Kaname? – perguntou Ichijou, cúmplice. O moreno sorriu, de um jeito que precedia a retomada de uma partida de xadrez.

- Tókio. – sua voz soou calma, embora seu íntimo estivesse em chamas.

Subitamente, lembrou de algumas palavras que dissera à Yuuki, antes que ela partisse de sua vida temporariamente.

“Seu corpo e seu coração crescem separados, Yuuki. Alguém tão inquieto assim só encontra um lugar para si quando, por fim, os junta. Se seu coração encontra-se em uma pessoa ou um lugar longínquo, procure-o, corra e ache-o... Talvez seja isso o que os humanos chamam de ‘felicidade’...”.

Bom, isso não era aplicado só à Yuuki. Era para achar seu próprio coração que ele corria agora... Porque sua espera em nada adiantaria se ele não decidisse voltar à luta.

Uma última chance. A última gota.

A noite se avizinhava, saudosa como só podia ser para seres como ele.

Incesto... Não era pela sobrevivência do clã Kuran que queria a pequena garota de olhos febris.

Era porque, naquele surpreendente ser, estava guardado o segredo de sua existência.

O coração de Kuran Kaname.

  Se ele soubesse como jogar... Ninguém, ninguém, o impediria.

Nem o Meio-Termo.

Mas podia Kiryuu Zero tentar detê-la? Pelos mesmos motivos de Kaname?

Não havia tempo para lamentações. Ele colocara as cartas na mesa.

Agora, cabia ao sangue-puro vencer no seu jogo. Era difícil e simples, ao mesmo tempo.

Potencialmente perigoso.

Mesmo assim, o game-over seria dado por Kaname.

O carro deixou o Conselho de Anciões. Ichijou olhou as pessoas, humanas e vampiras, pela janela de vidros grossos e escuros.

Ichijou Takuma também tinha suas razões para ir até Tókio. O sangue monstruoso de Ichiou corria em suas veias mais rápido, ansiando respostas.

Precisava saber o que ainda tinha com Tooya Rima.

Ele falara tudo àquela estranha vampira, tinha exposto tudo o que sentia, o que escondera por tanto tempo...

Mas será que Rima levara-o a sério?

Ou talvez tivesse sido apenas brincadeira, algo ingênuo e doce, como um primeiro amor...

Os olhos muito verdes de Ichijou assumiram, repentinamente, um tom vermelho-sangue. Kaname olhou para o amigo, atento. O loiro piscou por um momento, e o brilho rubro desapareceu.

Suas dúvidas o acometiam como doença.

 Potencialmente mortais.

- Takuma, você está bem? – era raro ele chamá-lo pelo primeiro nome, isso só significava que Kaname realmente sentira certo instinto assassino emanando de seu amigo.

Ichijou balançou a cabeça, mudo. Afundou-se um pouco no banco de couro.

- Gomen ne, Kaname. – desculpou-se – Todo esse trabalho no Conselho me deixa cansado demais...

- Não se preocupe.

- Hmm... E qual seria a sua sugestão?

- Uns dias longe daqui são mais do que suficientes para descansar, não? – o sangue-puro sorriu de maneira conspiradora.

- Não é exatamente para “descansar” que você vai para Tókio... – murmurou Ichijou, captando a significado das palavras de Kaname.

- Eu sei. – disse o moreno, desviando o olhar do amigo e mirando algum ponto no vazio da rua por onde o carro passava.

- Mas, Kaname, você não pode simplesmente aparecer na porta da Yuuki-chan e “roubá-la” do Kiryuu-kun.

- Eu sei. – repetiu Kaname, inalterado com o modo do loiro de expor seus planos. – Já tenho em mente um motivo secundário, Ichijou.

O outro suspirou, mas sorriu em seguida.

- Pelo menos teremos uma boa oportunidade de ver o Aidou, Kain e os outros.

- Tsukiko-san me contou que Kain pediu a mão de Ruka em casamento. – comentou Kaname, sem realmente prestar atenção à euforia do loiro. – Estou orgulhoso desse feito heróico.

- Sério? Tomara que ela tenha aceitado, é o que espero. – Ichijou alegrou-se mais com a inesperada noticia.

Depois se calaram. Falavam de um jeito vago dos antigos estudantes da Night Class. Perdendo contato aos poucos com os primos Aidou e Akatsuki, e ocasionalmente com Ruka, Rima e Shiki, podiam constatar que o trabalho no Conselho de Anciões consumia suas vidas como um parasita.

Ao menos Shiki Senri pudera desistir da cadeira no parlamento que herdara do falecido tio. Ele havia seguido suas próprias ambições, ao contrário de Kaname e Ichijou, que estavam presos pelas responsabilidades de sua Revolução sangrenta.

A noite caía com mais força, uma corrente de ar quente varreu as ruas, livre...

Liberdade.

Um sentimento que Kaname lutaria para reconquistar, ainda que as pesadas correntes de sua condição o prendesse.

“Um adolescente fugindo...” – Aidou Hanabusa um dia lhe dissera algo parecido.

Sem culpas, sem remorsos... Eram conceitos que governariam Kaname a partir daquele ponto.

Eram concepções e desejos que dominavam seu ser, continuamente. Fechou os olhos.

Yuuki...A sua Yuuki.

Ela ainda custava muito para ele.

Um pecado tão puro...

Sua pequena irmã... Única. A mais preciosa das coisas.

Porque somente ela conseguia deixá-lo vivo.

Vivo e livre.

E por querer retribuir tal presente, ele lhe dera opções, igual liberdade... Mas querendo mantê-la presa para sempre.

Como um mestre. Mesmo que ele fosse o escravo.

 

*Flashback On*

 

  Fora uma semana muito atribulada para a Academia Cross. Com a formatura da Day Class e os novos integrantes da Night Class que estavam por vir, houve realmente muito em que pensar e fazer. Em meio a esse furor, despedidas foram inevitáveis.

Era o paradoxo que separa o fim de uma vida e o começo de uma outra.

Um misto de alegria e tristeza apoderou-se dos olhos daquelas duas garotas paradas nos portões do Colégio.

Estavam abraçadas e continham, há muito custo, suas lágrimas. A tarde escarnecia da cena, pois o céu não poderia estar mais deslumbrante.

Yuuki e Yori separando-se?

Uma brincadeira de mau-gosto.

Mas o BMW cinza parada do lado de fora do colégio não era nenhuma fantasia.

A brisa costumeira do verão varreu docemente o lugar, deixando um clima ameno ao passar.

Ouviu-se um soluço.

- Y-yori-chan... – Não, não.

A dor absurda da perda comprimia seu coração. Yuuki sucumbiu às lágrimas. Ver sua melhor amiga indo embora era terrível, frustrante.

Ela sempre fora um dos principais pilares que ligavam Yuuki à humanidade.

E continuava o sendo, mesmo que a verdadeira Yuuki tivesse despertado.

- Eu vou ligar todos os dias, tá bom? – a pequena humana de cabelos loiro-escuros estremeceu quando suas próprias lágrimas vieram à superfície. – Eu juro, vou fazer todo o possível para falar com v-você...

Quando o abraço foi desfeito, a vampira tinha o rosto molhado pelo choro, então o enxugou disfarçadamente com as costas da mão. Seus olhos cintilaram com uma possível nova enxurrada de lágrimas que ela se esforçava para dominar.

- Yuuki... Não quero ver você tão triste assim – comentou Yori, tentando sorrir. – Nem parece a Yuuki cheia de energia que eu conheço...!

- A Yuuki que você conhece não existe mais, Yori-chan.

Ainda que ela fosse a vampira, Yori sempre fora mais forte. Talvez por não ter um passado sangrento ou um futuro pecaminoso.

- Não fale assim... Você continua sendo a mesma, só... Só um pouquinho diferente agora.

Kuran Yuuki sorriu trêmula. “Um pouquinho diferente”? Era por essas e outras que gostava tanto de Wakaba Sayori – Para ela, a descoberta da natureza vampirica de Yuuki não alterara nada, absolutamente nada, na amizade que possuíam.

- Sabe, acho que você deveria deixar seus cabelos curtos outra vez... Sei lá, é estranho vê-la com eles longos. – Yori riu baixinho. Era ridículo falar aquilo apenas para prolongar ao máximo os minutos com Yuuki.

Desde que Yuuki fora para a Night Class, Yori tentava com todas as forças que tinha, minimizar o abismo que invonlutariamente se criara entre o Dia e a Noite.

Desde que aquelas “pessoas”, que Yori sabia se chamarem “vampiros”, haviam tomado Yuuki como uma “princesa”.

Desde que aquela colisão de mundos se iniciara na Academia Cross e o terror com cheiro de sangue se espalhou, revelando as presas dos formidáveis alunos da Night Class... E a verdade foi descoberta.

Mas apenas ela sabia agora. Apenas ela não tivera a memória alterada.

Uma buzina tocou alta fora dos portões do colégio. A humana tomou a mão da vampira entre as suas.

- Cuide-se, Yuuki. – a buzina soou mais uma vez – Não sei que rumo as coisas vão tomar, mas... Espero que tenhamos sorte, né?

- Yori-chan, eu... Eu... – o que ela poderia dizer para amenizar tudo?

Um vampiro em dívida com um humano?

Era tão improvável.

Mas era a pura verdade.

- Tudo bem... Eu só quero te pedir uma coisa.

- O quê? – Yuuki ficou repentinamente intrigada.

- Seja feliz, Yuuki. – Yori sorriu convincentemente dessa vez – Mesmo que... Mesmo que seja com aquela pessoa...

Yuuki engoliu em seco.

- Está falando do Kaname-onii-sama?

- Sim... Se bem que... – o sorriso dela ficou parcialmente sem graça – Eu sempre achei que você ficaria com o Zero-kun...

A vampira corou com o comentário.

Quem sabe a pequena soubesse demais...?

Mais uma vez a buzina tocou, insistente.

Yori franziu o cenho, irritada.

- Eu já vou! – berrou, pegando sua bolsa que havia jogado no chão. – Eh, então... Até mais, Yuuki.

- Até mais, Yori-chan. – elas se abraçaram novamente, um abraço que pareceu definitivo.

O céu, sabe-se lá o motivo, tornou-se um pouco nublado, ofuscando a tarde límpida do começo. Wakaba Sayori desapareceu de vista. Yuuki olhou para a direita, na direção das árvores.

- Saia daí, Aidou-sempai.

-Ela já foi, não é? – perguntou uma voz incorpórea.

Yuuki acenou, concordando.

- Saia daí. – repetiu para o nada.

No instante seguinte um vampiro de cabelos loiro-claros, visivelmente desarrumados, olhos azul-gelo e de uniforme branco materializou-se na frente de Yuuki.

- Há quanto tempo você já sabia, Yuuki-sama?

- Desde a primeira buzina – respondeu Yuuki, amarrando a cara – E não me chame de “Yuuki-sama”.

Aidou Hanabusa suspirou alto, e levantou o olhar para o portão pelo qual saíra Yori há alguns minutos. Ele podia ouvir um leve barulho de motor se distanciando.

- Me desculpe, Yuuki-chan.

A vampira observou-o, triste. Quem poderia imaginar o nobre, genial e egocêntrico Aidou Hanabusa apaixonado por uma humana?

Simplesmente inconcebível. Ele tinha um nome a zelar... E ela parecia tão distante, um belo e impossível sonho.

Tão efêmera como um cubo de gelo que, exposto ao sol, se evapora.

- Acho que nunca vou entender o que se passa na sua cabeça, Aidou-sempai. – murmurou Yuuki, quebrando o silêncio incômodo. – Logo você... Por que justamente a Yori-chan?

A expressão de Aidou tornou-se mais grave, sem deixar vestígios do petulante vampiro que sempre fora.

Tantas garotas aos seus pés... Vampiras e humanas... Nem ele entendia direito.

- Ela era diferente, Yuuki-chan... – respondi debilmente o vampiro – Vi algo nela que... Chamou minha atenção, mas não me lembro quando e onde...

Diferente das outras, de todas... Ela, somente ela, fitava-os de longe. Nunca se aproximava, nunca sorria ou tentava ser chamativa, jamais demonstrava admiração pela Night Class... Medo, quem sabe.

Admiração, jamais.

- Você tentou alguma vez falar com a Yori-chan? – perguntou a Kuran, quase adivinhando a resposta.

Pobre Aidou-sempai.

- Eu tentei, mas... – ele não conseguia prosseguir. Nunca imaginara que doesse tanto amar alguém.

Agora Aidou Hanabusa tinha fraquezas... Que vergonha. Sua máscara ruíra.

E apesar de mostrar-se tão cheio de si, não tivera coragem suficiente de agir corretamente.

Somente uma vez... Mas fora tão estúpido, que provavelmente estragara suas chances.

As chances que ele obviamente não tinha.

- É melhor irmos, Yuuki-chan. – emendou Aidou, com outro suspiro audível – O Kaname-sama deve estar...

Mas Yuuki já não o escutava. Olhava para um vulto que se projetava há alguns metros e chegava mais perto agora.

- Yuuki-chan? – chamou o loiro, acompanhando o olhar dela.

Uma chuva fina começou a cair.

Os olhos do vulto brilharam a distância. Um intenso brilho vermelho.

Um vampiro... Um hunter.

- Zero...? – a forma de Kiryuu Zero tornou-se nítida na chuva. Seus orbes que a princípio o denunciaram como vampiro, assumiram um sombrio tom lilás.

- Yuuki – sua voz soou autoritária, com um breve resquício de intimidade com a pequena sangue-puro -, o diretor quer falar com você.

E notou Aidou encarando-o desconfiadamente.

- É melhor sair da chuva, vampiro.

Aidou não pareceu incomodado com a falta de polidez ou a hipocrisia de Zero, mas voltou a encarar Yuuki, esperando uma resposta.

- Ah, me desculpe Aidou-sempai. – disse a vampira adiantando-se – Se o diretor está cham...

Porém, ela não completou o que dizia, pois um impaciente Zero a puxou pelo braço.

- Zero...! – e lançando um olhar súplice ao triste vampiro que ficara para trás, sumiu na chuva com Kiryuu Zero.

Ele tinha suas razões para não deixá-la tão perto daqueles seres... Nunca mais ele a desprotegeria.

Yuuki fizera sua escolha, ele não perderia a chance.

Amava-a demais para que seus instintos de hunter o sufocassem. Gastara muito tempo com suas crenças.

Sentia vontade de segurá-la nos braços e fugir portão afora.

Longe dos olhos de Kuran Kaname. Onde ele não os achasse, onde Zero pudesse chamar Yuuki de “sua”.

Nunca houve nenhum chamado do Diretor Kurosu.

Só o prazer insano de roubar mais algumas horas da “Princesa Kuran”.

E então, poder chamá-la de “minha Yuuki”.

 

*Flashback Off*


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Notas finais do capítulo

Taí, cap. meio grandinho...
^^, muita imaginação rolando.
Até a próxima!