Doce Emily escrita por LittleMonster


Capítulo 21
Capítulo 22 Todos somos monstros um pouquinho.....


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, leitores? kk Você estão aí? kkk Claro que sim, eu é que desapareci. kk Fiquei um tempão sem postar nada. Me desculpem *-* Eu tava sem modem. Fiquei entrando na minha conta pelo celular, mas não dava pra postar nenhum capítulo, só vê minhas atualizaçãoes. O celular era uma merda. kk E nem era meu. kk Sou uma peste. kk
Bem,...eu quero agradescer a Alexia, pela linda recomendação. kk Fiquei muito feliz ^^ Valeu mesmo, linda. Esse capítulo é pra vc ^^ kk
Como sempre, tudo que eu escrevo é meio doido, então boa sorte....kkk E leiam as notas finais, por favor ^^...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/230343/chapter/21


Argh! Que saco! Por quê esse garoto fica me analisando, tentando decifrar minhas expressões? E o pior é que ele acaba descobrindo quando estou mentindo...

Sério, eu realmente não quero contar a verdade sobre a minha amável família a Derek. E embora eu até ame a idéia de assusta-lo, não consigo pôr pra fora todo o ódio que sinto dos malditos Mitchell,s.

Voltei a encara-lo pela quinta vez. Estava sério. Me encarando.

– Não precisa me poupar dos seus pensamentos, Emily Derek disse, se levantou da minha cama, indo se esgueirar próximo a janela que se encontrava aberta.

Cruzou os braços sobre o peito e me olhou. Me encarando. De novo.

– Não sou nenhum garotinho que se assusta fácil.- disse ele. - Já vi e passei por coisas das quais quero muito esquecer. - Seu olhar se perdeu distante na escuridão da noite que se fazia lá fora, e eu me perguntei o que isso significava.

Ri. Quase bufei. O que ele sabia? O que já sofreu?

Quem ele pensa que é para simplesmente se sentar na minha janela, olhar lá pra fora, e me dizer que já passou por coisas ruins? Eu passei por coisas terríveis. Eu sofri de verdade. Se estou certa, Derek, no mínimo só apanhou muito do papai quando criança. Nada demais. Eu fui desprezada, humilhada, torturada, espancada, vigiada como uma criminosa, tratada como se tivesse alguma doença contagiosa, fui privada da minha libertade. Tudo isso apenas por ser ''diferente''. Por ser uma piscopata.

 ''Eles não entendem.'' ''Nunca quiseram me aceitar.'' ''Nem ao menos tentaram.''

Então já estou acustumada com o desprezo das pessoas.

Aprendi em casa. E Derek é apenas mais um adolescente revoltado. Talvez, acredito eu, haja alguma coisa boa nele. Sim, claro que há.

Mas ele não sabe nada sobre coisas ruins. Não como eu. 

Derek deveria ficar de boca fechada, eu pensei comigo.

Assim como deveria ficar fora do meu quarto. Claro que deveria.

Afinal, quem ele é? Ou quem pensa ser?

Balancei a cabeça. O que eu estou fazendo? Me interesando pelo inimigo? Não. Não estou interessada em saber nada sobre ele.

Só quero acabar com isso logo. Disse a mim mesma.

– Tudo bem, se quer mesmo saber: meus pais me odeiam. - disse á ele - Eu vejo isso em cada fala, cada gesto e olhar que eles dirigem a mim. - Confessei amargurada.

Foi só o que me sobrou. Amargura, Ódio, Sede de vingança.

Olhei para ele.

Derek virou o rosto para me olhar, não havia nada em seus olhos. Eram frios como gelo. Sem emoção.

Geralmente quando você conta algo triste a uma pessoa, ou parece depressivo, essa pessoa tenta te consolar, usa palavras de motivação, ou faz você ver o lado positivo da situação.  Não havia nada de solidariedade, consolo, ou afeto no rosto de Derek. Neutro. E eu reconheci algo em seus olhar. Raiva. Ódio.

É o mesmo que eu encontro todos os dias quando me olho no espelho.

Não sei, mas derepente comecei a ter um péssimo presentimento em relação a esse garoto. Algo ruim. Assim como eu.

Um vento entrou pela janela balançando seus cabelos negros contra o rosto. Derek estava tão pálido, seus olhos tão azuis, tinha uma brilho como as estrelas no céu dessa noite. Usava uma camisa preta dos Red Sox e uma calça jeans um pouco larga para seu tamanho, ele é magro mais perfeitamente lindo. Senti meu rosto esquentar, e um formigamento na boca do estômago.

A sensassão era boa e estranha ao mesmo tempo. Diferente...Ficamos nos encarando por alguns segundos, presos na mesma conexão.

Eu sentia seu olhar em cada parte do meu corpo, queimando como uma brasa acessa. Sobre minha pele, era como se eu estivesse nua na sua frente. Como se ele fosse capaz de enxergar dentro de mim.

Que porra tá acontecendo comigo? Não sei...Droga! Estou tendo sensações que nunca tive antes. Minha respiração está acelerada. Minha pele esquenta, como se queimasse. Sempre estive tão fria.

O quê está acontecendo agora? Me perguntei.

 A resposta veio rápido: Apenas seu olhar sobre mim.

Era como se o seu maldito olhar me fizesse queimar, trazendo coisas boas ao meu corpo.

Maldição! Bastardo! Maldito! Filho da puta! O odeio! Argh! Certeza que é culpa desse bartardo manipulador.

Derek fez algo que eu deveria ter feito primeiro: desviou o olhar. Garoto esperto.

– Sinto muito....- Ele murmurou, e parecia sincero mas eu não sabia se esse ''sinto muito'' era pelo que eu disse, ou por  me comer com os olhos. Talvez pelos dois.

– Tudo bem, eu não ligo mais.- falei dando de ombros. - Todo mundo me odeia.

– Isso não é verdade.- Afirmou - Eu não te odeio, bonequinha - Derek sorriu pra mim, mas não era um sorriso divertido. Era um sorriso de pena. Ódio. Foi isso que senti. Tola. Eu já estava achando que Derek talvez gostasse de mim. Já deveria saber.

Pena. Ele sentia pena de mim! Bastardo!

– Se não vai fazer mais perguntas, cai fora daqui.- falei.

– O que foi? Eu disse alguma coisa errada?- ele perguntou.

– Sim, - respondi - Tudo que você diz é merda sobre merda.

Ele riu. Quase uma gargalhada. Idiota.

– Já vi que seu humor muda constantimente, não é? - Uma risada.- Tudo bem,- ele falou e sorriu outra vez para mim.- eu também sou meio sociopata.-  Derek estava rindo, mas havia algo sério em seus olhos agora.

Legal, mais um psicopata na história. Grande merda e estou de saco cheio dessa porra.

– É melhor você calar a boca, babaca. - falei. Sua risada estava me deixando nervosa. Me assustando. Tudo bem, é exagero, mas sério, parecia a risada do Chuck o boneco assassino. Provavelmente ele continuaria rindo e me provocando.

– ......- Sem resposta. Nada. Silêncio.

Derek só fazia me encarar com cara de bunda, havia parado de dar gargalhadas feito um retardado, parecia sério e concentrado, mas eu podia ver um sorrizinho se formando no canto de seus lábios.

– O que é? O gato comeu sua lingua?- Perguntei pois o silêncio já estava me deixando ainda mais irritada. Se é que isso é possível.

– Você me mandou calar a boca. - ele respondeu sorrindo.

Argh! Faça logo as perguntas! - Antes que eu te mate!

– Tá legal. É sobre a sua irmã, Lizzy, não é?

– Vadia, puta, cadela, burra, anta, mula, tanto faz. - Lizzy é tudo isso e muito mais. Pensei comigo.

– Então você também a odeia, certo? - Perguntou Derek curioso.

– Sim.

– Por quê? Inveja por ela ser linda, perfeita  e seus pais a amam? - É, Derek já conheceu Lizzy.

Ficou quase a tarde inteira conversando com ela no quarto. Felizmente é preciso apenas cinco minutos com a Lizzy para ama-la.

E infelismente é só olhar para mim para me odiar. Uma piscadela, um xingamento e eu te mato. Me parece justo, você não? Dei uma risadinha.

– Pode ser. - Respondi.

– Só isso? ''Pode ser'' ? Nenhum xingamento? Nada?

– Olha, eu estou cansada, quero dormir e você está prestes a receber um olho roxo junto com um chute nos testículos. Então pare de me provocar e se contente com minhas respostas monosibalícas, ok?

Ok, você quem manda. - ele sorriu - Minhas próximas perguntas serão sobre você.

– Manda.

– O que estava fazendo na boate noite passada?

– Levando Lizzy para se divertir.

– Pensei que a odiasse.

– E odeio. Mas ela é minha irmã e eu a amo. - Essas mentiras vão acabar me matando qualquer dia desses. Atá.

– Tem noção que essa resposta não faz o menor sentido?

Próxima pergunta. - tratei de ignora-lo.

– Porque não pode sair de casa? O que você fez?

– Nada.

– Está mentindo.

Suspirei, já não consigo sentir disposição de mata-lo. Derek é como uma pulguinha chata. Extremamente irritante, mas insignificante.

– Tudo bem. - suspirei vencida - O motivo de eu não poder sair , é por causa da Lizzy. Ela chegou bêbada ontem.

Bêbada? Mas ela está...

– ...machucada.Eu sei. John a espancou.

– Isso é... horrível. Seu pai é...

– Um monstro.- Completei. - Satisfeito? Agora você já sabe que nós, os Mitchell,s, não somos boa gente.

– E o que ele fez com você quando soube que você levou sua irmã pra beber?- perguntou ele.

Droga! Eu não poderia dizer que a ele que John não faz  a miníma ideia que eu estou por trás dessa história.

Derek contaria a John. Eu devia ter ficado de boca fechada. Argh!

Derek pareceu perceber minha a resistencia em responder sua pergunta e chegou a sua clonclusão.

– Ele não sabe, não é?

– Não, ele não sabe e agora você irá contar isso a ele.

– Porque acha que farei isso?

– Porque é óbvio.

– Não me conhece, Emily. Acredita mesmo que eu faria algo para prejudica-la?

– Sim.

Derek bufou e parecia frustrado. Qual o problema dele? Pra quê todo esse teatrinho? Já deveria sair correndo para me dedurar a John.

– Está enganada. - ele disse sério - Não vou dizer nada a seu pai.

– Porque? O que você quer em troca?

– Não quero nada! Será que pode acreditar se eu disser que... Esquece! -  Derek se calou de repente.

– Olha seu filho da puta, - comecei - ..é melhor você me dizer o que pretende, antes que eu comece a te...

– Não estou tramando nada, garota! - explodiu - Por quê não acredita em mim? Tem haver comigo, ou é só você que não sabe confiar em ninguém? Pare de agir como uma idiota revoltada! - Derek gritou, se pondo de pé em um salto e parou na minha frente. Prendi a respiração, surpresa.

– Não sou seu inimigo, Emily. - sussurou me olhando nos olhos com seu rosto muito próximo ao meu. Perto demais.

Dei um passo para trás. Não vou mata-lo. Mas se ele me tocar...

– Acho melhor você ir embora. - Murmurei.- Quero dormir.

Derek suspirou.

– Confia em mim, não direi nada.

– É melhor que não diga mesmo. - Avisei.- Para o seu próprio bem. E não se meta comigo. - Abri a porta para ele. Derek passou por mim deixando um rastro de seu perfume no ar. Delicioso. Balancei a cabeça.

. - Boa noit...- Fechei a porta em sua cara.

Me joguei na cama e fechei os olhos.

– Boa... noite...bastardinho...- Resmunguei caindo no sono.

(......)

:

:

:

A noite estava longe de acabar. Pelo menos pra mim que não consegui dormir direito e acabei acordando no meio da noite.

Não conseguia parar de pensar que Derek contaria a John que levei Lizzy para sair.

Eu devia te-lo matado de alguma forma. Derek me odeia, eu o prejudiquei uma vez. O fiz perder seu emprego.

Com certeza ele não será idiota de deixar passar uma oportunidade de vingança contra mim.

Eu estava tão apavorada com a idéia que o simples tartalhar do vento lá fora me fazia pensar que John havia chamado enfermeiros para me levar de volta ao inferno.

– Maldição!- Resmunguei me sentando na cama. Passei as mãos nos cabelos, puxando os fios em um coque desajeitado.

Um barulho estranho vindo de não sei a onde, me fez gelar por dentro.

Olhei atenta para cada canto do quarto escuro. A luz que entrava da janela que esqueci aberta era a única iluminação.

Me levantei e fui fechar a janela, puxei a cortina impedindo qualquer luz da lua de ofoscur meus olhos. Escuridão. Gosto assim.

Se essa for as últimas horas nessa casa antes de ser levada
a força, quero que seja na escuridão.

Quando eu era criança, não tinha medo do escuro. Nunca tive opcão.

John dizia que ter medo do escuro é para fracos.

'' Não existe monstros no escuro. '' Os monstros estão em qualquer lugas , querida.'' Ele dizia com um sorriso debochado.

E então ele apagava a luz e fechava a porta, me deixando
sozinha no escuro. E ai de mim de acendesse a luz. John me castigaria.

No meio da noite eu ouvia barulhos estranhos, murmurios, vozes, gemidos. Até que teve uma noite em que eu tomei coragem e fui ver o que era. E adivinha! Era apenas John e Elizabeth transando loucamente como animais no cio.

E olha, eu posso dizer que quem comanda é Elizabeth.Trepadora profissional.

Não quis ficar para assistir ao segundo round. Nojento.

Quando estava voltando pro meu quarto, ouvi um choro infantil vindo do quarto da Lizzy.

A porta estava entreaberta e pela bresta eu pude ver Lizzy encolhida na cama com uma lanterna na mão, a luz iluminando seu rostinho apavorado. Foi aí que eu soube que John fazia a mesma coisa com ela.

Lizzy sempre fora senssivel e frágil, ela morria de medo do escuro e tenho certeza que John sabia disso.

Era diversão para ele assustar suas filhas de 07 e 06 anos.

John tinha razão. Descobri mais tarde que existem monstros muito próximos de mim.  Meus pais. Minha família. E eu. Todos somos mostros um
pouquinho.

Ouvi passos no corredor fora do quarto e me encolhi covardemente num canto.

Droga! Pare de ser medrosa! Argh! As vezes eu me odeio.

– Que se foda!- falei e fui abrir a porta.

Nada. Não havia ninguém. Claro, tudo estava escuro, como naqueles filmes em que tudo parece ser o cenário perfeito para uma morte...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

kk Eaí? O que será que vai acontecer? kkk
Olha, minhas fofas, eu não sei se vcs já sabem, mas eu tô com uma nova fic, Annabeth. Também é meia louca,- não como Doce Emily - então eu queria pedir se vcs podem dá uma olhadinha, sabe? kk Vou deixar aqui pra quem quiser:
http://fanfiction.com.br/historia/301652/Annabeth/
Se puderem comentar esse capítulo, eu agradeceria ^^ kk
Deixe um riview ^^ kk
Beijos...