Atashi To Tenshi To Akuma escrita por Mel Devas


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Foi um custo escrever esse capítulo,(acho que ficou ruim...) e agora não tenho a mínima ideia do que vai acontecer depois ¬¬ Cérebro pra que te quero? (Copiando o bordão de um amigo meu)
Bem... Boa leitura!!!



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Dei uma pequena corridinha para conseguir acompanhar os passos de Dan. Ele estava muito bravo, mas mesmo assim me pareceu muito bonito. Deve ser algum tipo de analgésico pós-salvamento... Tipo, Deus criando o mundo: “Bem, bem, vou fazer as pessoas ficarem extremamente atraídas por quem as salvou...” aí foi dar uma pitada desse sentimento em mim e derrubou o balde inteiro.

A luz da Lua deixava visível até aquelas micro partículas de poeira no ar, como se fossem pequenos brilhos. Dan estava com uma blusa preta de frio, daquelas com um tecido parecido lã, sabe? Era meio justa, a gola alta... Usava jeans simples e mesmo assim acho que nenhum modelo com a calça da marca não sei das quantas ficaria mais bonito... Fiquei vasculhando-o com meu olhar.

- Por que está me olhando? – Ele perguntou, sem se virar para trás. Admito que fiquei sem graça e corei, que bom que ele não me olhou, estava que nem um camarão. Será que a “taradisse” – amo inventar palavras – do Sam passou para mim?

- Nem estou... – Retruquei.

Nesse momento ele se virou pra mim e pegou minha outra mão, me olhando sério.

- Ele te fez alguma coisa? – Perguntou, preocupado.

- Não, não se preocupe, você me salvou bem na hora... - Eu ainda me pergunto que porcaria eu fiz pra merecer a preocupação de uma pessoa tão gentil... – Ah... E sobre aquela hora... Obrigada... – Acabei olhando pro lado. Estava envergonhada demais.

- Desculpa mesmo... Não sabia que Sam era assim. Não devia ter te deixado sozinha. Que tipo de idiota eu sou? – Ele me soltou e sacudiu a cabeça.

- Mas, Dan... – Hesitei.

- O quê?

- Por que você me protegeu?

- Ah... É que... – Ele virou o rosto e corou. – Você é a única que não me tratou como uma aberração quando descobriu o que eu sou...

- Ué, mas o que tem de estranho? – Fiquei revoltada, apoiei a mão nos quadris. – Você até pode ter seus chifrinhos e tudo mais, mas você não é uma pessoa ruim, certo?

- Não é o que todo mundo pensa. – Riu ele. – Você faz parecer minha desgraça engraçada. Bem, vamos deixar Sam de lado e jantar. Agora eu realmente estou com fome. E você?

Minha barriga soltou um grunhido magnífico.

- Olha, que simpática, sua barriga está conversando. – Dan gargalhou. – Acho que já tive minha resposta.

Eu ri também. Fazer mais o quê? Algumas pessoas se incomodam quando suas barrigas roncam, mas eu particularmente não vejo nada demais. Fomos andando calmamente para o prédio principal. Não falamos muito, mas não era um silêncio pesado, era agradável. Dan era como um chá de Camomila.

Passamos pelo parque e olhei desejosa para a gangorra, não pude brincar nela antes porque eu era só uma... Olhei para Dan. Ele ignorou, acho que percebeu o que eu pretendia. Bem, eu estava com fome, outra hora eu convenceria ele de ir ao parquinho comigo. Yeeeeeeeeey.

Não demorou muito até chegarmos ao refeitório. Era bastante amplo, tinha paredes aconchegantes de madeira, uma lareira. As mesas eram divididas por setores. Mesas para dois, quatro, seis e oito (Uma pena, se tiver 9 pessoas ou mais, vão ter que excluir o amiguinho). Lion e seus amigos estavam numa mesa de oito, claro, eles esperavam Sam também, então teríamos que arranjar uma mesa de seis. (Lion, Carinha lá do Futebol, “Musculudo” do Rugby, Parceiro Pokemón, eu e Dan)

Não foi difícil notar a mesa, claro, Lion acenava feliz e desesperado, dando um daqueles sorrisos ofuscantes de comercial da Colgate. Eu puxei Dan pela manga, apontando a mesa.

- E aí, Gêmea? – Lion me saudou.

- Tudo bem, e você? Demoramos muito? Acabou que não conseguimos encontrar Sam... – Dei um abraço nele e fui esmagada de volta.

- Não é nada... Vamos mudar de mesa. Ah! Antes deixe eu apresentar meus amigos. – Ele agarrou um menino magrelo que estava encolhido ao seu lado com um braço só e o levantou.

- Esse aqui é o Bernardo. – Apontou. O garoto deu um sorriso tímido.

Não foi difícil adivinhar que ele era o menino que jogava Pokemón. Bernardo tinha cara de nerd e não tinha... Como explicar? Ahn... Era mais sua atitude tímida e o fato dele ser alto – quase do tamanho de Lion – e magricela. De resto era "normal", os cabelos castanhos cortados bem curtos, olhos verdes escuros, óculos discretos, de aro prateado.

Ah, independente de seu jeito de ser eu já tinha tomado simpatia por ele, deve ser algum feromônio da amizade ou algo assim...

Apertamos as mãos e me apresentei. O próximo foi o maníaco por futebol.

- Ei, ei, branquinha, você curte embaixadinhas? – Ele perguntou animado e desenvolto.

- Acho legal, mas não tenho coordenação motora o suficiente pra conseguir mais de zero embaixadinhas. – Ri. Não sei se ele pareceu metido comigo descrevendo aqui, mas Carlos era realmente muito gente boa. Tinha a pele bronzeada de sol – resultado de provavelmente vários jogos de futebol por aí – Olhos castanhos claros e cabelo castanho queimado de sol, encaracolado.

Para conhecer o jogador de Rugby tive que esperar um pouco enquanto ele mastigava, determinado, um pedaço de pão dormido. Passado uns 2 minutos, – o que me fez desconfiar muito do pão mutante – eu tomei iniciativa e me apresentei.

- Sou Lorene, prazer. Qual seu nome? – Estendi a mão. Ah, que arrependimento.

- Sou Jonas – Ele apertou tão forte minha mão que pensei que precisaria amputá-la.

- Até agora não acredito que você é realmente gêmea de Lion, afinal, vocês são tão diferentes... – Por incrível que pareça, ele não era loiro. Eu dei uma risada e o moreno musculoso ficou confuso.

- Não, não. Não é nada disso, é que somos amigos de infância e por um moooooooooonte de fatores a gente começou a se chamar de gêmeos. Não somos irmãos de sangue. – Expliquei.

- Ah, entendo... – Ele coçou a cabeça constrangido, dando uma risada amarela.

Era a vez de Dan se apresentar.

- Sou Dan, prazer.

Acho que ele foi tão direto que deixou todos sem fala, mas Lion se recuperou e se apresentou, o resto fez o mesmo. Aí foi esse negócio todo de “Prazer” pra lá, “Tudo bom?” pra cá, e todo o tipo de conversa tosca de pessoas sem assunto se conhecendo.

Minha barriga reclamou novamente, fazendo todos rirem.

- Lorene, Dan, é melhor irem logo buscar a comida antes que não tenha mais nada... – Lion falou preocupado, ativando seu modo vovó-que-ama-encher-os-netos-de-comida.

- Sim, sim, já estou indo mamãe... – Brinquei. Dan foi logo depois de mim.

O refeitório era igual a um restaurante à quilo, tinha uma grande variedade de comida e não demorou para que eu ficasse achando que o prato era pequeno demais. Tá, está certo que quem tem um problema aqui sou eu e meu olho gordo, mas eu ainda estou em fase de crescimento. (Mentira)

Indo pegar os talheres vi Dan olhando distraído pras saladas. Ele tinha o olhar disperso, como se estivesse tonto. Aquilo era estranho. Repentinamente ele apoiou seu prato em qualquer canto e caiu de cara na alface.

- Ei, Dan! Dan!! – Corri até ele. Estava desmaiado.


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Notas finais do capítulo

Me identifico com Jonas, somos dois lerdos kkkkkkkkkkkk
Bem, achei que esse capítulo ficou terrível, qualquer crítica já sabe: reviews :3