A Fênix escrita por potterlovegood


Capítulo 12
A Poção Polissuco


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, é que no meu estado era feriado e eu viajei. Eu achei esse o capítulo mais chato até agora, sério, odiei ele, pensei e escrevê-lo todo de novo mas a preguiça não deixou :P



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Como os gêmeos diziam, os alunos de Hogwarts eram muito fofoqueiros, ou seja, o último ataque já estava sobre o conhecimento de todos. O Expresso de Hogwarts voltaria lotado de alunos medrosos.

Cindy não ligava para os poucos alunos que a incomodavam, já que, depois da conversa com Ernie, todos achavam que seus pais eram trouxas, entretanto Harry sofria muito. As pessoas mantinham distância dele nos corredores, pois achavam que iriam aparecer, do nada, presas ou que pudesse cuspir veneno; era apontado, comentado e lavava vaias por onde passava.

Fred, Jorge e Cindy ajudavam a situação a ser mais “suportável”. Os três andavam a frente de Harry nos corredores, gritando: “Abram o caminho para o herdeiro Slytherin” ou “Um bruxo realmente maligno vai passar”. Percy Weasley não gostava, achava essas piadinhas ridículas, quem também não gostava era Draco Malfoy.

Rony dizia que ele estava com ciúmes, uma vez que Harry estava levando os créditos de algo que ele fizera. Cindy ainda não achava que Malfoy tivesse essa coragem, contudo logo saberiam a verdade. A poção Polissuco estava quase pronta.

*****

O primeiro dia de férias amanheceu frio e com um enorme silêncio. Era dia 23 de dezembro e Cindy dormia profundamente.

– Acorda, herdeira do Slytherin. – falou uma voz masculina suave.

– Está na hora de matar mais trouxas… – falou outra voz masculina.

Cindy abriu os olhos, rindo, dois meninos extremamente ruivos estavam em sua frente, sorrindo para ela.

– Feliz aniversário, Cindy – disse Fred e beijou a sua bochecha.

– Parabéns – falou Jorge, o outro lado, e beijou a sua outra bochecha.

Ela se sentou na cama. Estava com um pijama verde, seus cabelos presos em uma desarrumada, porém linda, trança. Fred tirou do bolso um embrulho colorido e entregou em suas mãos.

– Esse é o nosso presente – disse ele, olhando eu seus olhos. Os olhos da garota, que geralmente eram negros, estavam vermelho-sangue.

Cindy abriu o pacote, entusiasmada, e dentro dele havia uma colar de prata com dois pingentes: um com a letra F e ou com a letra J. Ela abriu um largo sorriso.

– Me deixe botar em você – disse Fred. Ela se virou de costas a ele, e pela primeira vez, ele pode ver sua nuca nua, não era uma nuca normal, nela havia um desenho de uma majestosa fênix. Botou a corrente gelada no pescoço quente e fechou. Ela se sentou de novo, e ele se pôs a admirá-la – Ficou lindo… – disse suspirando, seus olhos se encontram novamente e parecia que um se prendia no outro.

– Olá, estou aqui sabia?! – disse Jorge, do outro lado da cama, e começou a rir. Cindy e Fred também.

– Ai Jorge – disse Cindy, ainda rindo – Obrigado, amei o presente - e beijou a bochecha de cada um, deixando os dois com cara de bobos – Vamos tomar café?

– Acho que não dá - disse Jorge, e pegou um pequeno espelho que tinha na cômoda do lado da cama – Olha só seus olhos – e deu o espelho para a garota.

– Ah não… – resmungou a menina, ao ver no reflexo do espelho seus olhos vermelho-sangue – Bem hoje que eu estava com fome… Quer saber, se alguém pergunta, digo que estou com uma doença genética, ao algo do tipo…

– Doença gene que? – perguntou Fred.

– Ah… Uma doença trouxa lá…

Depois de ela trocar de roupa, os três foram para o salão principal. Cindy nunca imaginou que iria vê-lo algum dia vazio. As mesas das casas da Lufa-Lufa e da Corvinal não tinham nenhum aluno. Na mesa da Sonserina, Malfoy, Handley, Crabbe e Goyle tomavam café. Na mesa da Grifinória, Harry, Rony e Hermione conversavam, Percy saia da mesa com o café terminado e Gina comia solitária, pois sua amiga Stella tinha ido para casa.

Agora de cabelos soltos, com um moletom trouxa lilás e calça jeans, ela se sentou em frente á Harry e os gêmeos a acompanharam. Gina, ao perceber que a garota se sentara, se aproximou do grupo.

– Cindy – disse ela, meio envergonhada – Hum…Feliz… Aniversário… – e sorriu.

A morena retribuiu o sorriso e percebeu que aquele seria o mais perto de um pedido de desculpa que ela receberia da ruiva.

– Ei – disse Harry – Você não tinha nos dito que hoje era o seu aniversário!

– Porque você nunca perguntou.

– Feliz aniversário, Cindy! – disse Rony – Vê se agora que você está mais velha, que fique menos louca. – e todos começaram a rir. Hermione observava, curiosa, os olhos da garota.

E por uma abertura no salão entrou três corujas. Uma delas era cinza e com os olhos graúdos, a outra ela marrom, parecia às corujas da escola e a última era a menor com as penas pretas e brancas. Elas planaram até a mesa, no meio do grupo que ria, e se viraram para Cindy. Cada uma delas segurava um pacote.

Cindy pegou a primeira, a cinza. Abriu o pacote e viu um lindo casaco de lã, cheio de botões, de cor preta, para combinar com seus olhos. E nele havia uma carta. Que dizia:

Filha,

Você vai precisar disso logo, beijos

Vivian, sua mãe que te ama.

– De quem é? – perguntou Fred

– É dos meus pais, mas eles dizem que eu vou precisar usá-lo logo. Isso é um casaco trouxa, por que eu usaria–os aqui?

– Não sei… – disse Rony – Mas abre os outros pacotes! – agora eufórico.

Pegou a segunda coruja, que parecia ser da escola. Ao abrir o pacote viu que estava cheio de doces trouxas, os doces que Cindy mais sentia falta.

– Uau! – exclamou Rony.

E no fundo havia também uma carta, que dizia:

Feliz Aniversário querida,

Não coma demais

– De quem é esse? – perguntou Jorge

– De um amigo – respondeu Cindy, e olhou para a mesa dos professores, aonde, bem no centro, estava Dumbledore, que piscou para ela.

– Tá, tem mais um – disse Harry, e entregou o ultimo pacote.

De dentro do ultimo pacote ela tirou um livro. Um livro novo e cheiroso. Era um livro de poções que na capa dizia “Como criar a sua própria poção”.

– E esse não tem carta? – perguntou Jorge

– Não, mas eu acho que sei de quem é… – e olhos novamente para a mesa do professores, desta vez não para o centro, mas sim para um dos lados. Um professor de vestes negras sorriu ao ver seu olhar. Era o Snape.

Á tarde não podia estar mais gelada e branca, todavia Cindy estava muito feliz. Aqueles olhares xeretas tinham ido embora, e ela passou o tempo todo com os seus amigos. À noite os gêmeos buscaram um bolo de aniversário trouxa para a garota, e comeram todos juntos, no quente da lareira. Até Percy, o monitor, largou a monitoria e se juntou a eles.

*****

Cindy acordara cedo na manhã fria de natal. Mal pode dar atenção aos presentes deixados aos pés de sua cama, pois tinha combinado com Hermione que iriam ver a poção, antes que o resto acordasse.

As duas se dirigiram ao banheiro feminino do segundo andar onde se depararam com os gemidos da Murta Que Geme.

– O que houve, Murta? – perguntou Cindy

– Por que você se importa? – disse rispidamente e saiu, choramingando.

– Acho que alguém acordou de mau humor – disse a garota e se virou para Hermione – Como vai a poção?

– Acho que está pronta, é hoje - disse ela, satisfeita com seu trabalho. – Fez a poção do Sono que eu pedi?

– Está aqui – disse Cindy e tirou um frasco do bolso do casaco.

– Cindy, ontem pensei ter visto seus olhos meio... estranhos – disse Mione.

– Meus olhos? – perguntou a morena, tentando pensar numa bela desculpa, e rápido.

– Sim, se não me engano eles estavam vermelhos. – completou Hermione, sagaz.

– Ah, esse é uma pegadinha que Fred e Jorge me deram de aniversario – mentiu, e riu, para disfarçar.

– Claro... Uma pegadinha... – disse Mione, não muito convencida. “ Preciso aprender a mentir.” concluiu Cindy.

As duas retornaram em silêncio a sala comunal, e quando chegaram lá, Cindy despistou a amiga dizendo que iria acordas os gêmeos, entretanto Mione insistiu em acompanhá-la.

Elas entraram no dormitório masculino, só que a castanha parou no quarto de Harry e Rony, enquanto Cindy seguiu ao quarto dos ruivos. Foi até as suas camas, colocou uma mão em cada cama – pois uma cama era do lado da outra- e se concentrou. As camas começaram a ficar cada vez mais quente, mais quente, e mais quente…

– AAAAAAA!- berrou Fred, pulando da cama – QUENTE!! QUENTEEEEEEEE!!!

– MUITO QUENTE! AHH! QUENTE! – berrou Jorge, no mesmo instante que Fred, pulando também da cama. A garota teve uma crise de risos.

– Ah! Muito engraçadinha essa nossa amiga, hein Jorge! – disse Fred se aproximando de Cindy, com uma cara de “corre se não te mato”.

– Muito mesmo, Fred! Olha o mostro que criamos! – disse Jorge, se aproximando de Cindy também. A garota ainda não tinha parado de rir.

– Ah, pessoal! É natal, vocês não teriam coragem… – disse a garota, tentando parar de rir.

– A temos sim! – disseram os gêmeos ao mesmo tempo. Mal terminaram a frase e saíram correndo em direção a garota. E ela não perdeu tempo, e fugiu.. Passaram por Harry e Rony que tinham acabado de ser acordados por Mione.

– Esses três não têm jeito mesmo… – disse Mione, com um olhar reprovador – A poção está pronta, eu e Cindy acabamos ela há pouco. Perfeita para usarmos ela hoje – e sorriu.

A morena desceu até a sala comunal, porém foi agarrada por dois garotos ruivos que lhe começaram a fazer cócegas, e ela teve mais uma crise de risos.

– Ei! – berrou uma voz autoritária para a confusão – O que vocês pensam que estão fazendo?

Eles pararam e viram Percy encarando-os.

– Vocês têm o que na cabeça? Nada? Não temos paz nem na manhã de Natal! – disse Percy – Se não pararem serei obrigado a lhe dar uma detenção – e saiu bufando.

– Não liga para ele não – disse Fred, rindo – Vamos ver os presentes?

Cindy pegou todas as caixas que ganhara e voltou para a sala comunal, onde encontrou Harry, Rony e Mione sentados no sofá. Ela aninhou-se em frente a lareira. Os gêmeos juntaram-se a ela, cada um vestindo um cachecol igual.

A primeira caixa era de Dumbledore. Dentro dela havia uma mochila bonita, lilás.

– Presente da nossa mãe – disse Fred, agora intrigado a mochila que Cindy tinha em suas mãos.

– Parece que você ganhou um também – disse Jorge, lhe entregando um pacote. Ela sorriu. Pegou o pacote, entretanto sem querer deixou-o escorregar para dentro da mochila. Ao encostar-se ao fundo da mochila, o pacote desapareceu. Cindy levou um susto tão grande que jogou a mochila longe.

– O que faz esse treco? – disse Fred, com os olhos arregalados.

– Não sei, só podia ser o presente do Dumbledore – disse a garota, pegando a mochila novamente. Ela colocou seus braços dentro da mochila, e quando se encostaram ao fundo, a ponta deles sumiram, mas ela ainda sentia a suas mãos. E foi com elas que ela agarrou um pacote e puxou–o. E quando tirou seus braços de dentro da mochila, o pacote estava em suas mãos. Só que desta vez havia um bilhete preso. Abriu o bilhete e de caligrafia conhecida.

Cara Cindy

Vejo que você descobriu as vantagens de uma mochila enfeitiçada com um Feitiço de Extensão.

Feliz Natal

Use-a bem.

A garota mostrou o bilhete para os curiosos Fred e Jorge.

Da Sra. Weasley ela ganhara um cachecol das cores da Grifinória, de Hagrid uns biscoitos de chocolate, de Harry um pacote cheio de doces. De Luna ela recedera um colar estranho, com pedras amarelas e penas azuis penduradas em um símbolo central, acompanhado de um cartão, que dizia:

Querida Cindy

Feliz Natal! Esse é um amuleto contra os besugs, use-o sempre.

Com carinho, Luna.

P.S. Besugs são besouros azuis com antenas amarelas que picam as pessoas, que fazem elas mergulharem em um profundo sono, só que de olhos abertos, se lembra que eu já lhe falei sobre eles?

Que treco é esse? – perguntou Fred, com cara de nojo.

– Pelo que me parece é um amuleto contra besugs… – disse Cindy, botando o amuleto no pescoço. Fred e Jorge pegaram a carta e começaram a rir.

– Você não acredita nisso, não é? – disse Jorge, rindo.

– É muita viagem… – completou Fred, fazendo uma cara de “tá brincando, né?”.

– Acreditar, acreditar, não… – disse Cindy, rindo da cara dos gêmeos – Mas não custa usar… Vai saber…

Os três começaram a rir novamente e voltaram a abrir os presentes. Cindy achou muito estranho o fato de que seus pais não lhe deram nem um presente ou um cartão, absolutamente nada.

O Salão Principal não podia estar mais bonito. A menina nunca tinha o visto assim. Havia árvores enormes cobertas por cristais de gelo e largas guirlandas de visco e azevinho. Uma neve encantada, morna e seca, caia do teto. O almoço de Natal não podia ter sido melhor.

Mal tinham começado a comer a sobremesa quando Hermione chamou Harry, Rony e Cindy para conversarem.

– Ainda precisamos de uns pedacinhos das pessoas em que vamos nos transformar. Para ter certeza que Crabbe, Goyle e Handley não vão aparecer, Cindy preparou um poção do sono. – E tirou do bolso dois bolinhos de chocolate e se virou para as caras surpresas de Rony e Harry – E recheei esses bolinhos com a poção, façam com que Crabbe e Goyle os encontrem, arranquem fios de cabelos deles e os escondam no armário de vassouras. E você Cindy – e se virou para a garota – Não sei como você vai fazer para que Handley beba a poção.

– Mione, não acha que poderia dar tudo errado? – perguntou Rony, incrédulo.

– A poção será inútil sem um pedacinho da pessoa que você quer se transformar. – disse Hermione.

– Não passei um mês inteiro preparando essa poção para no final vocês desistirem. – disse Cindy, zangada. Mas na realidade, ela estava preocupada. Não sabia como ia fazer para que Handley bebesse a poção.

– Tudo bem… Mas e você Mione, em quem vai se transformar? – perguntou Harry

– Lembram da Emília Bulstrode?

– Aquela que eu dei um soco para salvar você? – perguntou Cindy, rindo.

– Sim, essa – disse Mione, friamente – Ela deixou o fio de cabelo nas minhas veste. E como ela foi passar o Natal em casa… então só preciso dizer ao pessoal que resolvi voltar. – e agora sorria, com orgulho – Vou verificar a poção, vocês já sabem o que fazer. – e saiu apressada em direção ao segundo andar.

Cindy voltou para o Salão Principal e viu os gêmeos sentados, ainda almoçavam.

– Fred! Jorge! – disse ela e sentou ao lado deles – Preciso que vocês me ajudem a fazer com que Handley beba uma poção. – sussurrou – Não tenho tempo de explicar porque, depois eu conto tudo a vocês. Vocês me ajudam?

– Claro! – disseram eles juntos.

Os três saíram para o saguão deserto.

– O que você pretende fazer? – perguntou Jorge

– Não sei, não posso pregar uma peça nele, não preciso me vingar.– disse a garota – Handley é quem precisa se vingar de mim!

Uma voz masculina surpreendeu os três.

– O que é que tenho eu, hein Collins?

Cindy se virou, Handley estava com a varinha empunhada, apontando para a sua cabeça.

– É melhor abaixar essa varinha, Handley – disse Fred e Jorge, juntos, e levantaram suas varinhas para Handley.

Immobilus – disse Handley, apontado para Fred e Jorge, que ficaram parados, imóveis.

– Agora você vai ver, sua sangue ruim maldita e sortuda! Você não terá tanta sorte agora. Seus amigos não podem mais ajudar você, você está sozinha!

– Nunca mais a chame de Sangue Ruim! – gritou Fred, ele havia se livrado do feitiço misteriosamente, e deu um soco em Handley. Quem caiu dessa vez, imóvel, foi o sonserino. Fred fez com que o irmão, ainda imóvel, voltasse ao normal.

– E agora? – perguntou Jorge

– Damos a poção a ele. – disse Cindy, e tirou um frasco do bolso com um líquido amarelo, ela abriu a boca do Handley desmaiado e colocou todo o líquido em sua boca. Depois arrancou fios de cabelo dele, e guardou-os no bolso do casaco – Agora precisamos escondê-lo.

– Que tal no banheiro? – perguntou Fred, rindo. Os três carregaram o corpo dele i até o banheiro masculino mais próximo. Jorge entrou primeiro, para ver se estava vazio e depois eles levaram Handley até o último boxe.

– Como vamos fazer isso? – perguntou Jorge

– A gente ajeita-o e um de vocês vai lá dentro e tranca a porta, depois eu faço vocês voltarem flutuando. – explicou a garota.

Jorge e Fred colocaram-no em cima da privada com a tampa abaixada. Fred saiu, e Jorge ajeitou-o para que não aparecessem os pés do adormecido. Trancou a porta e esperou que Cindy o tirasse de lá. Ela abaixou-se e conseguiu ver os pés de Jorge dentro do boxe. Ela apontou pra eles e se concentrou. Aos poucos Jorge foi subindo, subindo e depois descendo, descendo, até chegar ao chão, do outro lado da porta.

– Nossa! Isso foi incrível! – exclamou Jorge.

– Agora eu preciso ir, vejo vocês mais tarde, e eu prometo que falo tudo a vocês – disse Cindy sorrindo e se aproximou de Fred – E obrigado por me defender, Fred – e beijou sua bochecha. Fred ficou com cara de bobo, Jorge não conseguiu não rir.

Cindy foi o mais rápido que podia para o banheiro feminino do segundo andar. Lá, Harry, Rony e Hermione estavam a sua espera. O banheiro estava todo coberto de fumaça, podia-se ouvir o borbulho da poção.

– Nossa, como você demorou - disse Hermione com uma voz superior.

– Desculpe, mas foi difícil conseguir estes fios de cabelos - disse Cindy, tirando os fios do bolso.

Hermione pegou o livro e começou a relê-lo, para ver se não tinha esquecido nada. Cindy olhou para a poção, que parecia uma lama escura e espessa. Hermione separou-a em quatro copos, ela pegou o primeiro frasco e botou os fios de cabelo de Emília Bulstrode. A poção assobiou alto e logo depois mudou de cor para amarelo queimado.

– Argh! Essência de Bulstrode! – disse Rony, enojado.

Hermione olhou rispidamente. Rony colocou os fios de cabelo do Crabbe no segundo frasco, antes que a castanha o matasse, deixando sua poção com cor de cáqui. Harry botou os fios do Goyle no outro frasco, deixando sua poção castanha escura. Cindy foi a ultima, e isso deixou a sua poção azul marinha.

– Cada um vai para um boxe, e leva uma roupa que eu tirei da lavanderia consigo – orientou Hermione. Seu olhar superior perante Cindy a irritava profundamente.

A morena respirou fundo, entrou num boxe, trocou de roupa rapidinho e bebeu a poção. Nunca tinha tomado algo tão ruim, tinha gosto de ovo podre. Imediatamente seu estomago começou a revirar, e essa sensação de queimação se espalhou pro corpo todo. Parecia que sua pele virara cera quente, e começou a se modular. Em poucos minutos ela não era mais a Cindy Collins, e sim o Percy Handley. Ela saiu do boxe antes de todos e olhos no espelho, seus olhos estavam mais azuis que nunca.

– Todos estão bem? – perguntou Cindy, com a voz masculina do Handley.

– Estou – disse Goyle saindo de um boxe.

– Eu também – disse Crabbe.

– Meu Deus! Vocês nem parecem vocês! – exclamou Cindy.

– E você? Você parece um homem, é estranho. – disse Rony, ou melhor, Crabbe.

– Hermione você está bem?- perguntou Harry

– Ah, acho que não vou mais. Vão sem mim. – respondeu a garota de dentro do boxe.

– Mione nós sabemos que a Bulstrode é feia, mas não precisa exagerar! – brincou Cindy. - Não… Não quero mais ir, vão vocês, estão perdendo tempo.

Os três se olharam intrigados, porém resolveram não insistir e foram embora.

– Vamos lá para as masmorras, tenho a impressão de que é lá a sala comunal da Sonserina. – disse Cindy. Mal tinha acabado de falar e uma menina de cabelos loiros e crespos apareceu.

– Desculpe, mas esqueci aonde é a nossa sala comunal. – disse Rony.

– Como assim? Eu sou da Corvinal! – disse a garota intrigada.

– Ai seu idiota – disse Cindy – Não repare, é que ele comeu doces demais. Vem, eu te mostro o caminho. - e saiu andando em direção as masmorras. Rony e Harry foram atrás.

– Você sabe o lugar da sala? – perguntou Harry.

– Claro que não, mas eu precisava inventar alguma coisa né! – disse Cindy, sem paciência.

Eles andaram e andaram, só aquele lugar parecia um labirinto. Iam começar a se desesperar quando viram um vulto se aproximando. Mas, para a infelicidade de todos, era Percy Weasley.

– O que é que você veio fazer aqui em baixou? – perguntou Rony surpreso.

– Isso não é da sua conta, Crabbe. – disse Percy, irritado – Muito bem, já para os seus dormitórios. Não é seguro andar pelos corredores agora.

– Quem é você para falar assim com a gente? – disse Cindy, parecia irritada, mas na verdade estava tentando imitar o jeito da pessoa com quem parecia ser, coisa que nem Harry nem Rony estavam fazendo.

– Sou monitor, e você me deve respeito.

– Ah claro, Weasley, espera sentado. – disse Cindy num tom impertinente.

– Ora seu… – dizia Percy quando foi interrompido por uma voz atrás deles. Malfoy vinha em direção ao grupo.

– Aí até que enfim achei vocês – disse ele – Estavam no Salão Principal? Até você Percy? – e olhou para Cindy. Por alguns segundos ela se esqueceu que seu novo nome era Percy Handley.

– Ah, não. Eu estava dando um jeito naquela Sangue Ruim da Collins. – disse Cindy, Percy ainda a fitava.

– E como foi? – perguntou Malfoy, fazendo sinal para o seguirem.

– Eu estava bem perto, mas não deu muito certo… – disse Cindy, tentando parecer triste. Malfoy sorriu para ela e parou num trecho perto de uma parede de pedra, liso e úmido.

– Sangue Puro – disse o loiro e imediatamente uma porta de pedra escondida na parede deslizou e eles entraram na sala comunal da Sonserina. Era um aposento comprido, com paredes rústicas.

– Vocês nem sabem – disse Malfoy se sentando num dos sofás, os outros seguiram-no - papai me disse que o Weasley está sofrendo um inquérito, e como ele é membro da diretoria da escola, ele pediu para ele ser demitido. – e começou a rir.

Cindy riu também, sua risada parecia muito real, mas Harry e, principalmente, Rony, mal conseguiam rir.

– Não sei donde ele vai conseguir dinheiro agora para alimentar aquela cambada de filhos! – disse Cindy rindo, Malfoy pareceu gostar do comentário.

– Sabe – disse Malfoy, tentando parar de rir - Não sei como os ataques ainda não estão no Profeta Diário. Talvez Dumbledore esteja tentando abafar o caso. Meu pai diz que ele foi a pior coisa que já aconteceu em Hogwarts.

– Você está enganado! – disse Harry, Cindy olhou para ele surpresa e Malfoy olhou para ele brabo.

– O que? Você acha que tem algo pior que o Dumbledore, acha? – perguntou o loiro, ele estava muito zangado. Harry não sabia o que dizer.

– Que tal… Harry Potter… – disse Harry gaguejando.

– É verdade, Goyle! Santo Potter! – disse Malfoy com arrogância – E tem gente que acha que ele é o herdeiro de Slytherin.

– Você deve ter a ideia de quem é, não é Draco? – disse Cindy.

– Já disse que não tenho, Percy. E meu pai disse que ela já foi aberta há cinqüenta anos atrás, não me disse quem foi, mas me disse que uma Sangue Ruim morreu. Então aposto que logo um deles vai morrer também… espero que seja a Granger – disse com prazer.

Rony serrava os punhos gordos de Crabbe, ele estava vermelho e chegava a bufar de raiva.

– O que houve Crabbe? – perguntou Malfoy

– Dor de estômago – disse Rony, rispidamente.

Malfoy se distraiu um pouco. De repente os cabelos de Rony começaram a voltar para seu tom vermelho e a cicatriz agora aparecia na testa de Harry. Seus tempos tinham acabado e eles estavam voltando ao normal. Eles olharam para Cindy, apavorados, isso queria dizer que ela também estava. Os três se levantaram de pressa.

– Preciso ir ao banheiro – disse Cindy rapidamente. Os três atravessaram a sala comunal da Sonserina e saíram pela porta de pedra torcendo para que Malfoy não tivesse percebido. Os cabelos da garota iam aumentando, assim como os de Harry tornando a serem rebeldes e os de Rony, ruivos. Subiram e quando chegaram ao banheiro feminino do segundo andar, já eram eles mesmos novamente.

– Mione, saia daí, temos um monte de coisas para te contar! – exclamava Rony, batendo na porta do boxe da Hermione.

– Vão embora! – disse Mione, rispidamente.

Os três se entreolharam.

– Qual é o problema? – perguntou Harry.

– Aaaaah, esperem só para ver. Está horrível… – disse Murta, saindo boxe onde Hermione estava, atravessando a porta.

Eles ouviram o trinco da porta se abrir e Hermione saiu, soluçando, com as vestes cobrindo a cabeça. E depois as deixou caírem, revelando o seu rosto que estava coberto de pêlos negros. Seus olhos tinham virado amarelos e as orelhas, compridas e peludas.

– Era um pêlo de g-gato nas vestes da Em-mília Bulstrode! E a poção não deve ser usada para transformar animais! – disse Mione, chorosa.

– Uau! – exclamou Rony

– Vão caçoar de você horrores! – exclamou Murta, feliz. Cindy segurou-se para não rir.

– Tudo bem, Mione – disse Harry, depressa, ignorando os comentários - Levamos você para a ala hospitalar, a Madame Pomfrey nunca faz muitas perguntas mesmo…

Hermione concordou. Os garotos saíram do banheiro com a risada da Murta Que Geme.

– Espere até todo mundo descobrir que você tem rabo! – disse a Murta, rindo.

– Não liga para ela, Mione, - disse Cindy, reparando a tristeza da amiga – Ela sabe que ela é pior.

Todos começaram rir, inclusive a chorosa Hermione.



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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo teremos o grande presente de natal, que natal conturbado vish! kkkk
Me mandem reviews com comentários!!



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