And If You Die Tomorrow...? escrita por Juh-Jackson


Capítulo 8
Love And Some Music


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/229823/chapter/8

Capítulo 7- Love And Some Music

            Percy saiu do quarto e foi esperar os garotos na sala. O moreno sentou-se no belo sofá que combinava perfeitamente com o resto da mobília e começou a refletir. E parecia que dentro de sua cabeça ocorria uma guerra. Coração X Mente.

            Você devia tê-la beijado bocó.

            Não você fez o certo. Se você a beijasse ela ficaria assustada.

            Se você a beijasse ela iria gostar.

            Se ela iria gostar então porque ela não tomou a iniciativa?

            Por que é sempre o homem quem toma a iniciativa primeiro!

            Quem disse?

            Todo mundo!

            Mesmo assim! Ela poderia muito bem tê-lo beijado! Mas não beijou!

            Mas também não o afastou!

            Ela não o afastou para não magoá-lo!

            Nada a ver!

            Tudo a ver!

            Ela não se afastou porque queria que ele a beijasse!

            E neste momento Percy escuta um barulho e, ao olhar para as escadas, ele pôde constatar que Mathew e Bobby já estavam prontos.

            -Ei, vocês ficaram bonitões hein? –disse ele sorrindo.

            -Valeu Percy. –disse Mathew.

            -Ficamos mesmo né não? –Bobby.

            -Acho que as garotas vão gostar. –Percy disse com um sorriso nos lábios. Bobby confirmou com a cabeça e Mathew disse:

            -Por falar em garota, e a Annie? Deixou a gente ir?

            -Você conseguiu dobrar ela? –completou Bobby.

            -Claro que consegui. –disse o moreno dos olhos verdes.

            -Beleza! –disseram juntos.

            -E então? Vamos? Por que eu não perdi meu tempo tentando convencer aquela loira cabeça dura pra nada. –disse ele.

            Eles foram para o carro do moreno e entraram. Durante todo o caminho até o cinema os gêmeos conseguiram distrair o jovem e, portanto, este não pensou em Annabeth. Os três foram cantando suas músicas preferidas e conversando sobre as bandas de que gostavam. Falaram também sobre futebol americano, basquete, garotas e também sobre a escola.

            Mas na volta o dono daqueles belos olhos verdes não teve tanta sorte. Seus medos, suas inseguranças e seus temores voltaram.

            Quando chegou a casa da loira, ele estava mais inseguro do que nunca.

            Fica calmo cara. Vocês são amigos!

            Será mesmo?

            Ele tocou a campainha e ficou lá. Esperando.

            -Entra. –ele ouviu a voz de Annabeth e entrou fechando a porta atrás de si.

            Ele se sentou no sofá.

            E esperou.

            Não muito tempo depois ela desceu.

            Ela usava uma saia azul marinho, all star da mesma cor e uma blusinha branca.

            Linda! Essa era a única palavra que Percy conseguia pensar para descrevê-la. Linda.

            Ele ficou observando-a descer as escadas e quando ela estava em sua frente ele disse:

            -Oi. –não era o que ele planejava. Ele queria dizer como ela estava linda. Como ela era linda. Mas não conseguiu. E foi só isso que saiu. Um “Oi” sem graça.

            -Oi.

            -Vamos?

            -Claro.

            Eles foram em direção ao carro dele e Percy, como o cavalheiro que era, abriu a porta para ela.

            -Aonde vamos? –ela perguntou quando já estavam os dois dentro do carro.

            -Central Park. E... Você já comeu?

            -Ainda não.

            -Muito bem. Falou certinho. Ainda não. O que acha da gente ir tomar café da manhã em algum lugar? –disse ele sorrindo.

            -Preciso mesmo responder? –ela perguntou fazendo uma careta.

            Ele riu e ela se pegou pensando em como o sorriso dele era bonito.

            -Posso ligar o som? –ela perguntou louca para saber qual era o gosto musical dele.

            -Claro. Só não sei se você vai gostar da música.

            -É o que vamos ver. –ela respondeu com um sorriso desafiador no rosto enquanto se estendia para frente para poder ligar o som.

Take me down to the paradise city
Where the grass is green and the girls are pretty
Oh, won't you please take me home


            -Caramba! Não sabia que você gostava de rock. –disse Annabeth com os olhos arregalados e Percy sorriu.

            -É eu adoro. –disse ele ainda sorrindo.

            -E qual é a sua música preferida? De que banda você mais gosta? –a loira perguntou parecendo interessada.

            -Eu gosto de U2, Guns N’ Roses, AC/DC, Yes, the Offspring, Led Zeppelin, Nirvana, Nickelback. –ele citou algumas bandas.

            -E Backstreet boys? Você curte? –ela perguntou.

            -Claro! Adoro! Green Day também. Aquela música deles, Holiday, é ótima.

            Ela riu antes de perguntar:

            -É sério que você gosta de Green Day?

            -Uhum.

            -Então você vai adorar minha melhor amiga! Ela é simplesmente a maior fã de Green Day.

            Ele riu também e disse:

            -Acho difícil viu? Meu melhor amigo é definitivamente o fã número 1 do Green Day.

            -O que você acha de nós os apresentarmos?- Annie perguntou.

            -Eu acho uma idéia genial! Eles iriam se dar muito bem, eu tenho certeza, se não fosse o fato desse meu amigo morar em Nova Yorque. –ele respondeu sorrindo e ela sorriu de volta.

            Eles ficaram um tempo cantando e sorrindo, só aproveitando a presença um do outro, quando Percy finalmente parou o carro.

            -O que viemos fazer aqui? –perguntou a garota olhando pela janela do carro.

            -Você veio tomar seu café da manhã e eu, bem, eu vim só te acompanhar mesmo. E garantir q você coma tudo, é claro. –ele respondeu saindo do carro e indo em direção a porta do lado do carona enquanto a loira resmungava algo sobre não estar com fome. Ele abriu a porta para a jovem sair e fechou-a logo em seguida abraçando Annabeth pela cintura. Os dois caminharam calmamente para dentro do café e quando entraram foi possível escutar um “tlin” do sininho da porta. Eles se sentaram em uma mesa um pouco mais afastada, um de frente para o outro, e logo a garçonete veio atendê-los:

            -O que desejam? –ela disse olhando para Percy que, sem tirar os olhos de Annabeth, disse:

            -O que vai querer princesa?

            -Tenho mesmo que comer? –ela respondeu com outra pergunta e uma careta.

            -Sim meu anjo. É para o seu bem.

            -Tanto faz então.

            -Que tal ovos com bacon? –ele perguntou.

            -Claro, por que não?

            Percy então falou com a garçonete, mas ainda não se virou para olhar a mesma. Seus olhos estavam fixos na loira:

            -Ovos com bacon para ela, por favor.

            -Ok. Mais alguma coisa? –a garçonete tinha um tom malicioso na voz. Tom este que Percy não pareceu perceber e se percebeu disfarçou muito bem.

            -Não obrigado. Só isso mesmo.

            -Os ovos com bacon não vão demorar. –e meio que a contra gosto ela se afastou da mesa.

            Quando a mulher já estava longe o bastante para não mais conseguir ouvir a conversa dos dois Annabeth disse:

            -Humphf!

            -O que foi?

            -Aquela assanhada... Dando em cima de você!Não venha me dizer que você não percebeu! –respondeu a loira irritada.

            -O que? –disse ele com um pequeno sorriso.

            -Isso mesmo que você ouviu!

            -Ela não estava dando em cima de mim! –disse ele rindo.

            -Estava sim!

            -Jura? Nem percebi. –ele ainda possuía o sorriso nos lábios.

            -Homens! –murmurou a garota.

            -Ei!

            -Mas é verdade! Vocês homens são uns lerdos mesmo!

            Ele riu novamente:

            -E vocês mulheres! Sempre vendo problemas onde não tem. Vivem achando que nós, homens, estamos mentindo.

            -Só porque vocês nos dão motivos para desconfiarmos. –ela disse irritada.

            -Eu já te dei algum motivo para desconfiar de mim?-ele perguntou agora sério.

            -Não. –Annabeth respondeu a contra gosto. Eles estavam muito perto, seus lábios se roçando e os narizes se tocando. Percy podia sentir a respiração da loira em seu rosto e o mesmo valia para ela. A garota agora estava completamente perdida na beleza do moreno e em sua colônia masculina com cheiro de maresia que conseguia inebriar a garota loira de olhos cinza.

            Mas parece que o mundo estava contra este casal, pois naquele momento a garçonete chega com o café-da-manhã de Annabeth que, naquele momento, realmente não queria comer. Não por causa de sua bulimia. Não, muito pelo contrário. Ela não queria comer, pois queria ficar ali, não sair do lugar, não queria se mover, ela queria ficar bem pertinho de Percy. Queria sentir os lábios dele junto aos seus. Queria que ele a abraçasse enquanto suas línguas se tocavam, se conheciam, dançavam juntas em uma sintonia perfeita.

            Mas infelizmente aquilo não foi o que aconteceu.

            Os dois se separaram e a garçonete colocou o prato em frente à Annabeth e esta olhou para Percy com uma careta.

            -Eu não quero...

            -Mas tem que comer. –ele disse sério.

            -Percy...

            -Vamos fazer um trato está bem? –ele perguntou.

            -Tudo bem. E qual vai ser o nosso trato? –perguntou ela curiosa.

            -Hum... Deixe-me ver... Já sei! –ele exclamou animado e, sob o olhar curioso da garota, ele começou: - Se você comer todo o seu café da manhã...

            A garota olhava o moreno com curiosidade. O que quer que ele tenha para me propor tem que ser bom. Ela pensava.

            -... Eu faço o que você quiser! –ele completou e um sorriso começou a nascer no rosto da loira. Realmente. A proposta dele é muito boa. Pensou ela.

            -Eu topo. –disse ela ainda com o sorriso que havia se formado em seu rosto e apertando a mão estendida de seu amado melhor amigo. Sim, porque agora ele era seu melhor amigo. Aquele que sempre estaria com ela quando ela precisasse dele.

            O jovem de olhos verdes sorriu de volta para a loira e levou a mão dela, que ainda estava segurando a sua, aos lábios, depositando ali um beijinho. Neste momento o sorriso dela aumentou, mas não demorou muito para o sorriso da garota sumir. Bastou apenas Percy dizer soltando sua mão da dela:

            -Agora coma. Você tem que comer para ganhar seu prêmio. –ele ainda sorria, mas seu sorriso agora estava fraco e não parecia tão verdadeiro quanto o outro. Ele estava triste. Quase como se tivesse doído soltar a mão de Annabeth. E realmente doera soltá-la.

            Enquanto ela comia, ele apenas a observava. Enquanto cada um estava ocupado em suas atividades, ela comendo, e ele olhando-a, eles também estavam emersos em seus próprios pensamentos.

            Ele pensava em como aquela garota mexia com ele. Ela o fazia sentir-se como nunca antes se sentira. Ela fazia com que ele parecesse um bobo apaixonado e era o que ele realmente era. Um bobo apaixonado por sua melhor amiga. Sua amada melhor amiga. Que podia morrer a qualquer momento. Ele sentia que precisava protegê-la. Cuidar dela. Não como um pai, ou como um irmão. Mas como um amigo. Mesmo que, ele sabia, haveria momentos em que ele precisaria cuidar dela como se realmente fosse seu pai ou mais um de seus irmãos mesmo que isso não a agradasse. Tampouco o agradaria.

            Já ela pensava no quanto ele a mudara. Se antes ela estava disposta a fazer tudo para ficar magra, agora ela estava disposta a fazer tudo por ele. Tudo o que fosse preciso ela faria. Pois ele a fazia se sentir especial. Ele a fazia se sentir amada. Ele era seu amado Cabeça de Algas, seu amado melhor amigo, seu amado Percy. Ele queria ajudá-la. Mas por quê? Ela não sabia. Mas ela sabia que gostava disso.

            Quando Annie terminou de comer Percy pagou a conta e eles foram passear no Central Park.

            Eles caminhavam calmamente de mãos dadas enquanto conversavam:

            -Eu quero saber mais sobre você. –dizia Annabeth.

            -Que bom. Porque eu também quero saber mais sobre a minha Sabidinha.

            Ela riu antes de falar:

            -O que você quer saber? Pode começar o interrogatório.

            -Nome completo?

            -Annabeth Chase.

            -Idade?

            -16 aninhos.

            -Cidade onde nasceu?

            -São Francisco, Califórnia.

            -Cor preferida?

            -Verde. –ele a olhou nos olhos e perguntou:

            -Jura?

            -Juro.

            -Hum... Legal. Antes minha cor preferida era azul.

            -E por que não é mais? –perguntou Annie curiosa.

            -Porque agora minha cor preferida é cinza. –ele disse parando de andar e olhando nos olhos dela. Que por acaso eram cinza, sua cor preferida. Será mesmo que é por acaso? Ou será que é o contrario? A cor preferida dele é cinza por causa da cor dos olhos dela?

            -Minha vez de fazer as perguntas. –ela disse e eles voltaram a andar.

            -Pode perguntar princesa.

            -Por que você me chama de princesa e de meu anjo?

            -Essa é sua primeira pergunta? –ele respondeu com outra pergunta tentando disfarçar o quanto estava sem graça e quando ela confirmou com a cabeça ele disse sorrindo: - Porque é a verdade.

            Ela ficou corada e tentou disfarçar mudando para a próxima pergunta:

            -Nome completo?

            -Perseu Jackson.

            -Perseu? Jura? –disse ela sorrindo.

            -Uhum.

            -O nome daquele herói grego?

            -É.

            -Então está explicado.

            -O que está explicado? –ele perguntou sem esconder a curiosidade.

            -Você ser o meu herói. –ela disse e ele corou.

            -Qual a próxima pergunta? –ele disse tentando mudar de assunto.

            -Idade?

            -17.

            -Cidade onde nasceu?

            -Nova Yorque.

            -Curiosidade sobre a infância?

            -Gosto de comer comida azul. –disse ele sorrindo.

            -Sério mesmo? –ela perguntou rindo.

            -Sério.

            -Por quê?

            -Não sei.

            -E é bom comida azul? –ela ainda ria.

            -É ótimo! Um dia vou te levar pra comer comida azul. A comida azul da minha mãe.

            Ela riu mais ainda e disse que adoraria comer a comida azul da mãe dele.

            Eles ficaram mais um tempo rindo, conversando e andando pelo parque de mãos dadas até que sentiram pequenas gotinhas caindo em suas cabeças e molhando-os. Iria chover.

            O casal saiu correndo em direção ao carro e alguns minutos depois eles estavam em frente à casa da garota e chovia muito forte.

            -Droga! Não vou conseguir chegar em casa sem me molhar! –ela disse.

            -Idaí? –ele perguntou com um sorriso maroto.

            -Como e daí Percy?

            -Idaí se você se molhar?

            -Você é doido mesmo.

            -E é por isso que você me adora. –seu sorriso aumentou.

            -Não vou nem responder. –ela disse se segurando para não devolver o sorriso.

            -A senhorita aceita dançar comigo? –o sorriso maroto agora estava maior do que nunca.

            -Na chuva? –ela perguntou com uma sobrancelha erguida.

            -É.

            E então ela sorriu.

            -Claro.

            O garoto sorriu e logo depois lhe beijou a face rubra. Ele saiu do carro e abriu a porta para Annabeth. Antes de fechar a porta, porém, ele ligou o rádio.

Do you hear me
I'm talking to you
Across the water
Across the deep blue ocean
Under the open sky
Oh my, baby I'm trying

Boy I hear you in my dreams
I feel your whisper across the sea
I keep you with me in my heart
You make it easier when life gets hard

            Lucky do Jason Mraz estava tocando e eles começaram a dançar alegremente aquela música que parecia feita para aqueles dois melhores amigos apaixonados que dançavam na chuva.

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Ohhhohhhohhhohhohhohhhohh

They don't know how long it takes
Waiting for a love like this
Every time we say goodbye
I wish we had one more kiss
I'll wait for you, I promise you I will

Eles dançavam abraçados, suas roupas enxarcadas, e um sorriso alegre e feliz no rosto. Havia muito tempo que eles não se sentiam assim. Livres. Era essa a palavra.


Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday

And so I'm sailing through the sea
To an island where we'll meet
You'll hear the music fill the air
I'll put a flower in your hair

Agora eles cantavam junto com a música. Seus sorrisos, sua felicidade, era contagiante. Impossivel não ver o amor que existia entre eles.


Though the breezes through the trees
Move so pretty, you're all I see
As the world keeps spinning round
You hold me right here right now

Lucky I'm in love with my best friend
Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again
Lucky we're in love in every way
Lucky to have stayed where we have stayed
Lucky to be coming home someday
Ohhhohhhohhhohhohhohhhohh
Ohhhohhhohhhohhohhohhhohhohhohhohh


            Quando eles terminaram de dançar a música Annabeth depositou um beijou na bochecha direita do garoto e entrou em sua casa.

            -Tchau. –ela disse antes de entrar.

            -Tchau. –ele disse para o nada.

            Alguns minutos depois Percy se deita em sua cama já de banho tomado enquanto pensa na loira sem saber que, não muito longe dali, certa loira também pensava nele.

To Be Continue...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse cap ficou gigante entaum eu acho q mereço muitos (e grandes) reviews né?