And If You Die Tomorrow...? escrita por Juh-Jackson


Capítulo 3
Let Me Help You


Notas iniciais do capítulo

Gente, antes de vocês lerem o capitulo eu preciso explicar algo aqui...
No capitulo 1 o Mathew e o Bobby estavam jogando BASQUETE e NÃO futebol como estava no capitulo... É que a primeira vez que eu escrevi o capitulo eu escrevi que os dois jogavam futebol, mas depois eu mudei pra basquete e ficaram algumas partes como futebol.
Agora sim:
Boa leitura!



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Capítulo 2-Let Me Help You

            -Percy... O que...?

            -Não tente me enganar Annabeth. Não diga que não é o que parece. Não negue para mim. Não negue para você.

            -Não tentar negar o que, Percy?- ela se fez de desentendida.

            -Não tente me enganar. Já disse. Eu sei.

            -Sabe o que?

            -Que você é bulímica. –ele disse um pouco mais alto.

            -Mas eu não...

            -A não? Então vai negar que estava vomitando no banheiro? Vai negar que demorou todo esse tempo no banheiro porque não estava escovando os dentes, mas também escondendo o cheiro insuportável de vômito aí dentro?-ele disse, agora já quase gritando.

            -Percy... Você não entende... –disse ela num fiapo de voz.

            -Não entendo mesmo. Não entendo porque você quer se matar. Não entendo porque você está arriscando sua vida só para ter um corpo mais magro. Eu simplesmente não entendo.

            -Percy...

            -Você precisa de ajuda Annabeth... –disse ele agora mais calmo, mas a tristeza era evidente em sua voz.

            -Não, eu não preciso!

            -Precisa sim! Isso é uma doença! Você precisa se tratar...

            -Não! Eu estou bem! –disse ela exaltada.

            -Não, você não está. E você sabe disso. Você quer parar. Você tenta. Mas não consegue. Você não quer engordar. Por isso começou com tudo isso. Uma amiga tenha falado para você fazer isso, talvez. Não sei ao certo. Só sei que você já tentou parar. Quando viu que tinha perdido o controle da coisa, talvez. Mas você não consegue. Simplesmente não consegue. Você evita comer. Come pouco e, provavelmente, conta calorias. Mas no fim sempre acontece a mesma coisa. Seu corpo reclama pela falta de comida. Por isso você desmaia. Suas unhas quebram facilmente por falta de vitaminas. Não duvido nada que você vomitou antes de ir jogar com seus irmãos. Por isso desmaiou. Já estava fraca, mas tentava esconder. Porém, o esforço extra no jogo foi demais para você. E quando você come então. É pior ainda, pois você come demais e depois fica se sentindo mal. Daí você corre pro banheiro e põe tudo para fora. –disse ele calmamente.

            -Como você... Você já...?

            -Não, não. Eu nunca fui bulímico. Mas minha mãe é médica e é especializada em transtornos alimentares... Isso é uma doença Annie. Deixe-me ajudar você. Por favor.

            -Não Percy! Não estou doente. Sei cuidar da minha vida e não preciso de você. –disse ela com raiva.

            O garoto ficou meio triste e abaixou a cabeça sob as palavras da jovem, mas logo voltou a erguê-la.

            -Não vou desistir tão fácil. Não vou desistir de você, Annabeth. Você vai se curar. E eu vou ajudar.

            Ela não entendia a reação do garoto, tampouco ele entendia suas próprias atitudes só sabia que queria ajudar aquela garota tão bonita e doce.

            Eles ficaram um tempo se olhando sem dizer nada então Percy deu as costas para Annie e foi em direção a porta do quarto.

            -Aonde você vai? –o garoto se deteve ao escutar a doce e melodiosa voz de Annabeth.

            -Vou embora. –ele respondeu simplesmente.

            -Mas você não tinha dito que ia me ajudar?

            -E disse. –disse ele dando de ombros.

            -Então ta indo embora por quê?

            -Porque você não quer minha ajuda.

            -Mas você disse...

            -Eu sei o que eu disse e não sou do tipo de cara que volta atrás. Mas primeiro você precisa admitir para você mesma que precisa de ajuda.

            -E depois?

            -Depois tem que querer ajuda. Aí é só você me procurar que eu vou ter o maior prazer em ajudar. Até lá estarei na minha casa. Esperando por você. Moro a algumas casas daqui. Quando quiser, é só ir lá.

            E ele saiu pela porta.

            Tanto ele quanto ela sentiram um imenso vazio no peito. Como se tivessem perdido algo importante. Algo ou alguém. E era como se eles dependessem dessa coisa que eles aviam perdido para viver.

            Annabeth se sentou em sua cama e as palavras de Percy voltaram a sua mente. “Não vou desistir tão fácil. Não vou desistir de você, Annabeth. Você vai se curar. E eu vou ajudar.” Foi o que ele dissera.

            Enquanto isso, Percy saia da casa da garota que possuía uma imensa beleza, mas também um imenso problema. Problema esse que ele pretendia ajudar. Pretendia não. Ele ia ajudar.

            Annabeth olhou para a bandeja que o jovem lhe trouxera e achou a atitude muito fofa. E o mesmo caminhava pela rua calma e tristemente. Ela não queria sua ajuda. Era só isso que lhe passava em sua cabeça. Ela pode morrer a qualquer momento. Pensou ele, enquanto a garota continuava a observar a bandeja.

            Decidida a provar não só para ele, mas para ela também que quem estava no comando ali era ela, a jovem pegou o resto do seu sanduíche e deu uma mordida.

            O jovem continuava a caminhar pela rua ainda pensando na loira. O moreno estava decidido a ajudar, mas não podia fazer nada sem que ela quisesse ajuda.

            Mas o que o garoto não sabia era que, enquanto pensava, a dona de seus pensamentos devorava toda a comida que antes estava na bandeja que ele havia levado para ela.

            Ele entrou em casa e subiu para seu quarto para logo depois deitar-se em sua nova cama. Obviamente a mudança já havia terminado. Não demorou muito e sua mãe entrou em seu quarto e perguntou-lhe se havia conhecido alguém legal ou que fosse de sua idade na vizinhança, mas ele apenas disse que queria ficar sozinho e não respondeu a pergunta da mãe.

            Cinzas. Pensou. É essa a cor dos olhos dela. Cinza. Tal cor nunca lhe pareceu tão bonita, mas com ela parecia a cor mais perfeita do mundo.

            Enquanto comia a garota dos olhos acinzentados não tirava o garoto que, agora ela sabia, tinha os olhos verdes como o mar de sua cabeça.

            Mas quando ela acabou de comer tudo o que tinha na bandeja as palavras do moreno de olhos verdes se concretizaram. E quando você come então. É pior ainda, pois você come demais e depois fica se sentindo mal. Daí você corre pro banheiro e põe tudo para fora.

            E foi isso o que ela fez. Correu para o banheiro e vomitou.

            E então ela percebeu.

            Não, ela não estava no controle. Ela estava realmente mal. Doente, como ele dissera. Ela precisava de ajuda.

            Agora ela já havia se tocado de que estava realmente mal. Já admitira para si mesma que precisava de ajuda. Agora só faltava...

            A garota estava parada em frente à porta da bela casa. Estava indecisa entre bater ou não. Depois que se livrou do cheiro de vomito em seu banheiro ela tratou de ir, literalmente, correndo fazer o que o belo garoto falara.

            E agora ali estava ela.

            A jovem bateu na porta e não demorou muito e uma mulher abriu a porta.

            -Com licença, o Percy está?

To be continue...


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada pelos reviews galera!
Falando neles...
Mereço mais alguns?