Capítulo 10- Percy’s Cousin

            Depois da conversa que os quatro adolescentes tiveram, Percy e Annabeth subiram para o quarto da garota enquanto Nico e Bianca se instalavam em seus devidos quartos. Os dois amigos se sentaram na cama da loira e ficaram se olhando por um tempo até que Percy decidiu perguntar:

            -Você está bem? – ele sabia que era uma pergunta idiota, mas foi tudo o que conseguiu formular no momento. Ele queria perguntar se a volta dos irmãos a havia abalado e se sim, quanto. Ele queria perguntar por que ela começara a vomitar, se isso tinha alguma coisa a ver com os dois recém chegados. Ele queria perguntar se ele poderia fazer alguma coisa por ela, mas não conseguiu. Então se limitou a perguntar se ela estava bem.

            -Estou. –o garoto sabia que era mentira. Ele podia ver em seus olhos. Ela queria dizer que sim, que a volta dos irmãos a abalara e muito, queria contar seus motivos para ter começado a vomitar, queria dizer que tudo o que ele precisava fazer era abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem, mesmo que nada fosse ficar bem. Ela queria se sentir segura e ela sabia que só se sentiria assim com ele, ela queria lhe dizer tudo o que pensava e sentia, mas se limitou a mentir com palavras e dizer a verdade com o olhar. Ele entenderia e disso ela não tinha dúvidas.

            Como se para mostrar que ela estava certa, Percy a abraçou apertado mantendo-a no calor de seus braços. O único som que poderia ser ouvido no quarto era a respiração de ambos e seus corações batendo mais rápido devido à proximidade que se encontravam.

            Ficaram assim abraçados até que o celular do moreno tocou e ele teve que atender.

            -Oi mãe.

            -Oi filho. Como está Annabeth?

            -Bem. Ela está aqui do meu lado.

            -Será que poderia mandar um beijo pra ela por mim filho?

            -Claro mãe. –ele disse para logo depois tampar o fone do celular com a mão e dizer se dirigindo a loira. –Ela mandou um beijo pra você.

            -Diga que mandei outro pra ela. –disse Annabeth e Percy sorriu sinalizando que o faria.

            -Ela mandou um beijo pra você também mãe. Agora me diga. A que devo a honra de sua ligação.

            -Não finja que ficou feliz com minha ligação Perseu Jackson. Eu sei muito bem que você não ficou assim como sei muito bem que interrompi algo. Mas de qualquer forma, liguei para avisar que hoje à noite nós vamos visitar sua prima que mora aqui okay?

            -Visita a chata da minha prima hoje à noite. Salvo na memória. –disse ele tentando disfarçar o rubor que lhe tomava a face ao ouvir a fala da mãe.

            -Perseu Jackson! Não fale assim da sua prima!

            -Sim senhora mamãe. –disse ele.

            -Bem, então era só isso mesmo filho.

            -Pergunte a ela como estão os garotos. E diga a ela que eles precisam vir para casa agora. -disse Annabeth.

            Percy concordou e disse no celular:

            -E os gêmeos mãe? Annabeth está preocupada.

            -Eles estão bem. Eles são uns anjos Percy, contanto que você dê um pouco de comida para eles, é claro.

            -Comida azul?

            -E o que mais seria?

            Percy riu antes de continuar:

            -Annabeth está dizendo que já está na hora de eles virem pra casa. Tem uma pequena surpresa aqui pra eles. Nem tão pequena assim.

            -A chame para vir também. Acho que Nico e Bianca vão gostar de vê-la. –diz Annabeth e Percy confirma.

            -Por que você não vem também? Podemos almoçar todos juntos.

            -Tem certeza que não vai ter problema nenhum por Annabeth?

            -É claro que não mãe. É ela quem está te chamando.

            -Então neste caso já estamos indo. Beijão filho.

            -Beijo mãe. –disse Percy desligando.

            -E ai? Ela vem?

            -Aham.

            -E o que ela queria com você? –perguntou a garota curiosa.

            -Nada demais. Apenas dizer que hoje à noite nós vamos visitar a chata da minha prima. –disse ele como se não fosse nada demais.

            -Não fale assim dela Percy! Ela é sua prima! –disse Annabeth indignada.

            -Minha mãe disse a mesma coisa. –o garoto disse rindo.

            -E ela está certa!

            -E você está linda assim, indignada. –disse ele sorrindo.

            Annabeth corou e disse:

            -E você é lindo de qualquer jeito. –saiu apenas como um sussurro e de fato não era para o garoto escutar, mas ele escutou e seu sorriso aumentou.

            Percy a abraçou novamente e beijou-lhe a testa.

            -Então eu vou ficar hoje à noite sem você? –perguntou a garota dona dos olhos tempestuosos.

            -Sinto muito por isso. Prometo que vou lhe recompensar depois. –ele disse olhando para ela.

            -Olha que eu vou cobrar.

            -É pra cobrar mesmo.

            Agora os dois sorriam e seus lábios estavam a centímetros de distância.

Ding Dong

            -Nico pode atender. –disse Annabeth quando Percy fez menção de sair de seus braços.

            -ANNABETH! ATENDE AI! EU TÔ NO BANHO! –eles ouviram a voz de Nico.

            -Eu não acho que ele possa atender. –disse Percy rindo mesmo que na verdade ele não estava feliz. Ele queria ficar ali, com Annabeth. Mas mesmo assim os dois se levantaram da cama e foram em direção a porta.

            Annabeth atendeu a porta sem olhar no olho mágico, afinal, eles sabiam que era Sally e os gêmeos.

            Oi Annie. Percy. –disseram juntos enquanto davam um beijo na bochecha da irmã e cumprimentavam Percy com um toque de mãos.

            -Olá meu filho. Annabeth querida. Como vai? –perguntou Sally cumprimentando o filho com um beijo na bochecha e a loira com um abraço.

            -Vou bem senhora Jackson e a senhora?

            -Vou bem também Annabeth. Mas ficaria ainda melhor se você parasse de me chamar de senhora e me chamasse apenas de Sally. Eu acho que já falamos sobre isso antes não foi?

            -É claro senh... Sally. –Annabeth se corrigiu quando viu o olhar da mulher mais velha.

            -Ei Annie! Você precisa experimentar a comida da tia Sally. É genial! –os gêmeos disseram animados. –E é azul... –eles sussurraram pra ela.

            Annabeth riu diante da animação das crianças.

            -Annie quem é que...? –Nico se interrompeu em meio à frase quando viu quem havia chegado.

            -NICO!-gritaram os gêmeos se jogando nos braços do irmão adotivo.

            -Mas o que...? –Bianca que vinha descendo as escadas atrás do irmão foi surpreendida quando braços a envolveram.

            -BIANCA!

            -Olá pequenos. –ela disse aos irmãos.

            -Nico? Bianca? –Sally parecia aturdida.

            -Tia Sally! –disseram os dois indo em direção a ela e abraçando-a.

            -Olá queridos. Como é bom ver vocês. Mas... O que vocês estão fazendo aqui?

            Eles riram e contaram uma versão resumida da história de como os di Ângelo se tornaram irmãos dos Chase. Logo eles pediram uma pizza e os garotos foram jogar basquete enquanto as garotas, junto com Sally, ficaram conversando na sala. Eles passaram a tarde inteira assim, jogando, conversando, brincando, e, quando ficou de noite, Percy e Sally se despediram de todos, mas quando Percy chegou em Annabeth, a última que faltava para ele se despedir, ele parou em frente a ela e beijou-lhe a face para logo em seguida abraçá-la e dizer em seu ouvido, fazendo-a se arrepiar.

            -A gente se vê depois.

            A garota concordou com a cabeça e beijou a face do melhor amigo.

            -Até depois então. –ela disse no ouvido do moreno e sorriu ao ver que também o fizera se arrepiar. Ele sorriu de volta e se afastou dela. Annabeth sentiu falta do calor que os braços dele lhe proporcionavam.

            Mãe e filho se dirigiram para casa e, algum tempo depois, já estavam sentados no carro da família, Percy no volante e Sally no lugar do passageiro, indo em direção a casa da “prima chata” do Percy. O garoto vestia uma camisa de botão preta e uma gravata branca, jeans e all star brancos. Já sua mãe usava um vestido azul marinho e sandálias prata.

            Quando finalmente chegaram ao local, Percy desceu do carro e fez questão de abrir a porta do carro para a mãe, que sorriu em agradecimento. Os dois se encaminharam para a porta e tocaram a campainha. Não demorou muito e alguém logo veio atender a porta. A pessoa olhou para Percy e se jogou em seus braços enquanto gritava:

            -PERCY!

            O garoto sorriu antes de dizer:

            -Olá Thalia.

To be continue...