O Ponto De Vista Do Marvel escrita por Bia Vieira


Capítulo 5
Habilidades


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse, acho que foi o melhor até agora.



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Acordei animado. Animado demais. Hoje é o dia de expor minhas habilidades. Acho que estou sorrindo enquanto me arrumo para o café.

Chego lá com um sorriso de orelha a orelha, pra ser exagerado e me sento em qualquer lugar desocupado. Quase todos estão na mesa, só falta Gloss.

-Onde está nosso mentor? – pergunto a Poltrie.

-Ele já está vindo, – disse ela balançando a mão esquerda. – precisou de mais tempo para arrumar o cabelo.

Vaidoso.

Gloss ao chegar - tentando andar com a cabeça firme para que seu penteado não desarrume – se sentou e começou a comer.

-Então meus vencedores, hoje é o dia especial para treinar. – disse ele sorrindo.

-Não esqueçam de mostrar totalmente as habilidades aos Idealizadores, façam o que quiserem. – incentivou Poltrie.

-É, obrigado Poltrie, e também será uma oportunidade de ver os tributos fracos e os fortes e óbvio, façam alianças com os fortes. – avisou Gloss.

-Sinto tanta pena dos fraquinhos, bom quem mandou não treinar para os Jogos? – disse Glimmer pouco ligando se os fracos vão morrer em segundos ou não.

Fiquei lembrando dos rostos dos outros tributos, o garoto do 4 e do 9, a menina do 3 e a garotinha do 11... a mais patética de todas. Seria uma honra matá-la e ao mesmo tempo uma injustiça. Eu não ligo, eu quero vencer.

Comi rápido e pus meu uniforme, era bem confortável, normal. Normal. Pois é, uma palavra que a Capital desconhece. O uniforme era preto com alguns detalhes vermelhos e no final das mangas curtas havia um “1” significando de qual distrito eu era.

Entramos no elevador e ao chegarmos no centro de treinamento só havia nos dois.

-Bom, queridos, vocês sabem o caminho de volta. Boa sorte. – desejou Poltrie nos empurrando fraco para fora do elevador.

Só havia nós dois.

Fiquei olhando o lugar e achei muito incrível. Se pudesse eu ficaria lá treinando o dia inteiro, se bem que ver os tributos fortes treinando também me dá uma pontada de raiva.

Ao virarmos para trás, demos de cara com os tributos do distrito 3, que nos encararam com medo e foram para um canto.

Não falamos nada, me sentei em um canto enquanto esperava os outros.

Depois de um tempo, uma “técnica” chegou e o resto dos tributos também. Menos os do doze.

Quando os do doze chegaram olhem com desgosto para eles, apenas fiquei sério imaginando a morte de cada um dos dois. Dei um risinho. Eu estava começando a entrar no clima de sanguinário dos Jogos e parece que não é algo que eu tenho medo de ser.

Depois que a “técnica” falou tudo que poderíamos e não fazer, nós fomos liberados para escolher uma área e praticar. Tentei não parecer uma criança quando corri para a estação de facas e lanças. Quando vi uma lança de metal super afiada, a peguei com cuidado e tentei não parecer um bobão sorrindo, acho que meu riso estava medonho.

Fui na direção dos alvos e dei de cara com a garota do 2, Clove, ela lançava facas muito bem, fiquei admirado com a habilidade dela. Eu sabia que ela era boa em algo terrível.

Lancei uma lança no meio de um dos alvos, atingiu no pescoço, peguei mais umas duas lanças e taquei, uma penetrou no meio do alvo e a outra no lugar que seria a cabeça.

Parece que Cato e Clove gostaram dessa habilidade minha. Logo fui estudar sobre as plantas.

Os outros, bem, Cato era ótimo com espadas e Clove com facas, Glimmer fazia sei lá o que pois a perdi de vista. Os tributos do 6 ao 9 estavam treinando camuflagem e uns treinavam com outras armas, nem todos eram bons.

Cato começou uma confusão com o garoto do distrito 3 por ter pego sua faca, era muito engraçado o modo em que ele gritava pois era de dar medo. Eu não queria ser aquele garoto na hora. Sei que não foi o garoto que pegou a faca dele mas eu não vou me meter ali.

                Estudei a técnica da camuflagem junto com o garoto do distrito 12, ele parecia ser tímido. Quando o instrutor mandou fazermos as pinturas no corpo eu e ele começamos a pintar nossas próprias mãos. Eu desprezo aquele garoto, mas como estratégia preciso me aproximar dele para que ele ache que eu o quero como aliado.

-Você é bom em camuflagem.

-Ah, é, obrigado, é que eu pratico pintura.

-Não sabia que no doze também podia pintar.

-Acha que somos pobres e ficamos vegetando em nossas casas? – olhei pra ele achando que ele estava brincando, mas não tava, minha vontade era de dar um tapa na cara dele. Mas apenas ri.

-Não, claro que não, só que eu não sei bem como é lá. Não se sinta ofendido.

-Não, não. E no um? Vocês também pintam?

-Temos aulas de artes mas meu forte sempre foi o esporte.

-Ah. No doze eu faço muito trabalho braçal, posso chamar de esporte?

-Ganha músculo com isso?

-Sim.

-Então pode.

Não sei se estava atuando bem ou se ele estava caindo ou não, só sei que ele aparentava ser gentil, mas aposto que ele está atuando tanto quanto eu. Depois dessa conversa apenas pedimos pra passar os materiais de pintura. No final, eu comparei a minha pintura com a dele e vi que a Del dava de 10 a 0 na minha.

-Teve sorte, pintor. A sua camuflagem é melhor que a minha.

-É só questão de treino, é que eu confecciono muitos bolos pra padaria do meu pai.

Um padeiro? Ah não... eu preciso segurar o meu riso, faço muito esforço pra não rir mas é impossível! No 12 isso deve ser um alto cargo né. Um pintor de bolos, interessante, que mulherzinha.

-Interessante. – saio sem ele perceber e tiro a tinta do meu braço.

Enquanto eu tirava a tinta, percebi que ele havia pego um enorme peso e tacado longe, bem ele não mentiu sobre o trabalho braçal dele.

No final do treinamento, nós esperamos tributo por tributo para impressionar os Idealizadores. Eu fui o primeiro.

Quando entrei lá as lanças pareciam estar na minha cara, avancei devagar e peguei três que estavam na mesa de vidro.

-Marvel Willian, distrito um. – os Idealizadores pareciam interessados.

Sorte minha ser do distrito um e ser homem, além de ser o primeiro, a atenção é voltada para mim, o lado ruim é que se eu fracassar não poderei recompensar mas eu não vou fracassar.

Peguei as lanças e me aproximei dos bonecos. Fiquei alguns metros de distância. Lancei com toda minha mira e força uma lança no alvo.

Ela pegou na cabeça, bem no local que seria o olho.

A segunda lança eu a lancei em outro boneco, pegou numa parte que se fosse uma pessoa, eu mesmo teria pena, mas eu não posso ter pena de ninguém. Senti os Idealizadores homem pronunciarem um “uuui” de dor.

A terceira pegou bem no peito, no meio. Aquilo foi muito bom, me virei aos Idealizadores com um sorriso maligno e saí da sala. Não falei com ninguém que estava do lado de fora, apenas sorri malignamente e entrei no elevador.

Poltrie me recebeu de braços abertos e me abraçou. Ela me guiou até o sofá.

-Então, campeão, como foi? – perguntou Gloss.

-É, estamos muito ansiosos. – disse Poltrie com um sorriso.

-Foi bem... bom, para o boneco dolorido, acertei três lanças, uma no que seria o lugar do olho, a outra numa parte bem delicada – Gloss olhou com um olhar de dor. – e a outra pegou no meio do peito.

-Muito bom! – disse Poltrie. – Vá tomar um banho até que a Glimmer chegue, jantamos e depois veremos as pontuações.

                -Use esses golpes na arena, hein, serão muito úteis! – disse Gloss dando tapinhas em meu ombro.

Quando saí do banho, Glimmer estava sentada no sofá falando o que fez no centro de treinamento, eu ignorei, voltei para meu quarto e fiquei um tempo lá pra não vê-la. Depois da notie passada eu não manter muito contato.

Voltei a sala e Glimmer não estava mais lá, fomos jantar e só depois ela chegou.

Como sempre, eles tagarelavam sobre a Capital. Depois do jantar e uns 50 minutos, ligamos a televisão. Já iam começar a falar a pontuação de cada tributo. O meu primeiro.

Apareceu meu rosto e em baixo um 9 brilhante.

Todos celebraram, me elogiaram, Glimmer disse apenas um “parabéns” muxoxo.

Na hora da Glimmer ela tirou um 7. Não era muito bom para um Carreirista. Do mesmo jeito, a aplaudiram.

Os outros tributos tiraram notas entre 3 e 10, apenas Cato e Clove tiraram um 10, a garota do distrito 4 tirou um 8.

O tributo que eu mais fiquei surpreso foi a garota do 12, Katniss. Ela havia tirado um 11.


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Notas finais do capítulo

É, eu inventei o sobrenome dele kkkkk



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