— Malfoy, quanto tempo não te vejo aqui. — dei um sorriso ao me virar para ela.

— E o que uma mocinha como você esta fazendo por aqui?

— Por acaso, não te interessa. — ela disse virando-se.

— Hei Ast, espere.

— Do que você me chamou? — ela disse virando.

— De Ast, fofo não? — perguntei dando uma piscada.

— Ridículo. Como tudo que vem de você. Será que não se enxerga garoto.

Fiquei assustado. Nunca a vi se quer nervosa direito, quanto mais dando um piti desse.

— Opa, vai com calma Astoria. Esta de TPM? — ela ficou vermelha de ódio.

— O que você quer Draco? Ferrar ainda mais comigo?

E percebi que a raiva reprimida dela era tristeza.

— Ah Astoria, o que houve? Por que esta assim, anjo? — disse me aproximando.

Na verdade ela com raiva assim, me dava tanto medo quanto os comensais que me cercavam.

— Você não sabe Draco? Me ignora, finge que não existo, não se importa comigo e quer posar de velhos amigos?

As palavras dela eram carregadas de magoa, a puxei para uma sala antiga. Astoria estava chorando, eu não queria a expor dessa forma. E queria tentar me explicar.

— Astoria, me entenda. Trabalho para o lorde das trevas, minha família esta envolvida, esta correndo risco de vida. Não posso incluir mais uma pessoa a pagar caso eu fracasse.

— VOCÊ DECIDE DRACO! NÃO PODE TRABALHAR PARA ELE A FORÇA, DÊ AS COSTAS A VOLD... — e tapei a boca dela.

— Esta louca? O nome esta azarado. Se falar, chama os servos dele ou o próprio.

Ela arregalou os olhos.

— Ano passado você me deixou para trás depois do que fez.

— Estou envolvido na morde de Alvo Dumbledore. Era para eu ter o matado, e você queria que tivesse te carregado junto? Para onde? Não temos nada.

Ela suspirou.

— Eu sei. Olha Draco, não dê ouvidos para mim. Estou nervosa, machucada...

— Machucada?

— Aqueles irmãos idiotas, sabe que eles usam maldições imperdoáveis como castigo? Tinham que ser comensais, estão loucos.

Ela me encarou.

— Oh Draco, eu não quis dizer que você. Eu não... Desculpe.

— Não sou diferente deles Greengrass.

— É sim, você é inteligente, astuto, legal. Tem uma coisa boa dentro de você Draco.

— Não tem nada de bom aqui.

Ela discordou.

— Você é diferente, se importou comigo. Isso quer dizer que tem amor dentro de você.

— Não querendo te contrariar, mas esta ficando louca.

Ela me encarou. Esses olhos azuis tão perfeitos que chegavam a me ofuscar.

— Se você fosse esperta, iria embora dessa escola. A guerra vai estourar, e não irá querer ver isso.

— Não acredito que a guerra aconteça, e se acontecer, Harry Potter vai triunfar.

— Não seja tola, nem imagina o que o lorde das trevas é capaz de fazer.

— Sei que existe uma coisa maior que qualquer feitiço e capaz de quebrar qualquer um deles. O amor.

Ele arregalou os olhos.

— Certeza. Você esta doida. Vai para sua casa, viva seu amor, mas fique longe dessa escola.

— Não posso viver meu amor em casa, se é aqui que ele esta.

Permiti-me por um breve momento sentir ciúme desse “amor”. Ate perceber quem era ele.

— Astoria, é serio. Me esqueça.