A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 21
A festa de aniversário




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Enchanted Forest, 28 anos após o nascimento da princesa Emma.

Sebastian entrou no quarto em que antes as gêmeas estavam e só encontrou Annabelle em estado de choque sentada na cama. Ela estava tão chocada que terminou contando a verdade para o amado.

– Eu já sabia. – ele disse por fim.

– Já? Como? – ainda perguntou ainda mais chocada.

– Beatrice tem traços latinos, da última vez que eu me olhei no espelho, eu não tinha traços latinos.

– E o que vamos fazer agora?

– Ir ao baile, é nossa obrigação. Não esquente com sua irmã; Lisa fica mais chata a cada mês. Mas nós temos de ir, o sol já está se pondo, Emma já vai se transformar e a festa vai começar.

– Essa noite vai ser longa!


Storybrooke

– Essa noite vai ser longa! – Henry reclamou.

– Não diga isso. – David disse dando lhe uma leve cotovelada e sorrindo.

Emma, depois do ocorrido na loja do Gold, resolveu (em um lapso remoto de bom senso ou não) que a família precisava ir comprar os materiais para o aniversário do Henry todos juntos. Avô e o neto estavam na seção de festa do supermercado a decoração enquanto Emma e Snow cuidavam da comida.

– Acha que alguém irá para a minha festa amanhã, grandpa? – Henry perguntou cabisbaixo.

– Tenho certeza que sim, você é um menino muito especial Henry, eu duvido que seus amigos fossem esquecer seu aniversário.

Ele parou de olhar a decoração de Iron Man e encarou o chão, David se ajoelhou e levou a mão ao queixo dele, fazendo-o levantar a cabeça.

– Ei, o que foi?

– Eu não tenho amigos.

– Isso não é verdade. Eu vi você brincando com o Hansel, vocês pareciam bem amigos!

– Ele é legal. A Gretel e a Grace também, mas... não são meus amigos!

– Henry, mesmo que você não tenha amigos, você tem a mim. Tem a sua avó, a sua mãe, a maluca da sua tia. E tem o seu pai também. Mesmo que eles não apareçam, sua família vai estar sempre ao seu lado.

– Aria vai estar lá? – ele perguntou se animando.

– Claro que vai, ela é sua tia, porque ela não estaria na sua festa de onze anos?

– Grandpa, eu acho que o tema vai ser Tron! – ele disse correndo para a decoração do filme.

Charming estanhou a mudança de humor repentino do neto.

– Foi alguma coisa que eu disse?

Aria, Granny, Snow, Cinderella, Aurora e mais umas amigas da Snow, passaram a noite fazendo os doces e as coisinhas necessárias para uma festa infantil. Emma, que não sabia fazer coisa nenhuma, deixou Henry dormindo e a mãe com as amigas e puxou David e August para comprar o presente do filho. Estavam em uma loja de brinquedos de criança.

– Que tal... esse? – ela perguntou segurando um brinquedo.

– Emma, eu tenho certeza que Operando não é o sonho de nenhuma criança. – August disse ao ver o jogo de tabuleiro.

– E esse aqui? – Charming perguntou .

– Banco Imobiliário também não. – August revirou os olhos.

– Ok! Vamos dar o que para ele? – Emma disse passando a mão no rosto.

– Jogo de tabuleiro não é o ideal para crianças. – August disse pegando um carrinho de controle remoto.

– Desisto! – David disse colocando Detetive de volta na prateleira. – No nosso mundo, crianças de onze anos ganham uma espada não brinquedos.

– É isso! – August sorriu. – Henry gosta do mundo de onde viemos, certamente ele vai querer algo que lembre a Enchanted Forest!

– UOU, UOU, UOU... nada disso! Meu filho não vai ganhar uma espada! Ele tem onze! – Emma exclamou.

– Filha, de onde viemos, onze anos quer dizer que ele já é um homenzinho e já é bem capaz de manusear uma espada. Onde vamos conseguir uma espada aqui? – David explicou disse.

Emma queria discutir, mas viu Graham em um lado da loja olhando o preço de uns bonequinhos de ação e Hook na outra extremidade juntamente com um homem usando gorro vermelho (Emma sabia que era Smee) olhando um conjunto de baseball. Para piorar a situação, o nada agradável Mad Hatter também estava lá olhando a sessão masculina com sua filha. Certamente eles estavam comprando presentes para Henry.

– David, por favor, diga que você não convidou o Jefferson?! – Emma disse bem baixinho e se abaixando.

– Convidei a Grace! Ela é amiga do Henry. – ele disse pegando um avião de controle remoto.

Isso era verdade. Eles estudavam juntos na turma da Mary Margaret. Ela havia decidido não convidar Graham, pois Henry havia feito birra o dia inteiro para que Killian fosse à festa. Eles eram bons amigos.

– Quem foi que convidou o Graham? – Emma tentou conter a raiva.

– Eu. – disse August. – Foi ideia do Jiminy. Eles vão comigo e papai.

– Eu vou te transformar em lenha!

Sim, ela conseguiu sair da loja. Killian fingiu que não a viu e Graham realmente não chegou a vê-la. O que para Emma foi o manjar dos deuses! A casa dos Charming estava decorada com o tema do filme Tron: The Legacy. Hansel e Henry brincavam com umas espadas estilo Star Wars, enquanto Grace e Gretel tentavam entrar na brincadeira. Os amigos de David e Snow estavam lá, assim como algumas poucas crianças da escola do aniversariante.

Emma passou a festa só conversando com o August, Geppetto e Jiminy para não ter que enfrentar Killian X Graham. O pirata passou a festa conversando com Snow, enquanto Graham e Derek pareciam muito interessados em uma conversa que parecia sem fim. Aria estava maquiada de palhaça e logo prendeu a atenção das crianças. A campainha tocou e Thomas abriu com a espada na mão. Era Belle.

– E você é quem? – ele perguntou.

– Princesa Belle, reino de Scorn...

– Ei, sister! – Grumpy exclamou ao vê-la na porta. – Eu conheço ela Thomas, é gente boa!

– Emma, eu gostaria de falar com você! – disse Belle.

A loira saiu do apartamento e se encostou a porta fechada.

– Eu sei que não nos conhecemos, mas... Pelo que eu entendi, seu menino está ligado ao Rumpelstiltskin.

– Pelo que eu entendi ele é o bisavô do Henry. – ela confessou.

– Bem... eu não sei como falar isso... é que... o Baelfire, o pai do Derek, não está bem de saúde e o Rumple está... está mal... e... ai, eu não como falar isso!

– Respire fundo, se acalme! – ela disse, preocupada, e Belle o fez.

– Aria, ela... sabe das coisas, ela é amiga do Coelho, pelo que eu entendi da gritaria do Rumple, eu só queria saber... quanto tempo mais de vida o Bae tem?

– Belle... eu sinto dizer, mas acho que nem o Derek tem muito tempo de vida, quanto mais o Baelfire.

As lágrimas que ela prendia logo apareceram.

– E está tudo bem para você? – ela choramingou.

– Não, claro que não! Acredite ou não, mas eu amei o Derek e saber que ele não tem muito tempo não é algo que me agrada. Henry sabe disso também e não parece tão abalado e... olha, eu sinto muito, mas não há nada que possamos fazer.

– Há sim! – Aria disse saindo do apartamento.

– Você guarda as surpresas para você só para parecer legal ou por ser uma chata?! – Emma disse sarcástica.

– Na verdade é para parecer com a –A de PLL, mas tudo bem, eu aceito seu elogio! – ela respondeu com um sorriso ainda mais sarcástico.

– O que podemos fazer, Aria? – Belle perguntou.

– O Coelho, ele sabe como fugir da morte, afinal, ele foge há séculos. Pelo que eu me lembre, ele foi o primeiro ser vivo dos mundos, que descobriu que havia os demais. Foi esperto o suficiente para se manter vivo por mais tempo que o calendário daqui conta, então ele sabe realmente como fugir da morte. – disse Aria.

– E como encontramos o coelho? – Belle perguntou.

– Deixe isso comigo e o Chapeleiro. Amanhã mesmo, o Coelho encontrará você e o vovô. – Aria disse dando uma piscadela.

– Muito obrigada! – Belle disse pegando as mãos de Aria e sorrindo entre as lágrimas.

– Tudo pela família. – ela respondeu sem emoção.

Belle sorriu e desceu as escadas.

– Esse Coelho... o jeito que ele vai dar não vai ser nada agradável, vai? – Emma perguntou antes que as duas voltassem para o apartamento.

– Depende do seu conceito de agradável.

– Se pudesse, mudaria o que na sua história?

– Emma, eu posso mudar o que eu quiser. A única morte que já ocorreu foi a da minha irmã, tirando isso eu posso mudar tudo.

– Como as histórias de todos eles... – ela disse apontando para a porta do apartamento. – Veio parar nesse mundo? Quer dizer, todos aqui sabem o final de suas histórias e não parecem determinados em mudar.

– Emma, a história da Chapeuzinho Vermelho é mais ou menos assim: Uma menininha foi com uma cesta de doces para a casa da vovó, no caminho o lobo há avistou enquanto ela pegava o caminho mais rápido para a casa da velhinha. Engoliu-a, enganou a neta e ambas foram salvas pelo caçador. Vá perguntar para a Red e a Granny se foi assim! As histórias aqui são só... uma base para a verdadeira vivida no nosso mundo.

– O lobo não engoliu a vovozinha e a chapeuzinho?

– Sinto em estragar sua infância, mas não. Red é a lupina!

– Isso eu já saquei.

– Olha, só porque minha história diz que quase todos vão morrer, não quer dizer que eu não possa lutar e mudar isso. Só porque aqui tem um final, não quer dizer que vai ser o final que acontecerá. Cada um escreve sua própria história a cada dia, não devemos deixar que o final do livro, influencie o meio, porque ainda podemos mudar o final.

– Você usa muita metáfora.

– Sou uma autora, é meu dever usar metáforas.

Elas voltaram para a festa e Snow puxou Emma pro banheiro.

– O que foi? – Emma perguntou assustada.

– Você não vai acreditar no que eu acabei de ouvir! – Snow disse meio espantada.

– Que a Regina morreu? – Emma disse sarcasticamente.

– Não! No dia que isso acontecer, vamos fazer um baile e não uma festa! Hook me contou a história dele.

– Ah... – Emma não sabia o que falar. Depois que a maldição foi quebrada, Killian não havia mencionado nada sobre sua história. Emma continuava resistindo o máximo possível a não pegar o livro e descobrir a verdade. Confiava nele. – Isso é... hum...

– Querida... eu acho que ele quer contar a verdade a você... mas talvez... ele esteja com muito medo da sua reação.

– É tão ruim assim?

– Meu amor... eu não gosto de julgar as pessoas... ele é um bom homem, Emma. Mas isso até seu pai sabe. Agora... eu não posso decidir seu julgamento... isso é com você.

Emma concordou com a cabeça. Sabia que a mãe estava certa. Snow a abraçou e beijou lhe a testa e ambas saíram do banheiro. Emma sentou no balcão da cozinha e se serviu uma garrafa de rum, enquanto Hook foi pegar uma garrafa d'água na geladeira.

– Ei. – ele disse dando um fraco sorriso. – Uma dica... nunca mais deixe Aria ser a palhaça da festa.

– Por quê?

– A definição dela de "palhaçada" é falar sobre geopolítica. – disse levantando uma sobrancelha, mas parecia estar achando graça da situação.

Emma apenas balançou a cabeça concordando.

– Snow me falou da conversa de vocês... algum dia vai confiar em mim para me contar?

– É óbvio que eu confio em você... – havia sofrimento em seu rosto. – É só que... não quero que você me veja como as histórias daqui me retratam...

O coração de Emma ficou apertado. Ela sabia como era ser julgada e mal tratada por isso. Queria abraçá-lo, mas se conteve. Só que não conseguiu conter o nó que sentia em sua garganta.

– Seu passado é passado, Killian. O que é importante é o agora. – ela quase se amaldiçoou por dentro por ter dito aquilo, o que estava acontecendo com ela? Estava quase chamando Snow e David de mãe e pai.

Ele forçou um sorriso. Antes que qualquer um deles falasse algo, alguém bateu na porta. Phillip abriu, com a espada na mão, e deu de cara com quem? Regina.

– Regina! – Emma grunhiu.

– Boa tarde! – ela disse entrando no apartamento. Segurava um imenso presente na mão. – Henry! – chamou com um sorriso imenso no rosto. – Aqui está querido, não achou que eu fosse esquecer o seu aniversário, não é amor?!

– Obrigado... – Henry disse sorrindo, indo abraçá-la.

Emma caminhou até ela, ficando cara a cara.

– O que você está fazendo aqui, Regina?

– Eu não perderia o aniversário do meu filho por nada, senhorita Swan. Eu até acho que... podemos ser amigas, pelo bem do Henry é claro!

– Eu preferiria ter que fazer uma tatuagem no meu globo ocular! – ela exclamou.

– Annabelle! – Regina chamou ao vê-la sair do banheiro. – Soube da sua negociação com o seu avô, porque fez aquilo? – disse mudando o tom de voz de falsa para raivosa na última frase.

– Henry é meu sobrinho, Regina. Ao contrário de você e do meu avô, eu me importo com a minha família. Se quer comprar briga com ele, para varear, arrumem outra pessoa para machucar um ao outro, Henry não está mais disponível.

– De que lado você está, sua cobrinha?

– Do meu. O bom de ser mais poderosa que você e o meu avô juntos, é justamente poder ficar de fora dessa briga ridícula de vocês!

Todos na sala se seguraram muito para não rir depois dessa.

– Eu tenho uma proposta, senhorita Swan. – Regina disse voltando à falsidade.

– Prefiro ter que beijar o cabeçudo ali! – Emma disse apontando para trás, sem dá conta de que apontava para Mulan, mesmo que sua intenção fosse apontar para o Jiminy.

– Vocês querem que alguém morra? Querem paz? Eu poço oferecer isso. – disse Regina.

– É mais fácil conseguir com o Rumpelstiltskin. – disse David.

– De fato, vocês até podem conseguir com que ele não faça nada contra ninguém, mas enquanto a mim? – ela disse fazendo um movimento com as mãos.

Graham começou a urrar de dor, todos no lugar ficaram sem saber o que fazer.

– OK! – Emma gritou. – Estou ouvindo!

– Ótimo! – disse e Graham voltou ao normal. – Já que eu não quero machucar a cidade e nem vocês querem que eu faça isso, que tal, uma troca?!

– Troca?

– Sim. Deixei o Henry aqui com você enquanto Rumple e eu nos resolvíamos no quesito magia, até que ele resolveu raptá-lo.

– Espera aí! – Aria exclamou. – Faz um mês desde que a magia voltou e que todos lembraram e durante todo esse tempo você e meu avô ficaram brigando? Isso aqui tá pior que anime!

– Rumple e eu temos uma amizade um pouco... difícil! – Regina revirou os olhos. – Enfim, minha proposta é, Henry volta comigo para casa e você não pode chegar perto dele. Então eu deixo a cidade em paz.

– DE JEITO NENHUM! MEU FILHO NÃO VOLTA MAIS PARA SUA CASA NEM QUE A VACA TUSSA! – Emma gritou.

– Na verdade, no mundo das lhamas, as vacas podem tossir. – Aria disse.

– Mundo das lhamas? – disse Hansel. – Cool!

– ARIA! – Emma gritou.

– Eu vou! – Henry disse largando o Wii que Regina deu.


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