A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 14
As Portas




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As Portas, 28 anos após o nascimento da princesa Emma.

– O que diabos estamos fazendo aqui? – Annabelle perguntou.

– Essa é... uma excelente pergunta! – Rumple respondeu, sarcástico.

Avô e neta estavam na tal “sala” mostrada no episódio 17: “Hat Trick”. As mesmas portas estavam lá. Annabelle e Rumpelstiltskin se encontravam no meio. Rumple analisava as portas, cada uma única com detalhes impossíveis de serem completamente descritos. Annie estava mais curiosa que o avô, ela focou sua atenção no chão de vidro, que, como Graham disse, a imagem que ali formada era... diferente, mais vivas, mais reais e sem magia. Rumpelstiltskin analisava as particularidades de cada porta, enquanto Annabelle brincava de jogo dos sete erros. Ela não sabia bem por que, mas sabia que tinha que fazer isso. Haviam passado horas ali, mas o tempo não parecia passar, até que a menina finalmente achou uma diferença.

– Vovô! – ela o chamou, assustada.

– Estou pensando. – ele respondeu rabugento.

– Acho que entendi! – ela exclamou com um nó na garganta.

– Entendeu o que menina?! – ele grunhiu enquanto cheirava uma porta verde, com galhos de madeira com folhas e que tinha cheiro de pó mágico.

Annie se levantou e estava quase chorando, estava feliz demais.

– É um espelho! – ela disse apontando para o chão.

– Dearie, não faça jus ao gene da sua família e prove aos seus irmãos que você é a mais inteligente! É meio óbvio que o chão é um espelho.

– Não vovô, o senhor não entendeu. É UM ESPELHO!

Rumpelstiltskin parou de dar atenção à porta e virou-se para olhar a neta.

– O que você quer dizer com isso? – ele perguntou todo misterioso.

– Realidade paralela! Acho que foi esse o nome que eu li em um dos livros do castelo. – a menina disse ainda alegremente chocada. – Lembra que Graham falou que Killian estava em Wonderland E na Land Without Magic? Realidade paralela!

Rumpelstiltskin não fez menção à surpresa, algo que definitivamente chamou a atenção de Annie.

– Mas o senhor já sabia, não é?

– Eu suspeitava, mas não tinha certeza.

– Pode então explicar o que sabe?

– Se eu soubesse o que realmente é, eu poderia explicar. Tenho uma ideia, Annabelle, não certeza.

– Não gostaria de compartilhar? – ela perguntou com um sorriso maroto.

– Não. – ele respondeu friamente.

– Assim o senhor dificulta! – disse fazendo biquinho.

Rumple olhou para a menina e deu uma bufada; ela era linda claro, e era a neta mais comportada e inteligente dos quatro netos que ele tinha. Sem dúvida, Annabelle era sua favorita e a mais parecida com ele, mesmo que ela não notasse.

– Lembro-me de uma lenda, que minha mãe me contava... – ele disse pensativo. - Sobre um mundo mágico, chamado Oz. Todos na minha vila sabiam a história... não só a história de Oz, mas a história da Ilha das Crianças Felizes ou Neverland, Wonderland... histórias fantásticas de mundos fantásticos, diferentes, onde tudo era possível.

– UAU, parece muito legal! – a princesa disse imaginando esses lugares.

– Só parecem, dearie. Cada porta desse lugar leva a um mundo diferente.

– Cada porta é um mundo?

– É uma entrada para cada um deles, cada um verdadeiro, com suas próprias regas e com suas próprias histórias. Cada um único e com particularidades impressionantes.

– Certo, entendi essa parte. Mas o que isso tem haver com a realidade paralela?

– Você adivinhou uma coisa Annabelle: realidade paralela. Mas a figura que vemos... – ele apontou para o chão. – essas portas... não são a realidade paralela. Nós é que somos.

– Ãh? Não estou entendendo mais porcaria nenhuma.

– Só existe um universo, Annabelle. Nada mais que isso. O homem acha que pode haver mais, mas não há. O homem acredita no inexplicável, no impossível, na magia. Só que não para pra se perguntar o que é a magia.

– Ok... eu acho...

– Magia, minha cara, não é estralar os dedos e fazer uma pessoa virar um animal.

– O senhor fez isso!

– Magia, Annabelle, é ser capaz de dominar as leis da física, da química e da matemática em um cérebro. Magia, dearie, não é algo irracional ou fantasioso. Magia é um dom, que todos têm, mas poucos sabem como usar. Magia é controlar a matéria, transformar o físico e o químico ao seu gosto. Isso é o que eu faço Annabelle!

– Não entendi porcaria nenhuma, mas vai. Aonde diabos o senhor quer chegar?

– Quando o universo foi criado, nosso mundo recebeu diversas “realidades paralelas”, cada uma diferente da outra. Algumas onde as leis da física são ideias para as pessoas daquele lugar e por isso dizemos que essas dimensões são encantadas, há lugares em que não há e seus habitantes são forçados a viverem a realidade lutando por esperança.

– Vo vô, eu já entendi que o senhor tá me ignorando e falando esse monólogo todo aí para porcaria nenhuma, MAS AONDE O SENHOR QUER CHEGAR?

– Não vê Annabelle?

– Vejo sim, um bocado de portas e o senhor tendo um piti.

– Uma dessas portas nos levará a verdadeira dimensão! Uma delas conecta a realidade paralela a dimensão verdadeira. Como um portal. Um único mundo interligando realidade e dimensão paralela.

– O senhor tá pior que o Derek bêbado.

– Você vê um espelho, eu vejo um espelho... e o que a imagem desse espelho nos mostra?

– Que o senhor tem uma pele horrível!

– Fora isso.

– Que tem vinte portas lá e que eu achei a diferença entre a imagem e aqui.

– Exatamente! MAs espelhos não mostram diferenças, mostram semelhanças! E se lá mudou e aqui não, só pode significar uma coisa.

– Como é que a vovó te aguenta, hein? Meus deuses, que homem doido!

– Um lugar onde coisas novas acontecem e outro igual onde nada novo se é visto.

– Quando isso acabar, eu vou te mandar pra um manicômio.

Rumpelstiltskin se ajoelhou e olhou a porta vermelha com ligas de ferro do “espelho”, o vermelho estava se extinguindo e o ferro enferrujando. Essa era a diferença. Annabelle voltou sua atenção para o "erro" que havia encontrado. Era a mesma porta que parecia a capa de um livro antigo de contos de fada. Ela sabia que aquela era a porta de seu mundo, da Enchanted Forest. Só que a porta do outro lado do espelho parecia estar morrendo.

– Alguma coisa aconteceu na Enchanted Forest do outro lado do espelho. Algo muito poderoso. – ela disse séria e pensativa. – Algo poderoso o suficiente para criar uma realidade paralela...

– Exatamente.

– Tem ideia do que foi?

– Não.

Ela encarou novamente a porta "morta". Se perguntando se na outra dimensão, Emma e Killian estavam felizes. Se a princesa havia virado um cisne ou não. Se Derek havia encontrado seu final feliz... se ela ou Elizabeth continuariam vivas após se enfrentarem... se Sebastian estava bem... eram tantas perguntas passando por sua mente... será que Henry existia nessa outra dimensão?

– Vamos. Precisamos ir atrás desse tal de Killian. E eu sei exatamente quem pode nos ajudar.

– Quem?

Rumple deu seu famoso sorriso sarcástico.

– Um velho amigo. Alguém que tem um grande conhecimento em relação as Portas e dos demais mundos.

– Eu não vou gostar dessa história, vou?

– Provavelmente não. Siga-me!

E assim, Rumpelstiltskin e Annabelle seguiram em busca do Mad Hatter no em Wonderland. Na intenção que ele os ajudassem a achar Killian.


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