– Ela está de volta. – Disse Damon para o irmão. Dava para se notar uma pequena alegria em seu olhar.

– Tem certeza de que a viu, Damon? – Questionou o irmão, surpreso com a notícia.

– Juro em nome das músicas da Taylor Swift. – Um sorriso irônico se formou nos lábios carnudos do moreno.

– Ah, mas é claro. Como eu pude me esquecer da sua incrível capacidade de ouvir as músicas da Taylor. – Stefan revirou os olhos, logo se sentando no velho sofá victoriano.

– E Rebekah? Como ela está?

– Não sei. Fugi assim que ela entrou.

– Porque você vive evitando-a? – Stefan dirigiu o olhar ao irmão, arqueando as sobrancelhas.

– Você sabe que ela tem uma queda por mim, e não quero me envolver com nenhuma garota. A não que seja para brincar um pouco. – Ele respondeu com um sorriso malicioso no canto dos lábios.

– Você me enoja, Damon. – Stefan retirou-se da sala, caminhando até uma grande porta.

– Mande lembranças minhas aos coelhos. – O moreno disse cínico como sempre. Ele sabia que o irmão iria caçar.

– Terá uma festa hoje à noite, no Mystic Grill. Você vai querer que eu te dê uma carona? – Perguntou Rebekah, tentando ser gentil.

– Não sei se quero sair de casa. – Respondeu Faye, enrolada em alguns lençóis.

– Ótimo. Envelheça ai nessa cama, que eu irei aproveitar a minha eternidade. Que pena que bruxas não têm vida eterna, não é? – Disse Rebekah, cínica, dando as costas para a irmã.

– Vadia. – Disse Faye, assim que a irmã saiu do quarto.

A garota de cabelos loiros estacionou o belo carro prateado, em frente ao bar. Trancou as portas e caminhou até a entrada do local. Havia várias pessoas dançando e a música estava alta. Rebekah caminhou até o bar e dirigiu a palavra á um homem que estava lá:

– Duas doses de tequila. – Pediu num tom sensual.

– Preciso ver sua identidade. – Disse o homem num tom autoritário.

A loira olhou fundo nos olhos do rapaz. Parecia que estava controlando sua mente, e então ela ordenou:

– Não precisa. E as tequilas serão grátis!

– O homem apenas repetiu o que ela disse, e lhe entregou a bebida sem cobrar nada.

– Obrigada. – Ela agradeceu com um sorriso sedutor.

Pegou o pequeno copo com a bebida, e encostou seu corpo cheio de curvas no balcão, olhando as pessoas dançarem.

A entrada de um rapaz alto no local chamou sua atenção. Ela bebeu rapidamente a tequila e caminhou em direção ao rapaz. Era Stefan.

– Stefan! – Ela disse com certo entusiasmo.

– Rebekah. – Ele deu um pequeno sorriso.

Os dois se abraçaram. A presença dele alegrava Rebekah, ela se sentia protegida em seus braços.

Alguns no local olhavam para os dois. Ao perceberem os olhares, interromperam o afeto. Stefan fez um sinal com a cabeça. Rebekah percebeu que era para irem para fora. Sem demora, ela caminhou até a saída do local agitado.

Não demorou muito e o rapaz já estava fora do bar. Os dois trocaram olhares por alguns segundos, até Rebekah quebrar o silêncio:

– Porque foi embora? Senti tanto sua falta todo esse tempo. – Ela abaixou a cabeça, após dizer aquelas palavras. Por incrível que pareça, aquelas palavras haviam sido sinceras. Rebekah havia sido sincera.

Stefan levou uma da suas mãos ao queixo da garota, levantando a cabeça da mesma. Os olhos de Rebekah se focaram nos lindos olhos verdes de Stefan, que pareciam duas esmeraldas.

– Sabe que eu não tive escolha. – Ele respondeu. Eles ainda mantinham vivo os olhares.

Rebekah sabia que ele tinha que partir. Stefan era diferente dos outros. Ele não se alimentava de sangue humano, apenas de animais. E para se controlar teve que se manter longe. Ele podia machucar qualquer um, inclusive ela. Isso tudo antes de Damon a transformar.

– Prometa-me que não irá partir novamente! – Ela suplicou ao rapaz.

– Rebekah, você sabe que eu não posso. – Ele disse com a voz baixa. Aquilo doía nele tanto quanto nela.

– Stefan. – Ela implorou novamente.

O rapaz acariciou suavemente sua face.

– Prometo que te avisarei, caso preciso seja eu partir novamente. – Após dizer isso, o rapaz sumiu em sua velocidade anormal.

Rebekah sentiu um aperto no peito. Ela lutava contra seus sentimentos. Ela gostava de Stefan, mas não podia admitir isso. Ela tinha que ser rude, tinha que ser indiferente, tinha que ser má.