Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 148
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

EU RECEBI TANTA REVIEW NO CAPÍTULO PASSADO, POR FAVOR, CONTINUEM ASSIM EU AMEI MUITO ♥ ♥ ♥ ♥



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  Saí correndo do escritório de Dumbledore. Não parei nem por um segundo. Se eu parasse de correr, não alcançaria Harry. Se eu parasse de correr, eu começaria a chorar. 

  Cheguei no saguão e vi Rony e Hermione sentados na escada, abraçados, encarando a enorme porta de Hogwarts. 

  - Onde ele está? - perguntei

  Os dois se viraram para mim, com rostos inchados e bochechas molhadas. 

  - Ele já foi, não foi? - perguntei, começando a chorar 

  Rony se levantou. 

  - Ele disse que já havia conversado com você. - disse Rony - Eu não entendo...

  - Ele me mostrou as malditas lembranças e partiu antes que eu saísse da Penseira. - respondi

  - Lizzie, deve haver alguma explicação para isso. - disse Rony - Harry não faria isso. 

  - MAS ELE FEZ E NÓS NUNCA SABEREMOS O PORQUÊ, NÃO É RONALD? - gritei - A EXPLICAÇÃO ESTÁ TÃO MORTA QUANTO ELE. 

  Comecei a chorar com mais intensidade e Rony me abraçou. Fechei os olhos e enterrei meu rosto em seu peito. 

  - Eu sinto muito. - disse Rony 

  - Eu sinto muito também, Ron. - murmurei 

  Me desvencilhei de Rony e sentei ao lado de Hermione, que chorava silenciosamente. 

  - Eu sinto muito, Lizzie. - disse Mione - Sobre a verdade. Não era para você descobrir desse jeito.

  Assenti.

  - Ele é uma mula teimosa. - eu disse - Ele nunca deveria ter dado atenção a aquele sonho. 

  Hermione assentiu.

  Fui até uma pedra que estava no chão e a chutei. Não foi uma boa ideia. Senti uma dor lancinante nos dedos e comecei a chorar mais. Senti minha meia ficar molhada. A pedra quase nem se mexeu, no entanto.

  - Oh, Lizzie. - disse Mione me puxando para junto dela novamente - Precisamos ficar fortes. 

  Ela tirou meu sapato e lançou um feitiço nos meu dedos, que pararam de doer. Com outro feitiço, ela limpou o sangue do meu pé e da minha meia. 

  Me aninhei no abraço dela e Rony sentou ao meu lado. 

  - Você é um cara esperto, Rony Weasley. - murmurei - Você sabe como se declarar, em uma guerra. 

  Rony soltou um riso e segurou minha mão. 

  Ele não respondeu. Apenas ficou segurando minha mão, com ternura. 

  As lágrimas ainda corriam pelo meu rosto, mas ali, entre os dois, eu me sentia segura. 

  - Lizzie, Ron, Mione! - escutei alguém dizer 

  Me virei e vi Neville vindo em nossa direção. 

  - As mandrágoras foram um sucesso. A explosão da ponte também. - ele disse contente - Vocês viram Harry? 

  Ele se ajoelhou na minha frente.

  - Vocês estão chorando. -ele murmurou - Sinto muito, não percebi. 

  - Tudo bem, Nev. - eu disse - Harry... Harry.... Ele foi...

  Mordi meu lábio para não chorar e conseguir terminar a frase, mas Neville já havia entendido e lágrimas saíram de seus olhos.

  Olhei para o horizonte novamente e vi várias figuras se aproximando. Consegui reconhecer algumas, da distância em que eu estava. Voldemort, Bellatrix, Narcisa, Lúcio e Hagrid, que carregava o corpo sem vida de Harry.  

  - Oh não. -murmurei, me levantando

  Neville me segurou, com firmeza. 

  - Não os deixem ver suas lágrimas,  Lizzie. - disse ele - É o que eles querem. Limpe seu rosto, vá lá e seja a Alice que eu conheço. Sarcástica e inconveniente, quando se trata de conversar com Comensais da Morte. 

  Assenti.

  Ele limpou minhas lágrimas com os dedos e beijou minha testa. 

  - Vem comigo. - ele disse, segurando minha mão. 

  Fomos andando para o pátio. Ao olhar para trás, vi que muitos nos acompanhavam. Neville e eu paramos no meio e cruzei meus braços. 

  Eu estava absolutamente furiosa. Se eu já estava muito brava com Harry, eu não conseguia nem imaginar como a raiva de Voldemort cabia no meu corpo. 

  Lá estava ele. Parecendo muito contente consigo mesmo. Se Voldemort tivesse sobrancelhas, elas estariam franzidas para mim. 

  - Harry Potter está morto. - disse Voldemort e sua voz ecoou para todo o castelo 

  Voldemort riu e os comensais o seguiram.

  - O Eleito! O Menino-Que-Sobreviveu! - disse Voldemort. - Morto.

  - NÃO - escutei McGonagall gritar 

  Eu nunca havia escutado a professora fazer um som parecido com aquele. Ouvir tal som quebrou meu coração. 

  - Entenderam agora, seus iludidos? - continuou Voldemort - Harry Potter sempre foi um garoto. Uma criança nunca seria páreo para mim.

  Ouvi Hagrid soluçar mas não o olhei. Se eu me virasse para Hagrid e Harry meu autocontrole se esvairia. 

  Como se pudesse ler meus pensamentos, Voldemort sorriu.

  - Coloque-o aos meus pés, Hagrid. - disse Voldemort - Que é o lugar dele. 

  Hagrid colocou o corpo inerte no chão e me arrisquei a olhar para ele. Desviei o olhar logo. Eu não conseguia encará-lo. Me foquei em encarar Voldemort. 

  - Quem resistir a mim será exterminado. Quem se curvar a mim será poupado, assim como o resto de sua família. Não há mais motivos para lutarmos. 

  - É claro que há. - eu disse 

  Voldemort sorriu para mim.

  - Você estava demorando para abrir essa sua adorável boquinha, hoje. - disse ele - Não nos conhecemos muito bem, querida, mas sei muito sobre você. 

  Ele riu. 

  - Olhe ao seu redor, Alice. - ele continuou - Seus amigos estão machucados, estão cansados. Seu amor está morto aos meus pés. Você lutaria pelo que? 

  - Eu lutarei porque meus amigos estão machucados e cansados. - eu disse - Eu lutarei porque meu amor está morto aos seus pés. 

  Ele soltou um muxoxo.

  - Você não conhece o amor, não é, Tom? - ri - Você não poderia entender. 

— Sua nojenta… - começou Bellatrix, mas se conteve ao olhar para Voldemort

  Ele assumiu uma expressão furiosa, ao escutar seu nome, mas pareceu se controlar. 

  - Amor é para fracos, Alice. Olha o que o amor fez a Harry Potter. - ele disse - Mas eu conheço a clemência. Se aproxime, Alice. 

  Neguei. 

  - Eu disse, se aproxime.— ele disse lançando um Crucio em mim.

  Ainda assim não fui. 

  Ele lançou outro Crucio em mim e eu deixei escapar um gritinho. Depois, ele apelou para a Maldição Imperius. Tentei resistir, mas sucumbi depois de algum segundos. 

  Ele me obrigou a andar até ele e me sentar no chão. Voldemort levitou o corpo de Harry e colocou sua cabeça em meu colo. 

  - Pronto. - disse Voldemort - Uma prova de minha misericórdia. Você pode ficar um pouco com ele, até eu decidir como matá-la. 

  - Posso, milorde? - perguntou Bellatrix - Me daria uma enorme alegria matar essa fedelha. 

  - Também te amo, Bella. - sorri 

  Voldemort chutou minhas costas. 

  - Ah, a propósito. - ele disse - Harry pediu para que lhe dizer uma coisa. 

  Mordi a parte interior da minha boca. 

  "Harry Potter, se você tiver dito que me ama, eu vou te matar uma segunda vez." pensei

  - Leite, mel, canela e um pouco de baunilha. - disse Voldemort 

  Ouvir aquilo foi pior que ouvir qualquer declaração de amor. 

Agora eu tinha a receita que tanto queria, mas eu também sabia que nunca iria usá-la.

  Olhei para baixo para esconder minhas lágrimas. Infelizmente, olhar para baixo significava encarar Harry. 

  Vi uma lágrima minha escapar e cair em sua bochecha. Limpei-a rapidamente com a ponta dos dedos. Harry ainda estava quente. Seu rosto ainda tinha a cor e a vivacidade de sempre. Enterrei minhas mãos em seus cabelos. Como eram pretos os cabelos de Harry Potter. Eu sabia que ele não conseguia sentir, mas comecei a fazer carinho no seu couro cabeludo. 

  - Draco! - disse Voldemort - Junte-se a nós. 

  Olhei para cima e vi Draco, no meio da multidão. Ele parecia não querer juntar-se a ninguém. Narcisa e Lucio, ao meu lado, estenderam a mão para o filho. 

  Draco se dirigiu até o grupo de comensais, lentamente.

  - Bom garoto. - disse Voldemort dando um abraço desajeitado nele, com tapinhas nas costas. 

  Meu olhar encontrou o de Draco e ele fez uma expressão conhecida por mim. A expressão de quando ele pedia desculpas.

  Ouvi um estampido, seguido de um gemido de dor, e Neville caiu no chão próximo a mim. 

  - Quem é esse? - perguntou Voldemort

  - É Neville Longbottom. - disse Bellatrix - O garoto que andou dando trabalho esse ano. 

  Voldemort o encarou. 

  - Você é corajoso, rapaz. Estúpido, mas corajoso. - disse ele - Você tem sangue puro, não tem? 

  - E se eu tiver? - disse Neville, se levantando com dificuldade 

  - Você é corajoso e vem de uma linhagem nobre. - Voldemort deu de ombros - Você daria um ótimo Comensal da Morte. 

  Neville franziu a testa. 

  - Me juntarei a você quando o inferno congelar. - ele disse 

  Voldemort riu. 

  - Harry Potter está morto, rapaz. - disse Voldemort - Não adianta mais resistir. 

  - Isso é muito maior que Harry. - disse Neville - Por cause de você, eu perdi muitos entes queridos. Meus pais estão no hospital e ficarão lá para sempre. Eu não vou deixar de lutar porque Harry está morto. Lutarei com mais força, para vinga-lo. 

  Voldemort o encarou. 

  - Neville servirá de exemplo para quem ainda quiser se opor a mim. - disse Voldemort, levantando sua varinha 

  Arfei e apertei com força os cabelos de Harry. 

  - Isso está doendo, meu amor. - ouvi uma vozinha conhecida dizer 

  Olhei para baixo e vi Harry sorrindo parar mim. 


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Notas finais do capítulo

TCHARAN
cara, serio, muito obrigada gente... eu recebi o dobro de reviews que eu normalmente recebo e recebi de leitores que não conhecia
vcs são ótimo, obrigada pelo carinho que vcs tem por mim e pela história que eu peguei emprestada da tia jo rowling pra me pseudo-colocar dentro
muito obrigada mesmo mesmo
eu vou viajar essa semana então vou deixar o capítulo 37 programado pra sábado, dia 2/7... vou responder todas as reviews quando voltar, pfvr deixem muitas!!!
beijo beijo
ps: FIQUEM CALMOS, eu juro que não to esquecendo de nada, só estou colocando as coisas nos lugares certos
ps: FAÇAM o maldito MILKY POTTER que vcs encheram o saco querendo a receita e me contem se acham tão maravilhoso quanto eu e a Lizzie achamos bj