Duas Vezes Amor escrita por Luisavick


Capítulo 2
CAPÍTULO II


Notas iniciais do capítulo

Oiiie gente. Bom, enfim. É neste capitulo que descobriremos se a Sam está grávida ou não. hmmm. Vamos esperar né?



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Freddie havia acabado de servir a omelete em dois pratos quando Sam entrou na cozinha.

_ Preparei um pouco de suco e torradas. – ele disse.

_ Obrigada. – ela respondeu, sentando-se perto da bancada.

Sorrindo, Freddie colocou um copo de suco e um prato de torradas diante dela, notando que os cabelos loiros estavam presos num rabo-de-cavalo que o fazia se lembrar da garotinha que conhecera no passado. Antes de sentar-se ao lado dela, serviu o café fresco em duas xícaras.

_ Espero que esteja com fome – disse. _ Acho que me entusiasmei um pouco nessa brincadeira de mestre-cuca.

_ O aroma está delicioso. _ Sam comentou antes de provar a omelete.

_ Sabe de uma coisa? Não consigo me lembrar de quando comi pela última vez. Meu estômago deve estar pensando que desisti de me alimentar. – ele falou.

Sam sorriu ao vê-lo comer com apetite. Sempre havia gostado disso nele, apesar de ser mais educado que ela nos tempos de infância. Na verdade, Freddie possuía muitas características admiráveis, apesar de ela nunca ter lhe confessado suas opiniões.

Ela nunca quis passar para outro estágio no relacionamento deles, mas sempre o amou. Havia sido suficiente saber que possuía um grande amigo, o melhor do mundo e temia perdê-lo caso ousasse ultrapassar a fronteira da amizade.

Tinha dúvidas quanto ao que ele sentia por ela. Sabia que ele também se importava com seu bem-estar, como amigo. Caso contrário, por que teria vindo?

Quem teria imaginado que um simples telefonema no mês anterior poderia ser suficiente para reduzir sua vida tão bem planejada e organizada ao mais completo caos?

Flashback

“_ Estou indo, estou indo. – resmungou, sabendo que a porta entre a garagem e a cozinha podia ser aberta com um simples toque de cotovelo. Os braços carregavam diversas sacolas de compras e, por isso, não poderia usá-los. _ Quem quer que seja, não se atreva a desligar agora! – disse, deixando as sacolas no chão e atendendo o aparelho da cozinha. _ Alô!

Houve uma pausa prolongada do outro lado da linha e, então, uma voz masculina perguntou:

_ Sam?

_ Freddie! É você? Freddie, por onde andou? Não tenho notícias suas há séculos!

Ele começou a rir.

_ Sim, sou eu, Sam. Como tem passado?

_ Bem... Oh, Freddie, é bom ouvir sua voz. Onde está?

_ No aeroporto. Vim visitar minha mãe. Ela e Lewbert se mudaram para Bonney Lake, lembra-se?

_ É claro que sim. Tenho sentido muita falta de sua mãe desde a mudança. Como eles estão?

_ Os dois parecem ótimos e comportam-se como se tivessem retornado à infância. Disse para mamãe que telefonaria pra você assim que desembarcasse e ela me pediu para mandar um beijo. Lewbert também, é claro.

Sam piscou para conter as lágrimas inesperadas. Os Bensons eram como se fossem sua família e não conversava com Freddie há muito tempo.

_ A última vez em que tive notícias você estava explorando as Ilhas Hebrides. Quando voltou aos Estados Unidos?

_ Há algumas semanas. Não recebeu os postais?

_ Sim e guardo todos eles com carinho. Acho que seus cartões representam minha única chance de conhecer locais tão exóticos – ela riu.

Freddie também deu uma risada.

_ Escute, o que acha de jantarmos juntos? – perguntou. _ O vôo para Bonney Lake só partirá amanhã cedo.

_ Seria ótimo! Mal posso esperar para vê-lo.

_ Nesse caso, pegarei um táxi e irei para aí em seguida. O que acha?

_ Estarei esperando. Não sabe como tenho sentido falta de todos vocês ultimamente.

_ Mamãe me contou sobre Pam. Sinto muito.

As lágrimas voltaram a brotar em seus olhos.

_ Mamãe estava cansada de suportar a dor, mas ainda sinto falta dela. Muita falta.

_ É claro, Sam. Bem, estarei aí dentro de uma hora e conversaremos mais.

Sam desligou e, enquanto guardava as compras, pensou em todas as roupas penduradas em seu armário.

Gostaria de ter algo novo para usar. Não que isso tivesse importância. Freddie não havia visto as roupas que comprara nos últimos anos e, mesmo que as visse, não se lembraria delas.

Apressada, tomou uma ducha rápida e pesquisou o guarda-roupa em busca de algo apropriado para um jantar. Contentou-se com um tubinho azul que realçava sua pele muito alva e destacava mais ainda seu olhar. Maquiou-se levemente e colocou sandálias de salto alto. Havia acabado de soltar as ondas loiras quando a campainha tocou.

Não era justo! Como um homem podia gozar de tão boa aparência quando nem se importava com isso? Vestido numa calça cáqui e num blazer escuro, o colarinho aberto emprestando um ar casual ao traje, Freddie sorriu como se quisesse iluminar o mundo.

_ Você cresceu. – ele disse, disfarçando a emoção que sentia ao vê-la ainda mais bela do que se lembrava...

Sam agarrou a mão dele e puxou-o para dentro de casa.

_ Bobagem! São os sapatos.

_ Ah! Talvez seja isso. Acho que você usou saltos uma ou duas vezes na vida, pelo que me lembro.

_ Bem, não são exatamente os melhores calçados para fugir dos professores e correr atrás dos meninos.

Estavam parados no hall, de mãos dadas e sorrindo.

_ Havia me esquecido do quanto você é bonita. – ele finalmente comentou, divertindo-se ao ver que provocara um rubor embaraçado.

_ E você finalmente parece ter aprendido a elogiar, em vez de insultar.

_ Eu? Insultá-la? Nunca! Quem era que começava, hein?

Sam balançou a cabeça.

_ Acho bom pararmos por aqui antes que eu retorne à adolescência e te encha de tapas. – Freddie afastou-se, fingindo medo. _ Aceita uma bebida antes do jantar?

_ Deixei o táxi esperando. Fiz reservas num restaurante antes de deixar o aeroporto e acho que é melhor nos apressarmos.

_ Não precisamos de um táxi. Podemos usar meu carro.

_ Tem certeza?

_ É claro que sim – ela riu.

_ Então vou dispensar o motorista. Voltarei num minuto.

Enquanto ele corria até a rua e pagava o motorista, Sam aproveitou para recuperar o fôlego. Era impossível descrever as sensações que lhe assaltaram ao revê-lo. Não o via há dois anos, mas podia constatar que o tempo só lhe fazia bem. Ele estava lindo, irresistível...

Algumas de suas fotografias e vídeos já eram vendidas por quantias substanciais e era espantoso como sua personalidade formara-se a partir de contradições. O físico era de um atleta, mas a alma era de um nerd. Um maravilhoso nerd. Fora que ele era muito sensível e mostrava essa sensibilidade nas fotos que produzia e nos vídeos que criava, embora não admitisse. Ele havia sido capaz de capturar as maiores belezas do planeta.

_ Podemos ir? – ele perguntou.

_ Sim. Venha comigo – e Sam o conduziu à garagem através da cozinha, entregando a ele as chaves do carro.

A caminho do restaurante ela perguntou:

_ Qual será a próxima parada do grande produtor?

_ Tibet. Quando voltava da Escócia, conheci um rapaz no avião que havia estado lá. Ele falava com tanto entusiasmo das belezas naturais do lugar, que decidi ir ver com meus próprios olhos.

_ Não tem passado muito tempo aqui na América.

_ É verdade. Minha mãe vive reclamando disso, mas fico inquieto se passo muito tempo num mesmo lugar.

_ Não sente falta de Bonney Lake?

_ Sim e muita. É claro que fiquei feliz por minha mãe ter encontrado um lugar onde pode descansar sem sobressaltos, mas não é como voltar para casa. Quer dizer, cresci aqui, entende? Mas eles estão satisfeitos com o ritmo lento da cidadezinha e Lewbert não se cansa de dizer que agora tem mais tempo para o golfe.

       O jantar foi uma espécie de sonho. A comida era sim­plesmente perfeita e a conversa, amena e agradável, com­posta principalmente por lembranças e informações sobre alguns amigos em comum.

Quando voltaram ao condomínio, Sam sentia-se rela­xada e feliz.

— Não quer tomar mais uma taça de vinho antes de partir? — ofereceu.

— Sim, um último drinque é uma ótima idéia. Deixarei para dormir no vôo, amanhã.

Enquanto ela servia a bebida, Freddie foi à sala íntima e descobriu a parede coberta pelas fotos que fizera em diversos lugares do mundo.

— Ei, onde conseguiu essas coisas? — perguntou com um misto de surpresa e orgulho.

— Algumas foram enviadas por você mesmo, outras por seus pais, e outras foram compradas numa galeria perto daqui.

— Deve ter se esforçado muito para reuni-las. Ha­via até esquecido essa aqui — e apontou para uma fotografia no meio do painel. — Foi a primeira que vendi.

— Pôr-do-sol em Malibu. Estávamos juntos, lembra-se? Sabia que a foto sairia perfeita, porque o dia inteiro havia sido mágico, um desses dias perfeitos que só a Califórnia é capaz de oferecer.

Ele virou-se e apanhou uma das taças.

— Tem razão, eu havia me esquecido. Aqueles eram dias de liberdade, não? — Encostou a taça na dela. — Aos dias da juventude. Que o futuro seja tão cheio de inspiração quanto o passado.

Beberam em silêncio e, depois do primeiro gole, Sam decidiu romper o silêncio.

— Está esfriando. O que acha de acendermos a lareira?

— Boa idéia. — Começou a providenciar o fogo. Enquanto isso, Sam livrou-se dos sapatos e foi sen­tar-se no sofá.

Freddie acomodou-se numa poltrona próxima e fez per­guntas sobre a morte de sua avó, mostrando-se interes­sado quando ela começou a descrever o inferno daqueles últimos meses. A morte havia sido um imenso alívio para a enferma, mas para ela a separação fora dolorosa e difícil, apesar de ter um trabalho com que ocupar-se e toda uma vida para reorganizar depois das semanas de dedicação integral.

Não saberia dizer quando ele havia mudado de lugar, trocando a cadeira pelo sofá, nem quando passara um braço sobre seus ombros. A única coisa que sabia era que, nesse momento, precisava dele com desespero.

— Lamento que tenha enfrentado tudo isso sozinha. Gostaria de ter estado aqui para ajudá-la.

— Não havia nada que pudesse ter feito.

— Podia ter ficado a seu lado, demonstrando o quanto me importo com você.

— Isso é algo que já sei.

— Sabe?

— Sim. Freddie sorriu.

— Que bom! — Roçou os lábios nos dela, provocando uma corrente elétrica que a percorreu da cabeça aos pés. Ao perceber que ele hesitava entre prolongar o beijo e afastar-se, Sam inclinou o corpo para a frente e ofereceu os lábios.

Podia sentir o coração dele batendo sob sua mão, e quando ele a puxou para que se acomodasse em seu colo, constatou que estava excitado.

Nesse momento, a única coisa que importava era con­tinuar sentindo as emoções que ele despertava, e por isso encorajou-o a continuar o que havia começado de maneira tão inocente.

Quando Freddie finalmente ergueu a cabeça, Sam per­cebeu que estava tão aturdido quanto ela. O que havia acontecido?

— Desculpe, não queria que...

— Tudo bem — ela sorriu. — Uau! Isso foi muito potente.

Estavam reclinados no sofá, abraçados, e Sam delicia­va-se com o calor do corpo junto ao seu. Jamais experi­mentara tamanha liberdade com um homem, e por isso não sabia como lidar com as sensações. Disposta a ex­plorá-las, deslizou a mão até colocá-la sob a camisa de Freddie e foi tomada por um delicioso sentimento de poder ao perceber que ele reagia intensamente ao toque. Ou­sada, desabotoou a camisa e beijou o peito másculo e forte, sorrindo ao ouvi-lo gemer.

— Sam, eu... — O que quer que pretendesse dizer, caiu no silêncio. No instante seguinte ele beijou-a nova­mente, intoxicando-a e despertando ânsias e urgências perigosas.

Não entendia o que estava acontecendo, mas queria mais. Muito mais...

As carícias provocantes e eróticas a prepararam para a desconhecida e esperada invasão, mas Sam não pôde evitar uma certa tensão no momento da penetração. Então ele parou, e, sem deixar de beijá-la, esperou que se adaptasse à primeira onda de dor para só depois prosseguir.

Impossível descrever a estranha mistura de sensações que experimentava nesse momento. Dor, ansiedade, medo... e prazer. Muito prazer!

Mais tarde, quando deitaram-se no tapete da sala para recuperar o fôlego e vencer a surpresa provocada pela intensidade da satisfação que descobriram juntos, Sam sugeriu que fossem para o quarto, onde teriam mais con­forto e espaço.

Adormeceram nos braços um do outro e, por volta das quatro da madrugada, Freddie levantou-se, vestiu-se para retornar ao aeroporto, a fim de não perder o avião. Sam o acompanhou até a porta e, sonolenta, beijou-o antes de voltar para a cama e mergulhar num mundo de sonhos.

Fim do Flashback

— Sam?

Reconheceria a voz dele em qualquer lugar.

— O que é?

— Algum problema com a omelete? Não está comendo.

— Omelete? Ah, sim, a omelete! Está deliciosa — disse, voltando ao café. — Obrigada por ter tido todo esse trabalho.

— Tem certeza de que está bem?

— Sim, é claro. Por quê?

— Disse que a omelete está deliciosa, mas ainda nem a provou.

Dessa vez Sam preferiu o silêncio. Melhor comer e aproveitar o tempo para recuperar algum controle sobre os pensamentos, ou acabaria encrencada.

— Estava excelente — disse depois de esvaziar o prato. — Não havia percebido que estava com tanta fome.

Ele sorriu distraído e levou os pratos para a pia, apoiando-se na bancada para observá-la enquanto ela ajeitava tudo na lava-louças.

—  Tenho uma idéia — disse. — Continue cuidando de sua rotina de sábado, seja ela qual for, enquanto eu vou à farmácia.

— Acha que isso é realmente necessário? Quero dizer, não sei por que a pressa, mas...

— Não estou com pressa. Só acho que um teste é ne­cessário para nossa paz de espírito. Onde estão as chaves do carro?

— Ali. — Sam apontou para um gancho atrás da porta. Freddie apanhou-as e saiu sem dizer mais nada.

O que faria se estivesse mesmo grávida? Sabia que ter um filho dele equivaleria a poder amar uma parte de Freddie, mas...

Conhecia-o o bastante para saber que ele insistiria num casamento, e um casamento indesejado seria o pior castigo para um homem tão apaixonado pela liberdade. E também não era essa a união com que sonhava. Quando decidisse se casar, teria de ser com um homem que não quisesse nada além de viver ao lado dela e construir uma família. Freddie Benson não chegava nem perto dessa descrição.

Enquanto discutia com os próprios pensamentos, Sam trocou a roupa de cama, providenciou toalhas limpas e começou a realizar as tarefas comuns dos fins de semanas de lavar e secar as roupas, passar aspirador nos tapetes e tirar a poeira dos móveis, arrumar, guardar, limpar e fazer uma lista para quando fosse às compras, mais tarde. Os hábitos rotineiros ajudaram a acalmá-la.

Certo. Havia uma possibilidade de estar grávida, mas um médico já a prevenira certa vez sobre a difi­culdade enfrentada por mulheres que, como ela, que­riam ter filhos mas não conseguiam controlar seus ci­clos irregulares.

E se estivesse grávida? Bem, teria de lidar com a si­tuação. Ocupava um cargo de responsabilidade numa companhia financeira, tinha um bom salário, um exce­lente plano de saúde e um razoável período de férias.

Estava certa de que poderia pedir uma licença sem pre­judicar a vida profissional.

Um bebê.

Sam deixou-se cair numa poltrona estofada na sala de estar. Seria possível? A idéia tinha o poder de acelerar seu coração e fazê-la suar frio.

Não era assim que havia planejado. Primeiro conhe­ceria o homem perfeito que transformar-se-ia no marido perfeito. Depois ficaria grávida e teria um bebê perfeito, e ela e o marido perfeito formariam um casal perfeito. É claro que tudo não passara de uma brincadeira. Sempre soubera que a perfeição não fazia parte da vida real, mas jamais contara com a possibilidade de Freddie Benson ser pai de um filho seu. Mesmo porque o conhecia muito bem, e sabia que estava longe de ser perfeito. Freddie es­taria sempre pronto para seguir o sol, descobrir o que havia do outro lado da montanha e aventurar-se pelas estradas que o atraíam como imãs.

Era um excelente profissional, adorava o que fazia, um grande amigo, um in­divíduo sensível, mas não tinha nada que o qualificasse para os papéis de marido e pai.

Freddie era uma pessoa muito querida, mas a idéia de se casar com ele era no mínimo assustadora.

Freddie a encontrou sentada na sala de estar, o aspirador esquecido a seus pés e um pano de pó amassado entre os dedos.

— Olá — disse. — Já voltei.

Estava tão distraída que a voz dele a assustou.

— Já leu alguma coisa sobre a incidência de ataques cardíacos em mulheres da minha idade, Freddie?

— O quê?

— Esqueça. Dê-me isso, e vamos acabar de vez com esse suspense. Depois poderá relaxar e descansar um pouco. Deve estar absolutamente esgotado.

— Já me habituei às mudanças de fuso horário. Não me sinto cansado como antes, quando voltava para casa depois de uma longa viagem. Deixei o teste na bancada da cozinha. Vai usá-lo agora?

— Por que não? Odeio provocar ansiedade.

Sam correu até a cozinha e encontrou o pacote sobre a bancada. Como algo tão pequeno e inócuo podia signi­ficar segurança, equilíbrio e paz de espírito?

— Acho que só vai funcionar se o tirar da caixa — Freddie comentou às suas costas.

— Engraçadinho.

— Pensei que estivesse com pressa.

— Não exatamente. Apenas acredito que o resultado servirá para provar que estamos nos preocupando por nada.

— Sam, quero que se lembre que não está sozinha nisso. Estou aqui, ouviu bem?

— Por enquanto. — Saiu da cozinha sem olhar para trás, a caixa do teste apertada entre as mãos.

Enquanto ela estava no banheiro, Freddie ligou o aspi­rador e terminou de limpar a sala. Depois foi à sala íntima e limpou-a, e tentou ouvir algum ruído no segundo andar enquanto guardava o equipamento.

Nada.

Não sabia muito sobre esse tipo de teste, mas havia lido as instruções em algumas caixas expostas nas pra­teleiras da farmácia, e sabia que ela já tivera tempo suficiente para obter uma resposta.

Melhor terminar de tirar o pó dos móveis. E uma boa camada de cera não seria nada mal.

Terminadas todas as tarefas de limpeza e arrumação, Freddie tentou ouvir algum barulho no banheiro ou no quar­to, mas o silêncio imperava assustador.

Muito bem, já era hora de enfrentar a realidade. Sabia o que significava essa demora, mas também sabia que tinha de banir da mente os últimos resquícios de dúvida.

Respirando fundo, subiu a escada com passos firmes e bateu na porta do quarto dela antes de entrar.

—  E então? — perguntou, vendo-a sentada na cama olhando para a parede.

Sam virou a cabeça como se fosse um robô, e seus olhos azuis agora pareciam subitamentee vazios, sem vida ou expressão.

— Positivo — ela respondeu em voz baixa.


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Notas finais do capítulo

Não sei escrever muito bem HOT, por isso tive ajuda :D