Meu Quase Melhor Amigo escrita por JéssicaSuhett


Capítulo 5
O5 x O1


Notas iniciais do capítulo

Carl ganha, não totalmente, a confiança de Lola. Agora eles terão um longo caminho a percorrer até que o que os envolve se torne uma amizade. Carl sente a falta de ser popular, enquanto Lola pela primeira vez deseja saber qual a sensação de ser popular.



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Quando acordei naquela manhã, meu corpo estava pesado e minha garganta inflamada. Só depois disso que eu concordei que fui totalmente imprudente. Mas também, quem iria imaginar que eu iria pegar um resfriado por causa de uma chuvinha de verão?

            Minha cabeça latejava enquanto tentava lembrar sobre as coisas que eu fiz ontem, antes de ir para o quarto, mas não lembrava de quase nada. Lembro-me de ter conversado com Carl James dentro do carro. Falando em Carl, estou começando a repensar sobre a proposta que eu recusei. Tudo bem ele me ajudar a me livrar da Cherry e suas vadias, digo, discípulas, porém emagrecer? Ele só poderia estar totalmente louco! Eu não tenho mais salvação, não neste caso.

            Fui tomar um banho, afinal, esta seria a melhor decisão que poderia tomar agora e, mesmo sem a mínima vontade, teria que ir para aquilo que muitos consideram um verdadeiro inferno (estou até considerando a chance de concordar com eles neste quesito).

            Enquanto tomava banho, lembrei das coisas que aconteceram quando cheguei em casa completamente encharcada. Meredith tinha feito um escândalo porque eu molhei todo o carpete do Hall, mas quando Georgina chegou no mesmo estado, ela somente a mandou tomar um banho enquanto ela prepararia uma sopinha.

            Revirei os olhos. Era tão típico esse desprezo que ela tinha por mim, que aquilo não conseguia mais me afetar. Eu não entendia a raiva que ela sempre canalizou por mim, pois, pelo que eu me lembro, nunca fiz algo contra ela. Jamais! Até mesmo aguentava suas provocações calada, mesmo quando acreditava que John — meu pai — errara a se casar com ela. Mas ao ver como ela o fazia feliz, resolvi que jamais poderia magoá-la com algo sem estar machucando o meu pai.

            Saí do chuveiro e me encarei no espelho: meus cabelos estavam bagunçados, meu nariz vermelho e meus olhos inchados. Eu podia não ser a pessoa mais linda do mundo, mas estranhamente ao me olhar no espelho e me ver assim, eu me sentia tão eu. Só de pensar que era diferente, não fazia parte do padrão, me agradava. Era algo tão... Eu. Algo que me diferenciava de todos. Nenhuma garota do St. Marta aceitaria acordar da mesma maneira, afinal, pra elas é quase um insulto acordar com os cabelos parecendo um ninho de passarinho. Eu adorava o fato do meu cabelo ser rebelde, minhas tranças nunca ficarem certas e ser tudo uma confusão, porque era exatamente como meu pai descrevia os cabelos da minha mãe. Ela poderia não estar aqui, não poderia abraçar e me beijar, mas quando eu me olhava no espelho todos os dias pela manhã e via meus cabelos despenteados e revoltos, eu podia perceber que ainda tínhamos algo em comum, e essa parte dela nunca iria ser tirada de mim, nem poderia.

É, ultimamente tenho pensado bastante na minha mãe. É sempre essa mesma coisa, todos os anos. Quando se aproxima o mês em que ela faleceu, imagino como seria caso ela tivesse sobrevivido ao câncer. Como eu seria hoje, como seríamos nós.

            Escovava os dentes, quando notei que novamente cortara a gengiva no aparelho, enxaguei a boca ignorando a ardência causada pela água, minha roupa estava simples, optei por um vestido de flores campestres e um casaquinho azul de lã, que vovó havia me mandado no inverno passado. Encarei meus cabelos, e diferente dos outros dias resolvi os deixar soltos, sorri para a imagem refletida no espelho, aquele sorriso não sairia dali pelo resto do dia, assim como a máscara de “está tudo bem”.

            Quando desci as escadas, meu pai estava em sua cadeira tomando seu habitual café puro, e o jornal enfiado no rosto. Meredith estava contando quantas uvas comeria naquela manhã, e Georgina encarava seu mingau aguado, enquanto fazia uma cara de tédio. Eu definitivamente não comeria aquilo também. Segui até meu pai, lhe desejando um bom dia e ignorando a presença delas. Uma vez fora de casa, segui até as duas quadras inversas da escola, até a confeitaria “Pink Lemons”. Fazia alguns dias que não freqüentava o local, por causa da marcação que Meredith estava fazendo. Não me importava de ter que andar seis quadras ou até mais até o St. Marta, contato que eu comesse os benditos cupcakes, e também algumas guloseimas de chocolate.

            Ao entrar no estabelecimento o familiar sino tocou, corei quando algumas pessoas me fitaram, ignorei os olhares e segui até o balcão, minhas bochechas estavam vermelhas. Eu sentia que sim. Estranhamente naquela manhã pedi algumas coisinhas a mais, e resolvi que comeria enquanto seguia para a escola. Eu não queria me atrasar, não depois de toda a confusão com Carl James. 
            Seguia lentamente para escola, enquanto beliscava alguns biscoitinhos de nata, quando percebi o carro rosa chiclete de Cherry passar em alta velocidade. Georgina com certeza estava dentro daquele carro. Não que aquilo fizesse qualquer diferença, porém achava tão injusto ela ter ganhado seu carro dos sonhos, enquanto o meu... Sabe-se lá quando o veria, se é o que veria.  Para no final não usa-lo.
            Uma buzina soou ao meu lado, e só então percebi que estava parada no meio da calçada, olhando o tempo e provavelmente com a cara mais idiota do mundo. Eu sabia quem era, e não estava com a mínima vontade de falar com ele. Carl James parecia uma meleca, daquelas verdes e nojentas que grudavam e não soltavam nunca. Uma erva daninha.
            Enfiei o restante do biscoito de qualquer jeito na boca e recomecei a andar, o carro estava em baixa velocidade, e aquilo estava começando a me irritar. Ele não entendera que eu somente seria sua supervisora, e isso não nos tornava amigos. Carl James é irritante! Eu jamais seria amiga de alguém como ele. Respirei fundo, contando até 10 para me acalmar, dizem que isso costuma funcionar, pois bem estava testando. E vou confessar, aquilo me deixava ainda mais irritada.

            Resolvi que o melhor a fazer seria novamente dizer-lhe que não concordava com o que ele havia proposto, era um absurdo sem tamanho, ele tinha viajado na maionese, ou poderia estar sob efeito de algum alucinógeno, qualquer coisa era válida quando se tratava de Carl James. Minha surpresa foi tão grande quando resolvi perguntar o que ele queria que quase cai de bunda no chão. Algo tão típico de Lola Collins.

            Seria um enorme mico, algo totalmente normal para nerds desengonçadas e completamente fracassadas como eu, principalmente quando você está com o futuro cara que se tornará o cara mais lindo e popular da escola. Ele me encarava com seu sorriso torto, dessa vez ele não estava com seu famoso wayfarer, me deixando ver a cor profunda que era seus olhos negros. Minha respiração tornou-se ofegante, eu não conseguia controlar a tremedeira que assombrou o meu corpo, ele estava ali! Eu poderia finalmente saber mais sobre ele.

            Calculei as chances de um garoto como ele, estar novamente falando comigo em um curto espaço de tempo, era completamente improvável, talvez ele fosse algum delinquente juvenil e só estava querendo fazer o mesmo que todos os outros garotos queriam ao se aproximar de mim, cola. Era algo tão obvio. E eu criando várias teorias, talvez ele poderia realmente ser algo mais especial. Por favor! Acorde Lola, isso não é um conto de fadas e você não é a cinderela, mesmo que você tenha uma madrasta e uma meia irmã que mais parecem bruxas.
            Não que fosse pecado sonhar, mesmo que isso fosse impossível, pois se Arnold Tuttle não se interessou por mim, John que eu ainda não sabia o sobrenome, não se interessaria. E eu deveria estar com a maior cara de tapada do mundo. Eu definitivamente deveria assinar a marca de maior tapada do mundo. 

            Senti as bochechas queimarem de vergonha ao encará-lo, seus olhos castanhos quase no tom mel, me fazia ficar babando. Ele era o garoto mais bonito que eu já havia visto. Certo que a população masculina do St. Marta não era de se jogar fora. Odeio ter que admitir, mas até mesmo Carl era um garoto bonito (e juro, essa é a primeira e única vez que admitirei algo sobre isso). O sorriso ainda estava em seus lábios e eu levantei as sobrancelhas, talvez ele realmente tivesse algum distúrbio, estava perfeito demais para ser verdade. Ele me encarava como se tentasse se lembrar de algo e minha paciência foi para o espaço sideral.

            Revirei os olhos quando percebi que ele não falaria nada, virei para frente recomecei a caminhada, faltavam poucos minutos para o inicio da aula, e eu havia perdido tempo demais devaneando feito retardada pelo meio do caminho. Novamente senti o carro andando atrás de mim, comecei a contagem mental de dez a zero, mesmo sabendo que não adiantaria muita coisa.

— Lola? — a mesma voz melodiosa soou atrás de mim, e eu ouvi os sinos da igreja tocando em meus ouvidos.

— Sim? — minha voz estranhamente saiu calma, suave... Não me sentia sendo “eu” naquele momento.

— Aceita uma carona? — seus olhos grandes e pidões, tornavam o pedido completamente irresistível. Eu poderia aceitar mesmo sabendo que seria morta no momento que pisasse meus pés no St. Marta pelas lideres de torcida, ou poderia recusar e me manter bem viva, obrigada. Ok, quem se importa em viver mesmo? E contrariando a todos os meus princípios nerds, aceitei.

— Adoraria. — respondi quando ele abriu a porta de sua luxuosa limusine para que eu pudesse entrar. Minha voz parece daquelas atrizes de novela, espero sinceramente que ela volte ao normal, por que isso está ficando nojento demais para mim.

            Estava a algum tempinho dentro da limusine completamente desconfortável, devo acrescentar, por mais que meu pai — quer dizer John Collins — tivesse dinheiro, ele não fazia questão de ter uma limusine na garagem de casa. Meu estomago dava cambalhotas, minha fome triplicou, esse era o tipo de coisa que sempre acontecia quando ficava nervosa. Abri o pote que continha os cupcakes, sem me importar de qual sabor seria, comecei a devorar-lo.
            Uma risada contagiante preencheu o silêncio constrangedor, levantei os olhos e percebi que quem estava rindo era meu companheiro de carona. O encarei completamente perdida e então, depois de dar um sorriso fofo em minha direção,  ele me disse que a ponta do meu nariz estava suja, corei até a raiz dos cabelos. Eu não pararia nunca de pagar mico em sua frente?

— Eu limpo. — magicamente um lenço apareceu em sua mão, e eu me surpreendi.
— Obrigada. — respondi. — Desculpe a minha falta de educação — corei ao máximo possível ao ver que não havia oferecido. — Aceita?
— Tem de chocolate? — ele perguntou e eu lhe estendi a caixinha. — Esses bolinhos são meus vícios, pena que minha mãe não goste muito desse tipo de alimento. — ele tirou um de chocolate e me entregou a caixinha.
            John, no final se mostrou um bom garoto, estava tão acostumada a garotos com o mesmo nível de beleza, me ignorar o tempo todo, que comecei a acreditar que todos seriam assim, estava enganada novamente. Afinal, ele era diferente. Pensando nisso, criei coragem para perguntar algo que não saia da minha cabeça.

— John, por que você está sendo legal comigo? — ele pareceu ter sido pego de surpresa, sua boca abriu e fechou, mas nenhum som foi emitido.
— Chegamos. — o motorista parece ter dito as palavras certas no momento certo, afinal ele havia sido salvo pelo gongo. Logo a porta do carro foi aberta e eu me preparei psicologicamente para o assassinato que logo aconteceria. E no caso a vitima seria eu.

            Parei do lado de fora, ajeitando meu vestido e então senti sua presença ao meu lado, ele era realmente alto! Seus óculos wayfarer novamente estavam bloqueando os olhos, e o sorriso torto estava novamente em seu rosto.

— Nos vemos no almoço. — ele sorriu e sem dizer mais nada me deixou para trás, entrando na escola. 

— Mas eu ao menos sei seu nome todo. — resmunguei baixinho. Tanto tempo dentro do carro com ele, e nem para descobrir o sobrenome dele. O caso era esperar até a próxima vez que nos falaríamos outra vez, se é que nos falaríamos.

            Senti olhares recriminadores em minhas costas, enquanto caminhava pelo corredor do St. Marta, várias pessoas sussurravam palavras indecifráveis, mas de alguma forma sabia que estavam falando sobre mim. Eu só queria guardar meus livros, e sair o mais rápido dali. Despejei de qualquer jeito os livros no armário, e o fechei rapidamente, dando de cara com Carl James, seu rosto estava pálido e em seus olhos duas manchas arroxeadas quase negras estavam estampadas. Ele me lembrava um urso panda.

            Segurei a vontade de rir, se eu o fizesse as coisas não ficariam boas para o meu lado. Sua expressão facial não era das melhores, mas consegui ver no fundo dos olhos que algo não estava bem.

— Precisamos conversar. — ele me encarava, podia sentir em seus olhos uma magoa.

— O sinal já vai bater, não quero chegar atrasada a aula. — joguei a mochila nas costas, aquele era um péssimo momento para ter uma convergência de idéias. Ele continuou me olhando, enquanto eu andava de costas encarando seus olhos, de uma forma completamente assustadora os olhos dele me chamavam, pareciam tão tristes. Amaldiçoei-me pelo que faria, porém se ele não parasse com aqueles olhares tristonhos para o meu lado, provavelmente eu teria uma sincope. — Tudo bem. — Ele abriu um pequeno sorriso. — Mas que seja rápido.

— Serão os cinco minutos mais bem gastos da sua vida Lolinha. — Carl jogou as mãos para o alto, enquanto eu revirei os olhos. Estava começando a me arrepender.

— Me chame de Lolinha outra vez, e ganhará um roxo em outro lugar. — ele engoliu em seco, e o sorriso convencido não se encontrava mais em seus lábios. Começamos a andar lado a lado, não queríamos nos atrasar de forma alguma para a aula.

— Pensou sobre a proposta? — busquei em minha cabeça sobre o que ele falava, mas a única coisa que conseguia lembrar era de lindos dentes brancos sorrindo para mim. Balancei a cabeça, tentando lembrar sobre o que Carl falava. — Sabe aquilo de como retribuição a você me ensinar algumas matérias. Eu ajudar você a emagrecer. — fechei a cara, aquele assunto novamente.

— Ah. — revirei os olhos. — Lá vem você com esse assunto. Eu nunca serei magra, não sei nem o que devo fazer, ficar sem comer como Georgina faz na maioria das vezes eu não farei. — cruzei os braços e fiz um pequeno bico. — E além do mais, eu terei de te ajudar de uma forma ou outra.

— Eu só estou querendo te ajudar, não acho justo você fazer as coisas por mim e eu não te retribuir, e essa foi à única forma que encontrei. — Carl me encarou, seus olhos brilharam em minha direção. — Cansei de ver você ser zoada por ser mais “gordinha” que as outras. Você é bonita Lola, só você é que não vê isso. — disse calmamente, como se quisesse me convencer de algo. — Você não tem nada a perder! Dê-me uma semana, uma chance para provar que quero te ajudar.

— Certo. — levantei as sobrancelhas, não tinha certeza sobre o que estava fazendo, mas como ele disse, não havia nada a perder ali, apenas alguns quilinhos. — Mas nada de me fazer passar fome. — apontei o dedo para ele e semicerrei os olhos. Ele abriu um grande sorriso e me puxou para um abraço. — Que pensa que está fazendo?

— Te abraçando! Amigos fazem isso o tempo todo. — ele explicou.

— Não somos amigos Carl. — vi o sorriso diminuir em seus lábios. — Somos quase amigos.

— Melhor do que não sermos nada. — seus olhos mostravam-se felizes. — Tenha uma boa aula Lolinha. — senti a raiva apoderar-se de meu corpo enquanto via Carl correr em direção a sua aula.

— Você me paga Carl James. — gritei para que ele ouvisse. Várias pessoas me encararam e eu apenas abaixei a cabeça enquanto seguia rapidamente para a sala de aula. Não sabia o que me fez aceitar, talvez Carl só quisesse brincar com sua nova amizade, agora que estava sozinho. Ele pareceu sincero ao dizer que apenas queria me ajudar, a única coisa que me fez ponderar foi o fato de que se eu finalmente conseguisse emagrecer, talvez as humilhações e brincadeiras não fossem mais existir. Isso seria um sonho.

            Mas como nada dá certo para mim, o meu horário de almoço foi um pesadelo. Carl havia me convencido em alguma aula que eu sequer lembrava, a almoçar no refeitório como uma aluna normal. O problema em agir como uma aluna normal. É ser uma aluna normal. Enquanto estávamos escolhendo a comida que iríamos pegar hoje, pude visualizar John entrando no refeitório, com Cherry pendurada em seus ombros e uma Georgina mal humorada logo atrás.
            Lógico que a vaca da Cherry daria em cima dele, só nos meus sonhos é que ele seria meu amigo. Afinal quem iria querer minha amizade, quando poderia ter a Cherry Lollipop como namorada? Revirei os olhos, voltando a prestar atenção em Carl, quando minha vontade era de jogar aquela bandeja em cima daqueles dois idiotas. Carl pareceu notar que havia alguma coisa errada dentro de mim, seus olhos varreram o refeitório todo, até que pousaram em cima da mesa dos populares. Seu olhar era sério, havia um semblante decepcionado em sua face. Carl James havia sido esquecido, ele era apenas mais um verme como qualquer outro aluno do St. Marta.

— Não fique triste Lola, ele vai se arrepender muito de ter ela como amiga, você é muito melhor. — Ele disse tentando me confortar.

— Será mesmo que você acha isso? Posso ver em seus olhos que você sente saudades deles.

— minha voz não passava de um sussurro. — Não precisa mentir para mim, assim como para você Carl. — coloquei qualquer coisa na minha bandeja decidida a ir para a biblioteca. Não estava a fim de ver Cherry tentando beijar John a cada três minutos. Era extremamente nojento. Pela primeira vez desejei saber como é ser popular.


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