Começando Uma Família escrita por buydordie, Mary


Capítulo 25
Capítulo 25 - Em casa


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho, mas trouxe. Por favor, comentem, preciso saber como está ficando.



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P. O. V. Jacob

Chegamos em Seattle por volta da meia-noite. Eu estava cansado, não dormi muito cuidando de Renesmee. Assim que entramos no carro ela dormiu sem a ajuda de Jasper. 

Ao chegarmos em casa Alyssa nos esperava. Daniel e Anne estavam dormindo. Levei Nessie para o quarto e me arrumei para dormir. Talvez ficassem todos aqui em casa. O que importava é que estávamos de volta.

- Jacob? – alguém disse.

- Sim? – respondia ainda de olhos fechados.

- Estamos em casa?

- Sim Nessie. Nós voltamos. – falei virando para ela.

- Ah. Desculpe amor, é que eu acordei assustada. Volte a dormir querido. – ela disse.

- Tudo bem.

- Vou tomar banho e descer. Qualquer coisa me chame. Até se precisar de um beijinho. – ela disse levantando.

P. O. V. Nessie

Levantei para tomar banho, era tão bom estar na minha casa com meus bebês. A sede não havia passado, pelo contrario estava pior, papai disse que ia me ajudar. Essas lentes estavam começando a me machucar.

 - Nessie? –Jacob chamou.

- Sim querido.

- Preciso de um beijo. – ele disse.

Voltei até a cama e fui lhe dar um beijo na testa. Então ele me puxou.

- Jacob não. – sussurrei.

Ele queria o que? Se matar? Passei a mão por seu pescoço e senti sua pulsação. Minha garganta queimou mais.

- Jake, sua pulsação. – falei empurrando ele.

- Nessie você controlou seu impulso. – ele disse sorrindo.

- Foi por isso? Controlar o impulso? Eu podia matar você. – falei brava.

Dessa vez eu percebi o impulso. Mas provavelmente porque era Jacob. Tomei meu banho me vesti e desci. Mamãe e papai, Alice e Jazz estavam na sala. Emmett no pátio.

- Tudo bem? – Alice perguntou.

- Oi pra você também. Papai eu preciso falar com você. – falei.

- Claro venha. – ele disse indo para a rua apenas o segui.

- Eu preciso caçar. Quero que você e Jazz me ajudem. É difícil e me machuca. – falei baixinho.

- Vamos ajudar você. Sabe que se houvesse qualquer coisa que fizesse a dor cessar por inteiro, eu a buscaria no fim do mundo para você. – ele disse.

- Se me ajudarem.

- Bebê, a dor não vai cessar por você receber ajuda, e sim por você acreditar que consegue. Viu o que você fez? Controlou o impulso. Você consegue. – ele disse.

- Eu sei. Agora sei identificá-lo mais fácil querer impedir que tome conta de mim. – falei sorridente.

- Isso. Venha alguém quer falar com você.

- Quem?

- Seu avô Carlisle.

- Vovô? Ele não estava bravo comigo? – falei enquanto voltávamos.

- Dê um tempo a ele.

Entramos em casa, vovô e vovó estavam na sala.

- Podemos conversar? – vovô disse.

- Aham.

Subimos para a biblioteca.

- Me desculpe. – vovô disse.

- Pelo que?

 - Por gritar com você. – ele disse

- Ah. Tudo bem, eu te entendo agora. Mas é que eu me assustei com o que fiz, e a reação de vocês não me ajudou. – falei.

- Você tem que aprender a controlar qualquer reação estranha que venha em seu corpo. O que acontece é que você não sabia desse extinto certo?

- Sim eu sabia que...

- Calma. Responda depois vemos as explicações. – ele disse me interrompendo.

 - Sim e não. – respondi

- Sim o que? Não o que?

- Sim eu sabia do extinto. Mas nunca havia sentido, não sabia o que era. Por isso os ataquei, fiquei fora de mim quando aconteceu. Tenho lembranças, mas não sei explicar. – falei.

- É como se algo fosse despertado. – vovô disse.

- Aham. Vovô o senhor me desculpa? – falei

- Sim. Mas eu não vou ficar feliz Nessie, você me decepcionou muito e traiu a confiança que eu tinha em você. – ele disse.

- Não se preocupe, eu vou conseguir me controlar. Irei tentar até ficar como era antes. O senhor vai ver vovô, vou conseguir. Vai ter orgulho de mim.

- Já tenho pequena. – ele disse me dando um beijo na testa. – Agora se me der licença irei para casa aproveitar o resto de minha licença.

Ele disse saindo, levantei e fui com ele até a sala. Papai, Jazz e Emmett me levaram para caçar.

- Tudo bem o que sente? – Emmett disse.

- Cervos a leste, brumas a noroeste, humanos a norte e oeste. – falei.

- Humanos? – Emmett disse olhando para papai.

- Também não sinto. – Jazz disse.

- Mas tem, é o melhor cheiro. – falei.

- Emmett fique aqui com ela. – papai disse.

Emm subiu em uma arvore e eu também, ficamos conversando.

- Tio se eu não tivesse voltado a lembrar de vocês, o que iria acontecer? – perguntei.

- Nós tiraríamos você de lá a força. Com juízo ou sem juízo. Você é nosso tesouro Nessie – ele me abraçando.

Permanecemos por mais uns cinco minutos ali. Então tio Emmett resolveu caçar sem meu pai. Pegamos o caminho a noroeste.

Tinha humanos no caminho, eu estava sentindo seu cheiro, as arvores pareciam gritar “Estão ali!” me desviei do caminho e fui seguindo o rastro dos humanos pela copa das arvores.

Uma humana, perdida, pelo que percebi. Caminhava um tanto desesperada, fui descendo da arvore, caminhei silenciosamente atrás dela. Seu desespero fazia com que sua pulsação se mantivesse acelerada, seu coração batia freneticamente. Cheguei perto de seu pescoço, seu cheiro era maravilhoso, eu já podia sentir o gosto de seu sangue, quando fui de encontro ao seu pescoço e... Alguém me puxou para trás. Tentei me soltar inutilmente.

- Nessie olhe para mim. – papai disse.

- Emmett me solta! – rosnei.

- Aham, senta e espera. – Emmett respondeu rindo.

Aquele vampiro idiota ia ver, eu podia muito bem fazê-lo me soltar. Porque me impedir?! Eu estava quase lá, aquele pescoço chamava por mim, assim como os outros em que eu podia ouvir a pulsação.

- Papai, por favor, ele está me machucando.  – pedi com os olhos brilhantes.

- Nessie sem chantagens! – Emmett disse, dei uma cotovelada forte nele, ele me largou, mas ficou segurando meus ombros. – Essa é minha garota! – ele riu.

- Nessie olhe para mim, precisa controlar ela! Domine-a. – Jasper disse.

Foco Renesmee, vamos! F-O-C-O!

- Desculpe papai! – falei sacudindo a cabeça para reorganizar meus pensamentos. – Eu devia ter saído da trilha.

- Tudo bem. Conseguimos chegar a tempo. – papai disse.

- Matei alguém? – perguntei com a voz abafada.

- Não. – papai disse.

- Desculpe, vou ter mais cuidado. Emmett será que pode me largar? Eu agradeceria. – falei.

- Pode largar. – papai disse.

- Ok. De ode você tirou toda aquela força? – Emmett disse.

- Eu sempre tive. Só que eu a controlava, sou uma menina, delicadeza conhece?! – falei.

- Desconheço. – Emmett disse.

- Chega! – Jazz disse.

- Podemos caçar? Antes que eu mate alguém. – falei.

Seguimos para onde estavam os brumas. Emmett e eu apostamos quem pegava mais, ganhei dele obviamente.

- Haha! Dezoito para mim e dez para você! – gritei.

- Não vale.

- Vale.

- Melhorou? – Jazz perguntou.

- Sim. Acho que vou ficar boa logo. Promete que me deixa dormir sozinha? – falei.

- Posso tentar. – Jazz respondeu.

- Serve. – falei

Voltamos par casa, Dan e Anne ainda dormiam e Jacob me esperava.

- Até que em fim! Duas horas! – mamãe disse.

- Recaída. – falei me jogando nos braços de Jacob.

- Não. A impedimos a tempo. – papai disse.

Jacob e eu fomos para o pátio. Minha sede estava controlada, a queimação era apenas algo quente na garganta.

- Desculpe por hoje cedo. – Jacob disse.

- Tudo bem. Eu te daria outro beijo se isso não e machucasse tanto. – falei acariciando seu rosto.

Ele passou seu braço por minha cintura, me ajeitei e deitei a cabeça em seu colo.

- Você é perfeita sabia? – ele disse.

- Ninguém é perfeito. – falei.

- Nem eu? – ele disse com voz não chorona.

- Você não está incluído em “ninguém”. Porque você é meu.

- Não ouvi. – ele brincou.

- Você é meu. – falei mais alto, ele se aproximou e me deu um beijo na testa.

- Quanto tempo mais para seus olhos voltarem ao normal? Não aguento mais te ver com essa lente. – ele disse. Fechei os olhos e suspirei, uma ruga se fez em minha testa.

- Precisava me lembrar? – falei.

- Desculpe. Você é linda de qualquer jeito. Não se esqueça. – ele disse.

- Mamãe! – Anne gritou. Logo apareceu ao nosso lado.

Ela se jogou ao meu lado me abraçando, me sentei para abraçá-la.

- Ah! Meu amor, senti tanto sua falta. Desculpe a mamãe fugir ao encontro da morte. – falei puxando ela para meu colo.

- Promete que não vai fazer mais? O que houve lá? – ela disse.

- Prometo. Não me lembro do que houve. – falei. – Sophie me ajudou a esquecer.

- Hmm. Dan ainda está dormindo, quer que eu o acorde? – ela disse.

- Não precisa.

Jacob se sentou puxou Anne, me puxando junto para seus braços. Anne se aconchegou e fechou os olhos com um longo sorriso no rosto.

- Então, porque Dan brigou na escola? – Jacob perguntou.

- Hmm. Pergunte para ele. Não quero falar sobre isso. – ela disse.

- Anne teve alguma coisa a ver com você? – perguntei um pouco assustada, Anne não era de esconder as coisas.

- Me desculpe só estava curiosa. Por favor, não briguem comigo, nem com Dan. Ele só ficou bravo. – ela disse chorando. Jacob me olhou assustado puxando ela para perto dele.

- Princesa calma. Não importa o que houve nós só queríamos saber. – Jacob disse.

- Anne você está me assustando. – falei.

- Você se machucou? O que houve? Anne fala comigo! – Embry disse saindo dos arbustos, das arvores.

- O que houve na escola deles? – Jacob perguntou encarando Embry.

- Não vou falar sobre isso. Daniel e Anne que contem. – Embry disse.

O que havia de tão grave? Não podiam dizer, Anne se assustou. Isso me deixou irritada, levantei e fui caminhando em direção a Embry.

- Vocês vão dizer? Ou alguém vai ter que ficar sem cabeça? – falei, fui tomada pela raiva...

- Nessie! – Jacob gritou.

- Edward pare ela. – mamãe disse, enquanto eu ainda avançava.

Quando já estávamos dentro da floresta, Embry ainda me fitava assustado.

- Não quero machucar você. – Embry disse.

- Se alguém aqui vai se machucar vai ser você. – rosnei.

- Se encostar em Nessie ou Anne eu mato você Embry. – Jacob sussurrou.

- Diga o que houve?! – falei, os braços de Jacob envolveram minha cintura puxando-me para trás.

- Ei, calma. Vamos respire fundo, calma. – Jacob sussurrou em meu ouvido.

- Ela disse o que houve? – perguntei.

- Não. Seu pai disse que é um motivo bobo. Renesmee acalme-se. – ele disse, eu estava tentando controlar os rosnados que ecoavam por meus lábios.

- Eu estou controlada. – falei.

- Não tenho tanta certeza. – ele disse apertando-me em seus braços.

(mais tarde)

- Dan e Anne venham. Vamos conversar. – falei chamando os dois.

Sentamos no meu quarto com eles.

- Pode começar Dan? – falei.

- Porque eu? – ele reclamou.

- Anne disse que era para você contar. – Jacob disse.

- Então eu vou contar e você quietinha. – ele disse olhando Anne.

- Parem os dois. Agora conte. – Jacob disse.

- Eu estava indo pro estádio quando vi uns garotos mais velhos falando de Anne. Fiquei bravo e fui falar com eles. Aí o mais velho me ameaçou, então bati nele e nos amigos dele que tentavam me bater. – Dan disse.

- Falando o que? – perguntei.

- Coisas ruins. – Dan disse.

- Vamos ao castigo. – Jacob disse. – Uma semana, sem celular, sem saídas e sem vídeo game.

- AH! Para né?! – Dan protestou.

- Você não está de castigo por defender sua irmã, e sim por brigar na escola. – Jacob disse.

- Tá bem. Já sei não bata em humanos. – Dan disse. – Mas se eu fico de castigo Anne também.

- Por quê?

- Ela beijou um garoto na escola. – Dan disse.

- O que?! – Jacob disse.

- Shh. – falei puxando Anne, que começava a chorar.

- Vou deixar vocês a sós. – Dan disse.

- Princesa o que você fez? – Jacob disse.

- É que um garoto deixou cair o material dele, daí eu o ajudei e ele foi me agradecer com um beijo no rosto. Assustei-me e virei o rosto e aí o beijo foi no lugar e errado. – ela disse sem graça.

- Foi isso? Não precisava chorar. – falei reprimindo uma risada.

 - Vou ficar de castigo?

- Não.

(à noite)

Fui levar Anne até a entrada da floresta onde Embry a esperava.

- Desculpe por hoje cedo. – falei.

- Foi nada, me desculpe não falar nada do assunto. Mas é que Anne me pediu. – Embry disse.

- Realmente não era um assunto que você pudesse contar não é?! – falei rindo.

Anne ficou uns vinte minutos com Embry. Depois ela voltou sorridente como sempre.

- Porque você fica tão feliz quando está com Embry? – perguntei.

- Não sei, ele é muito legal e engraçado. – ela disse.

- Posso te perguntar uma coisinha, indelicada? – falei.

- Aham.

Paramos no caminho, podia ver Jacob na sala com Dan jogando vídeo game.

- Não houve apenas um acidente de percurso na escola, não é?! – falei.

- É. Quando ele colocou os lábios no lugar errado... Começou um beijo e... – ela disse baixo dando um longo suspiro.

- Entendi. Você gostou né?! – falei rindo.

Um uivo doloroso cortou o ar, Embry. Olhei para Anne esperando por alguma reação, ela apenas olhou para trás e murmurou algo como “desculpe-me”.

Voltamos saltitantes para dentro de casa. “Coloquei” Dan e Anne para dormir.

- Mãe você me desculpa? Eu não sei o que houve, só sei que me deu raiva deles. – Dan disse me abraçando.

- Claro eu entendo você. Só procure controlar sua raiva. Agora vamos dormir. Eu te amo, muito. Não se esqueça disso. – falei baixinho.

- Boa noite. Amo você.

Fui para meu quarto, tomei um banho e fui me deitar. Jacob veio em seguida, ele parecia perturbado.

- O que foi? – perguntei.

- Anne nos escondeu alguma coisa àquela hora. – ele disse me virei para ele.

- É que houve um beijo, e bom, ela gostou. – falei encostando o rosto em seu peito.

- Hmm. – ele disse segurando a raiva. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo. BJ



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