Hardest Of Hearts escrita por Jessie Austen


Capítulo 11
Blinding


Notas iniciais do capítulo

"Parece que eu fui mantido
Em algum estado de sonho
Uma turista no mundo desperto
Nunca completamente acordada
Nenhum beijo, nenhuma palavra gentil
Poderiam me acordar deste sono
Até eu perceber que foi você
Quem me segurou assim
Senti isso no meu punho, nos meus pés
Nas cavidades das minhas pálpebras
Sacudindo através do meu crânio, através da minha espinha
E para baixo, através das minhas costelas
Não mais sonhando com os mortos
Como se a própria morte fosse desfeita
Não mais chamando como um corvo por um menino
Por um corpo no jardim
Não mais sonhando como uma garoto tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonado
Não mais sonhando como uma garoto tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonado
Não mais sonhando como uma garoto tão apaixonado
Tão apaixonado pelo mundo errado
E eu pude ouvir o trovão
E ver o relâmpago estourar
Tudo ao redor do mundo foi acordando
Eu nunca poderia voltar
Pois todas as paredes dos sonhos
Elas foram despedaçadas e abertas
E finalmente, parece que o encanto foi quebrado
E todos os meus ossos começaram a sacudir
Meus olhos se abriram
E todos os meus ossos começaram a sacudir
Meus olhos se abriram
Não mais sonhando com os mortos
Como se a própria morte fosse desfeita
Não mais chamando como um corvo por um menino
Por um corpo no jardim
Não mais sonhando como uma garoto tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonada
Não mais sonhando como uma garoto tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonado
Não mais sonhando como uma garoto tão apaixonado
Tão apaixonado pelo mundo errado..."



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Loki abriu seus olhos e se viu deitado naquela cama tão conhecida ultimamente e agora tão indevida.

Sentou-se e limpou o suor que corria em seu rosto. Foi até o banheiro e molhou seu pescoço.

Era como se o seu corpo estivesse acordado há muito tempo e agora estava implorando por descanso, mas ele nunca havia se sentido mais acordado do que agora.

Lembrou-se de tudo: sua vinda à Asgard, sua condenação, sua declaração feita por Thor e quando finalmente veio parar nessa casa.

Olhou o relógio e viu que este marcava 03h da madrugada.

E a agora? O que devia fazer? Lembrou-se de Thor vindo desesperado ao seu encontro e aquilo fez o seu coração apertar. Lembrou que Anne dormia no quarto ao lado.

Ele precisava ir embora daquele lugar. Mas como? 

Olhou para suas mãos e viu o quanto era mortal, frágil.

Todo o desespero do que havia feito no passado o atingiu e Loki se sentou no banheiro, tentando se acalmar, mas seu coração insistia em bater descompassado.

Ele havia sido poupado da morte, mas havia sido condenado à vida humana.

Era mais do que justo, ele sabia. Mas preferia não ter tido conhecimento disso. Não entendia o por quê seus pensamentos haviam retornado se não lhe pertenciam mais, se nada mais poderia ser feito. Não fazia sentido.

Duvidou que por algum momento o pai de todos tivesse mudado de ideia, mas isso era impossível.

Mas de todos os pensamentos que invadiam sua mente o mais perturbador de todos era a visita de Thor.

Ele havia retornado à Midgard para busca-lo e simplesmente Loki não conseguia entender mais nada.

Olhando a janela e ainda um pouco em transe, se levantou e saiu para a pequena varanda. Lá assistiu aquela bela manhã nascendo. Viu os traços azuis sumirem e outros em tom laranja e rosa aparecerem. Os pássaros cantavam e Loki sentia-se sufocado com o fato de nunca ter se sentido confortável. Agora não era uma exceção.

Amava Thor mas sabia que isso nunca havia sido muito útil ou prático. Sentia remorsos de ter feito o que havia feito, mas se sentia tolo por isso. O beijo que Anne havia dado fez despertar um lado que ele não conhecia.

- Acordou cedo...- disse Anne aparecendo com uma xícara de café.

Loki levando um susto se afastou e disse:

- Anne. Eu...

- Aconteceu algo? 

- Meu nome é Loki e eu vim de Asgard. Me recordo de absolutamente tudo agora.

Anne olhou como se achasse tudo aquilo uma brincadeira fora de hora, mas logo percebeu que o homem à sua frente era bem diferente do Andrew. Havia orgulho em sua voz e um vazio em seu olhar. Não havia mais Andrew, isso era certo.

- Ok...Loki. Eu ainda sou Anne, ok? Você pode contar comigo...

Ele então a encarou e disse:

- Há algo que eu posso descobrir agora.

Loki a puxou e a beijou lentamente. Anne que no começo ainda relutou acabou se deixando levar e abraçando Loki, aproveitou para demonstrar de certa forma tudo o que sentia também.

Enquanto a beijava, uma vastidão de sentimentos corriam por seu corpo. Queria ao mesmo tempo em que a imagem de Thor o assombrava. Lembrou-se também do que havia feito, de sua prisão, do fato de ter sido enganado e negligenciado por seus pais.

Afastou-se de Anne e encarou o chão como se procurasse por algum detalhe, alguma resposta perdida.

- Eu tenho que ir... – ele disse descendo as escadas.

- Para onde? 

- Anne, não quero que fique perto de mim.

- O que eu fiz? Para onde você iria?  – questionou ela seguindo-o.

- Ele vai vir comigo.

Ela e Loki viraram juntos e avistaram Thor que após ter assistido toda a cena, possuía fúria em seus olhos e os observava a alguns metros de distância, do lado de fora do portão.


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