Em Princeton nevava, anuciando a chegada do Natal. Lisa arrumava seus papéis na pasta marrom. Seu expediente acabara à pouco. Anne, sua secretária, já havia ido embora. Lisa a dispensara, temendo que ela escutasse algo que não deveria, de seu encontro misterioso. Ela marcou a data e a local. Precisava esclarecer o relacionamento de mais de 20 anos. Greg não a deixaria em paz se não acabasse de uma vez com essa estória. Ela pega o telefone e disca o número que raramente ligava, ao não ser para dar bronca nele. Após cofirmar o encontro, ela pega o casaco e a pasta, saindo para o estacionamento. Entra no carro e permanece pensando. Muita coisas deveriam ser esclarecidas. Depois do beijo, ela se sentia diferente, mais carinhosa, mais alegre quando via ele. Igual os tempos de falcudade, quando eles eram O casal. Ela riu da lembrança e voltou a lembrar do beijo. Algo havia mudado e ela estava com medo desse sentimento que ressurgiu com tanta força. Balançou a cabeça, afastando esses pensamentos. Ligou o carro e seguiu para o restaurante, desvendar seu destino. Quando deu o nome da reserva para a recepcionista, descobriu que ele já havia chegado e trajava um terno preto, fizera a barba e segurava uma rosa vermelha. E, por incrível que pareça, parecia estar assoviando. Lisa surpreendeu-se com a cena e foi para a mesa, perguntando para quem ele se arrumou assim, mas com um sorriso no rosto. A verdade era que ambos estavam nervosos, mas não queriam dar o braço a torcer. Ele respondeu que foi para ela, e só ela, e queria dar uma chance para eles, mais uma vez. Mas ela disse que não queria sofrer novamente, como no passado. Gregory House suspirou e olhou nos olhos azuis da morena e disse que a amava, Lisa Cuddy derreteu-se nessa verdade. Depois de 20 anos, o casal mal-resolvido finalmente se deu uma chance de ser feliz de verdade. Essa é, e sempre será, a verdade que une esses dois, porque eles se completam, se amam e se perdoam. Como deve ser. Apesar de tudo e todos. Pois essa é a essência de ser Huddy. Pois isso é amor.