O Garoto Da Casa 918. escrita por Greensleeves


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

NÃAAAAAOOOOOOOOOOOOOO! OML OML OML!
Odeio dizer pessouinhas do mundo mágico do FanFiction...
Mas essa fic acaba aqui! Eu sei, eu tbm odeio terminar! Mas... pera que eu vou chorar aqui....
~Cometário: Nossa eu acho que fui tão mal na prova!~



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Coloquei o café de lado, acho que já tinha comido muito no almoço e beber mais um copo não me fez bem.

  “Esta tudo bem?” -Ele perguntou.

  “Sim… Minha barriga esta doendo um pouco, mas não se preocupe. Onde você estava?”

 Ele olhou para mim desconfiado, mas logo voltou continuou a contar.

  “E então eu acabei deixando a cama e voltei para o quarto. E adivinhe só, ela estava lá.”

  “Nossa.” -Eu ri.

  “Eu sei.” -Ele riu também.

 Suspirei de tanto rir e me encostei no banco.

  “Acho que já esta ficando tarde, por que não voltamos?”

  “Claro.” -Me levantei e abotoei o casaco.

  “Mas amanha eu venho te ver de novo.” -Ele disse sorrindo.

  “Seria muito bom.” -Assenti.

 Atravessamos o parque e logo estávamos na rua de casa. Estava escurecendo e o crepúsculo dava para ser visto entre as casinhas no horizonte. Era lindo. Viramos a rua, um grupo de pessoas estavam reunidos perto da nossa casa.

  “O que esta acontecendo?” -Perguntei apontando para a multidão.

  “Não sei, mas o Jornal Britânico esta envolvido, aquela é a vã deles.” -Ele disse.

 Nesse momento tudo fez sentido. Paul, presente de casamento, Dave, multidão, jornal. Olhei para meu pai, que andava distraidamente pela rua. Olhei de novo para a multidão e percebi que não era em frente da nossa casa, mas sim em duas casa depois, a casa abandonada.

  “Não.” -Sussurrei.

 Tirei as mãos do casaco e corri. Os carros na rua iam buzinando e acendendo seus faróis. Quando passei pela minha casa, percebi que Jack e tia Sarah estavam do lado de fora e quando me viram se entreolharam. Mas isso não me deteve.

 Desacelerei quando cheguei perto. Tinha muita gente na minha frente, eu não conseguia ver o que tinha no centro. Mas papai estava certo, o jornal estava lá, e também havia policias e algumas pessoas armadas, o que me deixou em pânico.

  "Caros amigos, conhecidos, cidadãos do nosso pequeno bairro. Por anos convivemos com essa casa, ela até fez parte da nossa infância e vida. Mas hoje eu prometo mostrar a vocês alem das paredes queimadas e do telhado velho. Prometo mostrar o que há dentro dela." -Disse Paul no centro.

  "Não." -Sussurrei, tentei passar entre as pessoas na minha frente, mas eram muitas.

  "É claro que você devem pensar: São só histórias de terror. Mas essa casa." -Ele apontou- "Essa simples casa, esconde um monstro!"

 As pessoas recuaram, algumas gritaram, mas duvido que estivessem acreditando na quilo.

 Senti alguém me puxando, quando me virei, papai tentava passar entre as pessoas.

  "Helena." -Ele disse.

  "Pai, eles não podem fazer isso." -Puxei meu braço e tentei ir mais a frente.

  "Peço a atenção de vocês!" -Ele gritou- "E aviso para que aqueles que temam, se afastem!"

 Dois homens duas vezes maiores do que Paul saíram da multidão e foram até a casa. O de chapéu segurava um tronco de arvore grosso, e com ele bateu na porta até arrombar. Quando a madeira caiu no chão, um trovão rompeu o céu.

 Paul olhava sorridente para a casa, como uma criança que via seu bolo de aniversário na mesa e quisesse por a mão.

 Passei entre uma casal e uma senhora que me xingou. Duas pessoas estavam na minha frente, mas mesmo assim eu podia ver os dois marmanjos entrando na casa. A rua estava silenciosa, ninguém se atrevia a dizer uma palavra.

 Uma fina chuva começou espantou algumas pessoas para suas casas, mas o numero que ficou para ver o 'show' ainda era significativa.

 Barulhos de moveis sendo jogados e postas se abrindo, eram abafadas pelas paredes da casa. A chuva engrossou e logo eu estava toda molhada.

  "Helena!" -Jack chamou, mas eu o ignorei.

 Uma sombra se formou na porta, e então, os dois homens saíram carregando um corpo por debaixo do braços com o rosto coberto por um saco. Se não fosse pela sua tentativa de ficar em pé, todos diriam que ele estava morto. Dave foi arrastado até o centro e segurado ereto diante da multidão.

  "Senhoras e senhores...." -Ele fez uma pausa de suspense.

  "Não!" -Gritei.

  "Aqui esta o nosso monstro!"

 Quando ele disse isso, um dos homens puxou o saco revelando seu rosto. Gritos foram sufocados e algumas pessoas gritavam; não sei se protestando ou adorando.

 Empurrei o garoto na minha frente e corri em direção a Dave, mas alguém me segurou na cintura no meio do caminho, me fazendo inclinar para frente.

  "Senhores, como podem deixar suas mulheres em casa, quando uma aberração mora na vizinhança? E senhoras, como deixar seu filho brincar com segurança, quando pode ser raptada por um ser como este?" -Ele puxou o cabelo de Dave expondo seu rosto na luz.

  "Não!" -Gritei, tentando me soltar- "Me largue!" 

 Paul olhou para mim e sorriu.

  "Helena esta maluca?" -Disse Jack."

  "Seu canalha! Como pode fazer isso! Ele é apenas um garoto!" -Minha voz estava rouca. Minhas lagrimas foram confundidas com a chuva.

  "Levem ele daqui." -Disse Paul.

  "Dave!" -Chamei, ele precisava saber que eu estava aqui.

 Ele me olhou meio zonzo, parecia ter apanhado.

 Os dois homens levaram ele até a viatura. O grupo de pessoas havia diminuído, mas ainda eram muitas para ir em cima dele.

 Arranhei as mãos na minha cintura que soltaram me libertando. Corri até os dois homens, algumas pessoas puxavam meu cabelo ou meus braços, mas eu não liguei. Abracei os pescoço de Dave, fazendo-os pararem.

  "Eu estou aqui. Estou aqui." -Chorei no seu ouvido.

  "Eu sei." -Ele sussurrou fraco.

 Segurei seu rosto com as mãos e tirei o cabelo dos olhos. Todos que o vissem agora o chamariam como mostro. As cicatrizes eram assustadoras, as queimaduras intimidavam, mas mesmo assim eu o amava tanto.

  "Eu te amo, por favor, não me deixe." -Disse encostando a testa na dele.

 Seus braços estavam amarrados nas costas, mas eu sabia que se estivessem livres, ele me abraçaria.

  "Eu também te amo." -Ele disse.

 Olhei para ele.

  "Esse é o meu destino Helena." -Ele murmurou, olhando de relance para os homens que o seguravam.

  "Nenhuma pessoa merece ser tratada assim." 

  "Me prometa que ficara bem?" 

  "Não! Você não vai me deixar aqui..." -Senti meu braço sendo puxado.

  "Oh, vejam só! Ela o ama." -Disse Paul sorrindo.

  "Deixe ela e paz!" -Disse Dave o enfrentando, mas os dois homens o puxaram de volta.

  "Cala a boca garoto." -Ele disse.

  "Por favor, só me deixe despedir." -Implorei.

 Ele olhou para mim.

  "Só peço isso." 

 Ele me soltou e fui até Dave.

  "Você sabe onde eu moro, sabe que estou aqui. Me escreva!" -Passei a mão pelo seu rosto.

  "Eu prometo." -Ele disse.

 Segurei seu rosto e o beijei. Como é interessante e ultimo beijo de uma pessoa amada. Parece que tudo que eu sentia por ele foi demostrado na quele único e simples beijo.

  "Eu te amo." -Ele disse.

  "Você é pai." 

 Ele me olhou assustado. Passei a mão na minha barriga e apenas sorri. Alguém me puxou para trás de novo e eles os levaram. Apenas o observei entrando no carro e sumindo no final da rua.

  "Esta tudo bem Helena." -Disse Jack me virando para ele e me abraçando.

 Nunca mais voltei a ver ou ouvir falar sobre Dave. Ele era apenas uma lembrança, como ele mesmo disse. Uma lembrança que eu nunca iria esquecer. Eu nunca soube o que aconteceu com ele, e quem sabe? 

x

  "Assopre as velinhas, Agatha." -Sussurrei no seu ouvido.

 Jack me olhou e sorriu.

 A campainha tocou e eu fui até a entrada. Quando abri a porta, não tinha ninguém, apenas um pacote do correi em cima do carpete. O peguei e fechei a porta.

  "Quem era querida." -Ele perguntou.

  "Não sei." -Dei de ombros.

  "Venha logo, seu pai vai querer tirar uma foto com a neta e quer você nela."

  "Já vou." -Sorri.

 Coloquei o pacote na mesa e o abri com o estilete. Dentro, havia uma carta e caixinha de madeira. Quando a abri, uma musiquinha delicada começou a tocar e uma bailarina de vidro girava no meio.

 Peguei a carta e a abri.

Feliz aniversário querida, que seus desejos

tornem realidade.                                          

            D.                                                       


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaaaaah. Pois é acabou.=/
Ah espero que tenham gostado! Por que eu, simplesmente, ameeeeeeiiii escrever essa fic! Nossa... Estou emocionada.
Nossa! Obrigadaaa mesmo por terem lido e... kkk, amei compartilhar minha história com vcs!
Obrigada mesmo e... Luvy!
Harley Q.