O Garoto Da Casa 918. escrita por Greensleeves
Percebi que tinha começado a chover, e bem forte, pois a luz piscou quando uma arvore encostou no fio de energia.
"É..." -Disse.
"A sua tia foi mercado, mas acho que com a chuva ela vai demorar um pouco. E eu também não poderei ir embora." -Ele disse entrando e fechando a porta.
Meu coração foi a mil. Paul sentou na cama e pegou um dos meus livros.
"Eu já li esse, é muito bom." -Ele disse sorrindo- "Por que você não senta aqui para eu ler para você."
Engoli seco.
"Não... Eu prefiro ler sozinha." -Minha voz gaguejou.
"Que pena, o final e incrível." -Ele disse se levantando.
Palpei na mesinha meu abridor de envelope e o segurei com força. Paul venho até mim e eu fui me afastando até esbarrar na cadeira.
"Parece nervosa?" -Ele disse.
"Que que eu feche a janela?" -Ele perguntou.
"Não... Eu viu descer, percebi que esqueci meu caderno na sala." -Disse desviando dele e indo até a porta, mas ele segurou minha mão e me puxou para perto.
"Fique aqui." -Sua voz continuava calma e inalterada.
"Eu..."
Ele olhou para minha mão e viu o abridor de envelope.
"Ah, não pensou em me atingir com isso. Somos amigos."
Ele apertou meu pulso com tanta força que me fez abrir a mão, o abridor caiu no chão.
"Eu pego."
Ele se abaixou para pegar, ainda agachado ele olhou para minhas pernas e lambeu os lábios. Paul puxou meu pulso que ele ainda segurava me fazendo cai no chão.
"Você te quantos anos... Dezesseis?"
Desviei o olhar, mas ele pegou meu rosto me fazendo virar para ele.
"Tão novinha." -Ele disse passando a mão pela minha perna e levantando a saía do vestido até a coxa.
Nesse momento a força acabou e tudo ficou escuro. Tentei chutar ele, mas ele segurou minha perna.
"Podemos fazer isso sem luz mesmo." -Ele disse.
Ouvi alguma porta se abrindo e um barulho forte. Paul soltou minha mão rapidamente e então sumiu na escuridão. Me encostei no canto do quarto e abracei minhas pernas. Barulho de coias caindo e de partes de corpo sento empurradas para a parede tomaram conta do meu quarto.
"Quem é você?" -Paul perguntou com a voz meio rouca, como se estivesse numa posição difícil.
Os dois corpos passaram pela janela e pude ver Dave empurrando um homem mais forte e mais velho que ele para o outro lado do quarto. A porta se abriu e então a briga foi para o andar de baixo.
Me levantei, ainda em choque, e desci as escadas para a porta. Quado saí, Paul corria pela rua e Dave estava parado na frente de casa. Corri até ele.
"Oh meu deus." -Disse quando ele se virou ofegante- "Você esta bem?"
"A quele idiota." -Ele cuspiu e limpou a boca.
"Ele te machucou?" -Perguntei passando a mão pelo meu corpo.
"Não, mas poderia ter te machucado." -Ele disse.
"Saia da chuva." -Disse segurando sua mão e o levando para dentro.
Peguei um pano molhado e passei no arranhão que ele tinha na testa.
"Nunca mais faça isso." -Disse.
"Você viu o que ele disse?!" -Ele me olhou- "Sabe lá deus o que ele iria fazer com você se eu não estivesse lá."
Suspirei. Ele segurou meus ombros.
"Me diga..." -Ele respirou fundo- "Ele pois a mão em você?"
"Não."
Ele me abraçou. Seu cabelo molhado pingou nas minhas gostas.
"Vou pegar uma pomada." -Disse me levantando.
Ele segurou minha mãe e eu gemi de dor; ela estava dolorida com a puxada que Paul.
"Fique aqui." -Ele disse.
Me ajoelhei do seu lado e ele me abraçou, encostei a cabeça no seu peito e percebi que seu braço estava com marcas.
"Poderia ter se machucado feio." -Sussurrei.
"Eu não ligo, contando que você esteja bem."
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
nosssa... Quero um Dave para mim.
Agora!!!