-quer ter um filho meu?

Perguntava Miroku para mais uma que ele encontrava no caminho, já era a sexta mulher que pra quem ele fazia à mesma pergunta na semana. A mulher deu um sorriso amarelo em resposta.

Algo apertava aquele coração, lágrimas ameaçavam cair, a garganta parecia presa por um nó, mas, ela não se deixaria humilhar assim na presença dele.

-Sango?

Chamou-a Kagome.

-tudo bem? Você ficou branca der repente.

-sim eu estou bem, Kagome, não se preocupe. Respondeu para logo depois seu afastar do grupo:
-Kagome, disse Inuyasha tempo depois que Sango se afastou do grupo,- Sinto cheiro de lágrimas.

Kagome colocou a mão no queixo:

-Acha que eu deveria segui-la?

Sango adentrou para o meio da floresta assim que atingiu certa distância da vila, lá sentada numa pedra qualquer, em frente a um rio deixou que as lágrimas fluíssem por seu rosto, como ele podia fazer isso com ela, será que nunca percebia o quanto a machucava com aquela brincadeira boba?  

-Sango... Disse kagome que havia a seguido.

-Me deixe sozinha Kagome, tenho certeza que Inuyasha está a sua procura e...

-não, ele não está. Disse Kagome se sentando ao lado da amiga.

-olha Sango, não sei dizer em relação á você e o Miroku, mas, eu sei que ele gosta de você...

-ele brinca comigo Kagome! Disse Sango numa explosão de raiva- Ele nunca está ai para mim ou meus sentimentos, ele pede qualquer uma para dormir com ele, pervertido!

Kagome deu algumas batidinhas no ombro da amiga para consolá-la.

-sabe uma vez eu vi na televisão...

- o que é isso?

-televisão é como se um monte de imagens fossem reunidas e elas passassem rapidamente, dando a impressão que a figura está se movendo. Somente aquela forma seria a mais adequada para explicar a Sango sobre algo que ela não teria a mínima idéia;

-...que uma menina era apaixonada por um pervertido igual ao Miroku e ele não ligava pra ela, mas, a situação se inverteu quando ela...

-...passou a se comportar como ele!

-não era bem isso que eu queria dizer. Sussurrou Kagome.

-Ah! Kagome, muito obrigada. Disse Sango após se levantar rapidamente.

No dia seguinte...                                                                                           

-Sangozinha... Os olhos arregalados de Miroku pairavam sobre o magnífico corpo que Sango deixava a mostra. Na boca um sorriso malicioso e as mãos prontas para “apalpar” quaisquer órgãos que pudesse alcançar, mas, antes que tal ato fosse realizado Sango se afastou:

-Konibawa Miroku-sama.*

-Konibawa...

E sango saiu deixando um Miroku confuso na sala, por que ela não deixou que eu a tocasse?Pensou ele.

As pessoas da vila ficaram estarrecidas com a mudança de Sango que vestia algo considerado muito curto, até vulgar para as mulheres da vila, ao contrário muitos homens a seguiam, ela sorria muito simpática para todos eles e os seduzia descaradamente, em sua maioria eram homens novos que ainda pretendiam se casar, isto foi motivo para vários pedidos de casamentos, dos quais ela recusou todos. Sango Mexia no cabelo sorria e fazia propostas indecentes sussurrando nos ouvidos. Miroku observava tudo ao longe calado, Inuyasha que estava ao seu lado, um pouco confuso pela situação perguntou ao monge:

- o que está acontecendo com ela?

Miroku deu um sorriso irônico e não respondeu, ao invés disso se afastou de Inuyasha caminhando para floresta, ao longe disse para o hanyou que precisava de um banho.

Inuyasha ignorou o amigo e foi ao encontro de Kagome para que esta lhe explicasse o motivo que Sango tinha para estar daquele modo, a humana lhe explicou que Sango fazia para dizer á Miroku como ela se sentia em relação ao envolvimento dele com as outras mulheres:

-Não acha que está sendo infantilidade dos dois?

-acho.

Kagome que estava sentada ao lado de Inuyasha apoiou sua cabeça no ombro do hanyou:

-por que você acha o Miroku faz isso? Depois de um tempo que Inuyasha respondeu:

-acho que quando ele perdeu o pai, a pessoa que ele mais acreditava, deve ter se sentido um pouco só e faz isso para compensar... Não sei ao certo.

Enquanto isso Sango e os outros homens conversavam animadamente quando esta pediu um minuto para que pudesse clarear os pensamentos.

Saindo da rodinha de homens que havia em torno dela, foi caminhando em direção á floresta onde vira Miroku entrar algum tempo antes. Encontrou-o sentando na mesma pedra onde ela estivera no dia passando, notando a presença da mulher, Miroku afirmou que ela só estaria manchando a própria reputação com aquela besteira toda:

- e você não já manchou a sua?! Ele ainda de costas, respondeu que não.

-não sejas tolo, meu querido.- Disse ela ao se aproximar de Miroku, uma mecha de cabelo caiu sobre o ombro dele, fazendo-o passar a mão cuidadosamente por aqueles longos cabelos negros que brilhavam á luz do sol- sabes muito bem que estamos no mesmo patamar. Miroku se levantou e virou-se para a mulher á sua frente, ele estava com o semblante sério:

-Não estamos Sango, não estamos. Está fazendo isso para chamar a minha atenção.

-E não é isto que me fazes todos os dias? Perguntando para qualquer uma que passar se ela quer dormir com você?!

-dormir não, ter um filho. Instintivamente Sango levantou o braço para dar mais um tapa no homem, mas, antes que acertasse ele agarrou sua mão:

-Sango... Posso ter perguntado isso a mil mulheres... Uma veia saltou na testa de Sango:

-Por que nunca me perguntou?!

-Deixe-me continuar... Posso ter perguntado isso a mil mulheres, mas a única que eu verdadeiramente quero é você.

Algo a preencheu, como se uma onda de paz a invadisse. O nó em sua garganta desaparecera, o coração estava acelerado como se algo que Miroku tivesse dito fosse transformar sua vida...

Aproveitando o estado inebriado da mulher Miroku não perdeu a chance de experimentar aquela roupa nova.

PAH!

-Pervertido!