Little Things escrita por Deh Cullen


Capítulo 1
Capítulo Um - Little Things


Notas iniciais do capítulo

Ei, garotas! Concluí Rules e pensei que seria mesmo só uma o/s, mas ao que parece, pelos pedidos e minhas ideias... Aqui está mais um capítulo!
A gente se fala mais na N/A! (;
Divirtam-se!



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"As pequenas coisas às vezes têm um valor imensurável.

Um gesto, uma palavra, apenas podem mudar todo o curso de uma história e para sempre o destino de uma vida."

(Lou Witt)

O sol adentrava a janela meio aberta, o canto dos pássaros parecia alto demais e a vizinha parecia estar tendo algum tipo de briga com seu marido.

Porém, nenhuma daquelas coisas pareciam atrapalhar o sono da bela morena que se encontrava na cama, o peito se movimentando de forma lenta. Seus cabelos – prendidos por ela em um coque desajeitado antes de dormir – se encontravam espalhados pelos travesseiros e a coberta embolada de forma confusa em seu corpo.

E Edward simplesmente não conseguia tirar os olhos dela.

A mulher por quem ele se apaixonava cada vez mais.

Ele estava com a cabeça apoiada contra o braço, seus olhos acompanhando cada mínimo movimento que Isabella fazia. O sorriso estava ali no seu rosto, grudado, e ele simplesmente não conseguia parar de admirá-la, olhá-la. 

Sua namorada. Sua namorada há quase dois anos.

Ultimamente, Edward vinha pensando no relacionamento dos dois. A palavra namorados parecia não ser suficiente para ele.

Queria mais. Queria vê-la planejando o casamento deles, queria vê-la animada com a escolha de cada detalhe. Queria vê-la caminhando até a ele, vestida de noiva, tornando-se a Sra. Cullen, tornando-se a esposa dele.

- Vou amar poder te chamar de Sra. Cullen, amor – sussurrou, acariciando sua bochecha de leve.

E nem isso acordou Bella.

Algum tempo depois, Edward sentiu seu celular vibrar e levantou para atender fora do quarto. Isabella andava muito cansada aqueles dias e ele iria fazer de tudo para que ela usasse aquele fim de semana para descansar.

- Bom dia, mãe – murmurou, logo após fechar a porta do quarto.

- Bom dia, querido. – Edward sabia que a mãe estava sorrindo, mesmo não podendo vê-la. – Te acordei?

- Não, não – sorriu, embora a mãe também não pudesse vê-lo. – Bella ainda está dormindo, vim atender ao celular na sala.

Esme riu.

- Por que vocês não vêm almoçar aqui hoje? – indagou. – Seu pai anda emburrado por estar de férias... 

Foi a vez de Edward rir.

- Eu vou falar com Bella quando ela acordar – disse. – E te ligo qualquer coisa, ok?

Eles conversaram por alguns minutos antes de desligar. Edward preparou um café da manhã reforçado, aproveitando que Bella ainda dormia, e decidiu acordá-la com o café na cama.

Encontrou-a na mesma posição de outrora e sorriu. Colocou a bandeja aos pés da cama e tornou a se deitar, arrastando seu corpo para bem perto de Isabella.

- Ei, gatinha – murmurou, depositando beijos em seus ombros. – Não acha que está na hora de acordar, não?

Bella gemeu e se virou, escondendo a cabeça debaixo do travesseiro, o que fez com que ele sorrisse.

- Vamos lá, gatinha – disse de forma animada. – Temos compromissos.

- Não temos – tornou a gemer. – É cedo, Edward, me deixa dormir só mais um pouquinho, vai?

Edward riu.

- Vamos, vamos – continuou a beijá-la, agora nas costas. – Minha mãe nos convidou para o almoço, eu fiz café da manhã para gente...

Isabella suspirou alto, destampando a cabeça e olhando para Edward com um biquinho projetado nos lábios. Ele revirou os olhos.

- É cedo – murmurou.

- Não, não é. – Puxou-a até que estivesse sentada, o lençol ainda enrolado nela. – São quase onze horas, preguiçosa.

- Tudo bem – sussurrou.

Embora ainda tivesse feito um pouco de manha por ter sido acordada ‘cedo’, logo Isabella e Edward estavam rindo enquanto tomavam café da manhã. Ele simplesmente não conseguia parar de olhar para a namorada. O riso dela era lindo – perfeito; fazia com que ele sorrisse, com que ele olhasse para ela feito um idiota apaixonado.

Mas tudo bem, ele realmente não ligava para isso. 

- Por que você está me olhando assim? – Isabella perguntou, corando um pouco.

Será que ela estava suja ou algo do tipo?

- Você é linda – murmurou ele, seu coração batendo rápido demais. Um amor tão grande que chegava a quase doer. – Linda demais.Bella corou ainda mais.

- Para – pediu. – Eu acabei de acordar. Meu cabelo está todo bagunçado, eu realmente preciso de um banho e...

Ele a interrompeu com um selinho.

- Você é linda – repetiu. – Não discute comigo, gatinha.

Isabella revirou os olhos e deu mais uma mordida na torrada antes de se levantar e se dirigir ao banheiro.

- Vou tomar um banho rápido – gritou. – Você pode ir pegar as correspondências, por favor?

- Tudo bem! – gritou de volta.

Ele levou a bandeja até a cozinha, colocou uma bermuda e camisa antes de ir pegar as cartas. Os dois moravam em um apartamento bem simples, mas confortável. Havia um porteiro e ele entregou as cartas de Edward, desejando-lhe um bom dia.

O moreno subiu de volta para o seu andar, sorrindo ao se lembrar de tudo o que já ocorrera nesses quase dois anos.

Os dois namoraram por quatro meses antes de decidirem morar juntos. Edward ainda morava com os pais e Bella continuara em seu agradável apartamento. Eles começaram a passar os fins de semana juntos, no apartamento de Bella, e aos poucos nenhum deles mais tocava no assunto. Edward simplesmente ia para lá na sexta e voltava na segunda para a casa dos pais.

Só que com o tempo isso não pareceu ser o suficiente. Isabella sentia falta do calor do corpo de Edward durante toda a semana. Acordar sem ele não era a mesma coisa. Tomar café da manhã sem ele não era a mesma coisa. Jantar sem ele não era a mesma coisa.

E era a mesma coisa para Edward. Amava seus pais – e muito –, mas ele sentia falta de Bella durante a semana. Do seu corpo contra o seu, sua risada, seus beijos... Simplesmente sua companhia. 

Conversaram sério sobre isso e decidiram dar esse passo juntos. Procuraram por um apartamento um pouco maior, com dois quartos, porque queriam transformar um em escritório. Procuraram por um local onde teria duas vagas na garagem para ambos os carros.

E quando acharam, se mudaram. Juntos.

Ninguém na família julgou, pelo contrário, apoiou e muito. Era notável o quão eles se amavam, o quão se davam bem. Tinham suas brigas, mas sabiam se resolver; sabiam respeitar o espaço um do outro.

Agora eles teriam de procurar uma casa maior, pensou Edward, já adentrando o apartamento. Queria ter filhos com Bella, queria que seus filhos tivessem um quintal para brincar.

Só precisava de um plano para pedi-la em casamento primeiro.

- Bella? – gritou, adentrando o quarto.

Ao invés de encontrar a namorada ali, porém, encontrou a porta da suíte aberta, sorrindo imensamente ao escutá-la cantando Moves Like Jagger.

- I don’t need to try to control you – cantarolou. – Look into my eyes and I’ll own you, with the moves like Jagger. I’ve got the moves like Jagger… I’ve got the moves like Jagger.

- Sabe, amor – começou, adentrando o banheiro sem cerimônia alguma –, super acho que você daria uma ótima cantora.

Isabella gritou levando uma mão até o peito e respirando fundo.

- Você me assustou – disse. – E estou feliz com a carreira que eu tenho. Agora, senhor, mova sua linda bunda daqui.

- Não, não. – Apoiou-se contra o batente da porta, seus olhos verdes subindo e descendo pelo corpo de Isabella. – Estou tendo uma ótima vista daqui.

Ele era completamente apaixonado pelo corpo dela. Os seios volumosos, os quadris largos, a cintura fina, as pernas longas e torneadas.

- Edward! – gritou a morena. – Para com isso!

Ele se fingiu de inocente, seus olhos subindo pelo corpo dela somente para parar em sua boca carnuda, seus olhos castanhos e intensos.

- Parar com o que? – indagou. – Não estou fazendo nada!

Ela grunhiu, desligando o chuveiro e puxando a toalha.

- Nós vamos almoçar com a sua mãe – disse, saindo do box. – Não podemos nos atrasar.

Edward revirou os olhos, puxando Bella pela cintura, um sorriso safado tomando conta do seu rosto.

- Bem... – começou. – A gente pode fazer rapidinho, gatinha.

Isabella se afastou rapidamente, depositando um tapa no peito do namorado e saindo do banheiro logo em seguida.

- Vá tomar seu banho enquanto me arrumo – disse.

Ele sorriu, revirando os olhos.

- Já manda em mim antes de nos casarmos... – sibilou, divertido demais para deixar essa passar.

Isabella se vestiu rapidamente, colocando jeans e uma camisa florida. Penteou os cabelos e deixou-os soltos mesmos, já que estavam molhados e ela sem paciência alguma para secá-los. Colocou tênis All Star e se dirigiu à sala, onde começou a olhar as correspondências.

Um sorriso cresceu em Isabella quando viu uma das cartas ali. Seus olhos brilharam de forma tão intensa enquanto ela abria a carta e lia o papel minuciosamente. 

Agradeceu rapidamente por Edward ser tão desatento. Deveria ter sido ela a pegar a correspondência. 

Porque ali, em suas mãos, estava uma carta que confirmava a assinatura de uma revista: Mamãe & Bebê.

Sua mão direita automaticamente foi para seu ventre ainda liso. As lágrimas tomaram conta de seus olhos, um soluço querendo irromper pelo seu peito. Controlou-se, entretanto. Ainda não era hora de contar a Edward que dentro de oito meses, eles seriam pais.

Ela ficou um pouco assustada no começo, quando descobriu que o motivo do cansaço intenso e os enjoos era um bebê. Porém, agora ela se encontrava animada. Não se importa com o fato de eles não serem casados, não se importava com o fato de talvez algumas pessoas os julgarem novos demais. Por Deus, ela já tinha seus 27 anos, assim como Edward, e ambos ganhavam um bom salário. Podiam comprar uma casa e podiam muito bem cuidar de um bebê.

- Um bebê... – sussurrou, seu peito se aquecendo de felicidade com a notícia. – Um bebê meu, um bebê de Edward, um bebê nosso.

Escutou o barulho de Edward mexendo no quarto de repente e rapidamente correu até o escritório, pegando um de seus livros e escondendo a carta lá dentro. Teria de ter uma conversa com o porteiro, para que ele entregasse as revistas só para ela quando chegassem.

Edward ficou pronto dentro de dez minutos e juntos eles foram para a casa dos pais deles, que ainda ficava no mesmo local. Emmett, seu irmão mais velho, tinha ido viajar com a esposa, Rose, para visitar os pais dela, por isso não ficaram surpresos ao só encontrar Carlisle, Esme e Alice.

- Bella! – Alice gritou, animada demais, já puxando a cunhada para dentro. – Edward!

- Olá, família. – Edward sorriu. – Chegamos tarde?

- Não, querido – disse Esme. – Emma vai servir o almoço daqui a pouquinho.

Eles se sentaram e começaram a conversar sobre diversas coisas. Esme falou que Emmett ligara mais cedo, dizendo que só voltaria para Nova York na semana que vem. Carlisle contou que por mais que amasse a mulher, queria muito voltar ao trabalho logo. Alice contou que estava adorando o novo emprego. Edward e Bella apenas ouviram, porque o que ambos tinham de novidade, ainda não era o momento de contar.

Depois do almoço, porém, Edward deu um jeito de encurralar a irmã no escritório do pai, sem que Bella notasse. Foi com imensa alegria que Alice escutou o irmão contar que pretendia pedir Isabella em casamento. E foi com imenso prazer que concordou em ajudar.

Eles voltaram para a sala, onde todos ainda conversavam. Isabella queria muito contar a cunhada, Alice, quem havia se tornado uma grande amiga, que estava esperando um bebê do seu irmão. Precisava pensar em alguma maneira.

Precisava da ajuda dela para bolar uma maneira de contar ao namorado, porque queria que fosse especial e único. Queria que fosse da maneira deles.

Não que não achasse lindo quando a mulher comprava uma blusinha e/ou um sapatinho e presenteava o marido. Só queria inovar, queria algo que ficasse gravado para sempre.

Aproveitou quando todos pareciam entretidos em uma conversa que ela já havia perdido o rumo há tempos e pegou seu celular, digitando uma mensagem rápida para cunhada, dizendo-lhe que queria falar em particular.

Alice ouviu o celular tocar e o pegou, interrompendo a conversa por apenas uns segundos. Franziu a testa ao ver o número de Bella, mas entendeu quando leu a mensagem. 

Mentiu ao chamar a cunhada, dizendo que queria lhe mostrar algumas coisas em seu quarto. 

E naquele momento, Alice teve que lidar com a segunda grande notícia. 

Isabella estava grávida.

E precisava da ajuda de Alice para contar a Edward, de um plano.

Foi quando Alice teve uma grande ideia, uma grande ideia que iria ajudar tanto o irmão quanto a cunhada.

E que, ela tinha certeza absoluta, eles iriam amar.

Mais tarde, naquele mesmo dia, ambos já se encontravam em seu apartamento, deitados na cama enquanto um filme passava na TV.

Era um filme de luta, um tanto quanto chato para Bella, mas ela respeitou a escolha do namorado. Não estava assistindo ao filme, entretanto.

Seus olhos não podiam desviar do namorado, que se encontrava extremamente concentrado. Os olhos verdes brilhavam de divertimento, seu peito vibrava quando achava graça de uma cena de luta muito exagerada. Os cabelos, sempre tão bagunçados, caindo sobre a testa, os lábios esticados em um sorriso. O braço esquerdo jogado sobre o ombro de Isabella.

Edward era um homem maravilhoso.

E Isabella queria muito que o filho que esperava fosse idêntico a ele. Os mesmos olhos, sorriso, risada, cabelo, jeito de ser. 

- O que foi, gatinha? – indagou ele, quando o filme acabou e notou a namorada o fitando com um sorriso no rosto.

Ela corou um pouquinho.

- Não é nada – mentiu, dando de ombros. – Só estava pensando no quão sortuda eu sou por ter você.

O coração de Edward amoleceu, um sorriso nasceu em seu rosto, e ele não podia mais passar um segundo longe daquela boca.

Puxou-a para seu colo, de frente para ele, e segurou o rosto dela entre suas mãos, depositando um beijo em cada parte de seu rosto.

Deus! Isabella tinha que se tornar sua esposa. Tinha que se tornar oficialmente dele, por mais que isso soasse possessivo.

- Eu te amo – murmurou. – E eu que sou um cara sortudo, gatinha. Sortudo demais.

Lágrimas tomaram conta de Isabella.

- Eu te amo também – sussurrou. – Muito, muito. Promete que vai ficar comigo para sempre?

Edward riu.

Você não faz ideia, amor, do que estou planejando para nós.

- Prometo – beijou seus lábios. – Juro. O que você quiser. Vou amar você para sempre, Bella. 

E eu tenho certeza de que vai amar nosso filho também, amor.

As lágrimas escorreram pelo seu rosto, quando foi muito segurar a emoção que crescia em seu peito. Edward se afastou um pouco, assustado com as lágrimas.

- Está tudo bem? – indagou, correndo os dedos pelo seu rosto, limpando as lágrimas.

- Sim – riu. – É só... eu estou feliz.

Ouvir isso fez com que ele sorrisse.

- E saber disso me deixa duplamente feliz, gatinha.

Os dois foram dormir tarde naquela noite. Havia tantos sentimentos ali, tanta coisa que os dois pensavam para o futuro, tanta coisa que queriam dizer e ainda não podiam.

Passaram o domingo em casa, apenas curtindo um ao outro e descansando. Quando a segunda chegou, Edward e Isabella levantaram cedo, prontos para mais um dia de trabalho.

Ambos haviam sido promovidos e tinham, cada um, seu próprio escritório com sua função. Ambos estavam contentes com sua posição no trabalho, que só tendia a melhorar.

Ainda continuavam a almoçar juntos, no mesmo restaurante italiano de sempre. Ali, enquanto Isabella somente almoçava uma salada, já que seu estômago não estava aceitando muita comida naquele dia, ela quase contou a Edward que estava grávida. E Edward quase lhe pediu em casamento.

Porém, decidiram esperar.

Esperar pelo plano de Alice.

Alice Cullen sabia da história de Edward e Bella como ninguém. Conhecia as regras que a cunhada tinha e que o irmão tinha quebrado uma a uma.

Tinha um plano simples, algo que para muitos não significaria nada e seria simples demais, pequeno demais. Porém, Alice sabia que para o irmão e a cunhada, aquele pequeno detalhe seria tudo.

Encontrou-se com Edward e Bella durante várias vezes conforme os dias foram passando. Foi com o irmão escolher o anel para a cunhada e foi com a mesma escolher o modelo da camisa que usaria no dia que contasse ao futuro papai a novidade.

E, sem que eles soubessem, armou o seu próprio plano. Aproveitou um dia que estava no apartamento deles e que iria sair com os dois e armou tudo.

Quando voltassem, ambos teriam uma surpresa.

Jantaram em casais naquela noite. Emmett e Rosalie, Jasper e Alice, Edward e Bella. Foram ao cinema, riram e se divertiram.

- Podíamos continuar fazendo um programa de garotas – sugeriu Alice. – Na verdade, vai ser bem rápido. Só quero fazer uma coisinha com Bella e Rose.

Edward estranhou isso, mas acreditou que tudo fizesse parte do plano quando Alice piscou para ele e sussurrou: vá para casa.

Bella também achou tudo muito estranho, mas quando Alice piscou para ela... Realmente, a morena estava achando que era tudo parte do plano.

Mal sabiam os dois que ambos estavam muito enganados. Tudo fazia parte de um plano, sim, mas o plano dela.

Edward adentrou o apartamento já ansioso, ciente de que Alice lhe diria o que fazer logo em seguida.

Dito e feito, segundos depois, a irmã mandou uma mensagem.

Vá até o quarto e coloque a roupa que está na cama. Depois, vá direto para o local que combinamos.

Ansioso, Edward partiu para o quarto, sorrindo ao encontrar o jeans e camisa perfeitamente esticados sobre a cama. Vestiu-se, tomando todo o cuidado do mundo para não amassar nada. Naquela noite, tudo tinha que ser perfeito.

Porém, não pôde partir imediatamente, como Alice exigira.

Olhou-se no espelho que havia no quarto, sem conseguir deixar de sorrir. Sua mão buscou a calça jeans jogada no chão e tateou o bolso, pegando o pequeno estojo de veludo, azul marinho, que se encontrava ali.

- É hoje – murmurou, a felicidade mal cabendo em seu peito. – Hoje você se torna a minha noiva.

Admirou-se por mais alguns minutos, tão concentrado na sua própria imagem, sua felicidade mais que óbvia, que se assustou quando o celular vibrou em seu bolso.

Espero que já tenha saído do apartamento! Bella está saindo daqui... Caso ainda esteja aí, pegue suas roupas e esconda debaixo da cama e saia imediatamente.

Rolando os olhos para o tom mandão de sua irmã, mesmo através de uma mensagem, fez tudo o que ela disse. Jogou a roupa que usara debaixo da cama, conferiu mil vezes se o anel estava dentro do estojo de veludo e saiu do apartamento, seu coração a mil por hora.

Naquela noite, Isabella Swan se tornaria sua noiva.

Naquela noite, ele seria noivo de alguém.

E isso o fazia sorrir e rir ao mesmo tempo.

Porque era felicidade demais para uma pessoa só.

Adentrou o seu carro rapidamente e deu partida, já dirigindo pelas ruas de Nova York, rumo ao Central Park. Rumo ao local onde dissera a sua amada que a amava.

Isabella Swan adentrou o apartamento minutos depois da partida de Edward, atenta ao que Alice havia dito. Entrar, ir ao closet, vestir-se e ir para o Central Park, no exato local aonde vocês disseram que se amavam pela primeira vez.

Repetiu tais palavras várias vezes enquanto dirigia até ali e agora, enquanto caminhava até o quarto. Abriu a porta do closet, mal contendo o sorriso quando viu a roupa que deveria usar ali. Fora ideia de Alice e ela simplesmente amara. Era algo novo, lindo e único.

Algo que marcaria para sempre a vida dos dois.

Vestiu-se de forma rápida, colocando a jaqueta por cima da blusa que usava. Porém, quando se olhou no espelho, não conseguiu partir de imediato. Suas mãos acariciaram a barriga por cima da blusa e por baixo da jaqueta ainda aberta. Por fim, puxou a mesma blusa para cima, revelando a barriga ainda lisa.

Só que Isabella sabia.

Sabia que seu bebê estava ali.

O seu bebê e o de Edward.

As lágrimas tomaram conta de seus olhos antes que se desse conta, escorrendo pelo seu rosto, e logo Isabella estava soluçando enquanto se olhava no espelho, um sorriso enorme no rosto.

- Nós vamos ser pais – murmurou. – Eu vou ter um filho do homem que mudou minha vida completamente.

Aos poucos, ela foi se acalmando, ainda se olhando no espelho. Seu sorriso permaneceu ali, mas ela conseguiu controlar as lágrimas. Dirigiu-se para o banheiro e lavou o rosto.

Depois, saiu do apartamento, levando apenas o celular e o exame de sangue que fizera há alguns dias. 

Hoje, Edward descobriria que ela estava esperando um bebê.

Ela estava indo se encontrar com ele no Central Park... E quando eles voltassem tudo estaria completamente diferente, ainda que igual.

Para Isabella, Edward descobriria que iria ser pai.

Para Edward, Isabella se tornaria sua noiva.

E os dois, naquela noite, dariam os maiores passos da sua vida.

Já no Central Park, Edward esperava por Isabella andando de um lado para o outro. Estava ansioso, achando que ela estava demorando demais. Andava várias vezes e nada. Checara o celular diversas vezes, mas o ponteiro simplesmente parecia ter parado.

O estojo de veludo pesava em seu bolso. Ele respirava fundo a todo momento. Ela tinha que chegar logo, ele precisava vê-la, precisava propor, precisava beijá-la, precisava...

- Edward?

Seu coração pareceu parar naquele momento e ele de imediato se virou. Bella estava ali, usando roupas simples, mas linda. Linda demais.

- Oi, gatinha – murmurou, nervoso. – Eu estava esperando por você.

Ela assentiu, mordendo o lábio de forma nervosa. O que faria agora? Abriria a jaqueta e revelaria a camisa que usava por baixo? Começava a falar como havia ficado grávida, mesmo tomando o remédio regularmente, todos os dias?

Edward também se perguntava o que faria a seguir. Ajoelharia, tiraria o estojo? Começaria a falar que estava mais do que nada hora de eles legalizarem o relacionamento? 

- Eu preciso falar com você. – Os dois disseram juntos.

Começaram a rir logo em seguida, chamando-se de tolos por estarem tão ansiosos e nervosos. Eram eles ali; o casal que se conhecera em uma tarde de trabalho; o casal que se apaixonou, que passou por muito junto, que superou tudo; o casal apaixonado.

Eram eles. Bem ali.

Tornaram a rir, ainda meio nervosos. Edward cruzou a distância que os separavam e puxou Isabella para si, depositando um beijo suave em seus lábios gelados.

- Você começa – disse, alisando seus braços por cima da jaqueta, apenas para aquecê-la. – Da outra vez que estivemos aqui, eu comecei a falar, caso não se lembra.

Ela riu e para Edward, poucos sons se comparariam àquele.

- Eu me lembro – sorriu. – Apenas escute tudo até o final, ok?

Edward assentiu rapidamente, ainda sorrindo. Isabella então deu um passo para trás, tirando gentilmente os braços de Edward dela e começou a descer o zíper da jaqueta lentamente.

- Bella... – Edward murmurou, olhando de um lado para o outro. – Você não está pensando em se despir ou...

Não concluiu, porém. Sua namorada – futura noiva e esposa – gargalhou alto, balançando a cabeça.

- Não, amor – revirou os olhos. – Apenas escute até o final.

Ele tornou a assentir, ainda nervoso.

- Bem... – murmurou a morena. – Eu confesso que fiquei surpresa e meio assustada no início, mas essa notícia não pode me deixar mais feliz. É um pedaço de nós, algo que vai nos unir para sempre... E bem, eu estou feliz. Estou muito feliz. E tenho certeza de que você vai ficar feliz também, mesmo que primeiro fique surpreso e assustado, como eu fiquei.

Edward franzia a testa a cada palavra que Isabella falava, sem entender o que estava acontecendo.

- Estou meio confuso aqui, gatinha... – confessou.

Ela riu mais uma vez.

- Acho que mostrar vai ser bem melhor do que falar – sussurrou.

Ela deu outro passo para trás, terminando de descer o zíper da jaqueta. Respirando fundo e sorrindo, ela retirou a jaqueta, seus olhos de repente muito atentos à reação do namorado.

Edward viu Isabella tirando a jaqueta e por um momento pensou em dizer que continuava sem entender nada. Porém, seus olhos se fixaram na camisa que ela usava.

E ele entendeu tudo.

A camisa era de um amarelo fraquinho, bem bonito e suave. Havia uma barriga de grávida desenhada em tons brancos. Ele podia ver o formato de um bebê. 

Mal podia acreditar até que leu as palavras escritas no peito de Isabella: Estou chegando, papai!

E seus olhos foram tomados pelas lágrimas.

Seus joelhos de repente estavam tremendo e ele não podia sustentar seu corpo. Ajoelhou-se aos pés de Bella, abraçando-a com força e puxando-a para si. Sua cabeça se apoiou no seu ventre.

Ele mal podia acreditar.

- Você... – soluçou. – Você está grávida...

Bella soluçou junto, mal podendo conter a alegria que tomava conta dela.

- Sim – sorriu. Suas mãos acariciavam a cabeça de Edward, enquanto o mesmo depositava beijos por toda a barriga dela. – Eu estou, amor.

- Oh, gatinha... – sussurrou, se afastando um pouco. – Você me faz mais feliz a cada dia que passa.

Ele tornou a apoiar sua cabeça no seu ventre, imaginando o bebê ali. O bebê que ainda era minúsculo, mas a prova viva do amor deles.

Deles.

- Isso me lembra que você tem algo para me dizer também – murmurou Isabella, alguns minutos depois.

Nem ela e nem Edward se mexiam e nem se importavam com isso. Ele ainda se encontrava ajoelhado, ela agarrada à sua cabeça, acariciando seus cabelos, enquanto algumas lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto.

- Sim. – Edward depositou um demorado selinho no ventre da namorada antes de se afastar, ainda de joelhos. – E sabendo que teremos um bebê em breve, isso só reforça a vontade que eu tenho de ouvir seu sim.

- Meu sim? – Bella franziu a testa; agora era a sua vez de ficar confusa.

Edward assentiu, sorrindo imensamente. Seu peito se encheu de um amor e felicidade tão grandes que ele pensou que poderia explodir a qualquer minuto.

- Estamos juntos há quase dois anos – murmurou – e nenhuma mulher jamais me fez feliz como você, nenhuma fez com que eu me sentisse tão bem, tão apaixonado, tão feliz. Eu quero passar o resto da minha vida com você. Quero construir uma vida com você. Quero que você tenha o mesmo sobrenome que eu e nosso filho. Quero que seja minha mulher, Isabella, minha esposa. Aquela a quem vou prometer fidelidade e prometer amar acima de tudo.

Bella levou a mão direita aos lábios, um sorriso começando a nascer ali, lágrimas tomando conta de seus olhos – mais uma vez.

Edward puxou o pequeno estojo de veludo, apoiando-se em uma perna. Engolindo as lágrimas que queriam sair, ele continuou a falar.

- Quando eu era pequeno, olhava para os meus pais e desejava um dia encontrar uma mulher que me fizesse sentir como eles – disse. – Não entendia muito bem o meu desejo naquela época, mas hoje eu entendo. E pretendo segui-lo, agora que eu achei essa mulher. Por isso, que me ajoelho aqui, Bella, nesse local, onde nos declaramos e imploro para que aceite ser a minha esposa, ser minha, carregar meu sobrenome. Eu prometo te fazer feliz, prometo fazer nossos filhos felizes. E prometo te amar para sempre, cada dia da minha vida, cada vez mais.

Os soluços dela se tornaram mais altos e ela sorriu em meio as lágrimas.

- Aceita? – indagou Edward. – Aceita se tornar Bella Cullen?

Ela assentiu, se ajoelhando também e puxando-o para um abraço. Teria como ela ficar mais feliz?

Ela simplesmente duvidava.

- Sim! – gritou. – Mil vezes sim!

Edward sorriu imensamente, puxando Isabella mais para si e depositando um beijo em seus cabelos. Abraçou-a por vários minutos, pensando em tudo aquilo que aquela noite significava.

Ele seria pai. Ele se casaria.

Sentindo as lágrimas caírem e sem sentir nenhuma vergonha por chorar feito uma mulher, separou-se de Bella apenas para tomar-lhe a mão direita e beijar cada um dos seus dedos, antes de enfim colocar o anel de noivado ali.

- Você não tem ideia de como estou feliz – sussurrou Isabella, segurando o rosto do seu noivo entre as mãos pequenas, geladas e trêmulas. – Não tem ideia de como me faz feliz.

Edward balançou a cabeça, sorrindo.

- Tenho, gatinha – riu. – Se for um décimo da felicidade que sinto agora... Pode ter certeza que tenho.

Ele tornou a puxá-la para seus braços, se pondo de pé e a ajudando a se levantar. Ajudou-a a colocar a jaqueta e sorriu.

Eles ficaram se olhando por alguns segundos, sabendo que nada mais precisaria ser dito. A troca de olhares, o sorriso, o anel, a camisa de Bella... 

Tudo isso eram as provas de que as coisas mudaram naquela noite.

E para melhor.

- Eu te amo – sussurrou Bella, abraçando-o pelo pescoço e passando seus lábios pelos dele.

- Eu também te amo, gatinha – murmurou. 

Ele a desceu as mãos pelas costas dela, passando-as para frente e tocando a barriga ainda lisa de sua noiva.

E antes de tomar aqueles lábios vermelhos em um beijo profundo, ele sussurrou, seus olhos verdes grudados nos castanhos da mulher que era sua vida.

- E eu já amo nosso bebê também.


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Notas finais do capítulo

N/A: Owwwwwwwwwwwwwn *-* Coisa mais linda esses dois, sim ou claro que sim? Tenho vontade enorme de roubá-los para mim e sair correndo, hahahahaha.
Bem, Rules, como eu citei logo acima, era para ser uma o/s e fim, mas o povo pedindo continuação, a beta me ameaçando via bate-papo no facebook e minha cabecinha cheia de ideias, aqui está mais uma parte da história desses dois. Ambos dando um passo muito grande, se preparando para se tornarem marido e mulher e pais! Quão lindo é tudo isso?
Bem, acredito eu que terão mais dois capítulos. Talvez sim, talvez não. Então, que tal deixarem um review me contando o que acharam e se querem ou não ler sobre o casamento desses dois e o nascimento do bebê?
Espero que tenham gostado tanto quanto eu (;
Besos, besos!
PS: E nem liguem pra n/b da beta, acho que ela estava meio surtada lol
N/B: CORRE DÉBORAH, CORRE!
TO CHEGANDO AÍ EM BH AMANHÃÃÃÃ PRA TE BATER, E TE OBRIGAR A CONTINUAR ESSA FIC ETERNAMENTE! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAFF, TE QUEBRO DE PAU GURIA! KKKKKKKKKKKKKKK
Esse Edward ♥ O bebê ♥ AAH, amo quando a Bella fica grávida ♥