The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 6
O Trato




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Ajeitei minha roupa assim como Eduardo ajeitou a dele.

Eduardo passou pela minha mãe, que estava furiosa, sem dar a mínima para a presença dela. Resolvi fazer o mesmo, porém minha mãe me agarrou pelo braço, o que me fez parar.

Antes que Valéria dissesse qualquer coisa, Edu a disse: “Larga ela.”

“Diz para seu namoradinho, marginal, que eu faço o que eu quiser com a minha filha.” Valéria me disse.

“Pode ir voltando para festa, Edu.” Eu o disse “Já te encontro.”

“Tem certeza disso?” Ele me perguntou.

“Tenho.” Disse sem sequer tirar os olhos da minha mãe.

“Valeu, então.” Edu disse saindo da biblioteca.

 

Eduardo voltou para a festa e lá, Patty e Fernando já estavam.

“E aí, moleque solto?” Fernando cumprimentou Eduardo.

“Nem fala.” Edu disse sério na medida do possível.

“O que houve?” Patty o perguntou “Por que essa cara? E cadê a patricinha?”

“Ela é o meu problema.” Eduardo disse pegando uma taça de champagne que passava em uma bandeja.

“Brigaram?” Patty perguntou esperançosa.

“Não, mas ela ta lá dentro com aquela mãe maluca dela, que deve estar comendo o coro dela.” Eduardo disse.

“Só por que você veio com ela?” Fernando perguntou.

“Não.” Edu disse.

“Por que então?” Patty perguntou impaciente.

“Ela pegou a gente dando uma rapidinha lá na biblioteca.” Eduardo disse.

“Vocês transaram na biblioteca?” Patty gritou e todos olharam, mas ela não ligou.

“Não fala isso alto.” Fernando disse.

“Foi mal.” Patty disse “Só não sabia que Eduardo gostava de livros.”

“Me poupe, Patty.” Edu disse “Eu estou preocupado com a Beatriz.”

 

Enquanto isso, eu tentava me livrar de minha mãe.

“Me solta.” Eu disse a ela e ela o fez.

“O que você estava pensando, Beatriz?” Valéria me perguntou “E se fosse outra pessoa que tivesse entrado aqui.”

“Com certeza, você só veio para a biblioteca nos espionar.” Eu a disse.

“E quem pode me culpar? Minha filha não tem juízo algum.” Valéria disse.

“Eu estou cansada de você, mãe.” Eu disse nervosa “E desiste que eu não vou largar o Eduardo.”

“Você prefere destruir a sua vida por esse marginal?” Valéria me perguntou.

“A única pessoa que destrói a minha vida, é a senhora.” Disse caminhando em direção a porta.

“Tome cuidado, Beatriz.” Valéria disse em um tom superior.

Me revoltei e fui até ela colocando meu polegar na cara dela e dizendo: “Tome a cuidado a senhora antes de ameaçar ou a mim ou a Eduardo!”

Valéria não se mexeu, mal piscou.

Saí de lá e quando cheguei na festa, Eduardo já estava brigando.

“O que você está fazendo aqui, seu pela?” Edu interrogava Léo, querendo bater nele.

“Beatriz!” Léo disse ao me ver “Por favor, diz para o seu... o seu namorado que você me convidou.”

“Que se dane.” Eu disse “Perdi o clima de festa. Vamos embora, Eduardo.”

“Mas já?” Patty perguntou inconformada.

“Se quiserem ficar, vai ser melhor ainda.” Disse “Perturbem bastante minha mãe e aquela ruiva ali, olha.”

Apontei para minha mãe e Mercedes.

“Ah! Pode deixar.” Patty disse.

Saí daquele lugar com Eduardo.

E Patty já foi logo perturbar minha mãe e Mercedes.

“Ótima festa, donas.” Patty disse.

“Eu conheço você?” Mercedes perguntou.

“Eu conheço, Mercedes.” Valéria disse “Possa falar um instante com você, garota?”

“Claro.” Patty disse com um sorriso maldoso.

No canto, Valéria e Patty conversam e Fernando não gosta nada disso.

“O que a senhora quer comigo, dona Valéria?” Patty a perguntou.

“Vou direto ao ponto, sem rodeios.” Valéria disse.

“Ótimo assim.” Patty disse.

“Bom, eu sei que você é a ex daquele marginal, com quem minha filha anda saindo...” Valéria fora interrompida.

“Ei! Não fala assim do Edu.” Patty disse.

“Ok.” Valéria disse “Mas continuando também sei que ainda gosta daquele... do Eduardo. E por isso não vai querer Beatriz no seu caminho, certo?”

Patty não respondeu nada, mas pelo seu olhar Valéria pôde deduzir que estava falando a mesma língua que Patty.

“Quanto você quer pra conseguir fazer minha filha e seu ex nunca mais quererem ver a cara um do outro?” Valéria disse e Patty apenas a deu seu sorriso mais malvado.

“5 mil dá pra começar.” Patty disse.

“Que bom que temos um trato.” Valéria disse apertando a mão de Patty.

Fernando não gostava nada do que via, então resolveu ir até lá e se meter.

“Ei, o que vocês tanto conversam?” Fernando perguntou a Patty.

“Eu só dizia que era muito bom conhecer uma das novas amigas da minha filha.” Valéria mentiu “Com licença.”

Valéria se retirou e Fernando perguntou a Patty: “É verdade isso que essa jararaca disse?”

“É sim, Fernando.” Patty disse “Até que a dona Valéria é gente boa.”

“Não sei não.” Fernando disse “Aí tem.”

Ah, se naquela época eu soubesse o que minha mãe iria me aprontar.


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