Bloody Love escrita por bia sykes


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Eu sou uma idiota e errei uma data ou outra em um capítulo. Pra deixar claro: a audição do Blaine, assim como o encontro dele com o Kurt aconteceram numa SEXTA FEIRA. Por favor, se vocês verem que tem alguma data que não faz sentido, me avisem porque eu sou burra e não vejo :)
Enfim, hiatus chegou ao fim :)
Neeew chapter for you.
Enjoy!



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Rachel estava apreensiva com a mensagem que Finn havia lhe mandado. Ela já havia bolado milhões de suposições, e cada uma era mais assustadora ou improvável do que a outra. A maioria delas estavam relacionadas a Finn se declarar para ela de alguma forma.

Ela estava fazendo o máximo para afastar todas elas de sua mente enquanto se dirigia para onde ela e Finn tinham marcado de se encontrar – em uma sala de aula vazia.

Parou na porta e viu que Finn estava lá dentro, virado de costas para a porta. Ela respirou fundo, alisou seu vestido, arrumou o cabelo, e só então abriu a porta. Se Finn ouviu a aproximação, não demonstrou.

“Olá.”, ela disse, no tom mais delicado que pode. Pela postura de Finn ela não sabia dizer o que ele estava sentindo. Se ele estava só pensativo, se ele estava com raiva, se ele estava confuso, se ele estava triste... Poderia ser qualquer uma das opções. “Hm... Sobre o que você queria falar comigo?”

Ele se virou lentamente para encará-la. Sua expressão estava infelizmente indecifrável. Rachel ficava frustrada quando não conseguia ver o que as pessoas estavam sentindo. “Sente-se.”

Ela começou a ficar tensa. Por uma fração de segundo, ela ficou apreensiva pensando em o que Finn faria em seguida. Ela ficou com medo. Aquilo não era normal. Seus batimentos cardíacos começaram a acelerar. Ela se sentou na cadeira que estava mais perto dela, que por acaso era a mais longe de Finn, já que ele estava do outro lado da sala. Perto da janela, longe da porta. “O-ok.”

Finn ficou alguns segundos calado, com o olhar preso em Rachel. A garota infelizmente não o encarava de volta. Parecia que ela estava assustada. Não era uma coisa boa, já que ele iria falar sobre algo... ruim com ela. E ele seria bastante honesto.

“Rachel.”, ele disse, apenas, fazendo a menina –finalmente- olhá-lo. “Eu estou prestes a lhe falar algumas coisas bastante pessoais e eu não quero que você fale sobre nada disso com ninguém. Nem para Santana, nem para Brittany e muito menos para Blaine.”

Ela ficou dez vezes mais apreensiva. Algo que nem mesmo Blaine poderia saber? Quer dizer, muito menos ele? Parecia que ele estava prestes a declarar algo horrível e perturbador. A garota assentiu, assustada, reação que não passou despercebida por Finn.

Ele a encarou por um tempo antes de se sentar ao lado dela, fazendo seus batimentos ficarem tão altos que até ele pode ouvir.

Rachel estava com vontade de sair gritando e chorando. Mas por que? Ela estava com o amor de sua vida. Haveria alguma razão para ela ter medo da situação? Ela estava tendo uma conversa particular com ele. Poderia até ficar repreensiva, mas apavorada do jeito que ela estava? Com certeza não era normal.

“É um pouco difícil explicar o que eu estou prestes a te explicar. Eu nunca falei sobre isso com ninguém além de Kurt e Burt.”

O assunto tinha ficado sério.

Ela apenas o olhou, ainda com medo, mas seu olhar pedia para ele continuar. “Bom. Por alguma razão, eu e Kurt somos... diferentes.”

“Vocês são mutantes?!”, perguntou Rachel, quando Finn demorou para continuar.

Ele riu, não exatamente com humor. “Hm, não. Mas é por aí.”. Ela arregalou os olhos e parecia que estava prestes a sair correndo da sala. “Eu e meu irmão temos uma... necessidade não humana. Nós somos iguais a vocês fisicamente e quase igual mentalmente.”

“Vocês são aliens?!”, ela perguntou, interrompendo-o. A conversa ia de esquisita para anormal.

Finn franziu a testa. “Não. Por favor, não interrompa. Já é bastante difícil fazer o que eu estou fazendo.”

Ela concordou com a cabeça. “Me desculpe. Continue.”, ela falou, suspirando, na esperança de se acalmar.

“Nós parecemos ser normais. Mas não somos. Nós comemos comida. Mas não vivemos disso. Nós comemoramos aniversários. Mas não ficamos mais velhos. Nós vamos para a escola. Mas já sabemos tudo o que vemos.”, ele disse.

“M-m-me desculpe p-por interromper, m-mas... O-o-o que você está tentando d-dizer?”, ela falou, quase inaudível.

Ele respirou fundo, desistindo de ser indireto. Fale agora ou cale-se para sempre. “Nós somos o que vocês conhecem popularmente como ‘vampiros’, ‘criaturas da noite’ e assim por diante. Nós vivemos de sangue. Nós somos imortais. Nós temos uma memória quase fotográfica.”

A respiração de Rachel empacou e ela ficou alguns segundos encarando-o de boca aberta. O medo era visível em seus olhos. Ela estava mais que apavorada. Ela parecia que estava prestes a desmaiar ali mesmo. Finn começou a ficar preocupado. Ele sabia que deveria ter sido menos direto, para ajudá-la a digerir a informação. Quando estava planejando o que falaria, ele tinha considerado a possibilidade de que, mesmo sendo muito indireto e cuidadoso, Rachel não daria conta da revelação. “R-rachel, por favor, reaja.”, ele implorou. Ele nunca havia visto ela daquele jeito. Ela estava sempre sorridente, rindo, confiante, falante... Naquele momento ela estava sendo o oposto.

“C-como eu devo reagir? E-eu devo reagir? E-eu não sei o que dizer.”, ela falou, voltando a respirar e com algum novo sentimento nos olhos que Finn não pode identificar.

“Bom, me diga o que você acha de mim agora.”, ele falou, sem defesas. O que quer que ela atirasse nele iria feri-lo de tão exposto que estava.

“Eu não sei bem. Quer dizer, eu acho que a mesma coisa só que com mais... medo.”

“‘A mesma coisa’?”, ele perguntou. Ele não sabia o que ela achava dele. Esse parecia ser o momento certo para descobrir.

“Você continua sendo o menino fofo, simpático, engraçado, adorável, delicado e charmoso que eu conheci, provavelmente melhor do que qualquer outro por aí. Mas agora eu tenho a impressão que não é bom eu ficar perto de você...”, ela disse, com aquele estranho sentimento no olhar que encarava Finn.

E boom. Ela havia ferido ele. “N-não há razão para sentir isso, Rach... Eu sou a mesma pessoa que você conheceu, só que agora você sabe mais, só isso.”. Sua voz estava carregada de mágoa. Ele não esperava que ela reagisse daquela forma. Ele não queria que ela reagisse daquela forma. Ele havia conhecido-a há alguns dias, é claro, mas ele não podia perdê-la de forma alguma. Ele estava crente de que ela era a menina da sua vida. Você simplesmente sabe quando isso acontece.

“Eu não tenho culpa, Finn! Você acaba de me falar que tem que tirar a vida de outras pessoas para sustentar a sua própria e espera que eu não fique com medo?!”. O sentimento no olhar dela era raiva. Raiva por ele não ter sido honesto e por ter achado que ela ficaria tranquila com o assunto.

“Você está com medo. Medo de mim.”, ele disse. Aquilo não foi uma pergunta. Foi Finn tentando convencer a si mesmo de que ele havia assustado Rachel.

“Sim.”, ela falou, com confiança. Ela empurrou a cadeira para trás com força, se levantando. “E-eu não quero q-que você m-m-me procure mais.”, ela disse, dessa vez hesitante.

“Ah.”, foi o que ele disse. Afinal, o que ele poderia dizer depois de um fora como esse? Como já foi mencionado, Finn estava completamente exposto, então as palavras o feriram mais do que se fosse outra pessoa. Seu coração estava partido.

“É-é isso. Hm... T-tchau.”, ela falou com uma única lágrima rolando pelo seu rosto e se retirando da sala.

Every rose has its torn.

. . . . .

O boliche com Blaine foi divertido, pelo menos para Kurt. Ele havia descoberto que o menino de olhos castanhos era muito bom no jogo e super animado. Kurt só não compartilhava mais esse sentimento porque ele era terrível no boliche. Não foi apenas uma vez que ele não conseguiu derrubar nenhum pino, mas sim oito.

“Não se preocupe. É tudo uma questão de prática.”, dizia Blaine, a cada vez que Kurt errava.

“Nah. Eu só não nasci pra isso. Nem para nenhum esporte, na verdade...”, ele respondia, bastante direto.

Blaine apenas ria com as reações do outro. Depois de duas partidas, conversas bobas e risos sem justificativa, eles resolveram ir jantar, até porque o boliche estava começando a ficar lotado.

. . . . .

“Então, pra onde a gente tá indo?”, perguntou Kurt, a uma certa altura do trajeto que ele desconhecia. “Eu só espero que não seja para algum restaurante de comida mexicana. Eu não suporto toda aquela pimenta.”

Blaine tirou o olhar da direção por um segundo para encarar Kurt com perplexidade. “Como assim?!”, ele perguntou, com a voz uma oitava mais alta que o normal. “Comida mexicana é muito boa! É a minha favorita.”, ele falou, sorrindo, com o olhar de volta para frente.

Eles estavam em uma rua com uma iluminação fraca, um pouco afastados da cidade, mas ainda assim era possível ver a enorme quantidade de flores e arbustos nos limites do asfalto. Kurt não soube dizer que tipo eram devido a pouca luminosidade, mas sabia que não haveriam flores como aquelas no centro da cidade. “Você, novato, me levando para um lugar que eu não conheço? Quais são os planos, Anderson? Me sequestrar?”

Ele deu uma risada maléfica bastante falsa antes de responder. “Como você descobriu meus planos, Sr. Hummel?! Planejei tudo com muita cautela para evitar de algo dar errado e eu poder cortar seus pulsos e jogá-lo em algum rio próximo!”

A atuação dele foi tão ruim que Kurt gargalhou descontroladamente por algum tempo. “Mas, sério, para onde estamos indo?”, ele perguntou, depois que conseguiu se controlar.

“Eu não vou dizer...”, ele falou, cantarolando.

Kurt revirou os olhos, mas se permitiu a sorrir.

. . . . .

“Eu nunca vim aqui.”, comentou Blaine. “Se a comida estiver muito ruim, pode por a culpa em mim. Eu resolvi utilizar nosso encontro para experimentar.”

Kurt sorriu por Blaine chamar o que eles estavam tendo de encontro, mesmo que fosse mesmo um encontro. Kurt respirou fundo, pegando os talheres e enfiando-nos na comida. “Estou de dedos cruzados.”, ele garantiu.

Blaine assentiu, observando atentamente Kurt engolir a comida. “Sooooo?”, ele perguntou. “Podemos correr sem pagar antes de alguém perceber que pedimos alguma coisa?”

O de olhos azuis ficou pensando por alguns segundos. “Eu acho que podemos ficar aqui.”, ele falou, rindo.

Blaine respirou aliviado. “Ainda bem. Meu nível de malandragem é zero e eu gostaria de mantê-lo assim.”

O encontro no restaurante japonês ocorreu perfeitamente bem, com Kurt e Blaine trocando intensos olhares significativos, mesmo no mais puro silêncio.

Quando deu onze horas, ele resolveram (mesmo que não quisessem terminar aquela noite) de que era prudente eles irem para casa. Os pais poderiam ficar preocupados.

Blaine então levou Kurt para casa, em meio a um barulhento silêncio, mas não exatamente irritante. Blaine e Kurt perceberam naquela noite como era bom passar o tempo um com o outro. Eles se pertenciam, de certa forma.

E com certeza fariam aquilo mais vezes.



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Notas finais do capítulo

Eu sei que não dei muito foco à Klaine, mas o foco desse fic é Finchel (pelo menos eu tinha intenção de ser). Vocês me falaram o que queriam e eu realmente vou tentar atender ao pedido de vocês. Klaine tá no meio porque é infinitamente fofo e adorável e eu amo quase tanto quanto eu amo Finchel, mas eu acho que deixar o holofote com Finchel pode ser melhor... Sei lá. Me falem o que vocês acham ;)