Bloody Love escrita por bia sykes


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

RIP eu. #TheBreakUp



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“Rachel Berry?”, perguntou um funcionário da escola na porta da sala da garota. “Disseram que é pra você.”

O professor se silenciou e todos pararam de conversar para olhar para a porta. O funcionário estava segurando um buquê de flores vermelhas, rosas e amarelas, lindas. Rachel arregalou os olhos, sendo pega completamente desprevenida. Se o olhar de Finn indicava alguma coisa, ele também, fazendo todos perceberem que não havia sido ele que havia mandado.

Ela se levantou, hesitante, para ir pegar o buquê. Todos estavam observando em silêncio, meio que se sentindo mal por ela. Na maioria das vezes (pelo menos naquela escola), receber flores de um cara sem ser seu namorado era sinal de traição. Rachel Berry, tão adorada por todos, como ela havia sido capaz de fazer algo como aquilo? Era a pergunta de todos. Mas por ser tão amada, ninguém falou nada.

Ela pegou o monte de flores e voltou para o seu lugar, deixando o objeto no chão, ao lado da sua cadeira. Ela quase colocou embaixo da mesa para não chamar tanta atenção, mas seria falta de consideração com quem quer que tivesse mandado e todos já haviam visto de qualquer forma.

O professor secou a garganta, quebrando o silêncio. Todos os olhares voltaram para ele mais uma vez e ele voltou a dar aula.

“Rachel, me diga que não é de quem eu tô pensando que é.”, disse Finn, baixinho, de modo que ninguém mais pudesse ouvir.

A garota rapidamente começou a mexer na surpresa procurando por algum cartão. Quando finalmente encontrou e abriu, nada mais em sua volta importava. Ela estava em transe, em choque. “Finn, me desculpa, eu não sei porque diabos o Sebastian mandou um cart-”, ela disse, sentindo mais lágrimas se formarem. Aquilo era o que sempre acontecia quando o assunto “Sebastian, o garoto de Rachel Berry por uma noite” era mencionado. O arrependimento, a culpa, o não entendimento completo do ocorrido... Tudo vinha a tona, e sempre com mais força, cada vez machucando ainda mais a pequena. “Me desculpa...”, ela falava, baixinho, repetidamente, tentando, assim, fazer com que ela mesma se desculpasse, coisa que ela não faria tão cedo, talvez nunca.

Finn apenas voltou a olhar pra frente, deixando Rachel se afogar em suas desculpas. Ele já havia ouvido, ele já havia entendido. Mas não quer dizer que ele já havia deixado para trás. Ele estava magoado, acima de tudo. Traição. Uma palavra tão feia, que ele tanto desprezava... Ele ainda tinha dúvidas de como o amor da sua vida havia feito isso com ele. A única coisa que ele sabia era que não havia sido exatamente um ato consciente e que ela o amava. Para ele, isso deveria ser suficiente, mas não era. Ele queria mais do que isso. “Eu sei, Rachel, eu sei... A gente pode falar sobre isso depois?”

Depois, depois, depois... Sempre depois para ele. Fazia dias que eles haviam ido para a festa na casa de Santana. Rachel já havia ido para a casa de Finn duas vezes. Mas sempre a mesma desculpa. “Falamos sobre isso depois”. Depois quando?, ela se perguntava. Sempre depois. Não temos tempo? Depois. Temos tempo? Depois, de novo. “Finn Hudson, depois eu e você vamos para o auditório. Depois falaremos sobre isso, sem falta e sem escapatória. Eu não aguento mais continuar com isso não resolvido.”, ela falou, um pouco irritada. Sim, ela havia feito a merda, mas... Finn estava continuando. Ele estava com medo do confronto, talvez? Quem deveria estar era ela, ela não tinha desculpa para fazer o que fez.

Finn suspirou, mas assentiu. Ele mais cedo ou mais tarde teria que resolver aquilo, não era? Rachel se virou para frente, se sentindo um pouco (bem pouco) mais leve. Ela se resolveria com Finn. O resultado daquilo ela não sabia, mas só de saber que ela poderia voltar a agir pelo o que ele era para ela, pelo quanto ele significava, já deixava ela melhor. Ela sentia falta de tratá-lo como o amor da sua vida, como se o mundo dela tivesse em suas mãos. Sim, ele continuava lá, mas Finn não estava mais se importando com aquilo. Ele não estava mais se importando com ela.

. . . . .

“Eu nem sei porque você tá se estressando tanto com isso. Se você realmente sente o que diz, Berry, então não deveria haver nenhuma necessidade de ‘reuniãozinha formal’ com Finn para decidir o futuro do relacionamento de vocês. Devia ser óbvio.”, dizia Santana, enquanto as duas estavam almoçando junto com Brittany e Kurt.

“Eu concordo com a Santie. Eu acho que se o sentimento é forte desse jeito, vocês não precisam ter uma discussão de relação, mas sim de um encontro.”, disse Kurt, fazendo todos na mesa concordarem menos Rachel. Ele lentamente bebeu um gole do suco, o que a fez se perguntar porque ele fazia aquilo se não era necessário para sua sobrevivência. Talvez era hábito, para se infiltrar ou parecer normal.

“Não, vocês não tão entendendo. Tudo isso está indo de mal a pior porque não há contato entre nós. Faz apenas dias que aquilo aconteceu e eu sinto que o Finn é um estranho. Essa conversa é essencial pra gente se acertar. Se a gente for em um encontro e esquecer tudo com um beijo, o problema todo voltará mais cedo ou mais tarde!”, ela exclamou, fazendo algumas cabeças se virarem. O sonho de todas as pessoas naquele ambiente era se sentar junto com eles. Mas uma coisa que já havia sido proclamada era que, se estava acontecendo alguma conversa particular entre os quatro, não era pra ninguém se intrometer.

Todos ficaram calados, concordam em silêncio com Rachel. Conversa e compreensão eram uma das bases de um relacionamento. Como levar o que eles tinham entre si para a frente se um dos pilares faltava? Claro, o sentimento era imensurável e intenso, mas algo alguma hora daria errado.

O pior medo da morena era de que eles desmoronassem. Ela simplesmente não conseguiria viver sem Finn. Fazia pouco tempo, mas Finn já havia se tornado sua vida em todos os sentidos. Ela sentia que nenhuma declaração seria suficiente para declarar tudo o que ela sentia por ele, era forte demais.

Tão forte que poderia destruí-los.


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Notas finais do capítulo

Descontem sua raiva nas reviews. Esse capítulo foi de destruir o coração mesmo.