Uma Estranha No Meu Quarto escrita por Damn Girl


Capítulo 26
Mini Capítulo Bonus - Parte 01


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!! ♥ Aviso importantíssimo, estou começando hoje a postar uma "minisérie" de 4 ou 5 mini capítulos bonus sobre a história de Roosevelt, aqui mesmo, e agora rsrsrs Essa é a parte 01.. Quero deixar bem claro que é um presente meu pra vocês, é totalmente opcional, se vcs pularem não vai influenciar no entendimento da história, porém quem ler vai ganhar um aprofundamento maior. Era pra ser um spin-off mas como provavelmente vai ter uma estranha no meu quarto 2 e estou escrevendo outra história, resolvi encurtar e incluir tudo aqui. Em breve (amanhã ou sábado) será publicado o capítulo 26 normalmente, estou terminando de escrever ele..

Pra quem resolver ler, desejo uma boa leitura. Pra quem preferir pular, nos vemos no capitulo 26 ;)



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— Ela chegou! Ela chegou!
          Um bando de empregadas afoitas tentavam terminar de arrumar Roosevelt da melhor maneira possível; Uma o ajudou a vestir o casaco, outra pregou as abotoaduras, outra passou pó no rosto, outra penteou os cabelos pro lado e borrifou perfume e uma ultima endireitou o lenço e lhe entregou sua espada. Estavam mais ansiosas que o próprio rapaz.
— Nosso garotinho mal fez 18 anos e já vai se casar!
— Não por minha vontade. - Roosevelt riu contudo logo suas bochechas ganharam uma coloração rosada quando se admirou no espelho. - Vocês fizeram um excelente trabalho... Será que ela vai gostar de mim?
              A mulher mais velha do grupo, a governanta, o segurou pelos ombros e deu-lhe um beijo na testa. Amava aquele garoto como se fosse seu filho.
— Quem não gostaria de você, meu amor? Você é o rapaz mais lindo e elegante de toda Londres..
— Obrigada Magda. - Ele fitou todas suas empregadas - Bem, não vamos mais adiar o inadiável, não é? Vamos lá conhecer minha noiva..
               Roosevelt apressou o passo pelos corredores seguido por um grupo de empregadas que, aos risos, seguravam os vestidos tentando acompanhá-lo. Ele parou abruptamente no meio da escada, e cada um do grupo ficou em um degrau esticando seus pescoços. De onde ele estava podia ver seus pais conversando com um casal e uma garota.
— Ai meu deus, é ela?! 
— Shhhhh - Roosevelt corou. - Annie fica quieta.. Vão nos ver aqui.
— É ela sim, olha os cabelos, vermelhos como falaram.. Só pode ser ela.
— Shhhhh Claire. A senhorita também!
                A garota lá embaixo tinha lindos cabelos ruivos cacheados que contrastavam com seus olhos azuis marcantes. Era magra, magra até demais e gesticulava como uma princesa em seu vestido rodado. Não tinha mais de quatorze anos contudo se portava muito bem. Roosevelt sorriu encantado pela escolha dos pais. Era a primeira vez que a via, assim como suas empregadas, nem mesmo em cartas havia conversado com ela. Estava indo em direção a moça quando alguém segurou seu braço e o puxou para um abraço. Era Carlisle seu irmão quatro anos mais novo.

— Parabéns Roose, linda dama! - Carlisle sorriu, dando leves batidinhas nas costas do irmão mais velho. - Queria estar em seu lugar. Detesto ser tratado como uma criança.

— Certamente sua hora irá chegar Carl. - Retribuiu o sorriso - Os olhos de nossos pais estarão voltados para você agora.

— Eu me lembro de brincar junto dela até poucos meses atrás, nós praticamente crescemos juntos. Não se lembra Roose? Alana Campbell?

— Eu não podia brincar muito Carlisle, mas acho que me recordo de vocês dois. Isso é ótimo, me fale dela quando formos dormir, quero presenteá-la com algo que lhe agrade.

       Carlisle lançou uma piscadela pro irmão e os dois foram de encontro aos convidados.

       O jantar correu maravilhosamente bem, as duas famílias tinham um bom relacionamento e tinham bastantes interesses em comum. Contudo o fato de Alana estar sentada em frente a Roosevelt o jantar inteiro e sequer lhe dirigir o olhar o intrigou. Estava empolgado para conhecê-la melhor.

       Seria Alana uma moça tímida? Deveria ir falar com ela? Roosevelt ficou o jantar inteiro tentando fazer contato, sem obter sucesso. Para Alana ele era invisível.

      Ao final do jantar uma acompanhante de Alana lhe deixou uma carta antes de partir. Roosevelt correu pro quarto animado e trancou a porta se atirando na cama, as esperanças renovadas. Era a primeira carta de amor que recebia, fitou a letra floreada da moça com muita ansiedade. Extremamente cauteloso, ele abriu a borda selada devagar a fim de não danificar o envelope, queria guardar de recordação para quando estivessem mais velhos mostrar a Alana que o guardou. Pegou o papel repleto de ansiedade e o abriu, correndo os olhos pelo conteúdo com um sorriso estampado em sua face.

         Caro Roosevelt McDonald.

         Como lhe deve ser de conhecimento, nossas famílias resolveram unir-nos em matrimônio e eu, como exemplo de dama na nossa sociedade londrina, superficial e hipócrita, sou OBRIGADA a aceitar. Em momento algum fui questionada quanto aos meus desejos e propósitos, de fato minha opinião sequer foi considerada. Sinceramente Senhor McDonald, que o que se passa em meu amago é pura aflição. Estou aflita por ter de passar o resto dos meus dias com o Senhor.

        Quero que saiba que meu coração pertence e sempre pertencerá a outra pessoa, e ao homem que eu amo sou plenamente fiel. O fato de não poder me casar com ele é irrelevante, visto que nosso relacionamento se resumirá a mera conveniência. Espero que com isso em mente e, se apropriando do bom senso, o Senhor não tente nenhuma aproximação inoportuna e íntima. De fato preferiria que se possível for, só me dirija a palavra quando for estritamente necessário. E que, sendo um homem tão bondoso como todos insistem em me afirmar, providencie um aposento individual para mim sem causar alarde e me deixe em paz. Dito isso, afirmo que se o senhor respeitar minhas exigências serei uma esposa atenciosa com a mansão e os nossos compromissos públicos.

        Atenciosamente, 

                         Alana Campbell.


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Notas finais do capítulo

Alana é malvada ou não é? rsrsrs