Kolybelnaya escrita por themuggleriddle


Capítulo 20
The House on the Hill




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/226171/chapter/20

Tom não se lembrava de ter adormecido, mas ele sabia que, se o havia feito, tinha dormido em sua cama, no dormitório de Hogwarts, e não em um sofá no meio de uma sala de visitas desconhecida. Bom, não totalmente desconhecida, mas como ele ainda não conhecia todos os detalhes do lugar, o garoto a considerava desconhecida, afinal, ele só estivera ali uma vez e não fora na melhor ocasião.

Talvez fosse por causa da memória da última vez que estivera ali que o rapaz logo se sentou e olhou em volta com os olhos arregalados assim que percebeu onde estava. O lugar parecia impecavelmente organizado e limpo, e a luz suave que entrava pelas janelas parecia fazer tudo brilhar, não deixando a vista nenhum vestígio de poeira. Era diferente da última vez - escuro, iluminado apenas pelas lamparinas ao lado do sofá - e Tom não sabia se essa mudança era boa ou ruim.

O bruxo levantou-se e lentamente foi até a porta, seu coração acelerando enquanto ele tentava esconder a ansiedade e procurava pela saída. Ele não tinha idéia de como acabara ali, mas ele não queria ficar por muito tempo, tinha que sair daquela casa antes que alguém…

Riddle deu um pulo e, instintivamente, pressionou-se contra a parede para evitar cair ao ver uma figura sombria parada perto da janela, atrás do piano de cauda no canto da sala. Sentindo seu coração quase sair pela boca, Tom estreitou os olhos, tentando focar a visão na pessoa ao lado da janela.

"O que diabos você está fazendo aqui?" o garoto sibilou, trancando o maxilar e sentindo o medo sumir, dando espaço para um tipo de raiva descontrolada. "Você não deveria estar aqui! Você deveria estar-!"

"A sete palmos debaixo da terra." Era estranho ouvir a voz daquele homem quando esta não estava em pânico ou quebrada por soluços. Era mais fácil não gostar dele quando ele parecia pateticamente desesperado… Não que aquele tom melancólico fosse melhor, agora ele parecia pateticamente miserável, mas Tom preferia o desespero àquela apatia patética.

"Ótimo," resmungou Tom, fechando os olhos e massageando as suas têmporas. "Estou sonhando com um trouxa estúpido."

"Não é bem um s-"

"Claro que é um sonho!" Riddle gritou e viu o homem encolher-se contra a janela. "Você está morto! Você já está morto por um ano! Eu vi. Eu mesmo fiz isso!"

O homem não se moveu. Estando contra a luz deixava impossível para Tom ver sua expressão, mas não era como se ele tivesse que ver como estava para saber que o rosto dele deveria estar uma máscara de preocupação exagerada. O rapaz olhou em volta outra vez. Tudo estava quieto demais, somente em um sonho um lugar seria tão silencioso.

"Preciso falar com você-"

"Oh, você precisa falar comigo!" Riddle riu, sacudindo a cabeça e voltando a andar, indo para a outra porta da sala, do lado oposto ao piano. "Depois de morto você quer falar comigo."

"Olhe, me desculpe." Tom agarrou a maçaneta, tentando girá-la, mas a porta estava trancada. "Mas eu realmente preciso-"

"Você começou a pedir desculpas depois que eu matei seus queridos papai e mamãe," disse Riddle, vendo como o homem parecia não se mexer do seu lugar ao lado da janela, como se ele estivesse protegido ali por alguma coisa, talvez o maldito piano. "Mas adivinhe? Eu não poderia me importar menos. Tudo o que eu quero é que você suma da minha vida, entende? Já é o suficiente ter que lembrar de você e da sua família toda vez que chamam o meu nome ou quando olho no espelho."

"Tom…"

"Você é patético, sabia?" perguntou o garoto, virando-se para olhar o outro de novo. "Tudo em você é patético: seu tom de voz, sua cara de tristeza estúpida, seus apelos, sua dependência de seus pais… Você é só um trouxa. Um trouxa nojento que está melhor morto. Eu fiz um favor a todos ao livrar o mundo de gente como você e seus pais."

Riddle voltou a se virar para a outra porta, a primeira. Ela também estava trancada.

"É só um sonho," ele sussurrou para si mesmo. "Está tudo dentro da sua cabeça. Você está em Hogwarts, sozinho, não tem nenhum trouxa-"

"Será que você pode ficar quieto e me ouvir!?" Os olhos de Tom se arregalaram ao sentir uma mão em seu ombro, virando-o e o segurando contra a porta fechada. Era assustador olhar para oposto daquele homem. Era como ver a si mesmo mais velho, mesmo que houvesse algumas diferenças entre eles: seu nariz não era tão delicado quanto o de Tom, sua mandíbula era mais angulada e a expressão confiante que o rapaz normalmente tinha parecia nunca ter aparecido no rosto do trouxa.

"Ou o que? Vai me deixar de castigo, pai?" o garoto praticamente cuspiu as palavras e isso foi o suficiente para fazer o outro soltar o seu ombro e dar um passo para trás. "Acho que você perde o direito de dar ao seu filho qualquer tipo de punição depois de deixá-lo apodrecendo em um orfanato por mais de dezessete anos."

"Tom, por favor, só ouça o que eu tenho a dizer."

"Você ouviu o que minha mãe tinha a dizer antes de abandoná-la?" perguntou Tom, franzindo o cenho ao observar o rosto do homem. Se fosse possível, ele pareceu ainda mais culpado. "Achei que não."

Seu pai o encarou por um longo minuto e Tom podia ver que ele estava se contendo para não desabar como fizera da última vez que o vira. As mãos do homem estavam tremendo e ele pressionava seus lábios um contra o outro, como se tentasse pensar em algo para dizer.

"Não vá até Hogsmead." As palavras saíram da boca do trouxa com tamanha dificuldade que Riddle quase não as entendera. "Evite o vilarejo."

"O que?" O rapaz estreitou os olhos, antes de tombar a cabeça para trás e rir alto. "Como diabos você sabe de Hogsmead? Oh, sim, você é um sonho. Você é o meu subconsciente sendo idiota e arruinando o meu sono. Nada mais do que isso."

"Tom, por favor, apenas faça o que eu disse," o homem pediu. "Evite Hogsmead."

"Sendo o meu subconsciente ou não, eu realmente não quero falar com você. Não hoje e nem nunca mais, você entende? Então, vá embora e me deixe em paz! Faça o que você fez com tanto sucesso nos últimos dezessete anos! Me deixe em paz!"

 

***

 

"Riddle parece que dormiu numa cama cheia de tronquilhos," sussurrou Minerva enquanto mexia o conteúdo de seu caldeirão. "Alguém deveria arrastá-lo para a cama e fazê-lo dormir."

"Desde quando voce se preocupa com o bem estar de sonserinos, Minnie?" perguntou Charlus, arqueando uma sobrancelha.

"Você se preocupa com o bem estar de uma sonserina em especial, meu caro Sr. Potter." A garota sorriu de lado para ele.

"Tem uma enorme diferença entre Dorea e Riddle." Dessa vez fora Hermione quem falou. Ela nem mesmo ergueu os olhos da planta que ela cortava com uma faca pequena sobre a mesa.

"Dorea é adorável, Riddle é um monstro," disse Potter.

"Ele está logo do nosso lado," murmurou McGongall.

"Foi você quem começou." O garoto imitou a voz da amiga, antes de rir. "Certo, talvez não um monstro, mas ele é um idiota. Ele e o grupinho de amigos." Potter sacudiu a cabeça, ignorando o olhar sério que recebeu de Abraxas, que estava sentado em frente a Riddle na mesa ao lado.

"Shh. Um dos cães dele está olhando para você," murmurou Septimus. "Você não quer que ele conte para o mestre dele que você está falando essas coisas."

"Malfoy precisa prestar atenção no caldeirão dele caso não queira que aquilo explora de novo," disse Charlus, erguendo o queixo e deixando um sorriso preguiçoso aparecer em seus lábios. "Aliás, ele já estragou o seu projeto, Hermione?"

"Malfoy? Não, ele está se saindo bem até agora," ela respondeu, olhando rapidamente para os sonserinos. Minerva estava certa: Riddle estava um caos. Ele tinha marcas escuras embaixo dos olhos avermelhados e até seu cabelo não estava tão bem penteado como sempre. Ele também tinha uma expressão terrivelmente mal humorada no rosto. A garota abaixou o rosto outra vez, se concentrando em seu trabalho, quando Tom se levantou e foi até o armário de ingredientes. Ela tinha sorte de eles não terem que se encontrar para discutir o projeto naquele dia, porque pela expressão dele, Tom Riddle só iria querer humilhar qualquer um que cruzasse o seu caminho ou fazer qualquer coisa ruim para se sentir melhor. Hermione já havia notado, desde o início da aula, como o rapaz parecia nem se preocupar em esconder o quão irritado estava. As maravilhas que uma noite mal dormida podia fazer com alguém.

"Por Deus, Riddle!" Hermione ergueu a cabeça ao ouvir Minerva, ao seu lado, gritar. Tom estava parado ao lado da mesa delas, pedindo desculpas. "Olhe por onde anda. Você podia ter derrubado meu caldeirão."

"Desculpe, Minerva," murmurou Riddle, olhando para a grifinória que não parava com o sermão, antes de voltar para a sua mesa.

"Ele realmente precisa dor-"

Antes que Hermione pudesse ouvir o final da frase, ela ouviu outro grito vindo de Minerva enquanto a menina pulava para trás, agarrando os seus braços e a puxando junto. O fundo do caldeirão de McGonagall havia derretido e a poção não terminada estava vazando pelo buraco criado ali, começando a corroer os pés do apoio de metal que segurava o caldeirão ali.

"O que houve?"

"Riddle," murmurou McGonagall e depois virou para o rapaz. "Seu idiota!" O sonserino simplesmente arqueou uma sobrancelha, parecendo confuso.

"O que está acontecendo aqui?" A voz de Slughorn ecoou pela sala e, logo, ele estava ao lado deles. "Srta. McGonagall!"

"Ele derreteu o meu caldeirão!" Minerva gritou, apontando para Tom. "Estava tudo perfeito e ele…!"

"Como eu poco ter derretido o seu caldeirão se a sua poção está fazendo o mesmo com todo material de metal em cima da mesa?" perguntou Riddle, parecendo incrivelmente calmo. "Você deve ter feito algo-"

"Minha poção estava perfeita!"

"Minnie, se acalme," sussurrou Potter, que havia dado a volta na mesa e agora apoiava as mãos nos ombros da amiga como se quisesse impedir que ela pulasse no sonserino.

"O Sr. Riddle está certo, Srta. McGonagall," disse o Professor Slughorn e, com um aceno da varinha, fez os restos da poção sumir.

Enquanto o professor explicava para Minerva o que ela havia feito de errado - aparentemente ela colocara um ingrediente antes da hora certa, o que criou uma reação capaz de corroer metal -, Hermione olhou em volta. A maioria dos alunos já havia voltado para suas respectivas poções, mas os sonserinos na mesa ao lado pareciam entretidos no sermão que Slughorn estava dando à Minerva pela sua falta de atenção.

"Não sei como coloquei o suco de sangue-suga antes," murmurou Minerva quando a aula acabou. Charlus e Septimus já haviam saído enquanto as duas ficaram para ouvir o professor falar sobre o bezoar na aula extra. "Eu sei que só se pode colocar no fim… Talvez seja eu quem precise de mais sono e não Riddle."

"Talvez," disse Hermione, terminando de guardar o seu material. "Mas não se preocupe. Slughorn não irá tirar muitos pontos da Grifinória… Você é uma ótima aluna, foi o primeiro erro do ano."

"Espero… Oh, não," McGonagall gemeu quando elas saíram da sala de aula. Parados no canto do corredor estavam Avery, Lestrange e outros dois rapazes que Hermione não conhecia. Todos conversando e todos com um sorriso zombeteiro nos lábios quando as viram.

"Veja, Theodosius," disse Atlas Avery enquanto o seu sorriso se alargou e olhou para um dos meninos desconhecidos: um sonserino meio baixo com ombros largos e cabelos escuros longos e presos em uma trança apertada. "É por isso que você tem que cuidar com bruxos e bruxas mestiços. Você ainda está no sexto ano, mas quando chegar no sétimo… Bom, nunca vai saber quando a próxima poção perigosa vai explodir de um caldeirão…"

"Oh, Avery, ele não precisa se preocupar," disse Hermione, nem percebendo o que fazia. "Malfoy já terá saído de Hogwarts no próximo ano. Ele não terá que se preocupar com caldeirões explosivos."

"Acredite, Srta. Elston: a aptidão de Abraxas ainda é muito maior do que a de gente como ela." Atlas olhou para Minerva com nojo e Hermione viu a menina fechar os punhos e trancar a mandíbula. "Sangue misturado sempre resulta em lixo."

"E voce ainda-" A grifinória teve que morder a própria língua para restringir-se de falar algo sobre o tatus de sangue de Riddle. "E você ainda consegue ter notas menores do que as de pessoas com sangue misturado."

"Quem é essa?" perguntou um dos sonserinos que ela não conhecia.

"Garota nova da Grifinória," sussurrou Lestrange.

"Vamos, Minerva." Hermione segurou o cotovelo da garota e a puxou pelo corredor, ignorando os sussurros dos sonserinos. "Eles podem ficar falando essas besteiras no dia que você acabar com eles em um duelo."

 

***

"Por que eu aceitei sentar com você mesmo?" perguntou Hermione enquanto erguia pelo rabo um ratinho que se contorcia, antes de acenar com a varinha e fazer o animal desaparecer.

"Porque voce me ama, Mademoiselle Elston."

A grifinória virou o rosto para ver o rapaz com quem estava dividindo a mesa naquela aula de Transfiguração. Abraxas Malfoy estava segurando uma doninha marrom em suas mãos e rindo enquanto o animal tentava arranhar suas mãos. Quando Malfoy perguntou se ela queria se sentar com ele, a garota rapidamente procurou por Minerva, mas logo percebeu que a outra não estava ali. Sem McGonagall ela teria que se sentar sozinha e isso foi o suficiente para fazer com que Abraxas o arrastasse para se sentar com ele.

"Esse ficou legal." Ela apontou a varinha para o nariz da doninha e ela desapareceu.

"Melhor do que um rato." Ele encolheu os ombros. "E ele me lembrou Flamel… Só que menor e mais gentil."

"Flamel?"

"Meu Jarvey. Sabe, 'doninhas gigantes' ou 'doninhas falantes'."

"Você tem um Jarvey?" ela perguntou, arqueando uma sobrancelha. "Você tem mais cara de corujas elegantes."

"Oh, eu tenho uma coruja elegante também, o Sisyphus, mas também tenho Flamel. Estou tentando treiná-lo para que o vocabulário dele fique maior e mais gentil." Ele sorriu e olhou em volta, franzindo o cenho.

"O que foi?" Hermione esticou o pescoço para ver o que ele olhava. Não se surpreendeu ao ver Riddle, que estava sentado ao lado de uma Walburga que parecia calma demais. Black estava acenando a varinha e criando um rouxinol que ficou voando ao redor deles enquanto uma pequena cobra que Tom criara ficava olhando o pássaro enquanto se enroscava na mão do rapaz. "Oh, Riddle… Ele está rabugento hoje, não?"

"Rabugento é elogio," murmurou Abraxas.

"Ele precisa dormir."

"Nah. Ele só precisa rir." O bruxo deu de ombros. "Certo, um pouco de sono também, mas umas risadas ajudariam a melhorar o humor dele até ele poder dormir."

"Oh?" A grifinória arqueou uma sobrancelha e sorriu. "Mas é mais fácil colocá-lo na cama do que fazê-lo rir."

"Pode ser difícil para os plebeus o fazerem rir, ma chore." Malfoy piscou para ela e Hermione não conseguiu não rir. "Mas eu sou um Malfoy, lembra?"

"Certo, então me mostre os dons que vêm com o fato de você nascer um Malfoy," disse Hermione, baixinho, agora que Dumbledore passava pela mesa deles para ajudar Charlus com a coruja que ele havia criado. "Faça Riddle rir."

O sorriso de Abraxas se alargou e ele estalou a língua antes de rasgar um pedaço de pergaminho, pegar sua pena e molhar a ponta desta com tinta. a garota o observou e riu quando conseguiu ler o que ele havia escrito ali com a sua caligrafia cheia de floreios.

"Da onde você tirou isso?" Ela deu um risonho, fazendo Irina Akins se virar e encará-los por um momento, não parecendo aprovar o barulho que eles estavam fazendo.

"Eu estou lendo Les Misérables," sussurrou Malfoy, dobrando o pergaminho e colocando-o na palma de sua mão, antes de assoprá-lo. O pergaminho voou para longe, como se suas pontas fossem pequenas asas, e logo desceu em cima da mesa de Riddle. O outro sonserino pegou o papel antes que Black pudesse vê-lo e abaixou o rosto para lê-lo.

Hermione ergueu uma sobrancelha ao ver a reação de Tom. Um segundo apó desdobrar o pergaminho, o corpo de Riddle tremeu e ele mordeu com força o próprio lábio inferior como se quisesse impedir a si mesmo de rir. Walburga virou o rosto para vê-lo, mas ele simplesmente acenou com a mão, dizendo que não era nada. A sonserina pareceu acreditar nele, já que voltou a brincar com o seu rouxinol enquanto ele pegava a sua pena e escrevia algo no pergaminho.

"Aquilo foi uma risada," murmurou Malfoy. "Ele não pode rir alto em uma aula do Dumbledore… Olhe! Ele está rindo!" E, sim, ele estava. Dando risonhos e esticando o braço atrás das costas de Walburga, abrindo a mão para que o pergaminho saísse voando até a mesa deles de novo.

"Aposto que ele está dizendo para você parar," disse Hermione, enquanto o garoto abria o papel. "Deixe eu ver."

Hermione engasgou e, antes que pudesse se conter, riu ao ler o bilhete.

"Eu subirei em voce como se voce fosse uma barricada - Enjolras

Fico feliz de saber. - Javert"

"Eu disse que conseguia fazê-lo rir."

"Ele falou para você calar a boca," disse Hermione. "Só que ele usou palavras mais legais."

"E uma pitada de humor negro." Abraxas riu.

"E uma pitada de humor negro."

 

***

Quando Hermione subiu até o seu dormitório, ela esperava encontrar o lugar vazio ou cheio de meninas. Um dos extremos. Mas não esperava ver só uma pessoa lá, muito menos uma Minerva McGonagall miserável, sentada em sua cama enquanto penteava os cabelos com os dedos.

"Olá, Minerva," disse Hermione, dando um pequeno sorriso. "O que houve? Você faltou Transfiguração…"

"Não estava muito bem." A bruxa deu de ombros.

Hermione franziu o cenho, aproximando-se e sentando no outro lado da cama. Era estranho ver Minerva tão tristonha.

"Foi o que Avery falou?" ela perguntou e Minerva pareceu engolir em seco. "Porque você sabe que não deveria se sentir mal com isso."

"Não estou me sentindo mal pelo que eles disse-"

"Claro que não, seu humor só despencou depois que ele falaram tudo isso e não tem nada a ver com o ocorrido. Eu não sou idiota, Minerva, e eu sei como essas coisas machucam."

"Oh, pelo amor de Merlin!" ela choramingou, escondendo o rosto atrás das mãos. "Eu não deveria ficara sim! Eles são só um bando de sangue-puros metidos jogando palavras ruins para todos os lados… Não é a primeira vez que isso acontece, eu já estou acostumada. Eu não sei por que… Argh! Não acredito que faltei Transfiguração por conta de algo tão bobo!"

"Você consegue fazer o feitiço Avis?" perguntou Hermione, esticando a mão e pegando a varinha de McGongall, que estava sobre a cama, e a entregando para ela. "Faça."

"Por quê?"

"Vamos, faça. Avis ou Serpensortia, mas eu prefiro passarinhos a uma cobra." Ela fez uma careta. "Sim, Avis. Deixe as víboras para os sonerinos."

Minerva pegou a varinha e, lançando um olhar suspeito para ela, sacudiu-a, murmurando a fórmula do feitiço. Logo um pequeno pássaro amarelo apareceu no meio do ar e começou a voar ao redor deles, antes de parar sobre os lençóis, cantando baixinho.

"Bom. Aposto que sabe a teoria do feitiço também," murmurou Hermione, acariciando a cabeça do passarinho com a ponta do dedo. Para a sua surpresa, o animal não pareceu se assustar. "Foi só isso que fizemos hoje, mas com animais diferentes. Malfoy fez uma doninha, foi bem impressionante."

"Malfoy?"

"Você me abandonou lá e eu tive que fazer dupla com ele," ela falou, fingindo estar magoada.

"Oh, pobrezinha!" Minerva riu e deu um tapinha no ombro dela. Seu movimento fez o pássaro voar para longe delas, rapidamente encontrando uma janela aberta e voando para fora. "Espero que ele não tenha explodido a doninha na sua cara."


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

FINALMENTE NESSA PARTE DA HISTÓRIA! Então, é, eu alcancei uma parte que eu queria. Eu realmente gosto desse capítulo e quem já leu algumas coisinhas minhas talvez deva saber a razão disso (oi, trouxa bonitão de Little Hangleton). Bom, algumas coisas sobre esse capítulo... Na verdade, só uma: a piadinha infame do 'I'd climb you like a barricade'... O tumblr explodiu com isso e uma amiga (Vika / highonbooks) sempre me faz lembrar dessa frase e ela também é a pessoa linda que inspira meu Abraxas, logo eu tive que colocar isso ai. Pessoas, os reviews que eu recebi nos últimos caps foram lindos, muito obrigado :33 espero que tenham gostado desses que coloquei aqui, agora vai demorar um pouco mais porque alcançou o Nyah e está em frente à fic em inglês também... Anyway, digam o que acharam, por favor. É um dos meus caps favoritos asiygasyud digam o que acharam dele :33


(Thams, se você estiver lendo isso, VEJA QUE LINDO O TOM FOI AI! Ele ergueu a voz! :ooo)