Atirei com a mira perfeita outra flecha num desses sobrenaturais. Kelly estava perto de mim, e cada vez que matava um deles, quase tinha um AVC. 

       - Kelly, não seja uma rata medrosa. - Silvei baixinho. 

       - E que eu convivi com eles por tanto tempo... E como matar um irmão. - Atirei outra flecha. 

       - Isso não chega nem perto de matar um irmão. - Resmunguei. 

Os inimigos estavam chegando muito perto. Nós eramos muitos poucos em comparação com eles. E ainda tem os monstros!

Vamos morrer. 

       - Melhor irmos para o corpo a corpo, galera! - Sugeriu Carol. Eu não sai de perto dela nem por um segundo, eu queria que a baixinha sobrevivesse. Ouvi um grito de dor em algúm lugar. Mas esse eu reconheci. 

Era da Cléo. 

Agarrei com força o pulso da Kelly e disse:

       - Cuide da Carol, eu vou atrás da Cléo. 

       - E minha irmã, eu vou! 

       - Eu vou, Kelly. Cá entre nós, quem é a mais perigosa aqui? -Sussurrei. Ela revirou os olhos e foi pro lado da Carol. Segui o som do grito e fui parar numa clareira separada, na clareira estava uma mulher totalmente azul. Cléo tava perdendo feio, cheia de ferimentos. 

        - Ei. Larga ela. A única que tem direito da bater nessa piranha sou eu!

        - Paige. - Murmurou de olhos arregalados Cléo. 

        - Quem séria você? -Perguntou a mulher azul.

        - Darth Vader. - Zombei. - Não, melhor, eu sou a Xena. - A mulher azul sorriu. 

         - Vou lhe dar uma chance de correr daqui. 

         - Há ,há. Sinto muito fofa, você espalhou a gasolina. Não tem mais como deter o incendio. - Murmurei. 

Sim. Eu sei que isso foi a frase mais nonsense da humanidade, mas que se dane. Essa situação e mais nonsense ainda. Eu defendendo a vida da Cléo?

         - Raciocine. Eu sou água minha filha. Você ja era. 

         - Ahhh mais que medo, baleia azul. Por que não volta pra terrados Smurf's, Neytiri? - Ri muito dessa quando a nossa briga terminou. O négocio e que a macaca azul pegava pesado, e não media forças para me matar. Então me lembrei de como eu conseguia controlar o fogo. Tinha muito incendio na cidade, deu para sentir isso. Induzi o incendio a vir na nossa clareira. E então pronto, em menos de 5 minutos, ja estavamos no segundo round e ela estava jogando bolas de água em mim, enquanto eu tentava desviar delas como se fosse um jogo de queimada. Eu nem sabia para que direção meu arco tinha voado, mas eu vi quando ele veio voando na minha direção. Cléo estava de pé, e foi ela que me jogou o arco. Peguei ele, e percebi que so tinha duas flechas. SantoRobinHoody o que eu faço agora?! Peguei uma das flechas, respirei bem fundo e atirei. So que eu errei. A maldita azul estava correndo na minha direção a meio bilhão por hora. Cléo estava respirando com dificuldade, e estava muito longe para ajudar. Peguei a ultima flecha, coloquei-a no arco, mirei, respirei bem fundo e pensei no que o meu irmão, Bryan, diria agora. 

Você consegue. Ela e um alvo, agora e so atirar. 

Soltei a flecha com dificuldade. O tempo passou mais devagar, e eu tive certeza que foi a maldita que fez isso. Ela andou, quase desfilou, ate a flecha, que estava indo ainda rápidamente na sua direção. Mas não rápida o suficiente. 

      - Eu sou imortal, minha cara! Nada me destroi. 

E so um alvo. 

      - E eu sou feita de metal, vadia. - O tempo voltou ao normal e a flecha atingiu a mulher azul bem no peito. No coração. Bufei. - Eu disse, nada me destroi. Você ta bem? - Perguntei para a Cléo. 

       - Os outros estão bem?

      - Divinos. - Bufei. - Temos que ir para a nave.

Ela riu. 

       - A nave esta passando bem acima de nós nesse exato momento. - Olhei para cima. Cléo estava mais que certa. - Paige, e impossivel. 

       - Impossivel é sua cara. Tem alguma corda ai? - Ela jogou um pedaço de corda para mim. Verifiquei se era grande o suficiente. Não parecia ser. Mais VAI ter que ser. Amarrei ela no cabo da flecha. Coloquei a flecha no arco e atirei. Então verifiquei se estava bem presa.  - Vamos. 

       - Não posso. Meu braço esta machucado. 

       - Se ficar aqui vai morrer! - Gritei, a corda ja estava se movendo. Ela acenou. 

       - Vai Paige. Vamos todos morrer de qualquer forma. 

A corda começou a realmente me puxar rápido, me agarrei a ela e xinguei tudo e todos em grego, egípcio, turco, híndi...

Comecei a escalar a corda bem rápido. Lembra do que te enscinaram! Deixe de ser medrosa Paige, você ja tem 24 anos! Escalei mais rápido, so que o lugar onde minha flecha era so uma parte da nave. Sem nenhuma saida ou algo assim. Minha raiva foi tanta que abri um buraco a socos. Enfiei-me la. Eu tinha batido justo na sala onde Loki e a vadia lá, Nádia, estavam batalhando ate a morte. Awn. O louro, Steve, estava dentro do que parecia ser uma capsúla. Ele estava com outro cara, de cabelos pretos. 

     - Ei! - Tirei umas flechas de não sei aonde, e coloquei-as na minha aljava, preparei uma no arco e suspirei. 

      - Paige? 

      - Não, Megan Fox loura! Saia da frente! - Berrei. Atirei a flecha. So que Loki deu um sorriso pesaroso e pegou a flecha bem na pontinha. - Droga, fídaputa, essa era a mais afiada! - Gritei. Ele sorriu. Nádia recuou ate ficar do meu lado. - Você tava usando oque para matar ele?

      - Uma adaga. 

      - Argh! O que aconteceu com a nova geração? Vocês esqueceram o celebro na frente do PS3? Toma. - Coloquei um revolver na mão dela.

       - Ahh valeu, vamos torcer para que Call Of Duty tenha feito milagres. - Murmurou. Loki deu um sorriso:

       - Isso e realmente meio constrangedor. As duas bonitinhas vão mesmo ficar contra mim? - Perguntou ele. Uma das garotas, uma com cabelos ruivos e olhos vermelhos murmurou:     

       - Quer que eu as destrua, mestre?

       - So a loira. Da traidora eu cuido. 

O jeito como ele falou... '' So a loira.'' praticamente foi como se ele gritasse: SO A FRACASSADA. 

Aquilo me fez ficar a mil. Nem Duracell consegue tanta energia. A garota veio na minha direção. 

       - Hmm... Arco ou faca? Unidunitésalamelingue... - Empunhei minha faca e atirei com a mira perfeita no lugar onde Steve estava aprisionado, o vidro quebrou com o impacto, ele agradeceu com uma piscada e foi correndo ajudar Nádia. 

A garota era realmente muito boa, mas cara, eu sou Paige, a maldita sofredora que perdeu o maldito irmão num maldito beco!

Maldição!

         - Ai! - Gritei quando ela me socou. - Ninguém me soca, fídaputa! - Berrei e chutei seu estomago com a pontinha do pé, perto de mim tinha uma cadeira de madeira. Perfeiro. Ergui a cadeira e joguei na menina. Ela ficou desacordada. Sera que morreu? Tanto faz. Loki tinha deixado Nádia desacordada, e parecia que o Steve estava prestes a ficar desacordado também. Peguei uma flecha, coloquei-a no arco. E atirei. Enquanto a flecha estava no meio do caminho, percebi que so uma flechina a cada 50 minutos não ta dando. Peguei duas e me concentrei muito. Quando abri os olhos, a ponta das duas flechas estava pegando fogo. Atirei-as com a mira perfeita. 

Você consegue. Você e a minha irmãzinha cabeça dura. 

Peguei mais uma flecha, suspirei e atirei. E mais. E mais uma . E mais duas. Atirei ate mesmo três de uma vez. Loki desviava de todas ela rindo. Ate que vi de relance alguém atrás do Loki. Cléo estava ali, ainda machucada, so que parecia bem. Cravou uma faca no pescoço de Loki, aproveitei e lancei uma flecha em seu pescoço. Ajudei Nádia a se levantar. Olhamos para o corpo flácido de Loki na nossa frente.

      - Tamo fudida. - Murmurou Nádia. 

      - Por que? - Perguntei. 

      - Thor vai matar a gente.

Pensei um pouco. 

       - Deixa que eu acalmo a fera. - Murmurei. Cléo fez um Hummmmm.... E Steve ficou mais WTF!?!

       - A nave ta caindo, notaram? Como vamos sair daqui? - Perguntou Cléo. Peguei na mão do Steve e o puxei ate a lateral da nave. 

       - Bate. - Pedi. Ele socou com o escudo dele a lateral da nave ate fazer um buraco suficientemente grande para todos nós passarmos. 

        - Mas e a queda? - Perguntou Nádia. 

       - Eu cuido disso. Outra coisa, cade aquele cubo? - Perguntei. Nádia se ofereceu para procurar, Steve foi com ela, e em 5 segundos eles estavam de volta. Peguei o cubo. - Podem pular. Vão. Eu ja estou indo. Steve e Nádia pularam. Eu ja sentira que estavamos em cima da água, então estavam seguros. Cléo, no entando, hesitou um pouco. 

        - O que vai fazer? 

        - O necessario. - Então empurrei ela. 

         - PAIGE Nããooo...- Sua voz foi diminuindo e ouvi um imenso SPLASH KADAM BABUM ZUUMM.... Credo. Tem alguém nesse grupo que esta precisando imediatamente duma bela dieta. Sentei-me no chão. Com o cubo ao meu lado, pûs me de joelhos e comecei a murmurar as palavras que poriam um fim naquela loucura. 

          - Odim, some kadam baberlater hames kadam ver... - Fui interrompida por mãos de ferro na minha garganta. Droga. Eu devia ter dado mais uma flechada naquele viadim...

Então usei uma tecnica que eu aprimorei quando comecei a ter brigas constantes com a Cléo. Pisei com força no pé dele, dei uma cotovelado no peito dele e consegui me virar. Chutei uma area bem peculiar dele e dei outro soco. Tirei meu arco e atirei no seu peito. E atirei mais uma vez. E so mais uma veizinha. Então senti que tinhamos chegado numa parte com terra. Fui chutando ele ate o buraco e disse:

     - Hasta la vista, baby. - E chutei ele. Voltei para o cubo e pondo minhas mãos nele, murmurei tudo de novo: - Eu te liberto, protetor de Odim. Eu tomo teu cargo, filho de Poder. 

Olha, e o seguinte. Eu sei que com essas palavras, eu serei teletransportada para ASGARD. 

Não me pergunte por que, mas tudo que eu acabei de dizer simplesmente surgiu do meu pensamento. Como se algum ninja tivesse me dito para dizer aquilo. Como nada aconteceu, pus minhas mãos em cima do cubo e toquei fogo nele. Ele foi se derretendo ate virar uma coisinha que parecia uma bila brilhante. Joguei-a no chão e a esmaguei com o pé, como se ela se tratasse de uma das pérolas de Perséfone, como naquele filme, Percy Jackson. Imediatamente me senti pilhada, e minha visão nublou. Desmaiei.