Eu fiquei tão surpreso que minha cara deve ter sido aquela linda cara que fazemos antes de espirrar. Parei imediatamente e Corrie bufou.

           - Não vai... - Então eu fiz a merda das merdas, mas que valeu a pena. Empurrei ela. Ela bateu na parede e caiu no chão. Um fiozinho de sangue escorreu pelo seu lábio e ela sorriu sarcasticamente. - So isso?

         - Que guerra? Fala. Agora. Ou eu vou ter que te matar. - Falei firme, apesar de eu estar tremendo de medo.

         - O básico. Eu ja te falei tudo oque devia. Olha, pode me matar se quiser. Alguns de meus irmãos podem me ressucitar de novo. - Resmungou. Então arregalou os olhos, como se tivesse falado algo indevidamente de novo. - Merda!

          - Você pode ressucitar pessoas?- Perguntei. E claro que eu primeiramente pensei NELA. Peggy Carter... Mas então lembrei-me do meu querido amigo, Bucky. Ele morreu por mim, o mínimo que eu poderia fazer séria pedir para ele ser ressucitado. - Pode ou não? - Perguntei, estrangulando-a. Ela deu outro sorriso.

         - Posso, se você me soltar. - Soltei-a. - Mas tem uma condição. Para eu poder levar você para o ''inferno'' que era como eu chamava, e você poder resgatar de lá quem você quiser, você tem que morrer. - Falou com um sorriso malicioso.

Eu estava em dúvida, e tinha razão sobre estar. Aquele sorrisinho malicioso podia significar bilhares de coisas. Que ela vai me deixar apodrecer e morrer, ou que simplesmente vai me ajudar de total forma. Mesmo assim... Eu devo muito ao Bucky.

       - Eu posso te matar. - Deu um sorrisinho simpático.

Eu poderia ter rido, se isso fosse uma situação normal.

       - Qua...quanto tempo demora? - Perguntei.

       - Uns 15 minutos. Isso depende se vai dar tempo ou não. -Respondeu.

       - Tempo para que? - Perguntei.

       - Para eu acessar sua mente e saber quem você quer resgatar. - Deu de ombros como quem esta comentando a cor da minha camisa. Que e preta, alias. Uma vez ela me disse que preto me deixa sexy. Enfim...

       - Ok então. 

Tipo, vou morrer.

Deitei-me no estacionamento e fechei os olhos.

       - Pode me matar, Corrie. Mas e bom que isso de certo.  - Resmunguei. - E antes de você me matar, quero saber duas coisas. Primeira, qual e seu nome de verdade. - Falei. - Segunda, de que lado você esta.

Ainda de olhos fechados a imaginei sorrindo, então abri os olhos. Ela me olhava atenciosamente, com os dois grandes olhos verdes azulados.

      - Meu nome e Nádia. - Sussurrou. E então tirou uma faca do bolso. Era um punhal azul. Muito estranho. - E eu estou do lado do... - Desceu a faca no meu peito. Eu não senti dor. - Mau.- E deu uma risada.

E eu estava morto.