Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 36
Último dia de férias e o primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Yo ppl!
Estou feliz, nossa média de reviews por capítulo agora está em aproximadamente 4,5 ^^ Cêis são fods
E está chovendo e um shimeji(não estou falando do cogumelo. Se não souber o que é, tio Google tá aí) do Len Kagamine está deitado na minha barra de tarefas *-*



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Último dia de férias. "Não, não é possível."

─ Passou rápido demais... ─ Comentei, enquanto na sala.

─ É verdade... Amanhã já é segunda, o primeiro dia de aula. Preciso de férias! ─ Sarah resmungava também, deitada de uma forma estranha no sofá: No local onde deveriam estar suas costas e cabeça, estavam suas pernas, e onde deveriam estar seus pés e pernas, sua cabeça, com o cabelo todo bagunçado.

─ Sua testa e bochechas estão vermelhas. A quanto tempo está assim? ─ Perguntei, observando-a.

─ Sei lá, acho que uns 10 minutos. ─ Ela riu, e se ajeitou no lugar. Fênix se aproximou dela, e abanou o rabo. A garota sorriu e sentou-se no chão, para fazer carinho na barriga dele.

─ É engraçado... Você, que é uma visita, é a única pessoa que faz tanto carinho nele. Se bem que você está aqui já faz tempo, acho que já não é mais só visita... ─ Olhei para o teto, pensativo. A presença feminina de Sarah deixava uma atmosfera melhor àquela casa velha.

Levantei-me e caminhei para o jardim traseiro, já que o ar lá dentro estava muito abafado. Observei o céu, estava cinza, e o vento estava úmido.

─ Finalmente vai chover... ─ Comentei comigo mesmo ─ Melhor eu tirar as roupas daqui de fora.

O dia passou rápido, cinza, molhado e tediante. De vez em quando um raio ou outro surgia no céu, e depois de mais ou menos 3 horas de chuva, já de noite(umas 18hrs), as luzes se apagaram.

─ Ótimo, um blecaute! ─ Comemorei, sarcástico, e ouvi alguém caindo no chão.

─ Ai! ─ A voz de Sarah ecoou, e revirei os olhos, em desaprovação.

─ Desastrada. ─ Estendi a mão para ajudá-la a se levantar, e fui até a cozinha, revirar as gavetas.

─ PAAAAAAI, TEM VELA?! ─ Gritei do andar de baixo.

─ NÃO, MAS ACHO QUE TEM UMA LANTERNA EM ALGUMA GAVETA AÍ DA SALA. ─ Ele gritou de volta e bufei, em descontentamento. Faz ideia da quantidade de gavetas que existem na sala? Do armário, do Hack da TV, do balcão, e das duas escrivaninhas. E sem poder enxergar nada, fica mais difícil ainda, né...

─ Procura lá, e eu procuro aqui. ─ Indiquei, e andei até onde devia.

─ Lá aonde? ─ Ouvi ela caindo mais uma vez. Francamente...

─ Tome cuidado, você pode cair em cima do cachorro, ou se machucar. ─ Alertei.

─ Eu sei... ─ Ela respondeu, tonta, e eu acabei rindo.

Mais tarde conseguimos encontrar a lanterna. Era pequena, mas servia. Decidimos ficar no andar de cima, no meu quarto(que por muito tempo tem sido o dela também). Meu pai estava bem, tinha a luz de seu notebook.

─ Preciso de tecnologia... ─ Resmunguei, na cama. Por quê meu celular tinha que estar sem bateria justo naquele momento? Eu não ia dormir naquela hora... Ainda eram 7 e pouco.

─ Quer ir à algum lugar? ─ Sarah sugeriu, também deitada na cama dela.

─ Que lugar? Está tudo apagado. ─ Suspirei, desapontado.

─ O apagão atingiu que lugares? ─ Ela perguntou.

─ Vi nas notícias, no notebook do meu pai, que atingiu um raio de 10-15KM desde a sede de eletricidade. A distância daqui até lá é de mais ou menos 2KM. Estamos perdidos... ─ Afundei minha cara no travesseiro.

─ Bah... Ainda está chovendo? Podemos ficar lá atrás e jantar lá fora, com um churrasco. Ainda tem carne, não tem?

─ Boa ideia! Tem sim, vou chamar o meu pai. ─ Levantei e, mesmo com a lanterna bati a perna na quina da cama. "Vamos chegar na escola amanhã com o corpo roxo...".

E assim passamos a noite. Aquele dia estava incrivelmente estrelado, provavelmente pela falta de luz nas ruas e tudo mais. Acabei dormindo em uma das redes(compramos 2) e Sarah na outra. Me arrependi profundamente depois, com a quantidade de picadas distribuídas pelo corpo.

Engraçado que a luz só voltou justamente quando fomos dormir, no momento em que nos deitamos. Sarah foi para o quarto dela dessa vez, já que meu pai tinha o liberado.

Eu achava engraçado o fato de que eu pensava em Sarah muito mais do que deveria, ou pelo menos muito mais do que normalmente pensaria. Eu ainda me lembrava de quando havia a beijado, foi algo realmente espontâneo de minha parte. Se você me perguntar no que eu estava pensando naquele momento, eu não saberei responder. Mas eu havia gostado, sim, por mais estranho que pareça.

[...]

Maldito despertador. Eu tinha trauma daquela música que tocava todo dia de aula de manhã, e agora passaria a ouví-la novamente todos os dias. Levantei com uma vontade inacreditável(inacreditavelmente pequena), e me preparei da maneira mais devagar possível. "Quem sabe eu me atrase e não vá hoje..."

─ Vamos, vamos, ânimo! ─ A garota morena me empurrava, tentando fazer eu me arrumar mais rápido.

─ Não quero... ─ Choraminguei.

─ Vai logo! ─ Ela me empurrou uma última vez e desceu as escadas, para fazer o café-da-manhã, creio eu.

"Então ela tem um lado autoritário também, uh?" Sorri, perdido em pensamentos, enquanto terminava de organizar meu material.

Abri a porta para sair, mas fui repreendido.

─ Sem chance que você vai sair sem comer nada! ─ A garota parou-se em minha frente, com as mãos na cintura.

─ Eu não sinto fome de manhã. ─ Tentei, passar, mas a mesma não deixava.

─ Não senhor. ─ Ela empurrou um pão na minha boca, e pegou sua mochila. ─ Nem que seja pra você ir comendo.

─ Virou minha mãe agora? ─ Ri, enquanto caminhávamos em direção à escola.

─ Se ninguém cuidar de você, você não se cuida sozinho. ─ Ela deu um sorriso sarcástico.

─ Ei! Eu posso me virar muito bem, sabia? ─ Defendi-me.

─ É, tô sabendo. ─ Retrucou, observando o horizonte.

Mantivemos essa conversa durante a maioria do percurso, e ao chegarmos na escola olhares curiosos caíram sobre nós.

─ Cometemos algum crime ou algo do tipo? ─ Murmurei.

Porém, o homem de meus pesadelos chegou, andando em passos lentos e com as mãos nos bolsos.

─ E aí. Como foram as férias? ─ Mike perguntou, amigável demais, e também falso demais.

─ Não sou seu amigo. ─ Respondi imediatamente, assim, frio mesmo.

─ Nossa, quanta simpatia. E você Sarah, como está? Vocês vieram juntos para a escola, não é? Está acontecendo alguma coisa entre vocês? ─ Um olhar pervertido surgiu em seu rosto, e Sarah corou. Não falei nada, como costumava fazer, mas o clima estava ficando pesado.




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Notas finais do capítulo

Música recomendada do dia: Trading Yesterday - Love Song Requiem (http://www.youtube.com/watch?v=EsNnMWxwJEo) ou Shattered (http://www.youtube.com/watch?v=w_LOOKssMpA)