iHate You? escrita por Mandy Horan


Capítulo 4
The One That Got Away


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! :)



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POV’s Carly


Ainda não acredito que o Freddie estava fazendo aquilo com a Sam. Primeiro ele diz que a ama, depois ele me pergunta se é muito tarde pare eu ama-lo, e a gora essa palhaçadinha de tratar a Sam mal! Aff, garotos, vai entender.

– Você é um idiota! – Eu disse super irritada

– Por que? – Freddie parecia confuso. Ou pelo menos parecia estar.

– Não se faça de besta! Você não vê o que está fazendo com a Sam? Não vê que...

– Escuta, primeiro, foi ela que começou com as implicâncias quando mal nos conhecemos. Segundo, mesmo depois que ficamos amigos, ela continuou me...

– Vocês eram crianças! NÃO É POSSÍVEL QUE VOCÊ ESTEJA TÃO CEGO QUE NÃO VÊ O QUANTO ELA MUDOU POR VOCÊ! – Quando vi eu já estava gritando com o Freddie, mas decidi parar de gritar.- Não é possível que você não veja o quanto ela gosta de você. Ela te ama Freddie...Você já viu a Sam dizer que ama alguém? Então, Freddie. Você é a Única exceção.

– Já terminou?

– Já, e você também! Sai daqui!

– Mas eu ainda tenho que...

– Não, você não tem! – Eu disse interrompendo e expulsando Freddie.

Ele mereceu, ele não iria fazer isso com a Sam, não com minha melhor amiga.


POV's Freddie

Fiquei pensando que a Carly falou. A Sam anda realmente muito diferente. Será que tinha algo haver com o que falamos no elevador? Eu sei que mudei. Mas foi para ficar mais anormal, como a Sam disse. Mudei pela Sam. Para quem sabe um dia voltarmos. Mas por que Sam mudara tanto? Precisava saber, não poderia continuar com essa dúvida. Decidi procura-la no único lugar que ela deve estar num sábado às 11:00h. Tomei coragem e bati na porta.

– Freddie? – Pam disse abrindo a porta.

– Oi, a Sam está?

– Está sim, no quarto dela.

– Obrigado. – Entrei na casa e comecei a subir as escadas.

Parei no quarto dela e vi uma foto de quando namorávamos. Estávamos no piquenique e rindo. Eu lembro desse dia. Nós éramos tão felizes juntos...

– Eu adoro essa foto, é uma das minhas favoritas. -Ela fez uma pausa. - Foi por esse cara que eu me apaixonei. Não por esse grosso e arrogante que você se tornou. – Ouvi uma voz familiar atrás de mim. Era ela. A loira, a “minha” loira.

– Então você ainda gosta de mim?

– Sam respirou fundo - Talvez. – E deu uma risadinha. O sorriso mais lindo do mundo.

– Talvez? – perguntei entrando no jogo dela.

– É, talvez eu ainda goste de você.

– Mesmo depois de tudo que eu fiz ? você deve ser a garota mais perfeita do mundo. – Eu estava cada vez mais próximo dela.

– Devo ser? – Sam disse num tom sarcástico.

– Você é.


POV's Sam


Meu coração acelerou, minhas mãos começaram a tremer, o rosto dele estava tão próximo do meu que conseguia sentir sua respiração. Seus braços me envolveram pela cintura, eu o abracei e nossos lábios se tocaram levemente; parecia ser a primeira vez que nos beijávamos.

Como eu sentia falta disso. Como eu sentia falta dos nossos beijos, sentia falta de chama-lo de meu, sentia falta do seu cheiro, sentia falta dele. Somente dele. Mas antes que pudéssemos aprofundar o beijo, fomos interrompidos pela minha mãe que abriu a porta justamente na hora. Nos separamos bruscamente um do outro.

– É, Sam...Já vi que interrompi alguma coisa, né? Eu só queria chamar vocês para lancharem, mas...

– Opa, lanche? Comida? Mamãe está indo! Você vem lanchar com a gente? – eu disse interrompendo minha mãe.

– Não, eu vou para casa, a gente se fala depois.

– Ta bom, tchau.

– Tchau. – Ele disse dando um sorriso enviesado e descendo as escadas.

Minha mãe me olhava com um sorriso malicioso no rosto.

– Entããão..?

– Então o que? - Perguntei.

– Vocês voltaram?

– Eu... não sei? – Estava em dúvida. Eu e o Frednub voltamos ou não?

– Como assim não sabe?

– Sei lá, não ficou muito claro. Mas acho que não.

– E por que não? Vocês se completam, minha filha. Dá pra ver isso somente no olhar de vocês, o amor de vocês parece ser um fogo que incendeia o corpo de vocês quando estão juntos, não é verdade?

– Uau...Mãe, nunca te vi falar desse jeito! – estava surpresa, como minha mãe sabia tanto sobre isso, se ela não parava com um sequer?

– Só quero que não cometa o mesmo erro que sua mãe um dia cometeu. Não deixe o amor de sua vida escapar assim tão fácil.

– Mãe...Quem foi o “amor de sua vida”? - Perguntei.

– Seu pai... – Minha mãe olhou triste para baixo. Falar sobre meu pai parecia machucar ela.

– Então, nós não íamos lanchar? – Tentei mudar de assunto.

– Claro, vamos! – Descemos as escadas e fomos lanchar.

Falar sobre meu pai não machucava somente minha mãe, me machucava também. Álias, foi assim que conheci o Freddie. Nossos  serviram juntos na guerra. Uns morreram, outros fugiram. Os que fugiram, como meu pai, nunca mais voltaram. Ainda me lembro da última vez que vi meu pai, apesar de ser muito pequena naquela época. Homem alto, cabelo liso loiro, olhos castanhos, caucasiano*. Meu pai estava na porta junto com minha mãe, eu e Melanie. Ele deu um beijo de despedida em minha mãe e abraçou eu e Melanie dizendo: “ Fiquem fortes em qualquer situação, minhas meninas.” E deu um beijo na minha testa e na da Melanie, virou-se e foi embora. Essas palavras eu nunca esqueci, me fizeram quem eu sou hoje, e não irá mudar.



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Notas finais do capítulo

*Caucasiano: Pessoas de cor branca.
Mereço reviews??