Influence escrita por jbs313, ArthurLenz


Capítulo 19
Once More With Feeling




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Eu acariciei o cabelo de Santana, enquanto ela dormia até tarde da manhã, imóvel. Minha mãe teve que sair para trabalhar, e gentilmente levantou a cabeça de Santana do colo para que eu pudesse tomar seu lugar. Antes de sair, ela parou na porta, observando-nos juntas. Seu blazer banco estava ligeiramente enrugado, e ela parecia cansada de sua noite no sofá com Santana e eu, mas ela estava sorrindo. Fazia tanto tempo que eu não tinha a via fazer isso.

"Você é muito mais corajosa do que você pensa que é", ela comentou distraída, como se estivesse pensando em voz alta. "Você não é mais minha garotinha. Quando foi que isso aconteceu?"

Ela saiu antes que eu tivesse a chance de responder, mas eu não sei se eu teria chegado a uma resposta aceitável se ela tivesse ficado. Admirável era a única coisa que eu não me sentia depois daquela noite, eu parecia uma criança mais que nunca. Eu estava indefesa, incapaz de fazer qualquer coisa para a minha melhor amiga além de segura-la enquanto ela dormia, gemendo baixinho em seu sonho. Eu imaginei que poderia ser uma coisa parecida ao que eu sentira no chuveiro na noite anterior.

Eu não podia acorda-la, então eu sentei no sofá, passando os dedos pelos cabelos. O silêncio era pacifico até certo ponto, e então eu senti minha pele rastejando mais uma vez, mas não o suficiente para me fazer perturbar o descanso da primeira noite tranquila que ela provavelmente teve em dias. Então eu mordi meu lábio inferior, pressionando-os entre meus dentes, e tentei pensar em outra coisa que não a necessidade de uma pílula.

Eu comecei a cantarolar indiscriminadamente, sem uma música em mente, e baixinho para não acordar Santana. Primeiramente era para abafar o ritmo constante do meu próprio pulso em meus ouvidos, a lembrança de que eu estava já a 12 horas sóbria. Foi uma ação inconsciente, para passar de um zumbido de uma canção, minhas cordas vocais encontraram as notas antes que meu cérebro processasse a decisão. Eu estava ocupada pensando sobre outras coisas: Santana, o jantar, a árvore de Natal em seu porão. Qualquer coisa para tirar a minha mente da vibração da minha pele. Mas, então, quando eu vi que Santana começava a chorar em seus sonhos, eu fiz isso mais por ela do que por mim.

"So high tonight and I don’t feel like coming down (Estou no alto hoje à noite, e nem quero descer)" eu disse suavemente, a melodia perdida em meu sussurro. "I can lie to you all my days,

But you’re the one, you’re the one(Posso mentir para você durante todos os meus dias.Mas você é o único, você é o único)

O aperto que ela mantinha em volta da minha mão durante toda a noite se afrouxou pela primeira vez, mas ela não se moveu. Achei as notas para a música que estava agora passando em minha mente.

"E And I’m a fool for waiting so long to let you know
(E sou uma boba por ter esperado tanto pra te falar)
Come around come around come around come around to me
(Apareça, apareça, apareça, apareça por aqui para mim.
There’s something in between you and I
(Existe algo entre você e eu)
Come around come around to me
(Apareça, apareça por aqui para mim)

Ela não se mexeu, e eu gentilmente me inclinei sobre ela para que eu pudesse ver seu rosto. Tirei alguns fios de cabelo de seu rosto. Sua expressão era calma, seu nariz já não estava contorcido, e sua boca estava aberta. Eu sorri.

You feel like breathing,
(Você precisa respirar)
Come around come around come around come around to me
(Apareça, apareça, apareça, apareça por aqui para mim)

Eu coloquei os fios de cabelos restantes atrás de sua orelha, maravilhada com o quão pequena ela parecia. Eu corri meu dedo indicador ao redor do rosto e para baixo a curva de seu queixo para os lábios, aberta apenas o suficiente para sua respiração pesada para passar.

Like sunlight, won’t you come and lay a ray down?
(Como luz do sol, você virá e brilhará em mim?)
You’re the one.
(Você é a única)
I could run, I could run for the life of me
(Eu poderia correr, correr pela minha vida)
But where would that get me? Where would that lead?
(Mas para onde me levaria? Para onde me guiaria?)

Ela se mexeu quando olhei para ela, então eu parei. A música continuou em minha cabeça enquanto eu abafei minha boca. Eu a observei em silêncio, e uma carranca se formou em seu rosto. Ela estava acordada depois de tudo.

"Por que você parou?" ela perguntou, com os olhos ainda fechados. "Essa musica é bonita."

Tentei parecer com raiva, mas era difícil, vendo-a se aproximar mais de meu corpo. "Há quanto tempo você está acordada?"

"Acho que desde que você se chamou de idiota", respondeu ela, rolando de costas e olhando para mim. A luz da janela da frente fez seus olhos brilharem quando ela sorriu para mim, completamente à vontade com a cabeça no meu colo, ela parecia mais em paz do que eu jamais a vi antes. "Termina a música, B."

"É só uma musica aleatória que estava na minha cabeça," Eu falei rapidamente, evitando o meu olhar de vergonha. "Eu não queria que..." O olhar que ela me deu foi cético e eu suspirei. "Você não deveria estar ouvindo. Eu não posso ter minar agora."

Ela apertou minha mão. "Claro que você pode. Assim como no Clube Glee. Cante para mim."

Eu passei o dedo ao lado de seu rosto e acenei com a cabeça, recomeçando pelo refrão, um pouco antes da ponte.

And I?m a fool for waiting so long



Come around come around come around come around to me

There?s something in between you and I

Come around come around to me

You feel like breathing,

Come around come around come around come around to me

(E sou uma boba por ter esperado tanto tempo


Apareça, apareça, apareça, apareça por aqui para mim

Existe algo entre você e eu

Apareça, apareça por aqui para mim

Você precisa respirar

Apareça, apareça, apareça, apareça por aqui para mim)

Ela me observou enquanto eu cantava para ela, minha voz mais baixa e mais reservada agora que eu sabia que ela estava ouvindo. O fato de que ela estava deitada tão intimamente em meu colo enquanto eu cantava uma musica para ela não ajudou a me acalmar. Mas ela nunca quebrou o contato visual, mesmo quando eu corei e apertei seus dedos nos meus.

Can’t you see? You’re my life line

Come around come around come around come around to me
(Você não vê que é o meu salva-vidas?

Apareça, apareça, apareça, apareça por aqui para mim)




Eu quebrei o contato visual quando iniciei o refrão final, olhando para fora da janela. Quando eu terminei, ela permaneceu em silêncio durante um tempo, e nós duas sabíamos o que a outao estava pensando.

"Talvez devêssemos conversar", eu disse por fim, mudando o assunto completamente. "Sobre ontem."

Ela assentiu com a cabeça, sem se mover do meu colo. Eu olhei para ela, vendo sua boca numa linha sombria. Não seria uma conversa fácil.

"Você não me disse que ele era tão mau," eu comecei, cutucando seu ombro suavemente. "Todas aquelas noites que você passou aqui, e você nunca disse uma única palavra sobre isso."

"Eu não queria te preocupar", respondeu ela, reajustando sua mão na minha para que os nossos dedos se entrelaçassem. "Mas parece que você também tinha... Ou tem muita coisa que você está me escondendo."

Minhas bochechas ficaram vermelhas e eu desviei o olhar mais uma vez envergonhada. Eu não era tão sigilosa quanto eu achava ser. "Você nunca mais tiveram noticias do Martin?"

Ela balançou a cabeça. "Não. Sua última carta foi enviada de Cabul, com suas novas ordens de implantação. Nessa carta era permitido que ele nos informasse sua localização, mas fora isso, a única maneira que sabemos que ele não está morto é porque ainda não tivemos uma visita do capelão do exército.”

Não havia amargura em seu tom, apesar do fato de que Martin era a principal causa de parte do mau humor constante de seus pais. Se ele não tivesse ido, nada teria mudado. Eles poderiam ter fingido ser uma família feliz e sem conflitos, mas teria sido melhor do que o jeito que ela estava vivendo agora.

"Por que ele não volta?" Eu perguntei curiosamente. "Ele tem que ter folga ou licença ou algo assim?"

"Meu pai diz que ele é um soldado quebrado", disse ela com um suspiro. "São muitas tragédias e deve ser difícil de lidar com elas. Ele não sabe mais como ser outra coisa além de um soldado. Seu pelotão é sua família agora, não nós. Minha mãe sabe que a única maneira de ele voltar para casa é morto. É por isso que ela fica tão chateada quando falamos sobre ele. Acho que ele não volta porque ele não quer uma lembrança da maneira como ele costumava ser. Está tudo bem, eu entendo.”

Eu segurei minha língua para não deixar escapar que eu sabia por que ela entendia. Mas eu sabia melhor. Apesar do jeito que a tratavam, ela ainda os amava. Eles eram seus pais. Eles não tinham sido sempre assim; distantes e frios, ou até mesmo sempre com raiva. Quando era mais jovem, e Martin estava por perto, ela era esbanjada com presentes e Martin a adorava como todo irmão mais velho. Uma vez que Martin não estava mais por perto para mostrar-lhes como ela devia ser tratada, suas atitudes mudaram abruptamente. Com a sua partida para o acampamento veio o ressentimento do fardo que ela representava, e ela logo percebeu que seria uma substituta para o filho mais amado. Ela ficou confusa e desesperada pelo carinho que a ela uma vez foi dado, mas foi agora negado.

"O que você vai fazer agora?"

Ela inclinou a cabeça para olhar para mim, apertando os olhos. "O que você quer dizer?"

"Você não pode voltar para a sua casa", eu disse a ela, com firmeza. "Não depois de ontem à noite."

Ela puxou a mão da minha pela primeira vez em horas, e eu fiquei como se tivesse um buraco negro em meu peito. Ela sentou-se, com os cabelos emaranhados, e se afastou para ter um contato visual mais claro.

"O que sugere que eu faça, Britt?" ela perguntou. "Onde você acha que eu deveria ficar? Aqui? Devo morar com você e sua mãe, como se tudo estivesse normal? Talvez você queira que eu fazer bonito com as crianças glee e levar minha mente para longe da minha família e do quão horrivelmente eles me tratam? "

Eu deveria ter esperado essa reação dela, mas eu não fiz. Ela não estava com raiva, ela estava lívida. Eu cruzei uma linha falando sobre sua família. Mesmo que ela sabia que eu estava certa, que ela não deveria voltar, mas ela era muito orgulhosa para admitir isso.

"San, eu não quis dizer"

"Talvez sua família funciona um pouco diferente da minha", ela repudiou. "Talvez sua mãe se preocupe com seus amigos o suficiente para sentar-se com eles a noite toda enquanto eles choram. Talvez ela te escute dizer que está apaixonado por outra garota, e em vez de chutar para fora, ela diz que te ama. Minha mãe não faz isso. Ela nunca...” Ela parou, suas próprias palavras em terror. A percepção de que ela estava acordada o tempo todo em que eu estava falando com a minha mãe me atingiu como um caminhão. Ela engoliu, abaixando seus ombros, e sua raiva voltando com força total. "Mas ela ainda é minha mãe. A única que eu tenho. Você mais que qualquer pessoa deveria respeitar isso."

Ela ficou de pé e foi pegar seu casaco, ansiosa para escapar dos limites da minha sala de estar, da minha companhia. Ela procurou por seus sapatos, de costas para mim.

"Santana, para."

Ela parou no meio da sala, mas não se virou para me encarar. Levantei-me e fui até ela, meus joelhos fracos no meu estado sóbrio. Mas eu precisava ser forte, mais forte do que a raiva de Santana, mais forte do que a sua tristeza. Segurei-a pelo pulso e ela ficou tensa.

"Eu sinto muito. Eu não quis dizer isso."

"Claro que você não quis", ela logo respondeu, mas a raiva tinha se dissipado um pouco. "Eu não vou deixá-los."

Eu balancei a cabeça. "Eu não pediria por isso."

"Mas você pediu", ela respondeu, com a voz mudando drasticamente, diminuindo para um sussurro assustado. "Você acha que é sorrateira, Britt. Você acha que eu não sabia. Cante essa música de novo, B. Diga-me o que significou para você."

Então ela se virou, e eu estava atordoada em silêncio. Qual era a coisa que eu mais queria dizer a ela?

"Você disse a sua mãe na noite passada", ela prosseguiu, dando um passo desesperado para mim. "Diga-me agora. Diga-me o que eu já sei."

"San, eu não-"

"Não minta para mim!" gritou ela, puxando seu braço furiosamente. "Não você, B. Eu posso aguentar de qualquer um, menos de você. Nós fizemos este jogo tempo suficiente. Eu não posso mais fazer isso. Estou tão cansada de tudo isso. Apenas me diga. Diga-me!"

Eu estava andando enquanto ela gritava, mordendo meu lábio inferior, com lágrimas nos cantos dos meus olhos. Ela sabia. Ela tinha me ouvido falar. Se ela soubesse antes, naquela noite? Há quanto tempo estávamos fazendo esse jogo? Sempre tão perto, mas sem poder dizer o que sentia ou pensava,

"Eu não posso." Foi instintivo, para proteger esse segredo que eu estava carregando comigo. Eu empenhei tanto da minha energia para ter certeza que esta era a minha realidade, que eu nunca me veio um plano para o dia em que talvez a fantasia se tornasse realidade.

"Sim, você pode", ela solicitou, com os olhos em chamas. "Você já disse isso antes."

"Mas não era como agora", eu respondi. "Se eu disser e você me der a mesma resposta que da ultima vez eu acho que não conseguiria sobreviver."

Ela estendeu a mão para mim, parando o meu movimento e nos juntando de forma que eu podia sentir seu coração batendo rápido.

"Tente outra vez", disse ela desesperadamente, seu aperto em ambos os pulsos. "Diga-me de novo, e veja qual é a minha resposta. Por favor."

Eu procurei por seus olhos, esperando que eles me mostrassem algo que estava faltando. Por que eu tenho que dizer isso? Eu já fiz antes, e eu tinha sido enfaticamente abatida. Já havia sido dada a ela a chance, e aqui estava ela, implorando pela segunda. Ou será que já era a terceira? Ou quarta? Será que isso realmente importa? Tudo o que importava era que ela estava pedindo. Santana Lopez não pede. Eu vi que algo que eu estava procurando nesse gesto. Ela não poderia ser a única a dizer isso, porque ela estava tão apavorada quanto eu.

Com medo de que ela tinha perdido sua chance.

Inclinei-me para ela, um suspiro em meus lábios que pesou para baixo, impedindo-os de se mudar para moldar as minhas palavras. Ela me puxou para mais perto, nossos quadris e testas em reunião no silêncio. Nós duas estávamos tremendo. Eu apertei a ponta do meu nariz em seu pescoço, a carne macia. Considerei, por um momento, não ser capaz de tomar o cheiro dela novamente, de não ser autorizado a fazê-lo outra vez. Este pensamento fez meu peito se apertar furiosamente. Eu sabia, então, que eu tinha que dizer a ela.

"Santana..." Eu comecei, minhas palavras se perderam entre a minha boca e sua pele.

"Brittany..." ela respondeu, levantando a palma da mão para a parte de trás do meu pescoço, puxando gentilmente de modo que eu fui forçada a olha-la nos olhos. Eu queria olhar nos olhos dela, mas mesmo depois de tudo isso, eu estava com medo. Mesmo que eu soubesse, e ela soubesse o que tanto queria dizer. Dizer em voz alta o tornaria real. Nós duas precisávamos de um momento para nos preparar para as consequências que isso traria.

A ponta do polegar espanado levemente em toda a base do meu crânio, logo abaixo e atrás da minha orelha. Ela sabia que não resistiria a esse toque. Inclinei-me para ele, suspirando. Agora ou nunca. Agora ou nunca. Agora ou-

"Eu te amo". Eu disse as palavras não se pareciam nem um pouco com as que eu disse da outra vez. "Eu te amo tanto que é difícil respirar. Você toca meu braço e meu corpo inteiro explode. Um olhar seu e todo o resto desaparece. Que eu amo tanto você que eu poderia morrer disso, San, morrer".

Sua mão não se moveu de meu pescoço, e ela ouviu tão atentamente enquanto eu divagava sem sentido. Sua expressão era suave, seus vacilando entre meus olhos e os meus lábios. Mas ela ainda estava em silencio.

"Diga alguma coisa", eu implorei, temendo que minhas palavras tivessem mais uma vez caído em ouvidos relutantes.

Ela lambeu os lábios e respirou preparando-se. "Eu disse uma vez," ela começou lentamente, levantando o queixo para cima para nivelar o rosto com o meu o melhor que podia. "Que eu não merecia isso, muito menos de você, ainda é verdade, mas eu acho... Quer dizer, eu sei que sem você eu não existiria, eu existo por que você me ama, e existo para te amar também.”

Ela ficou na ponta dos pés e pressionou seus lábios nos meus e os meus joelhos, depois de ter aguentado tão bem, finalmente cedeu sob a tensão. Ela me pegou ambos os braços segurando meu peso quando ela nos colocou no chão. Ela se sentou com as pernas e recostou-se contra a parte da frente do sofá, puxando-me entre suas coxas e segurando minhas costas contra seu peito. Meus membros estavam moles e imóveis, mas ela agarrou através do meu corpo, seus lábios traçando círculos sobre meu ombro.

Eu esperava por lágrimas. Grandes, e aterrorizantes lágrimas que sempre apareciam quando uma de nós era exageradamente emocional. Mas não veio. Era como se uma calma pura tivesse sido colocada sobre a casa como um cobertor que abrangia a nós duas. Tínhamos levado tanto tempo para chegar a esse momento, torturando-nos ao longo do caminho, e para quê? O céu não estava aberto, a iluminação não tinha nos atingido. Acho que nós duas meio que esperávamos por isso. Mas não, não havia nada além das batidas ritmadas de seu coração contra minhas costas e sua respiração profunda em meu ouvido.

Eu me acomodei em seu corpo, deixando-a envolver os braços em mim. Ela passou as palmas de suas mãos por meus braços até que suas mão estavam juntas das minhas, e ela deslizou cada um de seus dedos no meio. Eu tremia com o fogo sob a minha pele quando ela me tocou, me puxou para mais perto, não percebendo que o que eu estava tremendo. Fechei os olhos e os tremores se aliviaram quando respirei fundo. Eu me esforcei para me manter em seus braços,preferia sentir dor do que sair deles.

"E agora?"

Sua risada quebrou o silêncio temido e ecoou na casa vazia. Ela apertou os lábios ao meu pescoço e depois encostou o queixo no meu ombro. "Caralho, eu não faço a mínima ideia, B."

Mesmo com toda a incerteza, ele não me deixou em pânico. A duvida foi ofuscada pelo conhecimento de que ela me amava. Isso era certeza suficiente para um dia, pensei.

"Podemos apenas ficar assim por um tempo?" ela perguntou baixinho, com a boca tênue perto do meu ouvido.

Eu balancei a cabeça, virando a cabeça apenas o suficiente para permitir que os meus lábios alcançassem os dela para um beijo suave. "Eu gosto da ideia."

Seu abraça se apertou em mim, mas ao mesmo tempo ela relaxou ainda mais para trás contra o sofá, me levando com ela. "Ótimo. Porque agora eu tenho você, Britt. E eu nunca vou deixar você ir”.

Nunca deveria ter sido uma perspectiva assustadora. Ela colocou todo o peso da sua sinceridade por trás da declaração, e eu sabia o que ela quis dizer com isso. Em retrospectiva, era um prenúncio. Para sempre é quase impossível.

Mas nós duas estávamos felizes o suficiente para mentir para nós mesmas, porque a mentira era o mais próximo da felicidade naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Musica: Rosi Golan: Come Around