Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Aí vai gente! Saiu pequeno mas...



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  Quando nós chegamos no Distrito 9 minha vida vira um inferno completo. O tributo deles eu mesma matei. Sozinha. Todo o Distrito me olha penetrantemente. Eu posso enganar o povo colorido da Capital, agora o povo pobre dos Distritos, não.

 O irmão mais velho do tributo morto passa todo o nosso discurso me encarando fixamente, assim com os Carreiristas fazem antes dos Jogos começarem. Depois de um falatório interminável do prefeito, nós começamos a falar.

 Eu falo o que foi combinado com Effie e prefiro não acrescentar nada. O que eu vou dizer “Sabe, eu matei seu filho, mas eu gostava dele”? De certo que não. Logo que eu termino de falar, entram mais duas garotinhas com mais flores e mais placas. Elas sorriem de um modo não muito amigável ao me entregar as minhas.

 Ou eu estou enlouquecendo. De novo. Nós saímos do palco e vamos novamente para a sala nos preparar para jantar. Eu e Katniss em uma sala e os meninos em outra.

 -Dessa vez eu vou primeiro Garota das Facas. –Katniss diz enquanto se levanta para ir ao chuveiro primeiro que eu.

 Eu encolho meus ombros e deixo que ela vá. As equipes de preparação estão sentadas um pouco longe de onde eu estou na varanda. Eu sinto um braço passando ao redor de mim então desmaio.

                                             ***

 -Aaaahhhh! –eu grito, tentando me libertar da sala onde estou presa. Meus socos não adiantam. Estou presa com cordas firmes no chão. Eu tenho o pressentimento de que ainda estou no 9. Minha roupa é a mesma da apresentação pública e meu cabelo está igual.

 Ao que me parece, eu fui seqüestrada.

 -Cato! – ele tem que vim, ele sempre  vem. Ele não pode me deixar agora que nem sei onde estou. As lágrimas teimam em deixar meus olhos, mas eu não posso me desesperar. Ele vem.

 -Ora, ora... Quem diria que algum dia se veria a mortífera Carreirista das facas gritando pelo namoradinho...

 É uma voz manhosa e desconhecida. Nunca em minha vida, eu a escutei. Eu definitivamente não conheço essa pessoa. Desisto de gritar e me debater e  espero que a tal pessoa se revele.

Como eu me sinto idiota por ter deixado Alexander me convencer a não andar com uma faca.

A pessoa doentia sai das sombras e eu vejo que é. O irmão do garoto do 9. O irmão da minha vítima, o que  estava me encarando. Ele é mais velho e maior do que eu. É alto e musculoso, com pele cor de oliva e cabelos negros. Os olhos escuros brilham sob a luz da faca pontuda que porta.

-Surpresa? Ó, claro. Cachorrinhos da Capital não esperam que um esfomeado do 9 venha a atacá-los não é?

 Ele se ajoelha ao meu lado, ficando com o seu rosto a centímetros do meu, me fazendo recuá-lo até encostar na parede. Eu sustento seu olhar, mas não falo nada.

 -Responde garota! –ele berra se levantando e erguendo os braços.

 -O que você quer? –eu falo séria. Não vou demonstrar a um louco desse que estou com medo. Que ele interprete as minhas lágrimas do jeito dele.

 -O que eu quero?! O que eu quero?! –Ele grita com um sorriso no rosto. Se vira para mim e diz: -Vingança, Clove. Você matou o meu irmão e fica se vangloriando por aí com seu namoradinho que te salva de tudo. Será que ele vai vim agora?  Não antes da minha vingança.

 Ele puxa o meu braço esquerdo contra a minha vontade e pega a faca. Vai  rasgando lentamente cada parte dele. A dor é insuportável. Eu grito até minhas cordas vocais doerem. Meus chutes só atingem o ar. Não sou forte o suficiente para ele. Cinco minutos e eu não agüento mais.

 -Pára, por favor! Eu não fiz isso com seu irmão!

 Ele ergue a faca no ar e congela quando escuta minhas palavras.

 -Não fez? É você não fez. Mas não iria fazer com a outra vitoriosa? A que gosta de fogo? Você iria fazer sim, Clove!

 Ele recomeça lentamente na minha perna. Meu braço sangra muito.

 -Porque você não me mata logo? –Eu não quero chorar mais, mas é impossível. A dor é indescritível.

 -Chorando? –ele ergue seus olhos e me rasga mais forte. –Eu não quero te matar é divertido te ver chorando!

  Eu imaginava que seria, mas não está sendo nada divertido. Eu sinto minhas pálpebras pesando. Tenho certeza que nunca mais verei.


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Notas finais do capítulo

Beijões e Reviews! Sim, ou claro?



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