Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Esse saiu mais ou menos podre. Mais pra podre do que pra menos na verdade. Agradeço aos meus bebês lindões que estão me mandando Reviews. Vocês todos não imaginam o quanto são importantes para mim. Você me fazem feliz! Quando estou #boladonacomasituação eu entro aqui e fico lendo os Reviews antigos e as Recomendações. Minha vida ficou mais gliterizada quando entrei no Nyah e a cada vez que um fofético de vocês entra nela fica ainda mais.



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Ela anda até lugar onde eu estou.

 -E então baixinha das facas, conseguindo salvar sua vidinha?

 Eu não acredito que essa garota metida a besta está falando assim comigo.

 -Muito bem. –eu falo, bem grossa.

 Ela sorri para mim, como se não percebesse onde eu queria chegar. Mas ela é Johanna Mason, claro que sabe onde eu quero chegar.

 -Tudo bem então. –ela diz, ainda sorrindo. –Se está tão preocupada assim com seu noivo, porque não o faz durar mais tempo?

 Bom, então além de vim aqui falar idiotices, ela quer uma aliança. Claro que não é para fazer Cato durar, é para fazê-la durar.

 -Hum e juntando-se com ele, você conseguirá isso, não? –eu falo.

 -Não, ele conseguirá. Entenda Clove, eu fui forte o suficiente para vencer os Jogos sozinha, coisa que você não foi, e também fui inteligente o suficiente, coisa que o Cato não foi.  Ele está perdendo. Se não fosse você, ele não seria Vitorioso, assim como você não seria sem ele.

 Demoro um pouco a entender o raciocínio aparentemente complexo de Johanna. Mas não é nem um pouco complexo, na verdade. É um fato conhecido por todos. Assim como o fato que o Conquistador não sobreviveria se não fosse um parasita. Um parasita incondicionalmente apaixonado, mas ainda um parasita. Primeiro com os Carreiristas e depois com Katniss. Sem aliados seria um fracasso, um tributo de Cornucópia.

 -Então porque não fala que quer uma aliança em vez de ficar me chamando de inútil?

 Ela sorri como quem alcança o objetivo.

 -Entendeu bem. Aceita então?

 -Não. Óbvio que não.

 Ela faz uma cara de ofendida.

 -Porque não Clove?

 -Você vai matar ele na primeira oportunidade.

 -E quem garante que ele não vai me matar na primeira oportunidade também héin?

 -Eu garanto. Ele não me matou quando éramos aliados nem matou nenhum de nós. Ele é... Ele é leal aos aliados. Diferente de você, aposto.

 -Porque sabia que eram mais fortes e já tinha uma quedinha por você. Mas agora ele voltou da arena. E quem já foi para a arena louco, volta de lá pior.

 -Ele não foi louco e nem voltou, Mason. –E a Glimmer forte, me poupe. Ele não nos matou porque não quis.

 -Oh não. –ela fala sarcasticamente. –“Eu vi alguém passando.” “Como é que é?!” –ela simula ridiculamente o momento no ano passado que o garoto do 3 falou que tinha visto alguém passando e Cato tentou sufocá-lo.

 -Não. Eu continuo dizendo não, Mason. Ele não vai se aliar com você.

 -Tudo bem então. Eu posso dar meu jeito.

 -À vontade.

 -Mas sabe, ele tem muitas razões para confiar na senhorita “eu vou torturar Katniss Everdeen porque ela tirou notas melhores que eu no treinamento.”

 Johanna é perigosa. Muito. Ela sabe de apenas tudo sobre nós. Sim, podem dizer que qualquer pessoa de Panem sabe, agora que ficamos em um lugar cheio de câmeras, mas ela sabe dos bastidores. O que é o suficiente para... Se eu negar isso, é possível que ela o mate e ainda grite para mim “Por sua culpa!”. Antes eu poderia dizer que seria impossível ela o matar antes do vice-versa. Mas não é impossível. Eu enfiei a faca em Tresh e para todos os efeitos, o matei. Mesmo que ele estivesse ocupado com Cato. Ela pode arranjar outros aliados e fazer a mesma coisa.

 Se fosse por mim mesma eu daria as costas para ela ou a faria ter medo de mim de alguma forma. Bancar a psicopata sempre funciona. Talvez porque eu tenha um pouco disso.

 -É, talvez... Talvez você tenha razão, Mason. –minto- Você está aliada com Cato, Mags, Finnick, Peeta e Katniss.

 Ela sorri triunfante.

 -Sabia que ia enxergar a razão noivinha.

 -Olhe Mason, não duvide nunca do potencial de noivinhos separados. Você não imagina o poder que eu tenho aqui do lado de fora. Se você matá-lo e voltar viva de lá, vão te odiar para sempre. E eu vou dar um jeito de matá-la. Não importa a forma ou onde.

 Com o comentário maravilhoso, viro as costas e caminho até o meu vagão, sem olhar para trás.

 Abro a porta e vejo Cato jogado no sofá, assistindo alguma coisa. Acho que é um programa de moda. Eu apareço nele com meu vestido da entrevista do ano passado.

 -Porque não está dormindo?

 -Eu acordei agora.

 -Hum. –digo me deitado no outro sofá.

 -Então, sou aliado de quem baixinha? –ele fala alto. Alto o suficiente para Justin e Layran ouvirem de qualquer lugar do trem.

 -Fala baixo! Estou tentando... manter sigilo.

 -Então vem para cá. –ele aponta o sofá em que está.

 -Johanna, Finnick, Mags Katniss e Peeta.

 -Johanna Mason? Você disse que não iria me aliar com ela.

 -Mudança de planos.

 -E Mags?

 -Finnick exigiu isso.

 -Tudo bem então. Porque não senta?

 -Porque eu... –desisto de falar que ia dormir quando vejo que não estou com o menor sono. Ele levanta a cabeça para que eu me sente e logo a apóia no meu colo. –Olha Cato. Você não vai ser fiel à Johanna.

 -Eu sei.

 -Não, você não sabe. Se alguém vier para matá-la, deixe que a matem.

 -Mas essa não é a condição de uma aliança.

 -Vai ser a sua condição de aliança com a Mason. Ela só não faria o mesmo com você, porque sabe que é mais forte. Mas só demonstre isso se tiver certeza de que ela vai ser morta. Invente uma desculpa, diga que está ocupado, mas nunca a diga que vai deixá-la morrer.

 -Porque?

 -Porque ela pode sobreviver e te matar de vingança. E você não pode acabar morto. Faça com que eles gostem de você. –ele parece pensativo por um tempo. -Eu vou dormir agora.

  -Porque não fica aqui?

 - Você vai voltar para a Arena. Eu tenho que cuidar disso.

 - Não vai cuidar disso não falando comigo.

 -Eu estou falando com você, eu só...

 -Acho que você está se preparando para quando eu morrer não sentir minha falta. –ele me interrompe, sendo bem grosso.

 Eu me levanto do sofá, empurrando sua cabeça com tudo.

 -Você não pode esperar que seus aliados surjam do nada. Estou tratando disso e  você sabe o que está acontecendo!

 -É, eu sei o que anda acontecendo muito bem. –ele diz se levantando.

 -Legal. Fique brincando de Peeta Conquistador apaixonado enquanto eu tento te manter vivo.

 -Vai tentar é? Porque tenho certeza que você não vai conseguir! –espera ai, quando ele voltou a gritar comigo? Quando eu disse que ele poderia voltar a fazer isso? Ele fazia isso na Arena o tempo inteiro, mas eu achei que isso tinha acabado quando colocamos o pé para fora de lá. E ele está com raiva. Raiva de mim. Vermelho e berrando.

 -Então tenta se virar sem mim! –grito o empurrando e andando até o primeiro compartimento e trancando a porta atrás de mim. Imaginei que ele fosse jogar alguma coisa em mim ou me prender, mas escuto apenas ele esmurrando a parede.

 Eu jogo algumas coisas no chão e peço uma coisa para comer, apenas para ver a faca que vai aparecer junto com o alimento. Atiro-a várias vezes em vários lugares.

 Eu nunca imaginei que fosse tão difícil assim ser mentor de alguém, principalmente de alguém tão temperamental. Me dá vontade de matá-lo e mantê-lo vivo ao mesmo tempo. Mas não é como se eu quisesse vê-lo morto. Eu só queria matá-lo.

 Então vamos ver quem não consegue trazer ele de volta da Arena. Ele não pode estar falando sério. Sabe que eu sou capaz. Ou talvez não saiba não.

 Bom se exploda então, Cato. Dê seu próprio jeito de sair da Arena, já que eu não sou capaz.

 Dou um jeito de comer a droga da comida que estava parada esfriando ali e tomo um banho. Não vou sair daqui até o jantar.

 É o que eu tento, mas as coisas parecem pequenas demais aqui e não estou com o mínimo sono. Ele com certeza não está na sala e se estiver, ainda estou pronta para gritar com ele.

 Abro a porta bruscamente e vou até a sala. Está vazia exceto por Justin. Me jogo no sofá mais distante possível do dele e finjo estar prestando atenção no programa que ele está assistindo.

 -Então como foi de alianças?

 Resolvo mentir.

 -Não fui. As pessoas interessantes não têm interesse em se aliar com Cato.

 Ele não parece convencido, eu vejo de canto de olho fingindo assistir à televisão.

 -Hum... Alguma dica de pessoas para que eu possa aliar minha mãe? –ele resolve jogar também.

 -Não. Mas eu chequei os mais fortes e eles vão trabalhar sozinhos. Talvez com uma aliança interna, mas não me falaram nada, claro.

 -Isso serve só para Cato?

 -Não. Lógico que não, se eu estou te falando é porque eles foram bem específicos quanto ao fato de quem não queriam se aliar com ninguém do 2. E isso obviamente inclui a sua mãe ou ela virou do 11 agora?

 -Foram é? E quanto disso é mentira?

 -O quanto eu quiser! -me levanto e bato a porta do meu quarto de novo.

 O dia demora a passar. Escuto os três restantes na sala e Cato está bem nervoso. Não participa da conversa com Justin e Layran e nas poucas vezes que alguém lhe dirige a palavra ele é mais grosso que curto.

 Mas nada disso me interessa. Ele fez a opção dele. Ainda assim eu vou ajudá-lo, mas deixe-o pensar que não.

 Passo o dia inteiro dormindo e quando vejo já está de noite. Hora do jantar, mais especificamente.

 Tento parecer bem confiante e ainda mais chata do que o normal. Abro a porta do compartimento e caminho até a sala.

 Está absolutamente vazia e, contrariando o que Effie me ensinou, começo a comer sem ninguém ter chegado.

 Justin e Layran chegam juntos e tudo fica um silêncio. Eles não falam comigo, eu não falo com eles.

 Logo Cato chega e endureço a minha face. Como rapidamente, porque ficar no mesmo ambiente que ele sem trocar uma palavra é constrangedor e desconfortável. Fora que o meu rosto já está doendo de tanto fazer expressão de ódio profundo. Estou desacostumada com isso. Ano passado fiquei profissional em expressões desse tipo, mas nunca mais precisei fazê-la. Agora o lance são os sorrisos e as lágrimas.

Quando acabo, não me preocupo em esperar a sobremesa e me levanto com tudo da mesa, andando diretamente para o compartimento que tomei como meu. Ouço alguém puxando a cadeira para se levantar e aumento a velocidade dos meus passos.

 Mas quando estou fechando a porta, esse alguém me alcança e me impede de realizar a ação, colocando o braço e bloqueando a porta.

 -Clove.

 -Sai. Eu vou acabar te machucando.

 Eu forço mais uma vez a porta sobre o braço de Cato, mas obviamente ele é mais forte.

 -Sai! Eu não quero falar com você.

 -Clove, você vai me escutar.

 Eu não resisto e olho nos seus olhos, mas sem soltar a porta.

 -Sim, porque além de retardado você é o dono dos meus ouvidos não é, pode me obrigar a ouvir e tudo o mais. –digo sarcástica.

 -Clove para! Me deixa falar.

 Reviro meus olhos e aperto a porta à ponto dos nós dos meus dedos ficarem brancos.

 -Me desculpa. Você tem razão, eu sou um retardado... –eu o interrompo.

 -Só agora você percebeu então?

 -Clove. Você vai me escutar. Me desculpa. Eu fui muito retardado, eu não sei o que me deu, eu não agiria assim. –Oh não. Johanna é uma idiota, mas na hora que ela simulou a cena com o garoto do 3, eu realmente revi a real em meus olhos. Ele age assim sempre.

 -Sabe o que você é Cato? Você é um idiota que não pode entender que eu não vou e nem posso ficar despenteando seu cabelo toda hora. É um bruto, que acha que pode gritar comigo até morrer e que eu vou te escutar e te obedecer. É um...

 Então Cato, aproveitado a brecha que o meu discurso abriu na barragem da porta, me tasca um beijo na boca. Eu o empurro e dou uns soquinhos na sua barriga, mas nada surte efeito. E isso está me dando vontade de rir. E é isso que faço, rio enquanto ele me beija.

-Para! –eu o empurro com força, ainda rindo. Cato olha para mim e começa a rir também. –É sério. –eu tento sem sucesso segurar meu riso.

 -Você vai me desculpar ou não? –ele agora está me prendendo na parede, encostando seus dois braços ao meu redor.

 -Tira o braço para que eu saia primeiro. E eu falo.

 -Não. Se você não falar agora, vou testar outras estratégias.

 -Nem vem! Eu te desculpo. E você também é um tarado. –eu falo, puxando seu pescoço e o beijando.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu amo vocês. Very! Cada um é muito especial, então não me abandonem... Me desculpem pela demora sou lerda pra caramba e também estou em semana de provas então é meio fods... Vou voltar com os beijos de sabores agora. Beijões sabor de bolinhas brancas e pretas que vem no Chambyto. (Seja lá como se escreve isso. Só sei que eu como elas e dou o iogurte pro meu brother)



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