Talking To A Moon escrita por Rach Heck


Capítulo 20
Use Somebody


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei uma eternidade para publicar esse capítulo, mas estou tentando focar em outras obras, e na minha vida pessoal, o que envolve estudos e tudo o mais. Também relevando o fato de que dia 02/09 ganhei meu neném, e desde então tenho me dedicado inteiramente à ele. Não, não é uma criança e eu não estava grávida plmdds nem tenho namorado euri. Ganhei um cachorrinho. Prometo que tentarei postar todas as segundas, já que agora tentarei sincronizar com a fic da minha omma. Espero que gostem.



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Acordei o mais cedo que pude, e fui correndo para o bloco do hotel delas, ignorando os pés descalços e o peitoral descoberto.
- Não pode entrar assim. – A mulher da recepção quase saiu de trás do balcão para me barrar.
- Eu preciso ver minhas amigas, elas irão embora hoje! – E eu tenho de beijar uma delas. Balancei a cabeça com a citação mental, e provavelmente a recepcionista não tenha ouvido o que pensei por isso me encarou confusa, como se eu fosse louco.
- Se quiser, pode espera-las aqui. Desculpe, não posso permitir que entre no hotel sem camisa.
- Tudo bem. – Levantei as sobrancelhas contrariado e me joguei em uma das poltronas da recepção.

Não fazia ideia de quanto tempo estava ali, só sei que há muito, e meu estômago roncava.
- Daqui a pouco vou trocar de turno. Tem certeza de que vai ficar esperando? – A voz da mulher me fez dar um pulo da poltrona.
- Eu não sei. Talvez elas já tenham ido.
- Você lembra o quarto em que as suas amigas estavam?
- Não. Consegue ver pelo nome?
- Posso tentar.
- Gabriela Muniz e Mariana Skart. – Meu coração disparou ao pronunciar o nome dela. Já sentia falta da risada alta, do toque macio de sua pele...
- Não temos cadastro de nenhuma Mariana Skart ou Gabriela Muniz, mas temos um quarto registrado no nome de Sergio Muniz.
- Sim, é o pai de Gabriela. – Exclamei, sentindo meus lábios repuxarem em um sorriso enquanto a mulher continuava a olhar fixamente para o computador.
- Sinto muito, mas fizeram check-out esta manhã, minutos antes de você chegar. – Os olhos frios da loira de coque pareceram querer me acalentar, e conseguiriam, já que o frio que cresceu dentro de mim era perturbador.
- Eu disse que ele estaria aqui. – Harry se gabou ao adentrarem as portas de vidro da recepção.
- Meu Deus Niall, o que você está fazendo aqui desse jeito? – Liam referiu-se ao fato de eu estar apenas com de calças de pijama, fazendo minhas bochechas queimarem.
- Sim. – Engoli o amargo na garganta e respirei fundo tentando ignorar a ardência nas narinas.
- Que pena. Sentirei falta delas. – O garoto gibi choramingou.
- Com certeza, Gabriela e suas piadas de loira. – Liam riu com a lembrança e todos o encaramos desconfiados.

O quarto do hotel parecia tão sem graça. Após uma ducha e o café da manhã que os meninos me trouxeram, estava refletindo sobre tudo o que acontecera em minha vida nesses últimos meses.
- Ainda temos um dia de folga, vamos aproveitar. – Liam colocava as meias. E, se dependesse dele, iria apenas com elas pelo parque.
- Não obrigado. Você não está sentindo falta?
- Acho que ainda não caiu a ficha, por isso não estou sentindo muito. Tem certeza de que vai ficar aqui? – Assenti e ele saiu do quarto. Suspirei em protesto a saudade.

Procurei meu celular entre as cobertas e resolvi dar um olá no twitter.

Meu coração pesou com as mensagens de ódio que enviavam para Mari. Nossas fotos haviam vazado, e minhas meninas estavam furiosas, o que me deixou magoado, pois não queria que ela passasse por isso. Se pelo menos elas confiassem em mim, confiassem que não iria gostar de uma garota completamente errada...

Queria tanto que as minhas directioners pudessem ter a chance de conhecê-la, tenho certeza de que iriam gostar dela nos primeiros segundos.

Gostar dela. Isso me fez lembrar da ultima vez em que a vi. “Eu te amo”. Aquelas palavras  me deixaram tonto.

Eu queria tanto que as mensagens de ódio parassem. Não quero que ela sofra.

- Está tudo bem Niall? Você está tão calado. – Zayn, que veio a viagem inteira ao meu lado no avião, perguntou enquanto saíamos do aeroporto pela parte de trás. Os gritos das nossas meninas no saguão principal me fazia querer ir até lá, falar com elas, conhece-las, pedir para que voltassem para casa em segurança. Quem sabe falasse sobre a Mari, e sobre o quanto estava chateado com tudo aquilo.
- Sim, só estou um pouco cansado. – Dei um sorriso torto enquanto Paul nos direcionava para o carro.
- Bem vindos de volta meninos! – Ben, nosso empresário, sorriu no banco da frente.
- Onde está o Simon? – Louis se empertigou ao meu lado.
- Não pôde vir. Está gravando. Sabem que ele é apenas o empresário fantasia, pois sou eu quem cuida dos contratos e todas as coisas. Não sei por que ainda insistem em perguntar por ele.

Todos ficamos em silêncio após aquele sermão, e assim seguimos até o complexo.

Já era tarde da noite quando resolvi voltar para casa e desfazer minhas malas, avisei que voltaria assim que tudo estivesse arrumado. Era de costume nos reunirmos na casa de Louis e Harry. Porém, ainda separava as roupas sujas das limpas quando alguém bateu na porta.
- Niall, precisamos conversar. – Impôs Ben em seus dois centímetros irritantemente mais alto. Tudo bem que eu havia crescido, mas ainda não o suficiente para ultrapassar seus um e setenta e sete.
- Estou ouvindo. – Respondi ainda de cortas, enquanto desarrumava minha mala.
- Lembra da Nikki? Aquela cantora...
- Sim. O que tem ela? – Cortei sua fala antes que precisasse ouvir mais discurso com aquela voz irritante.
- Você irá namorá-la. – Cuspiu as palavras como ácido e dirigiu-se para a porta.
- Não mesmo. Quem você pensa que é? – Minha garganta queimava.
- Sou teu empresário e está no contrato que tenho o direito e dever de fazer qualquer coisa para sustentar a carreira de vocês.
- Você já fez isso com o Zayn, não pode fazer isso comigo.
- Posso e vou. – Foram os últimos sonidos antes da porta se fechar bruscamente, escondendo a silhueta de Ben.

Senti as lágrimas esquentarem minhas bochechas e escorrerem até cair em minha camisa. Odeio ser obrigado à fazer algo que não queira. Aquilo não podia estar acontecendo.

Só queria poder abraça-la, e queria ouvir dela que tudo ficaria bem. Queria apenas vê-la.

Abri o computador e procurei as notícias sobre nós dois, precisava ver as nossas fotos.


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